Prefiro a migração das mentes humanas para computadores subterrâneos alimentados por energia geotérmica e talvez alguns painéis solares, possivelmente com satélites captadores, preservando ao máximo a superfície para os outros seres vivos.
Periodicamente a cyber-humanidade construiria foguetes-escavadora que seriam lançados a outros planetas para novas cyber-colonizações subterrâneas. Nessa nova forma de existência, toda a questão de terraformação é ultrapassada.
E as mentes viveriam como? Teriam algum propósito existencial...? Criariamos realmente uma "alma"?
Essa sua descrição de uma mente independente de um cérebro orgânico é a definição de alma.
Seria uma mente dependente de um cérebro inorgânico. Não me parece bater com a definição que conheço de "alma".
O "propósito existencial" seria aquele que "já temos" (mais provavelmente no plural, já que não temos todos os mesmos objetivos), apenas faríamos isso num ambiente simulado, como em "matrix", mas simulando também a neurofisiologia/psicologia, não só o ambiente. O que quer que desejássemos fazer no "mundo real," faríamos no simulado, com a vantagem de requerer menos recursos, e até de podermos fazer "backups" de nossa existência e colonizar outras partes do universo com eles.
É só uma evolução de substrato, como os computadores atuais são para os computadores gigantes que ocupavam salas inteiras. A maior diferença seria também de velocidade. Aquilo que vivemos em décadas, poderíamos viver em segundos, dependendo da velocidade de processamento (mas provavelmente pareceriam ainda décadas para as simulações).
O único problema é se isso rodar em Windows, porque senão qualquer belo dia de repente estaríamos andando e tudo some, estamos numa enorme BSOD bidimensional, como se fosse tudo projetado em chroma-key e de repente projetassem uma BSOD.
Prefiro a migração das mentes humanas para computadores subterrâneos alimentados por energia geotérmica e talvez alguns painéis solares, possivelmente com satélites captadores, preservando ao máximo a superfície para os outros seres vivos.
Periodicamente a cyber-humanidade construiria foguetes-escavadora que seriam lançados a outros planetas para novas cyber-colonizações subterrâneas. Nessa nova forma de existência, toda a questão de terraformação é ultrapassada.
É mais fácil transferir o substrato computacional dessa cyber-humanidade para um asteróide. Daí que se ela ficar entediada com o Sistema Solar, é só ligar os motores e migrar para outro sistema.
Provavelmente a coisa eventualmente chegaria a um estado que poderíamos chamar de cyber-antropo-panspermia cosmo-darwinista. Além da manutenção da civilização, as tecnologias seriam voltadas também a backups. Esses backups iriam evoluindo, se tornando cada vez mais numerosos, os mais eficientes subsituindo os antigos e então se reproduzindo ainda mais rapidamente, até eventualmente atingir o nível trófico máximo do universo para a existência da cyber humanidade. Felizmente a expansão do espaço nos livrará do problema de superpopulação universal. Ainda que talvez possa vir a ser eventualmente necessário acelerá-la artificialmente.