Autor Tópico: NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido  (Lida 12091 vezes)

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Offline Jurubeba

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #100 Online: 13 de Outubro de 2015, 13:25:25 »
Antes de proporem uma utopia ainda maior que o comunismo, como o é o anarquismo( uma impossibilidade por autoexcludência)e em grande medida o anarcocapitalismo e seus congêneres, devia ler o Leviatã, de Thomas Hobbes.
Sim, eu sei que o anarquismo é utópico. Nem os anarquistas (os honestos) acreditam que o anarquismo será alcançado.

No entanto, buscar o anarquismo pode não permitir sua implantação, mas com certeza permite avançar na redução do intervencionismo e do tamanho do Estado. Recentemente li um artigo muito bom sobre isso: sabemos que, devido à natureza humana, o fim dos crimes ou homicídios é algo inalcançável. Mas nem por isso deixaremos de buscar a paz pelo fato de ser virtualmente impossível que crimes deixem de acontecer.

Do mesmo modo, de forma mais poética, sabemos que somos mortais, mas nem por isso deixaremos de pesquisar mecanismos que prolonguem nossa vida pelo fato de que morreremos mesmo assim.

Eu entendo que há uma grande diferença em caminhar na direção de algo e alcançar esse algo. Acredito que nesse caminhar, muita coisa boa advém da jornada.

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #101 Online: 13 de Outubro de 2015, 13:47:11 »
Antes de proporem uma utopia ainda maior que o comunismo, como o é o anarquismo( uma impossibilidade por autoexcludência)e em grande medida o anarcocapitalismo e seus congêneres, devia ler o Leviatã, de Thomas Hobbes.
Sim, eu sei que o anarquismo é utópico. Nem os anarquistas (os honestos) acreditam que o anarquismo será alcançado.

No entanto, buscar o anarquismo pode não permitir sua implantação, mas com certeza permite avançar na redução do intervencionismo e do tamanho do Estado. Recentemente li um artigo muito bom sobre isso: sabemos que, devido à natureza humana, o fim dos crimes ou homicídios é algo inalcançável. Mas nem por isso deixaremos de buscar a paz pelo fato de ser virtualmente impossível que crimes deixem de acontecer.

Do mesmo modo, de forma mais poética, sabemos que somos mortais, mas nem por isso deixaremos de pesquisar mecanismos que prolonguem nossa vida pelo fato de que morreremos mesmo assim.

Eu entendo que há uma grande diferença em caminhar na direção de algo e alcançar esse algo. Acredito que nesse caminhar, muita coisa boa advém da jornada.

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Mas não estou falando de utilitarismo e sim de pragmatismo. "Deus" é possível pelo viés utilitarista mas não pragmaticamente.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Jurubeba

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #102 Online: 13 de Outubro de 2015, 13:50:07 »
Antes de proporem uma utopia ainda maior que o comunismo, como o é o anarquismo( uma impossibilidade por autoexcludência)e em grande medida o anarcocapitalismo e seus congêneres, devia ler o Leviatã, de Thomas Hobbes.
Sim, eu sei que o anarquismo é utópico. Nem os anarquistas (os honestos) acreditam que o anarquismo será alcançado.

No entanto, buscar o anarquismo pode não permitir sua implantação, mas com certeza permite avançar na redução do intervencionismo e do tamanho do Estado. Recentemente li um artigo muito bom sobre isso: sabemos que, devido à natureza humana, o fim dos crimes ou homicídios é algo inalcançável. Mas nem por isso deixaremos de buscar a paz pelo fato de ser virtualmente impossível que crimes deixem de acontecer.

Do mesmo modo, de forma mais poética, sabemos que somos mortais, mas nem por isso deixaremos de pesquisar mecanismos que prolonguem nossa vida pelo fato de que morreremos mesmo assim.

Eu entendo que há uma grande diferença em caminhar na direção de algo e alcançar esse algo. Acredito que nesse caminhar, muita coisa boa advém da jornada.

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Mas não estou falando de utilitarismo e sim de pragmatismo. "Deus" é possível pelo viés utilitarista mas não pragmaticamente.
Mas o que é mais pragmático: ter como foco uma meta (mesmo utópica) que, à cada passo, modifica positivamente a sociedade ou deixar pra lá e se resignar com o Leviatã, já que minha meta é inalcançável?

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #103 Online: 13 de Outubro de 2015, 13:55:43 »
No entanto, buscar o anarquismo pode não permitir sua implantação, mas com certeza permite avançar na redução do intervencionismo e do tamanho do Estado. Recentemente li um artigo muito bom sobre isso:
O intervencionismo e o tamanho do Estado não são deletérios em si, mas sim o que disso se queira negativo.

sabemos que,

Como diz mi Capitan, Cientista, "sabemos" quem, cara pálida? Me exclua fora(de dentro) dessa!



 devido à natureza humana, o fim dos crimes ou homicídios é algo inalcançável. Mas nem por isso deixaremos de buscar a paz pelo fato de ser virtualmente impossível que crimes deixem de acontecer.


