Autor Tópico: Imposto sobre riqueza  (Lida 12899 vezes)

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Offline Fabi

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #50 Online: 06 de Janeiro de 2013, 22:47:53 »
O financiamento público de campanha já seria um avanço realmente enorme.
Meu alarme de corrupção a vista sempre liga quando eu leio essa proposta.

A questão toda é simplesmente que impostos maiores sobre as classes mais altas para trazer benefícios sociais para as mais baixas são perfeitamente legítimos, uma vez que as classes mais altas têm sido as principais beneficiados (se não únicas) pelo crescimento econômico, pelo menos no caso do Reino Unido e dos Estados Unidos, onde a renda da classe-média está estagnada, mas a do 0,1% do topo da pirâmide social aumenta enormemente.
É porque o 0,1% geralmente investe e controla o sistema financeiro(Bancos), e esses espoliam todas as demais classes com taxas e juros de agiota. Nós (população mundial) somos reféns dos Bancos, de verdade. Temos que inventar uma coisa melhor que Banco pra administrar/distribuir/especular dinheiro(riquezas), as crises econômicas mostram isso.

Talvez um desmembramento, uma instituição administraria, outra distribuiria e outra pra especulação.  :umm:
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Geotecton

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #51 Online: 06 de Janeiro de 2013, 22:55:42 »
A questão toda é simplesmente que impostos maiores sobre as classes mais altas para trazer benefícios sociais para as mais baixas são perfeitamente legítimos,...

Legítimos?

Quem é que define quando algo é ou não legítimo?
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Offline Geotecton

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #52 Online: 06 de Janeiro de 2013, 22:57:41 »

É porque o 0,1% geralmente investe e controla o sistema financeiro(Bancos), e esses espoliam todas as demais classes com taxas e juros de agiota. Nós (população mundial) somos reféns dos Bancos, de verdade. Temos que inventar uma coisa melhor que Banco pra administrar/distribuir/especular dinheiro(riquezas), as crises econômicas mostram isso.

Talvez um desmembramento, uma instituição administraria, outra distribuiria e outra pra especulação.  :umm:

Se as pessoas e empresas tivessem um bom planejamento estratégico, elas dificilmente precisariam de dinheiro emprestado de banco.
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Offline Fabi

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #53 Online: 06 de Janeiro de 2013, 23:03:11 »
Se as pessoas e empresas tivessem um bom planejamento estratégico, elas dificilmente precisariam de dinheiro emprestado de banco.
Mas as taxas não são facultativas. O sistema bancário contribui muito com a desigualdade e crises econômicas, o jeito que foi se estruturando com o tempo nos tornou reféns desse sistema.

Os governos são obrigados a dar bilhões aos bancos por causa da irresponsabilidade desses bancos, se não derem, a economia colapsa. Percebe a armadilha?
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Offline _tiago

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #54 Online: 06 de Janeiro de 2013, 23:05:13 »
A questão toda é simplesmente que impostos maiores sobre as classes mais altas para trazer benefícios sociais para as mais baixas são perfeitamente legítimos,...

Legítimos?

Quem é que define quando algo é ou não legítimo?
Princípio Robin Hood: tirar dos ricos e dar aos pobres. Ao menos em tese.
Deveria ser uma das finalidade em pagarmos impostos, afinal.

Offline Moro

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #55 Online: 06 de Janeiro de 2013, 23:11:38 »
Já os pagamos. Porque todos pensam em estorquir mais com impostos antes de deixar a maquina eficiente?
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Geotecton

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #56 Online: 06 de Janeiro de 2013, 23:12:39 »
Se as pessoas e empresas tivessem um bom planejamento estratégico, elas dificilmente precisariam de dinheiro emprestado de banco.
Mas as taxas não são facultativas.

Elas são ditadas pelo mercado e pelo setor.


O sistema bancário contribui muito com a desigualdade e crises econômicas,

Com qual 'desigualdade' eles contribuíram?

E a principal crise econômica da década passada foi gerada por irresponsabilidade estatal e amplificada pelos bancos e outras instituições financeiras.


o jeito que foi se estruturando com o tempo nos tornou reféns desse sistema.

O sistema bancário é importante há mais de 400 anos. Cabe à sociedade, por meio do Estado, impor eliminar ou diminuir as coisas perniciosas do sistema.


