Autor Tópico: Imposto sobre riqueza  (Lida 12897 vezes)

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Offline Pasteur

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Imposto sobre riqueza
« Online: 06 de Janeiro de 2013, 12:48:45 »
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Para reduzir a desigualdade: imposto sobre riqueza

Não importa se fazemos parte dos 99 por cento, dos 47 por cento, ou do 1 por cento: a desigualdade nos Estados Unidos é uma ameaça ao futuro.
Frequentemente criticada por razões morais e econômicas, a desigualdade também coloca a economia em risco; o Fundo Monetário Internacional alertou recentemente para o fato de que a desigualdade de renda poderia representar um grande risco para o crescimento econômico de longo prazo no país. Contudo, a verdadeira ameaça à prosperidade dos Estados Unidos não é a desigualdade de renda, mas a desigualdade de riqueza, que interfere no acesso individual a oportunidades econômicas.
 
A desigualdade de riqueza aumentou ao longo das últimas duas décadas, chegando a níveis extremos. Substituir gradualmente o imposto sobre renda, propriedades e doações por um imposto progressivo sobre a riqueza faria muito mais para reduzi-la que qualquer outro plano fiscal atualmente considerado por Washington.
 
Quando economistas tentam calcular a desigualdade, geralmente se concentram na renda, uma vez que esse é o dado mais facilmente acessível. Entretanto, a renda nem sempre é um bom indicador do poder econômico. Basta considerar um grupo de pessoas que possuam renda alta, mas riquezas completamente diferentes. Quem fará parte do clube de campo? Quem terá liquidez para financiar uma nova empreitada comercial? Dados de renda nem sempre são capazes de revelar o verdadeiro poder econômico de aposentados, de pessoas que recebem salários em forma de títulos e ações, ou que utilizam estratégias complexas para fugir dos impostos.
 
As tendências na distribuição de riqueza podem ser muito diferentes das tendências de renda, uma vez que a riqueza consiste no total de ativos acumulados, não de seu fluxo ao longo do tempo. A riqueza de pessoas com renda alta aumenta muito mais que a de pessoas com renda baixa. Com o passar dos anos, a desigualdade de riqueza aumenta mesmo que a desigualdade de renda permaneça inalterada, tornando a desigualdade de riqueza ainda mais severa.
 
É exatamente isso que está acontecendo nos Estados Unidos. Uma forma comum de mensurar a desigualdade é o Coeficiente de Gini, um número entre 0 e 100 que aumenta de acordo com as disparidades sociais. Do fim dos anos 1970 até os anos 1990, o Censo mediu coeficientes de Gini de pouco mais de 40 pontos nos Estados Unidos. Entretanto, em 1992, o coeficiente de riqueza havia aumentado em comparação a meados dos anos 1970, de acordo com dados da Reserva Federal.
 
Desde então, os números têm aumentado constantemente, chegando a cerca de 80 pontos em 2010. Em 1992, os dez por cento mais ricos da população haviam se tornado 20 vezes mais ricos que os 50 por cento mais pobres. Em 2010, haviam se tornado 65 vezes mais ricos. O sistema de imposto de renda graduado redistribui uma pequena parte do dinheiro a cada ano, mas faz muito pouco para desacelerar a polarização da riqueza.
 
Essas mudanças são impressionantes. A crise financeira global afetou parte dos ativos dos americanos mais ricos, mas os efeitos foram avassaladores entre os mais pobres; o número de casas ocupadas pelos próprios donos caiu em mais de um milhão desde 2007. Pessoas de diferentes estratos socioeconômicos estão vivendo em condições ainda mais diferentes, com resultados perigosos para a sociedade, como a erosão da empatia, o aumento dos conflitos e a destruição da meritocracia.
 
A riqueza das famílias americanas totalizava mais de 58 trilhões de dólares em 2010. Um imposto padrão de 1,5 por cento sobre ativos financeiros e outras formas de riqueza como imóveis, carros e empresas seria mais que suficiente para substituir todos os impostos sobre renda, propriedades e doações, que totalizam cerca de 833 bilhões de dólares ao ano após as restituições. Outra opção viável seria a divisão em faixas de imposto que vão de zero por cento para famílias com até 500.000 dólares em riqueza, a um por cento para riquezas entre 500.000 e um milhão e dois por cento para riquezas acima de um milhão de dólares.
 