Discordo. O fim dos crimes e homicídios é alcançado o tempo todo, apenas ocorrem recidivas.
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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #104 Online: 13 de Outubro de 2015, 13:59:02 »
Discordo. O fim dos crimes e homicídios é alcançado o tempo todo, apenas ocorrem recidivas.
E eu discordo de sua discordância  :biglol:

Crimes continuam existindo.

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #105 Online: 13 de Outubro de 2015, 13:59:38 »
Antes de proporem uma utopia ainda maior que o comunismo, como o é o anarquismo( uma impossibilidade por autoexcludência)e em grande medida o anarcocapitalismo e seus congêneres, devia ler o Leviatã, de Thomas Hobbes.
Sim, eu sei que o anarquismo é utópico. Nem os anarquistas (os honestos) acreditam que o anarquismo será alcançado.

No entanto, buscar o anarquismo pode não permitir sua implantação, mas com certeza permite avançar na redução do intervencionismo e do tamanho do Estado. Recentemente li um artigo muito bom sobre isso: sabemos que, devido à natureza humana, o fim dos crimes ou homicídios é algo inalcançável. Mas nem por isso deixaremos de buscar a paz pelo fato de ser virtualmente impossível que crimes deixem de acontecer.

Do mesmo modo, de forma mais poética, sabemos que somos mortais, mas nem por isso deixaremos de pesquisar mecanismos que prolonguem nossa vida pelo fato de que morreremos mesmo assim.

Eu entendo que há uma grande diferença em caminhar na direção de algo e alcançar esse algo. Acredito que nesse caminhar, muita coisa boa advém da jornada.

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Mas não estou falando de utilitarismo e sim de pragmatismo. "Deus" é possível pelo viés utilitarista mas não pragmaticamente.
Mas o que é mais pragmático: ter como foco uma meta (mesmo utópica) que, à cada passo, modifica positivamente a sociedade ou deixar pra lá e se resignar com o Leviatã, já que minha meta é inalcançável?

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Isso é o que eu acho(pra desambiguar certas metas utópicas).

Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
Mateus 7:24-27
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Offline Jurubeba

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #106 Online: 13 de Outubro de 2015, 14:12:47 »
Isso é o que eu acho(pra desambiguar certas metas utópicas).

Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
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Isso é o que você considera deixar de ser ambíguo  :susto:

Então tá. Qual seria a rocha?

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« Resposta #107 Online: 13 de Outubro de 2015, 14:24:42 »
Isso é o que eu acho(pra desambiguar certas metas utópicas).

Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
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Isso é o que você considera deixar de ser ambíguo  :susto:

Então tá. Qual seria a rocha?

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"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. João 13;34

A regra de ouro, não fazer aos outros aquilo que não quer que façam a você. Pode parecer elusivo mas é a única "rocha" real.

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #108 Online: 13 de Outubro de 2015, 14:28:57 »
A regra de ouro, não fazer aos outros aquilo que não quer que façam a você. Pode parecer elusivo mas é a única "rocha" real.
Na boa, não consigo ver o que isso tem a ver com nossa discussão? E você ainda fala em utopia  :umm:

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Offline Gabarito

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #109 Online: 13 de Outubro de 2015, 14:34:33 »
Quem for assinante Globosat, assistam no globosatplay ao último Diálogos, com Mario Sergio Conti. Ele entrevistou o presidente do Novo. Gostei, embora tenha achado o programa curto e pouco explorado.

O legal é que em várias colocações do Amoêdo, o Conti ficou contra a parede e deixou claro seu viés socialista (além de mostrar que tem dificuldade de abstrair conceitos fora do Estado).

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Vi o programa que foi reprisado hoje pela manhã.
Não vi todo, apenas algumas partes.

Mas pelo que vi, se me permite a franqueza, achei fraco o rapaz do NOVO.
Não sei se o termo "fraco" é o mais aplicável. É que eu não senti empolgação, entusiasmo, vitalidade para alguém que está começando um novo tempo na política, novas ideias, novos paradigmas.

Ademais, senti pouco conteúdo argumentativo também.

O mais chato foi ter que ver o entrevistador, visivelmente governista, conduzir não uma entrevista, em que se almeja extrair o pensamento do entrevistado, mas um debate aguerrido.
O muito chato foi ter que ver esse mesmo entrevistador, visivelmente contrariado com as ideias do entrevistado, revirar os olhos nas suas afirmações, expressar-se olhando de cima para baixo, empoleirado numa empáfia digna de nota, querer desestruturar o discurso do entrevistado.

Amoêdo respondeu mal sobre a privatização da Petrobras. Questionado que o modelo francês e norueguês são estatais e que dão certo, ele não apresentou os motivos de preferir o modelo americano; simplesmente disse que prefere o modelo americano. Parou aí. Seria a oportunidade para confrontar os modelos que estavam em cima da mesa.

Amoêdo não conseguiu convencer que as pedaladas fiscais são descumprimentos da lei. Ponto final.
Ele falou em normas, manobra contábil...
Não!
É a Lei. Ponto final.
Não se pode deixar pra lá a lei. Outros governantes virão e farão a mesma coisa, já que não há punição.
Não se pode ignorar o que existe para moralizar a administração pública.
Que exemplo se dá se qualquer um vem e deixa rombos em orçamentos?