Os governos são obrigados a dar bilhões aos bancos por causa da irresponsabilidade desses bancos, se não derem, a economia colapsa. Percebe a armadilha?

Não Fabi.

Todas as principais crises relacionadas aos bancos dos últimos trinta anos foram causadas por causa de governos. A mais conspícua, que foi a de 2008, nasceu da irresponsabilidade do governo Clinton que obrigou o sistema bancário a financiar primeiramente imóveis, e depois artigos supérfluos, de maneira crescente mas sem exigir garantias formais de empréstimos a não ser o próprio bem.
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Offline Geotecton

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #57 Online: 06 de Janeiro de 2013, 23:14:33 »
A questão toda é simplesmente que impostos maiores sobre as classes mais altas para trazer benefícios sociais para as mais baixas são perfeitamente legítimos,...

Legítimos?

Quem é que define quando algo é ou não legítimo?
Princípio Robin Hood: tirar dos ricos e dar aos pobres. Ao menos em tese.
Deveria ser uma das finalidade em pagarmos impostos, afinal.

E exatamente isto é um erro porque parte do princípio (equivocado) que o homem público conhece mais e é melhor intencionado que as pessoas e suas relações privadas dentro da sociedade.
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Offline Geotecton

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #58 Online: 06 de Janeiro de 2013, 23:15:24 »
Já os pagamos. Porque todos pensam em estorquir mais com impostos antes de deixar a maquina eficiente?

Porque a caterva que se locupleta é enorme.

Independentemente de partido ou ideologia.
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Offline Price

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #59 Online: 06 de Janeiro de 2013, 23:17:22 »
Já os pagamos. Porque todos pensam em estorquir mais com impostos antes de deixar a maquina eficiente?

Porque quando se quer diminuir a estratificação social, para a esquerda, é muito mais fácil limitar os ganhos dos ricos do que aumentar os ganhos dos pobres.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Barata Tenno

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #60 Online: 06 de Janeiro de 2013, 23:29:27 »
E qual é a fórmula que diz que se os ricos deixarem de ganhar muito os pobres automaticam ente vão ganhar mais?
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Offline Geotecton

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #61 Online: 06 de Janeiro de 2013, 23:30:56 »
E qual é a fórmula que diz que se os ricos deixarem de ganhar muito os pobres automaticam ente vão ganhar mais?

A "fórmula mágica" que habita a mente de alguns esquerdistas.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #62 Online: 06 de Janeiro de 2013, 23:50:39 »
A questão toda é simplesmente que impostos maiores sobre as classes mais altas para trazer benefícios sociais para as mais baixas são perfeitamente legítimos,...

Legítimos?

Quem é que define quando algo é ou não legítimo?
Princípio Robin Hood: tirar dos ricos e dar aos pobres. Ao menos em tese.
Deveria ser uma das finalidade em pagarmos impostos, afinal.

Robin Hood não tomava o dinheiro dos impostos do estado para devolver aos pobres?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #63 Online: 06 de Janeiro de 2013, 23:52:32 »

Que garantia vc pode dar de que a verba a mais não será usada em mais um projeto populista de compra de eleitores ou que não vá acabar nas contas dos mensaleiros?


Então você acha ruim se ouvir notícia do governo aumentar a verba para segurança pública?

Offline JohnnyRivers

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #64 Online: 07 de Janeiro de 2013, 09:39:49 »

Que garantia vc pode dar de que a verba a mais não será usada em mais um projeto populista de compra de eleitores ou que não vá acabar nas contas dos mensaleiros?


Então você acha ruim se ouvir notícia do governo aumentar a verba para segurança pública?

Só é boa noticia se for acompanhada de bons projetos..
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Offline Pagão

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #65 Online: 07 de Janeiro de 2013, 11:52:11 »
O abismo entre ricos e pobres é um caso evidente de fracasso de mercado.

Depende da dimensão da classe média....e da proporção entre ricos e pobres no conjunto da sociedade.... e do nível de rendimento a partir do qual se é considerado pobre... e do apoio social conferido pelo Estado e pela sociedade civil... e do nível de vida dos pobres comparativamente com os pobres que vivem noutro tipo de sociedade que não a de economia de mercado.

