Autor Tópico: Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo  (Lida 6945 vezes)

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #75 Online: 30 de Abril de 2014, 16:02:00 »
Desisto. Faço um post gigante, com números, argumentos embasados em evidências, vídeos. Recebo de volta Um argumento de Facebook, que ignora tudo o que eu postei,  me chamando de comunista e comparando racismo com preconceito a baixinhos. Não vou perder meu tempo.
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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #76 Online: 30 de Abril de 2014, 16:18:15 »
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O risco de ser morto no Brasil na Copa do Mundo
Se você está na Gávea, no Rio de Janeiro, e caminha dez minutos, chega a uma grande favela (uma das maiores do mundo). Essa caminhada de dez minutos significa a perda de mais de 13 anos na expectativa de vida (veja Empoli). O local em você se encontra retira anos da sua expectativa de vida. Muitos estrangeiros virão para o Brasil para assistir aos jogos da Copa do Mundo. Talvez não tenham consciência exata dos riscos que estarão correndo. Somos o 15º país mais violento do planeta (conforme os números da ONU de duas semanas atrás) e das 50 cidades mais violentas do mundo, 16 estão aqui. São mais de 53 mil assassinatos por ano.

Imagine um estrangeiro de um desses países econômica e socialmente “escandinavizados” (Dinamarca, Suécia, Suíça, Bélgica, Holanda, Nova Zelândia, Austrália, Coreia do Sul, Japão, Alemanha etc.). Nos seus países eles têm (em média) apenas um homicídio para cada 100 mil pessoas (veja nossas estatísticas no Instituto Avante Brasil)? Os Estados Unidos têm 5 (embora seja um império capitalista)? O Brasil tem 27? Quando um “escandinavizado” colocar os pés no Brasil, seu risco de vida já aumenta 27 vezes. E conforme a capital em que ele estiver, sua expectativa de vida vai reduzir drasticamente.

O que os “escandinavizados” estão mostrando para o mundo? O seguinte: quanto mais igualdade material e social, menos violência (menos crime). Esses países possuem as seguintes médias: PIB per capita de USD 50.084, Gini de 0,301 (pouca desigualdade e, ao mesmo tempo, pouca concentração da riqueza nas mãos de pouquíssimas pessoas), 1,1 homicídios por 100 mil habitantes, 5,8 mortos no trânsito por 100 mil pessoas, 18.552 presos (na média) e 98 encarcerados para cada 100 mil pessoas.

Vamos comparar os números (não os países): O Brasil conta com renda per capita de USD 11.340, Gini de 0,519 (0,51: país exageradamente desigual), 27,1 assassinatos para 100 mil pessoas, 22 mortos no trânsito para cada 100 mil, quase 600 mil presos, 274 para cada 100 mil habitantes. Somos 27 vezes mais violentos que a média dos países mais civilizados do planeta. A palavra chave para explicar tudo isso se chama igualdade, porém, não a igualdade puramente formal, sim, material, social, cultural etc. E isso se consegue por meio de (a) educação de qualidade para todos e (b) aumento da renda per capita.

A única maneira de salvar o planeta das tragédias anunciadas (rebelião dos pobres, revolução dos indignados, sangue das guerras, mutilações decorrentes dos conflitos etc.) é melhorar a qualidade de vida de todo mundo. Os “escandinavizados” (Suécia, Noruega, Islândia, Holanda etc.) são os únicos que estão salvando o capitalismo desigualitário do seu desastre final. São dignos de ser copiados. Não temos, portanto, que nos comparar a eles, sim, copiar o que eles estão fazendo de certo (e deixar de fazer as coisas erradas).

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #77 Online: 30 de Abril de 2014, 16:51:23 »
Desisto. Faço um post gigante, com números, argumentos embasados em evidências, vídeos. Recebo de volta Um argumento de Facebook, que ignora tudo o que eu postei,  me chamando de comunista e comparando racismo com preconceito a baixinhos. Não vou perder meu tempo.

Pode desistir porque sua análise foi muito boa e não é necessário acrescentar mais nada.