Conti veio com a conversa mole petista de que foram dadas para pagar Bolsa Família e não deixar brasileiro passando fome.
E isso é motivo para descumprir a lei?
Amoêdo também foi fraco na sua exposição.

Senti impaciência por ele estar sendo quase surrado e não segui na entrevista.


O NOVO, se quiser esgrimir ideias vai precisar de gente preparada não só no conteúdo, mas também no gogó. Vai precisar de gente boa de verbo e de palanque.
Tímidos e acanhados, risonhos demais como Amoêdo, representantes assim vão ser atropelados por profissionais da política.
Um simples entrevistador, desprovido até de bons motes para defender (porque são indefensáveis), conseguiu empurrar o rapaz para as cordas.
« Última modificação: 13 de Outubro de 2015, 14:39:16 por Gabarito »

Offline Sergiomgbr

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #110 Online: 13 de Outubro de 2015, 14:38:24 »
A regra de ouro, não fazer aos outros aquilo que não quer que façam a você. Pode parecer elusivo mas é a única "rocha" real.
Na boa, não consigo ver o que isso tem a ver com nossa discussão? E você ainda fala em utopia  :umm:

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Compreendo que você não perceba do que estou falando, mas eu tinha que me expressar da única forma que correspondesse as minhas convicções, se elas te desorientam, é um efeito colateral que eu não poderia evitar.

Mas não estou falando nem de longe de utopia, quis dizer que sistemas de governo e teorias econômicas como soluções "salvadoras" não existem, o que existe em algum grau funcional é a perspectiva que pelo menos a educação possa ser paliativa em algumas "incongruências" nas relações econômicas assim como nas relações humanas em geral.
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Offline Jurubeba

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #111 Online: 13 de Outubro de 2015, 14:45:43 »
Quem for assinante Globosat, assistam no globosatplay ao último Diálogos, com Mario Sergio Conti. Ele entrevistou o presidente do Novo. Gostei, embora tenha achado o programa curto e pouco explorado.

O legal é que em várias colocações do Amoêdo, o Conti ficou contra a parede e deixou claro seu viés socialista (além de mostrar que tem dificuldade de abstrair conceitos fora do Estado).

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Vi o programa que foi reprisado hoje pela manhã.
Não vi todo, apenas algumas partes.

Mas pelo que vi, se me permite a franqueza, achei fraco o rapaz do NOVO.
Não sei se o termo "fraco" é o mais aplicável. É que eu não senti empolgação, entusiasmo, vitalidade para alguém que está começando um novo tempo na política, novas ideias, novos paradigmas.

Ademais, senti pouco conteúdo argumentativo também.

O mais chato foi ter que ver o entrevistador, visivelmente governista, conduzir não uma entrevista, em que se almeja extrair o pensamento do entrevistado, mas um debate aguerrido.
O muito chato foi ter que ver esse mesmo entrevistador, visivelmente contrariado com as ideias do entrevistado, revirar os olhos nas suas afirmações, expressar-se olhando de cima para baixo, empoleirado numa empáfia digna de nota, querer desestruturar o discurso do entrevistado.

Amoêdo respondeu mal sobre a privatização da Petrobras. Questionado que o modelo francês e norueguês são estatais e que dão certo, ele não apresentou os motivos de preferir o modelo americano; simplesmente disse que prefere o modelo americano. Parou aí. Seria a oportunidade para confrontar os modelos que estavam em cima da mesa.

Amoêdo não conseguiu convencer que as pedaladas fiscais são descumprimentos da lei. Ponto final.
Ele falou em normas, manobra contábil...
Não!
É a Lei. Ponto final.
Não se pode deixar pra lá a lei. Outros governantes virão e farão a mesma coisa, já que não há punição.
Não se pode ignorar o que existe para moralizar a administração pública.
Que exemplo se dá se qualquer um vem e deixa rombos em orçamentos?

Conti veio com a conversa mole petista de que foram dadas para pagar Bolsa Família e não deixar brasileiro passando fome.
E isso é motivo para descumprir a lei?
Amoêdo também foi fraco na sua exposição.

Senti impaciência por ele estar sendo quase surrado e não segui na entrevista.


O NOVO, se quiser esgrimir ideias vai precisar de gente preparada não só no conteúdo, mas também no gogó. Vai precisar de gente boa de verbo e de palanque.
Tímidos e acanhados, risonhos demais como Amoêdo, representantes assim vão ser atropelados por profissionais da política.
Um simples entrevistador, desprovido até de bons motes para defender (porque são indefensáveis), conseguiu empurrar o rapaz para as cordas.
Interessante. Eu tive outra impressão da entrevista.

Achei que ele, embora sem aprofundar os temas, foi bem. Concordo que ele é comedido (talvez falte o traquejo), mas como eu simpatizo mais com recato e tato do que com (como você diz) gogó, eu gostei da performance.