Agora a proletarização da classe média é talvez um indicativo bem forte do fracasso do mercado..., talvez mais do que o abismo entre ricos e pobres... Julgo eu.

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Offline Gaúcho

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #66 Online: 07 de Janeiro de 2013, 11:58:44 »
E qual é a fórmula que diz que se os ricos deixarem de ganhar muito os pobres automaticam ente vão ganhar mais?

A "fórmula mágica" que habita a mente de alguns esquerdistas.

Acho que a questão nem é essa. É simplesmente encargar mais quem tem mais, de modo que quem tem menos possa não ser tão encargado.
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Offline Barata Tenno

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #67 Online: 07 de Janeiro de 2013, 12:02:47 »
E qual é a fórmula que diz que se os ricos deixarem de ganhar muito os pobres automaticam ente vão ganhar mais?

A "fórmula mágica" que habita a mente de alguns esquerdistas.

Acho que a questão nem é essa. É simplesmente encargar mais quem tem mais, de modo que quem tem menos possa não ser tão encargado.

Vão cortar impostos de quem ganha menos? Ou só vão aumentar impostos de quem ganha mais? Porque se não houver corte de impostos da na mesma.
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Offline Pagão

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #68 Online: 07 de Janeiro de 2013, 12:05:11 »
Acho que a questão nem é essa. É simplesmente encargar mais quem tem mais, de modo que quem tem menos possa não ser tão encargado.

A experiência aqui é que o governo carrega mais nos impostos de quem tem mais para ter uma boa desculpa para logo depois também carregar em quem tem menos..., em nome da justa repartição dos sacrifícios por todos. :enjoo: 
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Offline Diegojaf

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #69 Online: 07 de Janeiro de 2013, 12:09:14 »
O que já acontece é que o pessoal vê esse tipo de proposta como uma forma de "punição" pelo sujeito ter se dado bem na vida e acho difícil desvincular essa ideia.
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Offline Pagão

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #70 Online: 07 de Janeiro de 2013, 12:15:18 »
O que já acontece é que o pessoal vê esse tipo de proposta como uma forma de "punição" pelo sujeito ter se dado bem na vida e acho difícil desvincular essa ideia.

Porque está implícita a crença de que isso só pode ocorrer pela exploração/opressão de terceiros..., essa é, amiúde, a falácia que serve de capa a sentimentos menos nobres... (embora possa ser verdade em alguns casos...).
« Última modificação: 07 de Janeiro de 2013, 12:18:35 por Sérgio Sodré »
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Moro

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #71 Online: 07 de Janeiro de 2013, 12:57:01 »
E qual é a fórmula que diz que se os ricos deixarem de ganhar muito os pobres automaticam ente vão ganhar mais?

No Brasil, a diferença ira para Sarneys da vida. Super legal.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #72 Online: 07 de Janeiro de 2013, 16:10:49 »

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2011/02/26/internas_economia,212330/regressividade-da-tributacao-faz-com-que-os-mais-pobres-paguem-mais-impostos-diz-ipea.shtml
Citar
Quanto mais pobre é o contribuinte, mais dias de seu trabalho ao ano ele destina ao pagamento de tributos. Quem, em 2008, tinha renda familiar de até dois salários mínimos dedicou 197 dias do ano para o Leão, ao passo que, quem tinha renda familiar de mais de 30 salários mínimos comprometeu 106 dias de trabalho, três meses a menos. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A razão da diferença entre a quantidade necessária de dias trabalhados por classe social para o pagamento de tributos está na “regressividade de impostos e contribuições”, como dizem os tributaristas. Segundo José Aparecido Ribeiro, técnico do Ipea, dois terços do que se arrecada em tributos no Brasil vêm de impostos indiretos sobre o consumo, embutidos no valor de produtos comprados e serviços contratados.

“Quem recebe pouco faz mais uso da renda para consumo imediato”, explica Ribeiro. São exemplos de impostos indiretos o caso do Imposto sobre o Produto Industrial (IPI, federal), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, estadual) e o Imposto sobre Serviços (ISS, municipal).

Segundo o técnico do Ipea, a composição tributária é o contrário do verificado nos 33 países que formam a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Nesses países, predominantemente da Europa, a carga tributária principal é sobre os impostos diretos que progridem conforme o valor da renda, patrimônio, fortuna e herança.