Essas faixas de imposto coletariam uma pequena porção da riqueza que as famílias mais abastadas dos Estados Unidos acumulariam naturalmente por meio do investimento dos ativos que já possuem. Além disso, esses impostos seriam o bastante para desacelerar – ou até mesmo reverter – o aumento da desigualdade. Para saber como o imposto sobre a riqueza funcionaria, considere uma família com bens que totalizem 500.000 dólares e com renda anual de 200.000. Atualmente, essa família pagaria 50.000 dólares de imposto de renda por ano ao governo. Com os valores descritos acima, essa família deixaria de pagar impostos. Por outro lado, uma família com uma riqueza avaliada em quatro milhões de dólares e renda anual de 200.000 pagaria 65.000 dólares ao ano para o governo. A maior parte das famílias que obtêm sua renda a partir da própria riqueza pagaria mais impostos, fazendo com que as famílias que dependem exclusivamente da renda pagassem menos.
 
Na verdade, a maior parte dos americanos receberia um imenso abatimento nos impostos. Algumas famílias precisariam pagar apenas os impostos salariais (para a previdência social e o sistema de saúde), estaduais e municipais todos os anos, enquanto outras passariam a pagar menos impostos sobre a riqueza do que pagam atualmente sobre a renda. Impostos sobre faturamento, ganho de capital, dividendos e juros, capazes de mudar decisões sobre trabalho e investimento, desapareceriam. Para a maior parte das famílias cuja riqueza jamais chegará a 500.000 dólares, o desincentivo à poupança deixaria de existir. Além disso, famílias que tentam acumular uma quantidade fixa de riqueza para a aposentadoria, ou para pagar a faculdade dos filhos, precisariam guardar uma porção menos expressiva de suas rendas e o imposto iria consumir uma parte menor dos juros, dividendos e ganhos de capital que o atual imposto de renda. Ainda que a minoria de famílias sujeitas ao imposto sobre riqueza acabasse poupando menos e gastando mais, essa mudança iria reduzir a desigualdade; os dólares que gastam teriam mais chance de acabar nos bolsos de pessoas com menor riqueza.
 
Estudiosos já haviam recomendado impostos sobre a riqueza no passado, mas não em substituição aos impostos sobre renda, propriedades e doações. De fato, essa troca acarretaria uma série de complicações. Pessoas que já pagaram o imposto de renda sobre o dinheiro que utilizaram para comprar ativos não desejam pagar impostos sobre esses ativos. Ainda assim, um imposto reduzido – talvez um por cento sobre a faixa mais alta – resultaria em uma taxa menor que a atual para a maior parte dessas famílias.
 
Naturalmente, um mercado informal surgiria para ajudar as famílias mais ricas a diminuir sua exposição ao novo imposto. Dessa forma, o governo federal precisaria criar novas regras para a comunicação e valoração de ativos, bem como novos processos de auditoria. A incidência de impostos em nível familiar – talvez pais e filhos até determinada idade – poderia dificultar que os ricos reduzissem seus impostos alocando ativos entre os diversos membros da família com o objetivo de fugir do pagamento de impostos sobre riqueza.
 
Por outro lado, pessoas com a riqueza ligada a propriedades imóveis e pequenas empresas teriam grandes problemas para conseguir o dinheiro necessário para pagar o imposto. Esse é um problema que pode ser resolvido – ou, ao menos, mitigado, por meio do períodos de pagamento flexíveis. Além disso, novos produtos financeiros poderiam oferecer dinheiro para o pagamento de impostos, seja por meio de empréstimos ou em troca de parte dos ativos – algo parecido com os atuais empréstimos imobiliários.
 
Estados com impostos sobre renda teriam de decidir se mudariam ou não para o imposto sobre riqueza. Uma vez que alguns estados coletam os impostos de pessoas que trabalham dentro de suas fronteiras mas vivem em outros locais, o imposto de renda continuaria a ser atraente. Entretanto, ao invés de manter dois sistemas, talvez seja mais prudente fazer a divisão do imposto sobre a riqueza dessas famílias entre os estados onde vivem e trabalham.
 