Achei que em alguns pontos, dado a insistência do entrevistador (que revelou ter viés socialista e ser governista), o Amoêdo, de forma sutil, conseguiu constranger o entrevistador que correu para mudar de tópico. Mais especificamente, veja só, no tema das pedaladas.

É, sou obrigado a concordar com o herege Leonardo Boff: todo ponto de vista é a vista de um ponto.

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Offline André Luiz

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #112 Online: 13 de Outubro de 2015, 20:22:08 »
Também vi a entrevista e quase taquei pedra na televisão, o entrevistador chegou a afirmar que roubar não é tão ruim assim e que o impeachment é uma atitude drástica
 :ira: :ira:

Offline Gabarito

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« Resposta #113 Online: 13 de Outubro de 2015, 20:33:36 »
Também vi a entrevista e quase taquei pedra na televisão, o entrevistador chegou a afirmar que roubar não é tão ruim assim e que o impeachment é uma atitude drástica
 :ira: :ira:

Eu não me lembro de já ter visto uma pessoa tão pedante quanto aquele entrevistador.
Quando eu disse que ele revira os olhos ao se refestelar na sua empáfia, não é exagero ou figura de linguagem, não.
Podem ver na entrevista. Ele se encosta no espaldar da poltrona e fecha os olhos ao expor seus argumentos, como quem acha que está disparando mísseis balísticos fatais.
Precisava ter um entrevistado que o fizesse descer do pedestal, dando respostas fulminantes. Amoêdo precisa se soltar mais, ser mais assertivo e habilidoso no raciocínio para enfrentar esses embates.

Offline Jurubeba

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #114 Online: 13 de Outubro de 2015, 20:42:39 »
Também vi a entrevista e quase taquei pedra na televisão, o entrevistador chegou a afirmar que roubar não é tão ruim assim e que o impeachment é uma atitude drástica
 :ira: :ira:

Eu não me lembro de já ter visto uma pessoa tão pedante quanto aquele entrevistador.
Quando eu disse que ele revira os olhos ao se refestelar na sua empáfia, não é exagero ou figura de linguagem, não.
Podem ver na entrevista. Ele se encosta no espaldar da poltrona e fecha os olhos ao expor seus argumentos, como quem acha que está disparando mísseis balísticos fatais.
Precisava ter um entrevistado que o fizesse descer do pedestal, dando respostas fulminantes. Amoêdo precisa se soltar mais, ser mais assertivo e habilidoso no raciocínio para enfrentar esses embates.
Concordo no geral, com ênfase no negritado  :ok: No entanto, sua forma de comunicar me agrada, conforme eu disse anteriormente.

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Offline Jurubeba

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #115 Online: 14 de Outubro de 2015, 11:19:21 »
Compreendo que você não perceba do que estou falando, mas eu tinha que me expressar da única forma que correspondesse as minhas convicções, se elas te desorientam, é um efeito colateral que eu não poderia evitar.

Mas não estou falando nem de longe de utopia, quis dizer que sistemas de governo e teorias econômicas como soluções "salvadoras" não existem, o que existe em algum grau funcional é a perspectiva que pelo menos a educação possa ser paliativa em algumas "incongruências" nas relações econômicas assim como nas relações humanas em geral.
Compreendo.

Tomando como base o que destaquei acima, talvez alguém com melhor bagagem e conhecimento possa expressar o que venho tentando dizer. Vai requerer a leitura do artigo abaixo:

Citar
O anarcocapitalismo é viável?

A viabilidade do anarcocapitalismo, como a de qualquer sistema político (mesmo sendo o Estado de Bem-Estar Social ou o totalitarismo cubano), requer a aceitação tácita de uma massa crítica da população. Neste sentido, não se trata hoje de se o anarcocapitalismo é viável ou não. Com a maior parte da população tendo interiorizadas ideias estatistas, é óbvio que não. A questão é se o anarcocapitalismo é uma ordem social potencialmente viável, isto é, se pode ser viável. E ainda quando sua implantação só se conceba a longo prazo, isso não significa que não nos sirva de guia na hora de determinar como deveriam ser as coisas e para onde devemos avançar.

(Texto completo no link do artigo)

Sobre sua afirmação:

Citar
[...]o que existe em algum grau funcional é a perspectiva que pelo menos a educação possa ser paliativa em algumas "incongruências" nas relações econômicas assim como nas relações humanas em geral.

Estou plenamente de acordo  :ok: É por isso que informação, conhecimento e cultura são coisas que defendo e prezo (acho que todos nós aqui). Mas não defendo a educação vazia, que espera ou acredita num curso natural e inevitável em direção à fatalidade de uma sociedade utópica. Por isso me expresso, muitas vezes, com ansiedade e com a convicção de que apenas a ação humana é capaz de fazer as coisas acontecerem.

Não estou dizendo que você pensa assim, mas estou afirmando que a impossibilidade de uma utopia não inviabiliza a busca da mesma e não impede que benefícios advenham de tal busca, mesmo que essa busca seja uma quimera.

