Simplesmente acontece que essa posição, de valorização de genes acima de humanos, é algo que comumente as pessoas acharão bastante estranho (ou "maluquice" se o tom da conversa for informal o suficiente para permitir).
Mais ou menos tão estranho quanto alguém opinar que preferia a extinção de toda a vida, porque gosta apenas de minerais (especialmente de pedras preciosas), e acha que os seres vivos apenas fazem sujeira por toda parte, que os minerais são mais estáveis, previsíveis, e não defecam. Ou de todos os animais, porque as plantas não têm maldade, e nem sofrem, mas vivem num estado constante de nirvana.
Isso não é um "espantalho", nessa área de valores é tudo mais ou menos arbitrário, embora como fenômeno natural-cultural/histórico parta de tendências emocionais instintivas, de altruísmo dentro da espécie, que pode ser extendido a outras espécies. E raciocínios diversos são construídos em cima disso, não é uma "conclusão", é mais próximo de uma racionalização. Racionalizações que acabam em alguns casos se tornando excentricidades como racismo e genismo.
Difícil de entender como alguém pode escolher a preservação do bioma e não ser vegano-coletor ou algo assim. Deve exigir um bocado de racionalização. Bem como toda uma outra série de cenários que colocariam a consistência lógica disso à prova.