Os benefícios do imposto sobre a riqueza tornariam esses ajustes mais atraentes. A economia iria alocar oportunidades de forma mais justa e eficiente, e o sistema fiscal se tornaria mais simples. Isso ajudaria os trabalhadores a perceberem o próprio potencial, além de garantir que a sociedade não se tornasse mais polarizada. Naturalmente, há um limite para nossa capacidade de aumentar o acesso às oportunidades nos Estados Unidos, mas um imposto sobre a riqueza certamente seria um bom começo.

Daniel Altman é professor adjunto associado de economia na Escola de Negócios Stern da Universidade de Nova York, além de ex-membro do conselho editorial do New York Times.


http://nytsyn.br.msn.com/colunistas/para-reduzir-a-desigualdade-imposto-sobre-riqueza#page=0
 

Offline Barata Tenno

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #1 Online: 06 de Janeiro de 2013, 12:57:48 »
A França fez isso, o resultado foi a fuga de ricos para os países vizinhos.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline uiliníli

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #2 Online: 06 de Janeiro de 2013, 13:16:45 »
Uma coisa interessante que a França está propondo é salário máximo em empresas com participação majoritária do estado.
Nessas empresas, o profissional mais bem remunerado poderá receber no máximo 20 vezes o salário dos mais mal remunerados.
Já há quem defenda essa proposta também para empresas privadas e partidários no Reino Unido e nos EUA.

France pushing for a maximum wage. Will others follow?
Only a maximum wage can end the great pay robbery.
A maximum wage law?

Além das questões de desigualdade social, os partidários citam bastante a Lei dos Retornos Decrescentes para argumentar que a partir de certo ponto, aumentos de salário não implicam em ganhos de produtividade -- segundo certos estudos eles poderiam até diminuí-la.

Eu sei que vou ser chamado de comuna, mas eu sou favorável.


Offline Pasteur

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #3 Online: 06 de Janeiro de 2013, 13:47:34 »
A França fez isso, o resultado foi a fuga de ricos para os países vizinhos.


Offline uiliníli

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #4 Online: 06 de Janeiro de 2013, 13:50:03 »
Olhem isso aqui:

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There is no state in the union where someone working a minimum-wage job for 40 hours a week, or $15,080 a year, can afford a two-bedroom apartment at fair market value.

At the opposite end of the financial spectrum, Mitt Romney made $15,080 every 6 hours in 2010, when he grossed over $21 million in income. It would take a minimum-wage worker 1,436 years and 10 months to make what Mitt Romney made in 2010.

If that hasn't sunk in yet, I'll say it differently. To make as much as Mitt Romney made in one year, a minimum-wage worker working 40 hours a week for $7.25 an hour would have to start work during the Liang Dynasty and work all the way to the present day. Assuming an average life expectancy of 65 years, since minimum-wage workers can't get the same nutrition and health care that everyone else can, that's 22 entire lifetimes of nonstop minimum-wage work, from infancy to death, just to make what one man made in one year.

Guys as rich as Mitt Romney make money for having money. He doesn't simply work for a living, but rather acquires wealth from investments already made with previously accumulated wealth. While a minimum-wage worker pays a third of their income in sales, property, payroll and excise taxes, Mitt Romney pays just a 13.9% tax rate on more than half of his income, because it comes from capital gains, instead of good old-fashioned hard work.

http://readersupportednews.org/opinion2/274-41/12415-time-for-a-maximum-wage

Offline Barata Tenno

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #5 Online: 06 de Janeiro de 2013, 13:51:01 »
Uma coisa interessante que a França está propondo é salário máximo em empresas com participação majoritária do estado.
Nessas empresas, o profissional mais bem remunerado poderá receber no máximo 20 vezes o salário dos mais mal remunerados.
Já há quem defenda essa proposta também para empresas privadas e partidários no Reino Unido e nos EUA.

France pushing for a maximum wage. Will others follow?
Only a maximum wage can end the great pay robbery.
A maximum wage law?