Quando eu disse que a imagem evangélica que você usou não contribuía na discussão eu quis dizer que, por mais correta e certa essa filosofia, ela é vazia se não encontra correlação com a vida prática e a ação humana. Se a rocha são princípios, que a ação seja a consolidação de tais princípios, e não expectativas inertes. Por isso considerei uma utopia maior do que falar em anarcocapitalismo, que demanda ações concretas mesmo que o resultado não seja a anarquia em si.

No entanto, quando você coloca em termos de educação (estou considerando que você fala em conhecimento e cultura), existem ações que podem e devem ser tomadas que se alinham exatamente como o que venho colocando. Não pode ser esta educação que está posta aí para a sociedade, que forma dependentes do Estado e demandantes de direitos.

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Offline Sergiomgbr

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #116 Online: 14 de Outubro de 2015, 13:45:31 »

No entanto, quando você coloca em termos de educação (estou considerando que você fala em conhecimento e cultura), existem ações que podem e devem ser tomadas que se alinham exatamente como o que venho colocando. Não pode ser esta educação que está posta aí para a sociedade, que forma dependentes do Estado e demandantes de direitos.

Saudações
Ora, Jurubeba, se você relativizar educação, tudo o mais também é relativizável, tornando inútil seguir argumentando.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Jurubeba

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #117 Online: 14 de Outubro de 2015, 14:32:44 »

No entanto, quando você coloca em termos de educação (estou considerando que você fala em conhecimento e cultura), existem ações que podem e devem ser tomadas que se alinham exatamente como o que venho colocando. Não pode ser esta educação que está posta aí para a sociedade, que forma dependentes do Estado e demandantes de direitos.

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Ora, Jurubeba, se você relativizar educação, tudo o mais também é relativizável, tornando inútil seguir argumentando.
Só é inútil se você considera o atual currículo do MEC como bom. Aí não há discussão mesmo.

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Rhyan

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #118 Online: 14 de Outubro de 2015, 22:56:57 »
Exatamente, livre mercado e corporativismo são coisas opostas. Veja p.e. a defesa que os liberais fazem do Uber contra o corporativismo estado+taxitas.

Se grandes empresas então se dando bem, o consumidor esta se dando mal. O liberalismo é sempre focado no consumidor, que é o rei do capitalismo.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #119 Online: 15 de Outubro de 2015, 22:06:49 »
Mas pelo que vi, se me permite a franqueza, achei fraco o rapaz do NOVO.
Não sei se o termo "fraco" é o mais aplicável. É que eu não senti empolgação, entusiasmo, vitalidade para alguém que está começando um novo tempo na política, novas ideias, novos paradigmas.


Ironicamente, os comunistas são quem mais investem no marketing/imagem.

Offline Jurubeba

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #120 Online: 17 de Outubro de 2015, 19:25:54 »
Curso rápido de Libertarianismo  :hihi:

(Ative as legendas)

<a href="https://www.youtube.com/v/AAG39Lum1CY&amp;list=PLD13C2E4DC782E0C6" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/AAG39Lum1CY&amp;list=PLD13C2E4DC782E0C6</a>

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« Última modificação: 17 de Outubro de 2015, 19:28:07 por Jurubeba »

Offline Jurubeba

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #121 Online: 17 de Outubro de 2015, 22:35:32 »
Antes de proporem uma utopia ainda maior que o comunismo, como o é o anarquismo( uma impossibilidade por autoexcludência)e em grande medida o anarcocapitalismo e seus congêneres, devia ler o Leviatã, de Thomas Hobbes.
Sim, eu sei que o anarquismo é utópico. Nem os anarquistas (os honestos) acreditam que o anarquismo será alcançado.

No entanto, buscar o anarquismo pode não permitir sua implantação, mas com certeza permite avançar na redução do intervencionismo e do tamanho do Estado. Recentemente li um artigo muito bom sobre isso: sabemos que, devido à natureza humana, o fim dos crimes ou homicídios é algo inalcançável. Mas nem por isso deixaremos de buscar a paz pelo fato de ser virtualmente impossível que crimes deixem de acontecer.

Do mesmo modo, de forma mais poética, sabemos que somos mortais, mas nem por isso deixaremos de pesquisar mecanismos que prolonguem nossa vida pelo fato de que morreremos mesmo assim.

Eu entendo que há uma grande diferença em caminhar na direção de algo e alcançar esse algo. Acredito que nesse caminhar, muita coisa boa advém da jornada.

Saudações
Encontrei o artigo que eu cito acima:

Citar
O que significa ser um anarcocapitalista?

Os libertários que se opõem à anarquia (no sentido literal, i.e., ausência de estado) estão atacando um espantalho.  A natureza de seus argumentos é normalmente utilitarista e se resume a "ah, mas a anarquia não funcionaria" ou "nós precisamos que o estado forneça pelo menos (preencha ao seu critério)".  Mas esses ataques são, na melhor das hipóteses, confusos; na maioria das vezes, são falsos e hipócritas.  Ser um anarquista não significa pensar que a anarquia vai "funcionar" (seja lá o que isso signifique);  também não significa predizer que a anarquia irá ou "poderá" ser alcançada — afinal, é perfeitamente possível ser um anarquista pessimista.  Ser um anarquista significa apenas acreditar que a agressão não é justificável, e que o estado necessariamente faz uso da agressão.  E, portanto, o estado, e a agressão que ele utiliza, não são justificáveis.  É algo bem simples, realmente.  Trata-se de uma visão ética — por isso, não é surpresa que confunda os utilitaristas.

