É errado atribuir tanto a queda de homicídio que os defensores do desarmamento alegam ter havido, quanto dizer que não teve efeito algum por ter voltado a subir.
O argumento desarmamentista é que se você traça projeção com a reta que melhor se ajusta com o padrão de 1980-2003, o ângulo vai fazer a projeção de homicídios atual ser tal que a fertilidade nem estivesse dando conta de manter a população crescente.
Então "olha só, fuzibilhões de gente que não morreram graças ao sinal da pomba da paz". Mas não dá para afirmar que essa projeção tem esse poder preditivo todo, tal como a correlação inversa de homicídios e armas regional não "prevê" que se você distribuir armas nas regiões mais violentas, elas vão atingir o mesmo nível das regiões menos violentas, com mais armas. (Se não me engano, a correlação regional inversa também ocorre com pobreza e talvez até mesmo desigualdade).
E ao mesmo tempo, não é também possível afirmar que não teve efeito algum, apenas por ter voltado a subir um pouco, mesmo que não compensando o "atraso" coincidente e acelerando para atingir à projeção anterior.
Essas observações empíricas muito geralzonas não vão servir para muita coisa mesmo, senão para mostrar que alguns fatores que se postule serem preponderantes, não são algo que se diga, "minha nossa, como são preponderantes esses fatores".
Idealmente você analisaria em regiões bem menores, índices de analfabetismo, armas entregues, diminuição na compra de armas legais, de roubos destas, mortalidade anterior, talvez teria estimativas de armas nas mãos de criminosos...