Além das questões de desigualdade social, os partidários citam bastante a Lei dos Retornos Decrescentes para argumentar que a partir de certo ponto, aumentos de salário não implicam em ganhos de produtividade -- segundo certos estudos eles poderiam até diminuí-la.

Eu sei que vou ser chamado de comuna, mas eu sou favorável.





Sério que você é a favor do estado dizendo quanto uma empresa privada deve para de teto aos seus funcionários?
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Offline Barata Tenno

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #6 Online: 06 de Janeiro de 2013, 13:52:08 »
Olhem isso aqui:

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There is no state in the union where someone working a minimum-wage job for 40 hours a week, or $15,080 a year, can afford a two-bedroom apartment at fair market value.

At the opposite end of the financial spectrum, Mitt Romney made $15,080 every 6 hours in 2010, when he grossed over $21 million in income. It would take a minimum-wage worker 1,436 years and 10 months to make what Mitt Romney made in 2010.

If that hasn't sunk in yet, I'll say it differently. To make as much as Mitt Romney made in one year, a minimum-wage worker working 40 hours a week for $7.25 an hour would have to start work during the Liang Dynasty and work all the way to the present day. Assuming an average life expectancy of 65 years, since minimum-wage workers can't get the same nutrition and health care that everyone else can, that's 22 entire lifetimes of nonstop minimum-wage work, from infancy to death, just to make what one man made in one year.

Guys as rich as Mitt Romney make money for having money. He doesn't simply work for a living, but rather acquires wealth from investments already made with previously accumulated wealth. While a minimum-wage worker pays a third of their income in sales, property, payroll and excise taxes, Mitt Romney pays just a 13.9% tax rate on more than half of his income, because it comes from capital gains, instead of good old-fashioned hard work.

http://readersupportednews.org/opinion2/274-41/12415-time-for-a-maximum-wage


E?
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Offline uiliníli

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #7 Online: 06 de Janeiro de 2013, 13:53:17 »
O estado já diz o piso que uma empresa privada deve pagar para seus funcionários, por que não o teto?

O abismo entre ricos e pobres é um caso evidente de fracasso de mercado.

Offline Barata Tenno

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #8 Online: 06 de Janeiro de 2013, 13:57:42 »
O estado já diz o piso que uma empresa privada deve pagar para seus funcionários, por que não o teto?

O abismo entre ricos e pobres é um caso evidente de fracasso de mercado.


O mínimo é necessário para evitar miséria e exploração. Concordo que o trabalhador deve receber o necessário para viver bem. Mas colocar limite no teto me parece pura inveja. Se o trabalhador mais baixo ganhar o suficiente para ter uma vida digna, o que importa pra ele, além da inveja, se tem alguém que ganha 10000000 de vezes mais?
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Offline Diegojaf

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #9 Online: 06 de Janeiro de 2013, 13:59:05 »
Uma coisa interessante que a França está propondo é salário máximo em empresas com participação majoritária do estado.
Nessas empresas, o profissional mais bem remunerado poderá receber no máximo 20 vezes o salário dos mais mal remunerados.
Já há quem defenda essa proposta também para empresas privadas e partidários no Reino Unido e nos EUA.

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Sério que você é a favor do estado dizendo quanto uma empresa privada deve para de teto aos seus funcionários?

No caso de empresas que trabalham para o Estado ou que prestam serviços através de concessões, até acho válido algo como um teto.

De qualquer forma, no Brasil é fácil fazer isso, basta um Lei Complementar pra instituir o já previsto IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas).

A França fez isso, o resultado foi a fuga de ricos para os países vizinhos.



Ele estava tentando comer o Putin?
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline uiliníli

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #10 Online: 06 de Janeiro de 2013, 14:04:34 »
O problema é que o trabalhador mais baixo não ganha o suficiente para ter uma vida digna e muitos sequer ganham alguma coisa porque estão desempregados. Se sua condição fosse satisfeita, não haveria nenhum problema se alguém ganhasse um bilhão de vezes mais.