Consequentemente, qualquer um que não seja um anarquista deve argumentar duas coisas: (a) iniciar agressão é algo justificável e (b) os estados (em particular, os estados mínimos) não necessariamente empregam a agressão.

A proposição (b) é claramente falsa.  Os estados sempre tributam seus cidadãos, o que é uma forma clara de agressão.  Os estados sempre proíbem a concorrência de agências de defesa, garantindo para si o monopólio da segurança — o que também equivale a uma agressão.  (Para não mencionar as inúmeras leis contra crimes sem vítimas que eles inevitavelmente, e sem uma única exceção na história, impõem à população.  Que os minarquistas sigam acreditando que a minarquia é possível é algo no mínimo intrigante).

Quanto à proposição (a), bem, socialistas e criminosos também crêem que a agressão é justificável.  Criminosos, socialistas e antianarquistas ainda precisam mostrar como a agressão — a iniciação de força contra vitimas inocentes — pode ser justificada.  Porém, nem é preciso tentar; é impossível mostrar isso.  Mas se os criminosos não se sentem compelidos a justificar a agressão, por que então os defensores do estado deveriam?

As críticas dos conservadores e dos minarquistas-libertários ao anarquismo, baseando-se em argumentos como "não vai funcionar" ou "não é prático", são apenas confusas.  Anarquistas não (necessariamente) predizem que a anarquia será implementada — eu, por exemplo, não acredito que será.  Mas isso não significa que o estado seja justificável.

Considere uma analogia:  Conservadores e libertários concordam que crimes cometidos por indivíduos (assassinato, roubo, estupro) são injustificáveis e não deveriam ocorrer.  Entretanto, não importa o quão bondosos os homens se tornem, sempre haverá alguns elementos que recorrerão ao crime.  O crime é algo que sempre estará conosco.  E, ainda assim, continuamos condenando o crime e trabalhando para reduzi-lo.

É logicamente possível não haver qualquer tipo de crime? Claro que sim.  Todas as pessoas poderiam voluntariamente escolher respeitar os direitos das outras.  Assim, não haveria crime algum.  É fácil imaginar.  Porém, dada a nossa experiência com a natureza humana e suas interações, é seguro dizer que sempre haverá crimes.  Contudo, mesmo em face da inevitabilidade de sua recorrência, ainda consideramos que o crime é algo maligno e injustificável.  Portanto, à minha afirmação de que o crime é imoral seria estupidez e hipocrisia redarguir dizendo que "trata-se de uma visão impraticável" ou "mas isso não funcionaria," "uma vez que crimes sempre existirão".  O fato de que sempre existirão crimes — que nem todos irão voluntariamente respeitar os direitos alheios — não significa que é algo impraticável se opor a eles;  também não significa que o crime é justificável.  Não há qualquer "falha" na proposição de que o crime é errado e imoral.

Da mesma maneira, à minha afirmação de que o estado e suas agressões são injustificáveis seria hipocrisia redarguir dizendo que "a anarquia não vai funcionar" ou que ela é "impraticável" ou que "é improvável que ela venha a ocorrer".[1]  A idéia de que o estado é injustificável é uma posição normativa e ética.  O fato de não serem muitas as pessoas que estão dispostas a respeitar o direito de seus vizinhos permitirem que a anarquia surja — ou seja, o fato de haver um grande número de pessoas que (erroneamente) apoiam a legitimidade do estado, permitindo que ele exista — não significa que o estado, e suas agressões, sejam justificáveis.[2]

Outras respostas utilitárias como "mas precisamos do estado" não refutam a afirmação de que o estado emprega agressões e que a agressão é algo injustificável.  Essas respostas significam simplesmente que o defensor do estado não se importa com a iniciação de força contra vítimas inocentes — isto é, ele compartilha da mentalidade criminosa/socialista.  O criminoso pensa que as suas necessidades são a única coisa que importa; ele está disposto a usar de violência para satisfazê-las; ele não dá a mínima para o certo e o errado.  O defensor do estado crê que a sua opinião de que "nós" "precisamos" de certas coisas justifica os atos de violência contra indivíduos inocentes.  A mentalidade é exatamente essa; tão simples quanto parece.  Quaisquer que sejam seus argumentos, eles não são libertários.  Eles não se opõem à agressão.  Eles são a favor de qualquer outra coisa — garantir que certas "necessidades" públicas sejam satisfeitas, não importa o custo —, menos da paz e da cooperação.  O criminoso, o gângster, o socialista, o estatista-assistencialista, e até mesmo o minarquista, todos compartilham da mesma visão: estão dispostos a tolerar a agressão nua e crua, desde que por algum motivo.  Os detalhes variam, mas o resultado é o mesmo — vidas inocentes são subjugadas para que tal objetivo egoísta seja alcançado.  Alguns têm estômago para isso; outros — os libertários — são mais civilizados e preferem a paz à violência dirigida contra inocentes.

