Mas que baaalde de água gelada, Correio! Era para você contra-atacar: "cê num sabe porr4 nenhuma mesmo nããão!"; "cê num sabe nem o que é saber!" "cadê o tamanho do próton que eu pedi?!" e tal. Caramba... a coisa tinha tudo para ficar boa...
Fica assim não, Correio. Só de se interessar por conhecimento já se mostra inteligência em você. Já é coisa pra caramba nesse mundo de 7 bilhões de ignaros, coisa rara.
A falta de sentido piorou ainda mais! Como é possível?!
Perdão colega, vou tentar expicar.
Largue a cachaça porque ela faz quase literalmente isso mesmo com você, muitas vezes usando "ferramental" alheio, se me entende. Mas colocar a culpa nela de seja lá o que for, *no caso aqui específico*, tenho impressão de que está por ser suficientemente demonstrado. Deixe a pobre em paz.
A "cachaça" age como uma energia potencial, ou seja, sobe-se uma ladeira e deixa-se cair na banguela. Sem freio dá no que dá.
Então seria só não acumulá-la no aclive? Não sei... a analogia não me parece suficientemente aceitável... O "freio" parece que não poderia existir em nenhuma hipótese plausível... Subir a ladeira e deixar-se "cair" (descer sem controle, rolar?) parece um só movimento, de fato.
(Por que viriam os "leões" --que leões?!--? O que postei foi instigante; é para reagir mesmo. Entendo que você até reagiu bem, dentro das suas possibilidades, claro, e do que eu esperava. Essa pexotada sua não me afeta, rapaz. Eu quero te ajudar um pouquinho, se quiser. Para esse fim, devo dizer o que vou dizer a seguir. Entenda que o que segue são observações, dicas e até admoestações que vão partindo de um objetivo sincero de te apoiar num progresso pessoal.)
Sou muito grato.
Não há de que.
Correio, assim fica difícil te ajudar. É necessário que colabore enxergando-se mais acuradamente em sua própria realidade. Pode ser que você não queira nem mesmo SE ajudar. Sinceramente, não vou chorar por isso, se for o caso; dispense minha utilíssima ajuda, então, caro jovem. Tenho procurado ser menos rígido com pessoas carentes de ajuda na senda do conhecimento, como você. Mas não posso, não quero e não vou nem tentar te obrigar. Nem é meu objetivo primordial e prioritário aqui, nem em lugar nenhum. É que eu vejo alguém assim... e esse meu coração mole...
Não sou um jovem, meu corpo já apresenta sinais de velhice. Carente sou sim! Seu coração é um músculo. Se mole esta, procure um especialista.
Bem antes da cédula, tinha uma foto de um homem que parecia, para mim, jovem. Não sei se era você e de quando era a foto. Meu irmão morreu há três meses. Tinha 46 anos. Eu o achava jovem. Era um bom rapaz, coitado. O problema é que bebia demais, fumava demais, vivia desregradamente demais. Problemas hepáticos, tuberculose, pneumonia, tudo ao mesmo tempo. Parecia mais velho do que devia. Se matou. Espero que não faça o mesmo.
Todo mundo nesse mundo, à minha exceção, claro, claro, é carente, caro Correio! Não se desestimule.
O que há de errado em músculo ser mole? O mesmo erro que haveria em osso ser duro? ... ...
Olha, eu espero mesmo que você não se ressinta com o que vou dizer mas... eu não tenho interesse em manter diálogo com você.
Não se preocupe colega, você não é o primeiro. Estou acostumado.
Que bom! O costume ameniza os efeitos adversos.
Também, lamento, mas você manifesta sintomas de leitura esparsa de publicações baratas (não exatamente no sentido financeiro) e populescas, com má formação crônica de conceitos e crises agudas de falta de concatenação de informações e ideias, vulgo desconhecimento total dos brabos.
Entendo, quantidade não é qualidade. Minhas fontes são bibliotecas públicas e alumas dezenas de livros sobre física que possuo. Não ligo todos os nós porque concluo que as informações estão carentes de comprovação.
Quantidade não é *necessariamente* qualidade, mas pode ser, a depender do devido critério. No caso em pauta aqui, é qualidade sim também -- conhecimento em qualidade e em quantidade é muito importante e grande parte da qualidade pode advir exatamente da quantidade.
Bibliotecas públicas não são, em regra, ruins. Usei muito em minha juventude. O problema não deve estar nisso nem nos livros que possui.
A última frase não me fez o menor sentido.
Você não pode pensar que vai ler umas superinteressantes e congêneres por aí e vai ser capaz de repetir alguns trechos-bobagens desconexamente transparecendo, milagrosamente, conhecimento.
Lia a super com interesse até 1987. Depois ficou desinteressante, tavez, Alice no País do Quantum me estragou um pouco.
Sempre a achei desinteressante. Nem lembro quando foi lançada. Só lembro de muitos comentários a respeito e de eu pegar um exemplar na mão, dar uma lida, e largar de lado. Lembro bem da Ciência Hoje, lançada em 1982, que comecei a colecionar assiduamente. Até era boa. Não lembro quando parei de adquirir. Não sei mais como está.
