Atente bem para o que você está tentando aqui pois para você é muito fácil perceber; caso olhe da forma devida. Por que postular uma interatividade entre a tal "matéria inacessível" e a acessível indutivamente? Há, realmente, alguma necessidade para isso? Qual é essa necessidade? É sua, pessoalmente falando?
É claro que se há tal suposta interação de tal suposta substância com a outra, afetará efeitos ulteriores nessa outra e poderá ser detectada.
Cientista, não vou comentar ponto a ponto sua resposta, até porque metade dela foi constituída de provocações e outra metade eu simplesmente não entendi (pois é, eu sou um caso muito, muito pior mesmo do que você pensava!) Só vou comentar ligeiramente o trecho citado porque sua dúvida é consequência de uma falha minha em não explicar o que eu definia como existência, então aí vai:
A necessidade de essa hipotética forma adicional de matéria interagir com outra forma de matéria que conhecemos é por um motivo bem simples: algo que não interage com nada por definição não existe. Existir significa afetar o universo de alguma maneira, por isso a necessidade de fazer essa ponte com a matéria escura. A forma de matéria que postulei que se existisse seria indetectável pelos nossos instrumentos seria uma que não interagisse com a matéria ordinária por nenhuma força fundamental da física; mas interagisse com a matéria escura, que já interage com a matéria ordinária fracamente, por uma força fundamental desconhecida que afetasse apenas esses dois tipos de matéria.
Mesmo pudéssemos detectar comportamentos anômalos na matéria escura, não se poderia saber que esse comportamento é causado por uma terceira forma de matéria, em vez de ser uma propriedade desconhecida da própria matéria escura.
O ponto a que eu queria chegar com esse argumento é que a ciência pode não ser capaz de desenvolver conhecimento para explicar todos os fenômenos do universo e tudo o que existe nele. Neste ponto nós dois vamos concordar em discordar, pois apesar de eu já ter elogiado seu conhecimento, acho que é um mal professor e eu não creio que possa aprender mais com você.
Vou começar aqui pelo final (que negritei) para apontar e esclarecer uma insistência recorrente sem sentido e porque quero conectar com uma coisa que vi em outro tópico. Esclareçamos (por favor, note meu esforço de obtemperar aqui).
Como intróito:
Rapaz, por que será que vejo tanto essa fixação paranóica com esse negócio de precepção por aqui? Não sei se é efeito da fase dos estudos oficializados. Quase invariavelmente a coisa tem que descambar para a questão do "professor/aluno", de "quem ensina quem", de "quem sabe mais", se "alguém" é docente... De onde vem isso? Eu não poderia ser um "mal professor" -- não sou um! Não se iluda! As coisas que você aprendeu e aprende comigo não trafegam por essa relação. Embora eu tenha te ensinado tanto, jamais tive esta intenção, desculpe dizer. Só acontece. E se há mérito atribuível a alguém, seria a você mesmo, por aprender, SE (tenho razão para duvidar diante do que vejo agora) aprendeu.
Vou dizer algumas coisas que entendo sobre isso, na esperança de que tal tipo de desvio maionésico não mais ocorra, parando seus agentes de usá-lo como desculpa falaciosa para me atacar quando o que estou fazendo é
CONTESTAR, QUESTIONAR coisas que apresentam, e não "ensinar" coisa alguma. Não venham com essa que não cola. Dizer que "não entendem" ou que sou "provocador" já é ridículo demais como recurso falacioso para fugir, mas essa de que eu seria um pretenso professor de qualquer forma já é de mais que amargar.
Eu poderia dizer alguma bobagem como que quase concordaria plenamente aqui, mas há divergências a considerar.
Primeiro...
Por que (não "crê" que possa aprender mais comigo)? Acredita que o que já aprendeu comigo é suficiente? Que eu já te "ensinei tudo"? Tente não se enganar. O problema é que vocês podem aprender muitas coisas comigo, com minha simples "presença" mas, o mais importante, que seria aprender a ser (como) eu, isso não é garantido. Há parâmetros operacionais das máquinas que não são alterados pela mera inclusão de novas rotinas. Quando eu não estiver disponível e se depararem com desafio novo, não o poderão resolver apenas com o que já aprenderam comigo.