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #78 Online: 30 de Abril de 2014, 16:54:12 »
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O risco de ser morto no Brasil na Copa do Mundo
Se você está na Gávea, no Rio de Janeiro, e caminha dez minutos, chega a uma grande favela (uma das maiores do mundo). Essa caminhada de dez minutos significa a perda de mais de 13 anos na expectativa de vida (veja Empoli). O local em você se encontra retira anos da sua expectativa de vida. Muitos estrangeiros virão para o Brasil para assistir aos jogos da Copa do Mundo. Talvez não tenham consciência exata dos riscos que estarão correndo. Somos o 15º país mais violento do planeta (conforme os números da ONU de duas semanas atrás) e das 50 cidades mais violentas do mundo, 16 estão aqui. São mais de 53 mil assassinatos por ano.

Imagine um estrangeiro de um desses países econômica e socialmente “escandinavizados” (Dinamarca, Suécia, Suíça, Bélgica, Holanda, Nova Zelândia, Austrália, Coreia do Sul, Japão, Alemanha etc.). Nos seus países eles têm (em média) apenas um homicídio para cada 100 mil pessoas (veja nossas estatísticas no Instituto Avante Brasil)? Os Estados Unidos têm 5 (embora seja um império capitalista)? O Brasil tem 27? Quando um “escandinavizado” colocar os pés no Brasil, seu risco de vida já aumenta 27 vezes. E conforme a capital em que ele estiver, sua expectativa de vida vai reduzir drasticamente.

O que os “escandinavizados” estão mostrando para o mundo? O seguinte: quanto mais igualdade material e social, menos violência (menos crime). Esses países possuem as seguintes médias: PIB per capita de USD 50.084, Gini de 0,301 (pouca desigualdade e, ao mesmo tempo, pouca concentração da riqueza nas mãos de pouquíssimas pessoas), 1,1 homicídios por 100 mil habitantes, 5,8 mortos no trânsito por 100 mil pessoas, 18.552 presos (na média) e 98 encarcerados para cada 100 mil pessoas.

Vamos comparar os números (não os países): O Brasil conta com renda per capita de USD 11.340, Gini de 0,519 (0,51: país exageradamente desigual), 27,1 assassinatos para 100 mil pessoas, 22 mortos no trânsito para cada 100 mil, quase 600 mil presos, 274 para cada 100 mil habitantes. Somos 27 vezes mais violentos que a média dos países mais civilizados do planeta. A palavra chave para explicar tudo isso se chama igualdade, porém, não a igualdade puramente formal, sim, material, social, cultural etc. E isso se consegue por meio de (a) educação de qualidade para todos e (b) aumento da renda per capita.

A única maneira de salvar o planeta das tragédias anunciadas (rebelião dos pobres, revolução dos indignados, sangue das guerras, mutilações decorrentes dos conflitos etc.) é melhorar a qualidade de vida de todo mundo. Os “escandinavizados” (Suécia, Noruega, Islândia, Holanda etc.) são os únicos que estão salvando o capitalismo desigualitário do seu desastre final. São dignos de ser copiados. Não temos, portanto, que nos comparar a eles, sim, copiar o que eles estão fazendo de certo (e deixar de fazer as coisas erradas).

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #79 Online: 30 de Abril de 2014, 17:06:31 »
Desisto. Faço um post gigante, com números, argumentos embasados em evidências, vídeos. Recebo de volta Um argumento de Facebook, que ignora tudo o que eu postei,  me chamando de comunista e comparando racismo com preconceito a baixinhos. Não vou perder meu tempo.

Pode desistir porque sua análise foi muito boa e não é necessário acrescentar mais nada.


Será que não? Um texto para pensar então:


Por José Maria e Silva. Mestre em Sociologia.

"As pesquisas indicam que a perseguição racial no Brasil é percebida como um fenômeno bastante minoritário, ainda que algumas de suas manifestações sejam intensas. O exemplo notório de uma dessas manifestações é a seleção, por agentes policiais, de jovens de pele mais escura como suspeitos prévios de atos ilícitos." Essa afirmação é de Demétrio Magnoli no momento mais infeliz das 400 páginas de Uma Gota de Sangue. Era de se esperar que um autor tão preparado não repetisse esse preconceito tacanho contra os policiais, acusando-os explicitamente de "perseguição racial". Por acaso, nossa polícia é constituída de gendarmes teutônicos que fazem do negro o seu judeu predileto?