Isso é ainda mais grave quando o trabalhador que recebe salário mínimo por 40 horas semanais paga 33% em impostos e um milionário que vive de especulação paga 14%. O nome deste tópico podia muito bem ser "Imposto sobre a pobreza".

Offline Diegojaf

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #11 Online: 06 de Janeiro de 2013, 14:18:50 »
O problema é que o trabalhador mais baixo não ganha o suficiente para ter uma vida digna e muitos sequer ganham alguma coisa porque estão desempregados. Se sua condição fosse satisfeita, não haveria nenhum problema se alguém ganhasse um bilhão de vezes mais.

Isso é ainda mais grave quando o trabalhador que recebe salário mínimo por 40 horas semanais paga 33% em impostos e um milionário que vive de especulação paga 14%. O nome deste tópico podia muito bem ser "Imposto sobre a pobreza".

Uma melhora na progressividade do IR já resolveria um bocado de coisas...
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Offline uiliníli

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #12 Online: 06 de Janeiro de 2013, 14:23:08 »
Uma melhora na progressividade do IR já resolveria um bocado de coisas...

De fato, é outra opção. Mas a minha posição é que o estado não tem que ficar com peninha dos pobres milionários explorados por esses trabalhadores gananciosos, que só pensam em ganhar mais dinheiro. Eu tô com a França e não abro.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #13 Online: 06 de Janeiro de 2013, 14:26:36 »
O problema por aqui não é quanto um diretor de empresa privada ganha, afinal se a empresa se dispõe a pagar um salário alto é porque o cara justifica o gasto e dá lucro.

Se fizerem um levantamento dos mais ricos por aqui vcs verão que são diretores de empresas estatais, muitas vêzes deficitárias, ou gente que foi nomeada para cargo público.

Qual é o gasto mensal que um deputado ou vereador dá para o contribuinte, quantos existem e qual é o retorno que dão para sociedade?

E qual é o aumento patrimonial desse pessoal a cada vez que ocupam um cargo com suas aposentadorias ganhas a cada oito anos de mandato?

Vcs acham mesmo que esse pessoal vai fazer algo para mudar a situação?


Offline uiliníli

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #14 Online: 06 de Janeiro de 2013, 14:38:16 »
Se bem que, eu gostaria de retirar uma coisa que eu disse para o Barata: há problema sim em uma classe ganhar um bilhão de vezes mais do que a outra, ainda que a menos remunerada viva dignamente.

A democracia não pode funcionar de forma saudável com diferenças de renda tão absurdas. Nossos sistemas de democracia representativa já têm um forte componente plutocrático, na medida em que campanhas eleitorais são muito caras e isso cria uma barreira que exige que os representantes eleitos pelo povo sejam ricos ou consigam doações de campanha de quem seja - o que o torna dependente de toda sorte de influências. Existe de fato uma correlação documentada entre desigualdade de renda e corrupção.

De que adianta o voto da maioria se só uma minoria tem possibilidade realista de ser eleita?

No congresso brasileiro, entre 513 deputados, 194 declaram ter patrimônio maior do que 1 milhão de reais.[1]

No congresso americano, de 435 deputados, 250 são milionáiros, sendo que 57 fazem parte dos 1% mais ricos do país. [2]

Para se eleger vereador em São Paulo você gasta em média 1 milhão de reais [3]. O custo médio para se fazer uma campanha de deputado federal no Brasil é de 400 mil reais, mas há estados onde é mais barato e onde é mais caro do que isso [4].


Offline uiliníli

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #15 Online: 06 de Janeiro de 2013, 14:40:42 »
O problema por aqui não é quanto um diretor de empresa privada ganha, afinal se a empresa se dispõe a pagar um salário alto é porque o cara justifica o gasto e dá lucro.