Esse Alice no País do Quantum, não posso avaliar. Mas arrisco dizer que investigação mostraria que não te estragou.
Fica extremamente claro, para quem detém conhecimento, que você nem mesmo é capaz de avaliar a validade de informações "oficiais", em outras palavras, para esclarecer melhor, evidencia não ser capaz de avaliar a extensão da precariedade do conhecimento humano, coisa que é o mais fundamental e só se adquire quando se chega a ser capaz de fazer mais que a mera repetição de trechos.
Fico-lhe grato imensamente. É bom saber da verdade.
Claro que é! A... "verdade"... É! É bom.
Melhor ainda é saber que a "verdade", *nessa situação*, pode ser outra. Se você agradece por isso, já pode ser um sinal!
Quando você disser alguma coisa que faça algum sentido e mostre que realmente adquiriu uma conceituação que faça valer, talvez eu possa até querer dialogar com você. Por enquanto, só te ofereço minha ajuda, vez ou outra.
Se um dia eu merecer, ficarei honrado.
Sem dúvida! É uma honra, para qualquer um, manter um diálogo comigo! Não precisa agradecer a mim, mas... acho que já está acontecendo um pouquinho!
Agradeça às suas particulares sensatez e inteligência no momento.
(eu mesmo não dou muita importância para isso, mas...) o termo oficialmente correto é emaranhamento, entanglement, notando-se o detalhe de que as semânticas são sensivelmente diferentes. Entretanto, o que importa mesmo é ir além das palavras; descer mais fundo que elas.
Eu sei disto, ou mehor, concluia saber.
Peraí que isso é muito sério! Merece atenção especial.
Então vai só na onda da popularização distorcedora dos termos? Isso já promeveu catástrofes e casos ridículos. Transformou sangue de grupo 0 em O, ADN em DNA, plate de torno mecânico em placa, fly back foi para flai primeiro pela ignorância de como se escrevia a pronúncia e, depois, pelo mesmo des"conhecimento", para flei, "já que todo mundo sabe que a, em inglês, se diz ei"... hahahahahaha! (uma das deturpações mais impressionantes que já vi de um termo), entre tantos outros casos. Estranhamente, no caso da AIDS, depois de um tempo, cheguei a ver a menção a SIDA, coisa estranha, já que o anglicismo se instalou irreversivelmente no caso de DNA. Muitas dessas aquisições de estrangeirismos poderão ser consideradas corrompimentos linguísticos, quando afetarem interpretações.
Em muitos desses casos, esses corrompimentos podem afetar os entendimentos que se tem ou se deveria ter dos termos. Quando se chega a criar a popular ideia de que o O do sangue seria de "Ótimo", quando, de fato, trata-se de uma simples ausência de alguma coisa que a maiora inculta não faz a menor ideia nem do que poderia ser, por exemplo.
No caso de entrelaçamento e emaranhamento, como eu disse, há diferença no sentido das palavras, diferença que afeta o significado do princípio, já que as partículas não estão interligadas no espaço-tempo transmitindo informações (como entrelaçamento pode sugerir), ou com potencial para isso, uma para a outra. Entanglement é palavra que está ligada à idea de confusão, embaralhamento, *emaranhamento*, porque as partículas deixam de ser definíveis em si mesmas independentemente, não que uma seja afetada pela outra, mas como se fossem uma só entidade difusa. Não há nem mesmo vantagem em transmitir informação de si para si mesmo; isso, simplesmente, não é transmitir informação. Confusão é um termo mais adequado até quando se avalia pela confusão que tudo isso causa em quem se dedica a pensar a respeito, além de as próprias serem confundíveis uma com a outra.
Eu sempre ressalto a importância do rigor na linguagem porque é a coisa mais importante que há. É tudo o que somos. Somos tão rigorosos, tão exatos, quanto for a linguagem. As palavras não têm poder, são a própria ilusão do mesmo. Bacon deveria ter dito: "linguagem rigorosa é poder". Seria melhor. De certa forma, foi o que ele disse na obra dele, como um todo. É o resumo da mensagem.
Vamos continuar, se o caro colga assim desejar, em breve. Trabalhei muito hoje( foram 95 abastecimentos), incomum para um domingo e, meu totó esta morrendo, o que me balança muito o humor.
Perdão mais uma vez e não existe desculpa, assumo a idiotice minha para com o Senhor.
Que é isso, Correio! Fiquei até desanimado com seu recuo. Não tem nada disso de ressentimento não. Você nunca distorceu nada do que eu disse, nunca agiu desonestamente comigo, e só estou dedicando esse tempo a você porque eu mesmo decidi (sempre dentro das minhas ilusões decisórias, claro). Não tenho nada contra você. Da sua sinceridade, diga tudo o que quiser para mim.
Que você tenha sempre um bom trabalho, com segurança; que o seu totó (além de Alice no País do Quantum teria algum Dorothy no Tornado do Spin?) tenha o fim mais ameno e amainado possível e que você progrida sempre são meus sinceros desejos para você. Erga-se todo dia e mantenha-se assim a todo instante e vá sempre em frente!
Obrigado
Não há de que.