Quem for assinante Globosat, assistam no globosatplay ao último Diálogos, com Mario Sergio Conti. Ele entrevistou o presidente do Novo. Gostei, embora tenha achado o programa curto e pouco explorado.
O legal é que em várias colocações do Amoêdo, o Conti ficou contra a parede e deixou claro seu viés socialista (além de mostrar que tem dificuldade de abstrair conceitos fora do Estado).
Saudações
Vi o programa que foi reprisado hoje pela manhã.
Não vi todo, apenas algumas partes.
Mas pelo que vi, se me permite a franqueza, achei fraco o rapaz do NOVO.
Não sei se o termo "fraco" é o mais aplicável. É que eu não senti empolgação, entusiasmo, vitalidade para alguém que está começando um novo tempo na política, novas ideias, novos paradigmas.
Ademais, senti pouco conteúdo argumentativo também.
O mais chato foi ter que ver o entrevistador, visivelmente governista, conduzir não uma entrevista, em que se almeja extrair o pensamento do entrevistado, mas um debate aguerrido.
O muito chato foi ter que ver esse mesmo entrevistador, visivelmente contrariado com as ideias do entrevistado, revirar os olhos nas suas afirmações, expressar-se olhando de cima para baixo, empoleirado numa empáfia digna de nota, querer desestruturar o discurso do entrevistado.
Amoêdo respondeu mal sobre a privatização da Petrobras. Questionado que o modelo francês e norueguês são estatais e que dão certo, ele não apresentou os motivos de preferir o modelo americano; simplesmente disse que prefere o modelo americano. Parou aí. Seria a oportunidade para confrontar os modelos que estavam em cima da mesa.
Amoêdo não conseguiu convencer que as pedaladas fiscais são descumprimentos da lei. Ponto final.
Ele falou em normas, manobra contábil...
Não!
É a Lei. Ponto final.
Não se pode deixar pra lá a lei. Outros governantes virão e farão a mesma coisa, já que não há punição.
Não se pode ignorar o que existe para moralizar a administração pública.
Que exemplo se dá se qualquer um vem e deixa rombos em orçamentos?
Conti veio com a conversa mole petista de que foram dadas para pagar Bolsa Família e não deixar brasileiro passando fome.
E isso é motivo para descumprir a lei?
Amoêdo também foi fraco na sua exposição.
Senti impaciência por ele estar sendo quase surrado e não segui na entrevista.
O NOVO, se quiser esgrimir ideias vai precisar de gente preparada não só no conteúdo, mas também no gogó. Vai precisar de gente boa de verbo e de palanque.
Tímidos e acanhados, risonhos demais como Amoêdo, representantes assim vão ser atropelados por profissionais da política.
Um simples entrevistador, desprovido até de bons motes para defender (porque são indefensáveis), conseguiu empurrar o rapaz para as cordas.