Há controvérsias quanto a isso:

Citar
The problem of executive pay is characterised by Cable and many others as a gap between reward and performance. But it runs deeper than that, for three reasons. As the writer Dan Pink has shown, it's not just that there is currently no visible link between performance and pay; but high pay actually reduces performance. Material rewards incentivise simple mechanistic jobs: working on an assembly line, for example. But they lead to the poorer execution of tasks which require problem-solving and cognitive skills. As studies for the US Federal Reserve and other such bolsheviks show, cash incentives narrow people's focus and restrict the range of their thinking. By contrast, intrinsic motivators — such as a sense of autonomy, of enhancing your skills and pursuing a higher purpose — tend to improve performance.

http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2012/jan/23/george-monbiot-executive-pay-robbery

Offline Pasteur

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #16 Online: 06 de Janeiro de 2013, 14:47:21 »
[...]
Se fizerem um levantamento dos mais ricos por aqui vcs verão que são diretores de empresas estatais, muitas vêzes deficitárias, ou gente que foi nomeada para cargo público.

Qual é o gasto mensal que um deputado ou vereador dá para o contribuinte, quantos existem e qual é o retorno que dão para sociedade?
E qual é o aumento patrimonial desse pessoal a cada vez que ocupam um cargo com suas aposentadorias ganhas a cada oito anos de mandato?

Vcs acham mesmo que esse pessoal vai fazer algo para mudar a situação?

Tem razão, o que não faltam são esses ratos aproveitadores.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #17 Online: 06 de Janeiro de 2013, 14:58:19 »
O problema por aqui não é quanto um diretor de empresa privada ganha, afinal se a empresa se dispõe a pagar um salário alto é porque o cara justifica o gasto e dá lucro.

Há controvérsias quanto a isso:


Pelo meu modo de ver a coisa, um funcionário muito bem capacitado vai procurar emprego onde tenha um salário melhor e a empresa se dispõe a pagar porque precisa dos serviços dele e terá retorno.

O problema é o setor público com suas indicações políticas, vc viu o link que postei em outro tópico sobre o prejuízo de quase 1 bilhão que a Petrocumpanherus tomou nos EUA quando comprou uma refinaria obsoleta?

Se ele fosse privada vc acha mesmo que seus executivos ainda estariam lá nos mesmos cargos? Depois de dar um prejuízo de 1 bilhão?

Mas estão lá, com seus cargos e ótimos salários.

Offline uiliníli

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #18 Online: 06 de Janeiro de 2013, 15:19:17 »
Pelo meu modo de ver a coisa, um funcionário muito bem capacitado vai procurar emprego onde tenha um salário melhor e a empresa se dispõe a pagar porque precisa dos serviços dele e terá retorno.

Mas e quando os sucessos dos "CEO Superstars" são indistinguíveis da sorte? Leonard Mlodinow comenta sobre isso em seu livro O Andar do Bêbado. Há vários artigos acadêmicos sobre isso também. Li alguns abstracts e alguns dos trabalhos que examinei concluem que geralmente existe uma correlação entre pagamento dos empresários e suas habilidade em pequenas empresas, mas nas grandes empresas geralmente ocorre o contrário: o salário está correlacionado negativamente com a habilidade. Além disso, os executivos são menos punidos por fracassos financeiros do que os operários.

Citar
O problema é o setor público com suas indicações políticas, vc viu o link que postei em outro tópico sobre o prejuízo de quase 1 bilhão que a Petrocumpanherus tomou nos EUA quando comprou uma refinaria obsoleta?

Se ele fosse privada vc acha mesmo que seus executivos ainda estariam lá nos mesmos cargos? Depois de dar um prejuízo de 1 bilhão?

Mas estão lá, com seus cargos e ótimos salários.


Claro que o setor público também tem seus problemas, mas depois da crise de 2008 você ainda acha que os barões dos grandes bancos e das grandes empresas privadas sofrem alguma punição por suas estripulias financeiras? As empresas recebem um monte de dinheiro público para não quebrarem e mesmo que os coitadinhos dos executivos percam seus cargos eles vão viver de um modesto seguro desemprego na forma de juros sobre as centenas de milhões de dólares que acumularam. Pobre gente rica sofredora... :(

Offline uiliníli

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #19 Online: 06 de Janeiro de 2013, 15:25:12 »
Olha o que acontece quando os executivos das grandes empresas privadas ferram a economia:

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WASHINGTON — The American International Group, which has received more than $170 billion in taxpayer bailout money from the Treasury and Federal Reserve, plans to pay about $165 million in bonuses by Sunday to executives in the same business unit that brought the company to the brink of collapse last year.
http://www.nytimes.com/2009/03/15/business/15AIG.html?_r=0