Não passa pela cabeça da elite universitária que o trabalho da polícia é muito mais dinâmico do que sua burocrática atividade acadêmica e que um policial, em sua ronda noturna, elege o suspeito não por conta de um único fator, mas com base numa série de fatores, no mais das vezes, corretos. A suspeição não está na cor, mas no olhar, nos gestos, na linguagem, no andado, nas companhias, no local, no horário, enfim, num conjunto de sinais que o policial experiente sabe perceber e analisar com mais argúcia do que a de muitos semióticos das universidades.

Sem contar que a polícia acompanha a sociedade e o que ontem era fator de suspeição hoje não é mais. Na minha infância, todo e qualquer careca, se não fosse vestibulando ou recruta, tendia a ser egresso da cadeia, e a polícia – cumprindo seu dever – tratava-o como suspeito. A mesma coisa ocorria com os tatuados. Hoje, tatuagem e cabeça raspada – dois bárbaros costumes que nasceram nas penitenciárias – ganharam cabeça e corpo da população, e a polícia, obviamente, já não sai revistando todo tatuado e careca.

A acusação leviana de que a polícia é racista torna os intelectuais universitários ainda mais responsáveis pela tragédia do Rio de Janeiro, que não decorre da falta de Estado nas favelas, como dizem os acadêmicos, mas da falta de lei nas penitenciárias. O poder de fogo do tráfico só é possível porque os próprios presos controlam todas as penitenciárias do país. Nelas, sim, o Estado não entra. A partir das cadeias, inclusive as de segurança máxima, os presos deflagram as mais variadas ações criminosas, desde assassinatos por encomenda até a prostituição de meninas, passando por guerras urbanas como a do Rio de Janeiro, cuja topografia peculiar ajuda suas operações.

O outro lado do AfroReggae

A leniência do Estado com os bandidos foi reforçada pelo mito criado nas academias de que a polícia persegue os mais escuros. Grande parte das benesses concedidas pelo Estado aos presidiários decorre da tese de que eles foram presos por serem negros e pobres. No Rio de Janeiro, há toda uma cultura que reforça esse mito. Prova disso é que o abate do helicóptero pelos bandidos foi facilmente eclipsado pela morte de Evandro João da Silva, o líder do AfroReggae. Antes mesmo de qualquer investigação, já se tinha o culpado por essa morte – a polícia. Aliás, se há um suspeito de todos os crimes no Brasil, inclusive daqueles crimes que não comete, esse suspeito chama-se "polícia".

Diante de qualquer cadáver, o investigador deve fazer a pergunta básica: "A quem interessa o crime?" No caso de Evandro João da Silva, a resposta é óbvia: sua morte interessa aos bandidos. Justamente quando a ação mais cinematográfica dos traficantes ameaçava reverter-se contra eles (uma vez que a queda do helicóptero poderia levar a nação a exigir uma represália à altura), o líder do Afro-Reggae foi morto com a suposta cumplicidade de policiais, que, antes de qualquer investigação, foram tratados pelo próprio governador Sérgio Cabral como cúmplices do assassinato.

O morto era amigo da bandidagem dos morros, prova disso é que andava sozinho, altas horas da madrugada, em plena guerra do tráfico. Deve ter reagido por achar impensável ser morto por pessoas que provavelmente o conheciam. (Aliás, a imprensa, que condena apressadamente a reação de qualquer vítima, não condenou a dele.) Qualquer polícia do mundo, na primeira entrevista à imprensa sobre o caso, aventaria a hipótese de que o crime pode ter sido encomendado pelos chefões do tráfico para acuar o Estado. Mesmo se ficasse comprovada a participação dos policiais, essa hipótese não poderia ser descartada, uma vez que também há policiais na folha de pagamento dos traficantes.