Assim como existem criminosos e socialistas entre nós, não é surpresa alguma que exista um grau de propensão à criminalidade na maioria das pessoas.  Afinal, o estado depende do consentimento tácito das massas, que erroneamente aceitaram a noção de que o estado é legítimo.  Mas isso não significa que todos os empreendimentos criminosos tolerados pelas massas sejam justificáveis.

Aliás, o que mais surpreende é que muitos daqueles que alegam ser a favor da liberdade não aceitam a inevitável conclusão de suas próprias premissas: que o governo é ineficiente e opera através de meios agressivos.  Se essas pessoas — os minarquistas em geral — alegam que o estado não deveria gerenciar a educação porque os resultados são monstruosos, então por que elas não aplicam o mesmo raciocínio para as outras funções que o estado cumpre, tais como a segurança, a defesa, a justiça e os tribunais?  Elas se opõem à educação estatal, ao entretenimento estatal e a todas as outras atividades estatais, porém quando se trata da polícia, da justiça e das leis, muitas delas — muitas mesmo — dão seu consentimento e seu total apoio!

Parece-me que os libertários clássicos (os minarquistas) cometeram um erro terrível.  Eles selecionaram a mais importante das instituições — a saber, a proteção dos nossos direitos — e deram-na ao monopolista.  Creio que, se fosse possível, seria preferível ter um governo que cuidasse de coisas como entretenimento e banheiros ao invés de um governo que se ocupasse de funções "ligeiramente" mais importantes, como segurança e justiça.

Em última instância, o estado não pode ser reformado e nem é do interesse do sistema político fazer tal coisa.  De fato, nada menos do que a abolição de todas as políticas estatistas — e do estado em si — é aceitável para o libertário radical.  Se o governo não serve para ser meu zelador ou educador, ele também não serve para ser minha polícia, meu juiz, meu júri, presidente, promotor ou legislador.

É hora de os libertários tomarem uma posição. Você é a favor da agressão, ou contra?

 

Notas

[1] Um adendo: do meu ponto de vista, a possibilidade de atingirmos a minarquia é tão grande quanto a de atingirmos a anarquia — ou seja, remota.  O que impressiona é que quase todas as críticas sobre a "impraticabilidade" da anarquia que os minarquistas lançam são também verdadeiras para a própria minarquia em si.  Ambas são extremamente improváveis.  Ambas requerem mudanças maciças na mentalidade de milhões de pessoas.  Ambas se baseiam na suposição de que a maioria das pessoas simplesmente não dá a mínima para idéias políticas.

[2] Embora a defesa da anarquia não dependa de sua plausibilidade ou "exequibilidade", assim como a condenação de crimes privados em nada depende de já ter havido ou não atos criminosos, pode-se dizer que a anarquia é claramente possível.  Existe anarquia na relação entre nações, por exemplo.  Há também anarquia dentro da estrutura do governo, como mostrou o seminal e infelizmente negligenciado artigo de Alfred. G. Cuzán, publicado no Journal of Libertarian Studies, "Do We Ever Really Get Out of Anarchy?". Cuzán argumenta que até o próprio governo é em si uma anarquia, internamente — afinal, o presidente não obriga as outras pessoas do governo a obedecerem suas ordens; elas obedecem voluntariamente, devido à existência de uma estrutura reconhecidamente hierárquica.  A anarquia (política) existente dentro de um governo não é uma boa anarquia, mas demonstra que a anarquia é possível — de fato, demonstra que nunca deixamos de viver em regime de anarquia.  Por exemplo, como mostra esse perspicaz artigo, vivemos em "anarquia" com os nossos vizinhos.  Se a maioria das pessoas não tivesse a natureza de respeitar voluntariamente a maioria dos direitos de seus vizinhos, a sociedade e a civilização seriam impossíveis.  A maioria das pessoas é boa o suficiente para permitir que a civilização exista, apesar da ocorrência de crimes públicos e privados em grau variável.  É concebível pensar que, no futuro, o grau de bondade possa aumentar — devido à educação ou a uma maior prosperidade econômica universal, digamos — o suficiente para fazer com que a legitimidade do estado se evapore.  Mas tal advento é bastante improvável.

Saudações

Offline Jurubeba

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #122 Online: 23 de Outubro de 2015, 22:10:00 »
Não sabia onde escrever, vai aqui mesmo.  :hihi:

Essa é em homenagem ao JJ:

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Poder

Alinsky começa falando da palavra “poder”, tratando a seguinte objeção: “Por que não utilizar outras palavras – aquelas que signifiquem o mesmo mas sejam pacíficas e não resultam em reações emocionais?”. Ele defende várias razões para não fazer esta substituição. Primeiramente, por que o uso de expressões como “aproveitamento de energia”, ao invés da expressão “poder”, diluiria seu significado. Estes sinônimos purificadores não trazem todos os aspectos de amor e ódio, agonia e triunfo, além da angústia, todos associados a essa palavra, e isso nos levaria apenas a uma imitação ascética da vida, e não a uma observação da vida como ela é. O uso de outras palavras em lugar de “poder” significaria mudar o significado de todas as ações propostas por Alinsky[2].