Além da quantidade de dias trabalhados para pagar impostos, o Ipea calculou o número de dias necessários para custear os principais programas e ações sociais do governo federal. O dado surpreendente é que apenas o pagamento de aposentadorias e pensões da Previdência Social, na área urbana, em 2008, que consumiu 16,5 dias do cidadão, superou o número de dias necessários para as despesas federais com juros, que foram 14.

Conforme o Ipea, em 2008, gastou-se 5,1 dias com aposentadorias e pensões nas áreas rurais; 1,9 dia com seguro-desemprego; 1,4 dia com o Programa Bolsa Família; 1,1 dia com assistência básica em saúde (atendimento em postos de saúde e no Programa Saúde da Família); e 0,2 dia com o Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Outra instituição que calcula a relação de dias trabalhados com o pagamento de tributos é o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Na última quinta-feira (24), o IBPT divulgou que, em 2010, cada brasileiro pagou R$ 6.772,38 em impostos e contribuições arrecadados pelo governo federal, estados e municípios. No total, a carga tributária foi de R$ 1,290 trilhão, R$ 195 bilhões a mais do que em 2009 (R$ 1,095 trilhão).

Em 2009, a maior parte da carga tributária foi dos tributos federais (R$ 759,88 bilhões), seguida dos estados (R$ 282,73 bilhões) e dos municípios (R$ 50,05 bilhões). De acordo com a Constituição Federal, a União deve repassar aos estados, municípios e ao Distrito Federal parte do que arrecada em impostos (não inclui contribuições). O percentual varia conforme o imposto e a destinação.

Nas contas do IBPT, que presta serviço à Associação Comercial de São Paulo, a carga tributária para os contribuintes é de 35,04% do Produto Interno Bruto (PIB) e levou um valor correspondente a 148 dias de trabalho de cada brasileiro no ano passado. Já nas contas do Ipea, em 2008, o total de tributos pago pelo contribuinte correspondeu a 36,2% do PIB ou 132 dias de trabalho do cidadão no ano.



Citar
[...] O consultor de finanças públicas Amir Kahir concorda:

- Na realidade, quem paga imposto no Brasil é da classe média para baixo.

Segundo o especialista, quem ganha até 2 salários mínimos paga até 49% do que ganha em tributos. Mas quem ganha acima de 30 salários mínimos paga apenas 26% dos seus rendimentos em tributos. "Ou seja, há uma grande regressividade. Coisa que não é levantada pelas associações comerciais, pelas empresas de forma geral", critica.

Para Kahir, "o maior defeito do sistema tributário brasileiro é sua alta regressividade que, junto com a má distribuição de renda, são os grandes freios ao desenvolvimento econômico do país".



Impostos diretos podem corrigir injustiça tributária

A Constituição Federal de 1988 tem dois instrumentos que podem reduzir o peso dos impostos sobre as pessoas com menor renda e propiciar maior contribuição daqueles que tem mais rendimentos, patrimônio e se beneficiam diretamente das melhorias feitas pelo Estado. Os constituintes estabeleceram o imposto sobre fortuna e a contribuição de melhoria. Mas tais mecanismos continuam sem regulamentação.

A Constituição prevê inclusive que a tributação deverá ser proporcional à condição socioeconômica do contribuinte.

"Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte", diz o artigo nº 145.

Apesar dos dois mecanismos constitucionais (criados há 21 anos), segundo especialistas, não há movimento aparente no Congresso Nacional para regulamentar os artigos e gerar maior equilíbrio tributário. Para Adriano Biava, "o que falta é vontade política para aplicar":

- Não se aplica porque o sistema político não quer ser controlado. O sistema político é para que o Estado concentre renda e riqueza - critica.

Para Amir Kahir, "o domínio das decisões tributárias se dá no Congresso Nacional e a representatividade do parlamento não espelha exatamente os interesses da população, especialmente a população de menor renda. Consequentemente, nunca se conseguirá aprovar o imposto sobre grandes fortunas".

Para Márcio Pochmann, as definições das políticas públicas, gastos e arrecadações se dão "por meio da pressão política", o que demostra articulação de alguns setores sociais e a desorganização política de outros.

