Sim, por isto ele acredita que vai chover,
Ah bom... "Ele" (e você e quem mais "quiser") pode acreditar com a liberdade que também acredita que tem para isso. Eu não acredito em porcaria (nem em coisa boa hahahahaha) nenhuma. Para mim são cálculos e apostas, onde se perde e se ganha, tentando-se ganhar mais com mais exatidão.
baseado na experiência e possibilidade, mas ele pode estar errado e não chover, mas na fé não, ele não se baseia em nada, só na fé dos outros, cuja mesma fé não tem embasamento e nem evidências.
Acreditar
Eu acredito que quando eu chegar no supermercado ainda vai ter alface, pois ainda é muito cedo. Ele pode estar errado, mas geralmente, quando ele foi mais cedo ao supermercado, havia alface ainda.
Eu chamo isso de apostar. Crentes até apostam porque/no que acreditam, mas cada um aposta pelos motivos que os movem. Eu aposto que encontrarei coisas de mercado no mercado porque mercado... tem coisas de mercado! Na hora mais provável, na época mais provável... detalhes. Supermercados vendem alface; não tenho que acreditar ou não nisso. Que vai ter ou não o produto num dado momento ou não, também sei e sei das condições que levam à falta. Não preciso acreditar em nada para fazer uma aposta, nem mesmo em que as probabilidades possam tender para meu lado, meus interesses. Também não preciso nem acreditar nas probabilidades em si, elas são fato nos processos naturais. Não preciso acreditar em, absolutamente, nada. De fato, ninguém precisa. Ocorre apenas que os crentes gostam de acreditar porque sentem-se melhor assim. Mesmo os "crentes não fervorosos", como você aponta, sentem um toque de maior confortante confiança em sua "crença probabilística", como se fosse uma "garantia especial" concedida pela natureza, ainda que "parcial" mas é só crença do mesmo jeito, não adianta se enganar, que se enganar com isso é crença também.
Por fim, não é preciso nem acreditar que se pode estar errado ou perder uma aposta; isso é fato; o contrário disso é só crença na descrença, talvez a mais inextraível, inexpugnável das crenças.
Isso aqui é realmente "inacreditável", com o perdão do termo...
Dá até para vislumbrar uma nova corrente ateísta, com uma fixação esquisita num rigor lingüístico platônico, em vez de vegetarianismo... se bem que talvez isso já tenha começado com o "é melhor concluir do que acreditar"...
Tá, mas isso só vai dá para fazer depois que vocês crentes escolherem suas palavras definitivamente para que os da "nova corrente ateísta" possam adotar as palavras não corrompidas e serem todos felizes para sempre. Já escolheu as suas?
Ou talvez sejam só formas diferentes de expressar a mesma coisa, que não deveriam ser dignas de tanto "debate". Em 99,999% do tempo, implícito em "não acreditar em deuses", estão outras crenças; não existe "ateísmo puro", livre de outras crenças/admissão de verdades/fatos, senão em situações irrelevantes, como o "ateísmo" de bebês, pardais e samambaias.
Não é ateísmo, é condição (física) ateia. Bebês, pardais, samambaias, pedras, todas as plantas, animais, minerais, elementos e estruturas não cognitivas 'mínimo-humanas' que comportem-se em comunicabilidade, inter e intra, não declaram ateísmo; são só, muito simplesmente, ateias.
"Não acredito que a totalidade das coisas inclui deuses", "acredito que a totalidade das coisas não inclui deuses"
A descrença válida não mira nas coisas objetivas mas nas declarações/afirmações de outras fontes linguísticas. Eu não digo que não acredito que deuses não existem ou não existem nas coisas. Eu AFIRMO que não existem. O que digo que não acredito é nas afirmações das máquinas crentes de que existem/existiriam. Elas provocam com o recurso ridículo da inversão mas quem, obrigatoriamente, pelas condições impostas pela realidade, começa a "brincadeira", são os crentes, não os descrentes. Então, essa manobrinha sintática aí não vale de argumento para nada.
Simplificando para os dificultosos no entendimento, especialmente os crentes, que lerem: não é em deus(es) que não acredito, crentes, é em vocês! Eu não tenho problemas com deuses; coisas que não existem não podem ser problema para nada. Já, vocês, crentes, existem...
"Pedro pintou a porta", "a porta foi pintada por Pedro".
Só maneiras diferentes de se expressar a mesma realidade.
Bonitinho isso... talvez possa servir como distração para a hora do recreio de crianças na alfabetização, brincar assim com as palavras...
E já disse mais do que valia a pena dizer sobre esse polêmico tema...
Talvez..., só não expôs nada que fosse argumento.