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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #20 Online: 06 de Janeiro de 2013, 15:28:15 »
Impostos sobre riquezas são fruto da idiotice dos políticos esquerdistas, que ao invés de melhorar as condições do pobres fornecendo-lhes condições básicas para se desenvolver, resolve taxar os ricos que conseguiram se desvencilhar do atrazo social imposto por eles. Impostos sobre riqueza forçam a emigração do capital produtivo e da população mais rica e diminuem a atratividade comercial do país.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #21 Online: 06 de Janeiro de 2013, 15:39:07 »
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Mas e quando os sucessos dos "CEO Superstars" são indistinguíveis da sorte? Leonard Mlodinow comenta sobre isso em seu livro O Andar do Bêbado. Há vários artigos acadêmicos sobre isso também. Li alguns abstracts e alguns dos trabalhos que examinei concluem que geralmente existe uma correlação entre pagamento dos empresários e suas habilidade em pequenas empresas, mas nas grandes empresas geralmente ocorre o contrário: o salário está correlacionado negativamente com a habilidade. Além disso, os executivos são menos punidos por fracassos financeiros do que os operários.

Se são indistinguiveis da sorte é porque as empresas são mal gerenciadas.

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Claro que o setor público também tem seus problemas, mas depois da crise de 2008 você ainda acha que os barões dos grandes bancos e das grandes empresas privadas sofrem alguma punição por suas estripulias financeiras? As empresas recebem um monte de dinheiro público para não quebrarem e mesmo que os coitadinhos dos executivos percam seus cargos eles vão viver de um modesto seguro desemprego na forma de juros sobre as centenas de milhões de dólares que acumularam. Pobre gente rica sofredora... **:(


Se fizeram as estripulias financeiras foi porque o governo permitiu, afinal não dá para esconder que todos sabiam muito bem o que acontecia mas tiravam proveito disso.


** Pois é: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1210590-governo-acelera-a-criacao-de-estatais-que-nao-geram-receita.shtml


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Governo acelera a criação de estatais que não geram receita



GUSTAVO PATU
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA


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A prática de criar estatais foi ressuscitada pela administração petista e acelerada pela presidente Dilma Rousseff, mas a maior parte das novas empresas está longe de fazer jus a essa qualificação.

Diretorias de novas estatais são ocupadas por indicação política



 Levantamento feito pela Folha mostra que, em uma década, os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma deram à luz dez estatais, quatro delas nos últimos dois anos --não foram incluídas na conta subsidiárias de empresas preexistentes, como a CaixaPar, o Banco Popular e a recém-lançada Infraero Serviços.

Da lista, apenas uma já deu os primeiros passos rumo à geração de receitas suficientes para financiar seus investimentos e operações: a Hemobrás, fundada em 2004 para fabricar e vender medicamentos derivados do sangue.

As demais ou não saíram do papel ou são mantidas com recursos da arrecadação de tributos como uma repartição pública.


Aprovada por lei no mês passado, a EPL (Empresa de Planejamento e Logística) já está classificada pelo Ministério do Planejamento entre as estatais dependentes do Tesouro Nacional, ao lado de outras cinco criadas nos governos do PT.

TREM-BALA

A EPL tomou o lugar da Etav, uma breve empresa criada no ano anterior exclusivamente para viabilizar o trem-bala nacional --e que, de um orçamento de R$ 166 milhões, desembolsou apenas R$ 3 milhões com salários e despesas administrativas.

Também necessitam do dinheiro do contribuinte a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), o Ceitec (Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada), a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e a Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa).

A maior delas, a EBC, não é propriamente uma novidade: surgiu em 2007 a partir de uma ampliação da antiga Radiobrás. No ano passado, segundo dados preliminares, ela gerou cerca de R$ 70 milhões em receitas com os serviços de radiodifusão, mas suas despesas ultrapassaram os R$ 400 milhões.