- O país tem que usar a política tributária como política de redistribuição. Precisamos diminuir impostos indiretos (sobre mercadorias, serviços e produtos) e aumentar impostos diretos (sobre renda e patrimônio) - propõe, lembrando que, a cada R$ 3 arrecadados, R$ 2 derivam de impostos indiretos (IPI, ISS e ICMS).



ICMS inviabiliza reforma e gera principais injustiças tributárias

Especialista em finanças públicas, Adriano Biava aponta para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) como um dos principais vilões da injustiças tributárias.

- Os estados têm uma tributação sobre a totalidade dos produtos no âmbito do ICMS e é por esta via que a população de baixa renda paga proporcionalmente mais do que o pessoal de renda elevada - analisa.

Em sua análise, porém, não é preciso fazer mudança constitucional:

- Não precisamos de reforma, mas da implantação de um sistema tributário que seja socialmente justo - pondera.

Para Amir Kahir, "várias tentativas foram feitas desde a Constituição de 1988 de mudar os sistema tributário e sempre foram bombardeadas pelos governadores". Isso porque "todas essas reformas mexem profundamente com o ICMS, que é o principal tributo dos governos estaduais. Em média, é 83% da arrecadação dos estados".

Em sua opinião, a criação do (Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) no lugar do ICMS não vai corrigir o problema:

- Fazer o IVA é trocar o seis por meia dúzia, não altera nada e vai gerar um monte de contestações na Justiça.



Trabalhador paga o equivalente a 40% da renda em impostos

Este ano, o brasileiro vai trabalhar em média 147 dias, reservando cerca de 40% da sua renda somente para pagar tributos, segundo apontou estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Para o instituto, o número é um indicativo de que a carga tributária no Brasil é excessiva, o que penaliza os trabalhadores e o setor produtivo.

Segundo o diretor técnico do IBPT, João Eloi Olenike, "a carga tributária alta compromete muito o desenvolvimento do país", porque "extrapola" os níveis de produção.

- O ideal seria uma tributação que acompanhasse a produção e que suprisse as necessidades do governo sem que a população sofresse prejuízos - disse Olenike.

Além dos valores pagos, que significam quase 37% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país, o modelo de tributação também é problemático, segundo avaliação de Olenike. De acordo com ele, como a maior parte dos impostos e contribuições incidem sobre a renda e o consumo, o setor produtivo e as pessoas de menor renda são prejudicados. Pelo estudo, as pessoas que ganham entre R$ 3.000 a R$ 10.000 pagam a maior carga de impostos, 42,62% da renda.

Pelo estudo, os tributos de consumo são cerca de 55% da carga tributária.

Esse tipo de tributo, encarece as mercadorias e estimula crimes como a pirataria e a sonegação.

- Por que existe o CD pirata? Porque de 50% a 60% do valor do CD são tributos - relacionou o diretor técnico do IBPT.

Para Olenike, os tributos sobre patrimônio deveriam ter participação mais expressiva no sistema tributário. Segundo ele, esse tipo de tributação é mais justo, porque incide sobre as pessoas que tiveram condições de adquirir bens. Atualmente, os impostos sobre patrimônio, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), representam aproximadamente 7% da carga total.

O número de tributos diferentes também é um problema, na avaliação de Olenike. De acordo com ele, os 61 impostos e contribuições existentes causam complicações. Por isso, o ideal seria uma simplificação, que reduzisse para sete ou oito o número de tributos.

Ele ressaltou que existe uma previsão de simplificação de impostos na proposta de Reforma Tributária, em tramitação no Congresso. No entanto, para Olenike, a proposta não acaba com a regressividade dos impostos ou reduz a carga tributária.


http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=61954

Citar
Carga fiscal para a baixa renda é maior do que para os mais ricos, segundo instituto, que defende elevar IR para classe alta

Pobres pagam 44% mais imposto, em proporção à sua renda, que os ricos, segundo estudo do instituto com dados de 2002 e 2003


JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA (PARA A FOLHA DE SÃO PAULO)

