E tem gente do terceiro mundo que vê ditadores plutocratas assassinos de jornalistas como heróis, ou como moralmente equivalentes aos governantes de países liberais, acreditando piamente em qualquer mídia alternativa chapa-branca.
Se refere ao caso de 1 jornalista ?
Então o presidente da Rússia ainda falta muito para conseguir chegar no escore do presidente do Big Brother: 3.613 (mortes encomendadas e executadas por pistoleiros a distância).
Anistia Internacional denuncia ataques de drones dos EUA no PaquistãoFOTO: Divulgação
DESDE 2004, quando os EUA deram início a esse tipo de ataque, mais de 350 bombardeios foram levados a cabo dentro do Paquistão
Por Agência Estado
ISLAMABAD -
A organização não-governamental (ONG) Anistia Internacional pediu ao governo norte-americano que investigue os casos de civis mortos e feridos em bombardeios promovidos por drones dos Estados Unidos no Paquistão e manifestou preocupação com a possibilidade de as ações norte-americanos constituírem execuções extrajudiciais ou crimes de guerra.
O apelo da Anistia Internacional foi feito junto com a divulgação de um relatório no qual o grupo detalha casos nos quais os bombardeios norte-americanos resultaram em mortes de civis, entre eles o caso de Mamana Bibi, de 68 anos. A idosa foi morta em 24 de outubro do ano passado quando foi atingida por uma bomba norte-americana enquanto colhia legumes em sua horta na região paquistanesa de Waziristão do Norte. Três netos dela ficaram feridos no episódio.
A Anistia Internacional pede que os EUA cumpram sua obrigação internacional de investigar os episódios documentados e deem "plena reparação" aos sobreviventes e familiares das vítimas. Na avaliação da ONG, os ataques com drones abrem um precedente perigoso no qual "outros Estados podem tentam escapar da responsabilidade por seus próprios assassinatos ilegais".
Na semana passada, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu aos EUA que revele detalhes sobre os civis mortos e feridos em seus bombardeios com aviões teleguiados no Paquistão. Em visita a Washington, o primeiro-ministro Nawaz Sharif pediu pessoalmente o fim desses ataques e acusou os EUA de violarem a integridade territorial paquistanesa nesta terça-feira. Ainda segundo o chefe de governo paquistanês, esses ataques representam um importante obstáculo à melhora das relações entre Islamabad e Washington.
Os EUA, por sua vez, insistem que os bombardeios são "legais". O governo norte-americano alega que seu programa de drones é essencial para o combate aos rebeldes islâmicos que atuam na porosa e escarpada fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Em maio, o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que os EUA não acionam seus drones a não ser que "haja quase certeza de que nenhum civil será morto ou ferido".
Desde 2004, quando os EUA deram início a esse tipo de ataque, mais de 350 bombardeios foram levados a cabo dentro do Paquistão. Ao longo dos últimos anos, diferentes grupos tentam — sem muita precisão — calcular o número de mortos em quase uma década de ataques com drones no Paquistão. As estimativas variam de
2.065 a 3.613 mortos no total, dentro os quais entre 153 e 926 seriam civis.
Em 6 de julho do ano passado, um avião teleguiado dos EUA bombardeou uma tenda em Waziristão do Norte. Ao todo, 18 pessoas morreram. Na ocasião, "fontes" paquistanesas identificaram as vítimas como "supostos militantes". A investigação da Anistia Internacional, no entanto, mostrou que se tratava de civis. Dentro da tenda, ao invés de "terroristas", um grupo de operários jantava depois de um dia de trabalho. Quando o socorro aos civis chegou, os EUA atacaram de novo, de acordo com testemunhas.
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