Criado em 2008 para fabricar chips eletrônicos, o Ceitec informou uma receita de R$ 300 mil no ano passado com a venda de seus produtos para a iniciativa privada. A legislação considera microempresas aquelas com receita anual até R$ 360 mil.

Outras duas estatais estabelecidas por lei nos últimos anos ainda não existem na prática: a PPSA, concebida para explorar o petróleo do pré-sal, e a ABGF, apelidada de Segurobras, para garantir obras de infraestrutura.


 LEGADO ESPORTIVO

O caso mais inusitado é o da Brasil 2016, ou Empresa Brasileira de Legado Esportivo, criada no final do governo Lula para desenvolver projetos ligados à Olimpíada do Rio de Janeiro. Descartada antes de esboçar qualquer iniciativa, ela foi incluída no Programa Nacional de Desestatização.

Mesmo sem nunca ter entrado em operação, registrou como único gasto em seu balanço R$ 110 mil para remunerar conselheiros.


A Hemobrás, até agora, é a única incluída no orçamento federal de investimentos, que reúne as empresas utilizadoras de recursos próprios, como a Petrobras, a Eletrobras e os bancos públicos.

Ela recebeu aportes do Tesouro Nacional para a abertura de uma fábrica em Pernambuco, ainda não concluída. De um orçamento de R$ 264 milhões em 2012, R$ 50 milhões foram investidos até outubro.


E então? O que é pior para a sociedade? Um cara da iniciativa privada ganhar bem ou criar um monte de empresas públicas deficitárias só para acomodar diretores que ganham muito bem sem dar qualquer retorno?


Offline uiliníli

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #22 Online: 06 de Janeiro de 2013, 15:45:07 »
Se desenvolvimento for medido pela falácia do PIB, ok. Talvez o exemplo que devamos mirar seja mesmo a China, cujo PIB cresce perto de 10% ao ano, mas os trabalhadores têm salários baixos, jornadas extenuantes, poucos direitos trabalhistas... A riqueza produzida vai para poucos bolsos. Ou os EUA, onde o poder de compra da classe média está estagnado há 40 anos, mas as fortunas dos ricos não para de aumentar:

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Most of the wealth generated by U.S. workers over the last 40 years has gone to the richest 1 percent of our nation, while the middle class has seen no real improvement in their buying power or standard-of-living.
http://www.huffingtonpost.com/lawrence-j-hanley/maximum-wage-law_b_1732819.html

Ou o Reino Unido, onde o poder de compra da classe média só está estagnado há duas décadas, mas...
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The share of national income captured by the top 0.1% rose from 1.3% in 1979 to 6.5% by 2007.
http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2012/jan/23/george-monbiot-executive-pay-robbery

Impostos sobre riquezas são fruto da idiotice de políticos esquerdistas. Os políticos direitistas são espertos demais e sabem muito bem pra onde vai o crescimento do PIB quando o estado não intervêm nas desigualdades sociais.

Offline uiliníli

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #23 Online: 06 de Janeiro de 2013, 15:49:44 »
Arcanjo, eu não estou defendendo as estatais. Não quero socializar os meios de produção, então falar da ineficiência das empresas públicas está fora do escopo da discussão.

E por que o governo deixou as empresas fazerem essas estripulias? Exatamente porque o governo está nas mãos dos ricos, que é quem financiam as campanhas desde o vereador até o presidente da república, vivemos numa plutocracia de facto.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #24 Online: 06 de Janeiro de 2013, 15:56:10 »
Fiote, a maior distribuição de renda que pode existir é tirar das costas do contribuinte todas essas merdas de estatais deficitárias e permitir que vc use seu dinheiro de impostos comprando sorvete na porta do cinema ou trocando de carro.

Ganha vc, o sorveteiro, o dono do cinema, o vendedor do carro e a fábrica que o produziu...ao invés de ficarem fazendo gentilezas com o chapéu alheio distribuindo cestas básicas com dinheiro público.

Renda é uma coisa que aumenta naturalmente com melhora no ensino e menos impostos mal gastos, só que leva tempo e não dá voto para populista algum, então é melhor criar mais um Bolsa-voto ou Cesta-eleição e culpar quem ganha bem porque assim o retorno em votos é mais rápido.

 

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