O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, alertou ontem de que a reforma tributária que foi enviada pelo governo ao Congresso não ajudará a reduzir as desigualdades sociais e de renda no Brasil. Em palestra no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, chamado de Conselhão, Pochmann apresentou dados mostrando que os pobres pagam 44% mais imposto, em proporção à sua renda, que os ricos.
Segundo o levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com dados de rendimento de 2002 e 2003, os 10% mais pobres do país gastam 32,8% da renda com impostos. A renda média dessa faixa da população era de R$ 49,8 por mês.
Embora não paguem Imposto de Renda, são famílias que consomem bens com alta carga de impostos indiretos, como os da cesta básica.
Já os 10% mais ricos do país gastam 22,7% do seu rendimento com impostos. A renda mensal destes era de R$ 2.178. Pochmann justificou que a reforma tributária do governo será benéfica para os Estados, mas não para a população mais pobre.
"Não temos uma reforma tributária que fizesse com que os ricos de fato pagassem impostos de forma mais progressiva e, por conta disso, o maior ônus da tributação recai sobre os mais pobres. A proposta apresentada está dialogando com a eficiência econômica e com a repartição dos tributos do ponto de vista dos entes federativos", afirmou.
Na mesma palestra, ele criticou o fato de o Brasil ter apenas duas faixas de IR para a pessoa física, de 15% e 27,5%, embora sejam progressivas.
Ele afirmou que os países desenvolvidos (que oferecem serviços públicos de melhor qualidade que o Brasil) têm até 12 faixas diferentes de IR, com alíquotas que chegam a 60%. Citou exemplos como a Alemanha, que tem três alíquotas entre 22,9% e 53% do rendimento anual. Ou a França, com 12 alíquotas entre 5% e 57%.
Pochmann lembrou a época da ditara militar no Brasil, em que o país tinha 12 faixas de renda para o IR, com alíquotas que chegavam a 55%.
"O regime militar, por exemplo, tinha política de imposto de renda mais voltada para a redução da iniqüidade. Chegamos a ter 13 faixas de tributação, e os níveis mais baixos pagavam menos imposto que atualmente. O IR com apenas duas faixas retira o potencial redistributivo que poderia ter", afirmou.

Mansão e favela
Pochmann apresentou dados que mostram a incidência de tributos mais forte entre os pobres. Segundo ele, 1,8% da renda dos mais pobres é gasta com IPTU, enquanto 1,4% da renda dos mais ricos é gasta com o imposto. "O IPTU das mansões é proporcionalmente menor que o da favela", disse.
O efeito dos impostos indiretos, segundo ele, também é maior para as classes de baixa renda. Os 10% mais pobres do país sofrem com incidência de 29,7% de carga tributária, enquanto para os mais ricos essa carga de tributos indiretos é de 10,7%. O estudo mostra, por exemplo, que 16% da renda dos 10% mais pobres é gasta com ICMS, enquanto o gasto dos mais ricos com esse imposto é de 5,7% da renda.
Na comparação apenas da tributação direta, como o Imposto de Renda, os mais pobres não pagam nada, e os mais ricos, 3,8% de sua renda.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1605200807.htm


Imposto de Renda já teve 13 faixas e até 60% de alíquota



Hoje, quem ganha R$ 2.743,25 mensais paga proporcionalmente o mesmo IR de quem ganha R$ 270 mil


Levantamento apresentado hoje (15/5) pelo IPEA sobre a injustiça tributária no Brasil, a pedido do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), aponta que o Imposto de Rende é o único imposto progressivo no país e, ainda assim, tímido.

"Há apenas duas faixas. Na primeira, a alíquota é muito alta (15%); na segunda, muito baixa (27,5%)", declarou o presidente do IPEA, Marcio Pochmann.

Pochmann defendeu a ampliação das faixas de imposto com alíquotas menores para as iniciais, ou seja, para quem ganha menos, e alíquotas maiores para as finais, os mais ricos.   

Na história recente do país, isso nem é novidade. Entre 1983 e 1985, o Imposto de Renda tinha 13 faixas com alíquotas de até 60%. Na ditadura militar, houve 12 faixas, com arrecadação de até 55% sobre as maiores rendas.

Em 1989, a estratificação das rendas para incidência de imposto foi reduzida a apenas duas faixas e permanece até hoje. Assim, quem ganha R$ 2.743,25 mensais paga proporcionalmente a mesma coisa de quem ganha R$ 27 mil ou R$ 270 mil mensais.