Não creia (que não), tenha certeza de que não pode aprender nada comigo. Ninguém aprende nada com ninguém além das cópias puramente meméticas (é só assim que aprenderam comigo aqui). E essas você deve saber como funcionam: jamais pela disputa egocêntrica, pela inveja. Você precisa crer e mesmo venerar o "professor" (ou fazer o que fazem aqui em relação a mim, claro, fingindo que não sabem ou não sabendo, de fato, a quem estão enganando/tentando enganar), ou ele é totalmente irrelevante, inócuo. Parece que foi o Nietzsche quem disse "o aluno que não supera o professor o desmerece", algo assim. Pura bobagem. A relação professor/aluno é uma relação dogmática, de veneração. O aluno real existe sozinho e tudo mais em volta é professor, apenas incluídos nisto os "professores" (im)propriamente ditos, como meros e relativamente insignificantes detalhes. Não há mal professor, só mal aluno. "Meus professores" me detestaram porque ficava muito claro o quanto eu não precisava deles e, ainda assim, eu era o de melhores resultados de todos. Quando eu olhava para o "professor", só via um elemento da paisagem. Eu aprendo na minha interação com o universo e o professor é um item bem irrisório nisto tudo.
Que fique claro que eu não seria (professor) mesmo se tivesse o objetivo de ser. Eu não acredito em ensino. Até reconheço que existe aprendizado. Sendo assim, o que vejo é apenas a existência de péssimos alunos. Professores são ilusões bem convincentes (não para todos, claro). Não sendo eu professor, se conseguir me visualizar como e entender que sou uma *apresentação díspar da natureza* a te desafiar, poderia fazer bem melhor proveito de mim do que o que pensa a contragosto que já fez.
Cientista, não vou comentar ponto a ponto sua resposta, até porque metade dela foi constituída de provocações e outra metade eu simplesmente não entendi (pois é, eu sou um caso muito, muito pior mesmo do que você pensava!)
O mesmo "argumento" de Aleysatis & Cia?! Vocês não conseguem uma esquiva menos gritantemente delatora?
Não precisaria comentar ponto a ponto. Para mim, seria suficiente que respondesse às perguntas objetivas.
Eu gostaria imensamente que você enumerasse as tais "provocações" que, sim, há ALGUMAS intencionais, e que, independente de quantidade de qualquer forma, não devem justificar desculpas, até porque dever servir para incitar retorno, mas retorno que valha. Para sua informação, caso seu post "não tenha sido uma provocação" (não espera que eu acredite que não tinha tal intenção, não é?), eu detesto, abomino elogios. Se alguém quer me desagradar, me elogie. Mas aguento bem, devolvendo bem também.
Só vou comentar ligeiramente o trecho citado porque sua dúvida é consequência de uma falha minha em não explicar o que eu definia como existência,
...
(Eu preferiria que, em lugar de "comentar ligeiramente" qualquer coisa, apenas respondessem as perguntas que faço. E, no seu caso, nem foram muitas! Mas... muito difíceis, não de entender, de responder mesmo, não é?)
Vamos lá!
Dúvida? Minha?? Que dúvida???! Você não "falhou em explicar o que definia como existência". Ficou bem claro para mim. E o que você disse agora não foi mais que redundância. Não precisava repetir.
Tá certo... É fácil vir com essa...
Está apenas ficcionando uma separação entre setores do conhecido para gerar um desconhecido artificial. Poderia, da mesma forma, postular supostas várias interações entre substâncias detectadas pelas interações "já conhecidas", interações, essas primeiras, que ocorreriam fora dos limites de nosso acesso. Tal postulação existe!: "alma atuando no corpo", por exemplo. Aqui e agora, bem pertinho, "dentro de cada um de nós"!
Quanto ao assunto, propriamente, vou tentar esclarecer isto:
Você ainda não captou que o comportamento de uma substância é tão realidade quanto a própria substância? Não por acaso que as próprias interações entre susbstâncias conduziram por caminhos apreensivos que percorrem por substâncias. Tanto os fenômenos quanto a própria interpretação e o próprio sistema interpretador! Mesmo o comportamento gravitacional, independentemente de ser emancipada à averiguação ou não a entidade bosônica mediadora postulada, a própria outra montagem teórica se formulou sobre conferir ao espaço propriedades físicas de substância material. Não obstante tudo isto ou, melhor, em razão mesmo de tudo isto, não precisamos de substâncias em ciência, só de medidas. As medidas são a realidade porque são mais que interações, são a própria existência. De fato, quem postula que a "matéria tangível" tem a prerrogativa da realidade são os pensadores mágicos. Algo não existe porque é "detectado diretamente". De fato, nada o é. O que se verifica é que, em muitos casos, há possibilidades diversas de se detectar a mesma coisa. Diretamente ou indiretamente se torna apenas arbitração. O que ocorre a confundir (pensadores não científicos, claro) são as especulações filosóficas puras e simples.