Ele defende que “cedermos  àqueles que não possuem estômago para a linguagem direta, insistindo em dourá-las com temperos brandos e intermediários, é perda de tempo”. Simplesmente por que, por causa de algumas travas mentais, “eles não conseguem ou deliberadamente não irão entender o que estamos discutindo aqui”[3].  Ao rejeitar o significado real da expressão “poder”, estaríamos, de acordo com Alinsky, “nos tornando aversos a pensarmos em termos honestos, vigorosos e simples”. Mais:

A invenção de termos sinônimos e vazios de significado, teria a única funcionalidade de nos tranqüilizar, domando nossos processos mentais fazendo-os se distanciar da estrada da vida principal, direcionada por conflitos, encardida e realisticamente sedimentada em poder. Ao escolhermos atalhos mais socialmente aceitáveis, com tonalidades mais adocicadas, apaziguadoras, respeitáveis e indefinidas, falhamos em obter um entendimento honesto das questões que viremos a enfrentar se formos agir.

Abaixo ele detalha como a expressão “poder” é comumente percebida:

“Poder”, que significa “habilidade, seja ela física, mental ou moral, para agir”, se tornou uma palavra maligna, com conotações e tonalidades que sugerem o sinistro, o doentio, o maquiavélico. Ela sugere uma fantasmagoria de regiões inferiores. No momento em que a palavra poder é mencionada é como se as portas do inferno tivessem sido abertas, exalando o cheiro de esgoto da corrupção demoníaca. Ela evoca imagens de crueldade, desonestidade, egoísmo, arrogância, totalitarismo e sofrimento abjeto.

Mais ou menos como um “Prozac” mental, teríamos criado artifícios em nossa mente para entender a expressão “poder” de uma forma maligna, como se estivéssemos em um filme de James Bond, no qual a expressão “poder” é sempre aquela associada a um vilão. Isso fez com que essa expressão se transformasse, em nossas mentes, quase como um “símbolo de corrupção e imoralidade”[4].

Ele chega a citar uma interpretação popular de Lord Acton, que diria: “Poder corrompe, e poder absoluto corrompe absolutamente”. Mas a citação correta é diferente: “O poder tende à corrupção, e o poder absoluto corrompe absolutamente”. Alinsky avalia que nossas mentes possuem tantas travas a respeito da palavra “poder” que nem sequer somos capazes de ler a citação de Acton de fato.

Alinsky acerta em cheio ao dizer que “a corrupção do poder não está no poder, mas em nós mesmos”. Aqui, ele explica, de forma simples e didática, o poder, começando pelo questionamento “O que é esse poder pelo qual os homens buscam e pelo qual a um grau significante vivem por ele?”:

Poder significa a própria essência, o dínamo da vida. É o poder do coração bombeando sangue e sustentando a vida no corpo. É o poder da participação ativa dos cidadãos pulsando para cima, fornecendo uma força unificada para um propósito comum. É uma força essencial da vida sempre em operação, seja mudando o mundo ou se opondo à mudança. Poder, ou energia organizada, pode ser um explosivo que destrói vidas ou uma droga que as salva. O poder de uma arma pode ser utilizado para impor a escravidão, ou para se obter a liberdade.

Ele traz algumas citações de autores a respeito do poder. Alexander Hamilton, em The Federalist Papers, afirmou: “O que é o poder senão a habilidade ou faculdade de fazer algo? O que é a habilidade de se fazer algo senão o poder de empregar os meios necessários para sua execução?”. Pascal observou o seguinte: “Justiça sem poder é impotente; poder sem justiça é tirania”. São Ignácio (fundador da Ordem Jesuíta) disse: “Para fazer bem algo, um homem precisa de poder e competência”. Em resumo, em sua análise, ele mostra que vários players de várias denominações sempre utilizaram a palavra “poder” em seus discursos e escritos quando atuavam para mudar a história.

Ele diz, então que a escolha não é sobre poder ou não, mas sim sobre “poder organizado ou poder desorganizado”. A própria construção e manutenção da sociedade depende “do aprendizado de como desenvolver e organizar instrumentos de poder para alcançar ordem, segurança, moralidade e a vida civilizada em si própria, ao invés da mera busca por sobrevivência física”. Qualquer tipo de organização conhecida pelo homem (seja governamental ou não) só tem uma razão de existir: “Organização para o poder a fim de colocar em prática ou promover seu propósito comum”.

Alinsky conclui, sobre poder: “Conhecer o poder e não temê-lo é essencial para seu uso e controle construtivo”.

Artigo completo em Um raio X das regras para radicais de Saul Alinsky – Pt. 3 – Uma palavra sobre palavras

Saudações

Rhyan

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #123 Online: 25 de Outubro de 2015, 15:55:19 »
Luciano Ayan é osso.... hahaha

Offline Buckaroo Banzai

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Re:NOVO, apoio claro ao Livre Mercado, um novo partido
« Resposta #124 Online: 08 de Julho de 2017, 18:35:05 »
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