Veja as tabelas dos últimos 30 anos de IR (...)


http://www.ipea.gov.br/005/00502001.jsp?ttCD_CHAVE=385
 



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IPEA mostra que impostos no Brasil são injustos

Uma pesquisa do IPEA mostrou que a carga tributária no Brasil reforça a injustiça social em nosso país. A transferência de renda do setor produtivo para a área financeira é um dos dados do estudo que comprova que as pessoas mais pobres pagam proporcionalmente mais tributos do que as camadas que detêm a maior parte das riquezas da sociedade brasileira.
 

Morro Alemão - RJ: Para onde vão os impostos (foto: Camila Rocha)


Segundo uma pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) o sistema tributário brasileiro não corrige as desigualdades no Brasil e ao contrário só aumenta mais o fosso entre pobres e ricos. A pesquisa mostrou que os 10% mais ricos na sociedade brasileira apropriam-se de 75% da riqueza do país e que por causa da cobrança de impostos feitos erradamente os pobres pagam mais 44% proporcionalmente mais do que a elite que detém a renda e as propriedades em nosso país. Os impostos diretos que deveriam ser o carro-chefe do sistema tributário brasileiro para taxar a renda e a propriedade das pessoas que têm maior poder aquisitivo só incide sobre 12% do total da carga tributária total, os impostos indiretos que tributam a produção e a circulação de mercadorias são os mais injustos, uma vez que afetam proporcionalmente as pessoas mais pobres que pagam, sobretudo, o que consomem e usam na sociedade, sendo 10,2% o total deste tipo de tributação no Brasil atualmente. Para mostrar a injustiça do sistema tributário brasileiro o estudo do IPEA concluiu que o extrato 10% mais pobre paga um total de 32,8% de impostos, enquanto que os 10% mais ricos são tributados em apenas 22,7% do total.

Outra conclusão do pesquisa do IPEA é a questão de quanto os órgãos públicos, mais precisamente o Estado, arrecadam de impostos e quanto destes recursos são usados em serviços e investimentos públicos. Do total da carga tributária brasileira que está em 35% do PIB, somente 12% pode ser usado para os investimentos para serviços e obras do Estado, pois mais de 50% do total dos recursos está sendo usados para o pagamento da dívida pública, ou seja, para aumentar o lucro das oligarquias financeiras nacionais e internacionais. Não é à toa que a rentabilidade do sistema bancário no Brasil é uma das maiores do mundo e o total de beneficiados com essa política de transferência de renda não chega a 1 milhão de pessoas no Brasil que fazem parte da elite econômica brasileira, que aplicam no mercado financeiro, que é isento de impostos. Essa brutal transferência de renda do setor produtivo para o sistema financeiro é demonstrada pelo IBGE nas chamadas Contas Nacionais, que mostram a queda dos rendimentos do trabalho na renda nacional que passou de 45% na década de 90 do século passado para 39,1% em 2005.

Este estudo do IPEA desmascara o discurso empresarial de que existe uma alta carga tributária no Brasil que impede os negócios, de acordo com a média dos países da OCDE, o total de impostos no PIB está em 37,8%; na Itália 45,1% é a carga tributária na economia, enquanto na França é de 43,4% e na Alemanha 35,5%, estes dados foram de 2005. Estes números mostram a verdade de que a carga tributária no Brasil não é alta em relação aos países desenvolvidos, mas que os impostos são mal distribuídos e aumentam a desigualdade entre ricos e pobres que faz do Brasil um dos países mais injustos do mundo. Pesquisas como a do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), que afirmam que o brasileiro trabalha quase a vida inteira para pagar impostos é uma meia verdade, pois não vai a raiz do problema, que é a transferência de grandes recursos do setor público para o mercado financeiro para pagar os credores da dívida e não discurso neoliberal dos empresários de que o Estado no Brasil gasta muito com os funcionários públicos e que precisa se retirar da economia e aumentar a privatização dos serviços públicos, como foi martelado durante vários anos na mídia burguesa.

http://inverta.org/jornal/edicao-impressa/424/economia/impostos

É possível que haja bastante coisa redundante aí, mas ao mesmo tempo pode ter um pouco de informação adicional em cada texto.

