Sim, é claro que é. É fundado na oposição ao teísmo, crença em divindade qualquer. Quando se ataca o adversário, funda-se inexoravemente nas bases dele, o que até permite esmagá-lo contra elas, mas elas fundam o ataque.
Agora... momentos de felicidade eu também encontro aqui, quando vejo aprenderem, sendo não o mais importante o fato de que tenha sido com o Cientista, mas aprenderem. Isso reforça esperanças... Ocorre, lamentavelmente, que sou obrigado a uma advertência formal...
Não disse que a falta de crença é uma crença, eu disse que, considerar uma afirmação falsa ou verdadeira com base numa convicção intima, é crença, e não falta de crença.
Primeiro, a consideração sobre a falsidade dos argumentos religiosos não se dá através de uma convicção íntima, subjetiva, tal qual a crença no misticismo. Ela se dá através de fatos considerados fantasiosos, supersticiosos, e incoerentes com a realidade observada e normalmente aceita, que não são aceitos nem pelos mesmo crentes se a mesma condição estiver fora dos parâmetros e ou doutrinas de sua própria religião ou crença mística e sobrenatural. O foro íntimo para explicar a própria convicção é apenas de cunho da crença religiosa.
Negar a existência de deus, é uma crença de negação (ateísmo), aceitar a existência de deus, é uma crença de aceitação (teísmo), e não aceitar nem negar, seria a unica posição que realmente não constroem uma crença sobre o assunto, está última é o agnosticismo.
Isso é masturbação mental, e como já expliquei, o ateísmo não nega simplesmente a existência de deuses, ele só existe pela condição da descrença e não da negação simples. O ateu só pode existir depois da aparição do crente místico, que afirma a existência, crê nela, sendo que o ateu não vê qualidades suficientes para acreditar. O ateu nunca parte do pressuposto da negação da existência por convicção própria, a convicção da falsidade surge através da falha dos argumentos de outrem, não tem nada a ver com a intimidade.
Agnosticismo não nega nem aceita a existência de um deus pessoal transcendental, porque está ideia é infalseável. Se é infalseável, não pode ser comprovada nem refutada.
O ateísmo nega a existência deste deus, porque não há evidências de sua existência, ou porque tal ideia não pode ser cientificamente investigada.
E uma coisa não exclui a outra, sendo que a muitos ateus também são agnósticos e vice-versa.
Esta é a diferença que torna o ateísmo crença e o agnosticismo não. Por falta de evidências e possibilidade de investigação, o agnosticismo suspende o juízo sobre a questão da ideia da existência de deus, enquanto o ateísmo a considera a falsa.
Não, porque o agnosticismo e o ateísmo não são excludentes entre si, podem ser totalmente complementares. Você faz malabarismos filosóficos para tentar mostrar que algo que por definição é uma descrença, seria uma crença. O ateísmo não é conjunto de idéias, não é doutrina, não é ideologia e não é uma crença de forma alguma, é simplesmente a falta de crença em divindades. Fora disso, não é ateísmo. Não se crê na descrença, não se doutrina pela descrença e não se ideologiza pela descrença, pois não seria descrença.
A autorização para a reprodução das ideias do Cientista é concedida desde que seja indicada a fonte...
Ademais, não pode vir felicidade sem a contraparte da tristeza... Que desespero para validar os próprios princípios insustentáveis que leva a sinonimizar ateísmo e descrença, repetindo descrença várias vezes... Se ateu e descrente são sinônimos, prefiro descrente em deuses; assim encerro a discussão.
Precisam de crenças sim para serem aceitas, quando copérnico expôs por evidências verificáveis que a terra não era o centro de nosso sistema solar, mas sim o sol, e que todos os planetas, inclusive a terra é que orbitavam o sol, e não o contrário, muitos recusaram acreditar nesta proposição, apesar das evidências darem suporte a ela, e fazerem muito mais sentido do que o antigo modelo proposto pro Ptolomeu, onde a terra era o centro...
Fatos científicos não precisam de "crença" para serem aceitos e sim de conhecimento. O que você pode alegar - e nisto eu concordo - é que hoje o conhecimento é tão vasto que é virtualmente impossível alguém saber 'tudo de tudo' dele (conhecimento) e, deste modo, a recepção da maioria das informações por alguém tem de ser acrítica, ou seja, seria um tipo de atitude de "crença".
Seja lá o que for que você chame de "fatos científicos", a grande maioria deles é aceita não porque a pessoa refletiu, investigou profundamente e exaustivamente, e testou o assunto, e sim porque acredita-se ou seja crê-se que os especialistas estão certos, pois afinal de contas os especialistas da ciência conseguiram e conseguem fazer coisas como gerar e distribuir eletricidade, lâmpadas, televisões, carros , aviões enormes que voam, então por extensão crê-se que as outras coisas que os especialistas da ciência dizem que é verdade é realmente verdade.
Isso está ligado a algo que eu disse para a CinderellaChanel, no tópico 'Seria a Lua uma nave espacial':
Já que não iria ser suficiente ler os dados geológicos da lua, do que ela é composta;
Pode não ser suficiente porque tais informações só podem constituir sentido, para sua questão, no contexto de outros conhecimentos e informações em maior complexidade.
Então, é exatamente isto! Qual o seu ponto? Os fatos conjuntam-se na mente, e é preciso conhecê-los. Um fato perdido no meio do nada pode não parecer um fato. Fatos reforçam-se e contrapõem-se e só fatos podem anular "fatos". O conhecimento aumenta e esse aumento melhora o crivo para os fatos que permanecerão. MAS, na base de tudo isto, lá no "começo", quando "nenhum conhecimento há", está o modo basilar de pensar, que determinará todo o resto do percurso da mente.
Eu já realizei tantos experimentos na vida, justamente porque não queria depender de fatos não observados por mim. Cheguei a extremos como reproduzir o experimento de Millikan, e reconheço a realidade dessas suas palavras, ...até aqui.
E muitas das proposições científicas não são nada evidentes, muitas delas, talvez a maioria, exigem complicadas e longas cadeias de raciocínio, e muitas vezes experimentos minuciosos, detalhados difíceis e repetitivos e com uso intensivo de técnicas e métodos estatísticos para serem verificadas. Muitas ou mesmo a maioria não são nenhum pouco evidentes.
Até aqui também, quase perfeitamente.
Aqui (abaixo) é que...
Sequer a chamada gravidade contida na Teoria da Gravitação Universal proposta por Newton é evidente, muitas e muitas pessoas confundem fenômeno diretamente observável da queda livre (deslocamento de um corpo de um ponto A mais "alto" para um ponto B mais "baixo" em relação à superfície/solo, como sendo uma evidência facilmente e diretamente observável da Teoria da Gravitação Universal , isto é um grande engano, um teste terrestre básico para a Teoria da Gravitação exige uma experiência complicada que não é nada fácil de ser executada, como por exemplo a experiência de Cavendish ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_de_Cavendish ) .
Primeiro que a gravidade estaria "contida na teoria newtoniana da gravitação", apenas, **teoricamente**. Fisicamente, é o contrário que se verifica, o que significa, pelo menos no caso específico para teorizadores filosofadores com os quais perde-se tempo e nada se ganha, que A *gravidade* É evidente. No mais... o que uma coisa aí tem que ver com outra? Não vejo, não só a suposta conexão que quererias fazer, como nem a suposição vejo.