Offline Price

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #73 Online: 07 de Janeiro de 2013, 16:58:52 »
A carga de impostos no Brasil é absurda quando notamos que esta não é reaplicada onde deveria. Mas eu fico com muito receio quando vejo essas conclusões:


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Este ano, o brasileiro vai trabalhar em média 147 dias, reservando cerca de 40% da sua renda somente para pagar tributos, segundo apontou estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Para o instituto, o número é um indicativo de que a carga tributária no Brasil é excessiva, o que penaliza os trabalhadores e o setor produtivo.

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Carga fiscal para a baixa renda é maior do que para os mais ricos, segundo instituto, que defende elevar IR para classe alta

Pobres pagam 44% mais imposto, em proporção à sua renda, que os ricos, segundo estudo do instituto com dados de 2002 e 2003


JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA (PARA A FOLHA DE SÃO PAULO)

O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, alertou ontem de que a reforma tributária que foi enviada pelo governo ao Congresso não ajudará a reduzir as desigualdades sociais e de renda no Brasil. Em palestra no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, chamado de Conselhão, Pochmann apresentou dados mostrando que os pobres pagam 44% mais imposto, em proporção à sua renda, que os ricos.

Mas é ÓBVIO que os mais probres vão pagar mais impostos relativamente aos mais ricos, levar isso como argumentação é pura maquiagem e desonestidade. A comparação deve ser feita sobre o CONSUMO e não sobre a relação consumo/renda:

Considerando o imposto = 50%

O camarada 1 recebe 1k reais por mês e consome 1/2 de seu salário (500 reais) para sobreviver; em relação à sua renda, ele dispende 25% do seu salário em impostos = 250 reais absolutos.
O camarada 2 recebe 10k reais por mês e consome 1/4 de seu salário (2,5k reais) para sobreviver; em relação à sua renda, ele dispende 17,5% do seu salário em impostos = 1,75k reais absolutos.
O camarada 3 recebe 100k reais por mês e consome 1/5 de seu salário (20K reais) para sobreviver; em relação à sua renda, ele dispende 10% do seu salário em impostos = 10k reais absolutos.
O camarada 4 recebe 50M reais por mês e consome 1/10 de seu salário (5M reais) para sobreviver; em relação à sua renda, ele dispende 5% do seu salário em impostos = 2,5M reais absolutos.

Numa situação anormal, o imposto do rico é aumentado para 100%:

De 50M reais por mês, consome 1/10 de seu salário (5M reais) para sobreviver; em relação à sua renda, ele dispende 10% do seu salário em impostos = 5M reais absolutos.

Conclusão: No absoluto todos são iguais, no relativo os pobres são desfavorecidos.

A esquerda desconsidera o absoluto, taxa o relativo como lei, culpa a renda pela discrepância, taxa os ricos e forma o seu modus operandi.

Daí vem as perguntas: Se o problema é a renda, é a dos ricos que é muito alta ou a dos pobres que é muito baixa? Se o problema é o imposto, que tal ao invés de aumentar o do rico e diminuir o do pobre começar a investir o que atualmente é recolhido? Tenho certeza que ninguém teria problemas em pagar os atuais impostos com serviços públicas condizentes com a arrecadação.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Imposto sobre riqueza
« Resposta #74 Online: 07 de Janeiro de 2013, 17:20:50 »
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A regressive tax is a tax imposed in such a manner that the tax rate decreases as the amount subject to taxation increases.[2][3][4][5][6] "Regressive" describes a distribution effect on income or expenditure, referring to the way the rate progresses from high to low, where the average tax rate exceeds the marginal tax rate.[7][8] In terms of individual income and wealth, a regressive tax imposes a greater burden (relative to resources) on the poor than on the rich — there is an inverse relationship between the tax rate and the taxpayer's ability to pay as measured by assets, consumption, or income

http://en.wikipedia.org/wiki/Regressive_tax

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A progressive tax is a tax in which the tax rate increases as the taxable base amount increases.[1][2][3][4][5] "Progressive" describes a distribution effect on income or expenditure, referring to the way the rate progresses from low to high, where the average tax rate is less than the marginal tax rate.[6][7] It can be applied to individual taxes or to a tax system as a whole; a year, multi-year, or lifetime. Progressive taxes attempt to reduce the tax incidence of people with a lower ability-to-pay, as they shift the incidence increasingly to those with a higher ability-to-pay.

http://en.wikipedia.org/wiki/Progressive_tax

 

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