Mas o que jamais poderia ocorrer acabou ocorrendo -- o crime dos bandidos contra a população do Rio foi totalmente eclipsado pelo crime dos policiais contra um membro do AfroReggae. E nem há certeza de que eles realmente cometeram o crime de omissão de socorro de que estão sendo acusados. Eles podem não ter visto mesmo o corpo agonizante de Evandro ou podem tê-lo confundido com um morador de rua bêbado. Talvez os policiais estejam falando parcialmente a verdade, omitindo apenas o fato de que roubaram os bandidos. Mas esse é um crime quase normal, levando em conta que o Rio é uma terra sem lei, onde policial bom é policial morto.

Senão vejamos. Em 7 de maio de 2006, a Folha de S.Paulo publicou reportagem sobre a visita que 21 membros do Comitê de Jovens Empreendedores da Fiesp fizeram a favelas do Rio. A convite de José Júnior, líder do AfroReggae, eles visitaram alguns dos famosos redutos do narcotráfico – Vigário Geral, Cantagalo, Complexo do Alemão e Parada de Lucas. No morro do Cantagalo, foram recebidos num prédio de 40 andares, onde funciona uma espécie de "ongolândia", segundo Laura Capriglione, autora da reportagem. Ela observou que os moradores da favela estão tão acostumados com celebridades subindo e descendo o morro que nem ligaram para os jovens da Fiesp.

"Os visitantes notaram a profusão de tênis lindos, novíssimos e custando até R$ 700 nos pés dos favelados, que também tinham `bombetas´ (bonés) e camisas Nike. Enquanto isso, o diretor do Comitê de Jovens Empreendedores da Fiesp, Ronaldo Koloszuk, tinha um mero All Star de R$ 54 nos pés", contou a repórter. Depois, os jovens da Fiesp foram levados para o Complexo do Alemão, sendo recebidos por crianças: "Meninos risonhos fazem gestos estranhos com os dedos da mão direita. Parece um `V´ da vitória que cai de lado e volta a ficar de pé." Um cicerone esclareceu aos visitantes: era o "CV" de Comando Vermelho.

Mas o pior vem a seguir: "Os paulistas descem das vans. Um deles vê uma fila bem organizada e, paulista que é, entra nela, imaginando ser a fila para entrar no baile funk que todos sabiam ser o destino do passeio. Logo, nota que entrara na fila de uma barraca de cocaína, onde garotos esticavam caprichosamente carreiras de pó, para consumo de narizes vorazes. `Proibido fotografar´, avisa o produtor JB, do AfroReggae, ele mesmo ex-traficante, vinculado ao CV."

E tem mais: "A passeatinha de paulistas vai andando pela rua principal e trombando com dezenas de favelados que despejam – sem economizar – cocaína em cima de folhas de papel, depois enroladas como canudos que serão vertidos diretamente nas narinas dos usuários. Droga demais. O cigarro de maconha normal, lá, não pode ser apelidado de `fininho´. Com diâmetro de 1,5 cm e comprimento de 10 cm, a brasa grande brilhando na escuridão, parece um charuto".

O passeio dos jovens da Fiesp nos morros controlados pelo narcotráfico teve até um carro desfilando devagar, com oito fuzis apontados em suas janelas abertas. "Os traficantes queriam ser vistos", conta a repórter. Tudo isso, é bom lembrar, sob a coordenação do AfroReggae, criado em 1993 com o objetivo de valorizar e divulgar a cultura negra, segundo informa a página do grupo na internet. Se esse cenário descrito pela repórter fosse de fato "cultura negra", Demétrio Magnoli não poderia se queixar de racismo caso a polícia fizesse a pergunta óbvia: "De que lado está o AfroReggae? Da lei ou do crime?"

***

Jornalista e mestre em Sociologia pela Universidade Federal de Goiás


http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/a_fabricacao_do_racismo

Offline Barata Tenno

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #80 Online: 30 de Abril de 2014, 17:15:18 »
Não existe racismo. imagina......





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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #81 Online: 30 de Abril de 2014, 17:44:32 »
Boa.

Só não sei se é nerd mas vou refrasear.. Não lembro o último gordo que vi em cargo de liderança no mercado privado

 ;P ;P



Mas é exceção kct :hihi:  se você procurar por um lider anão, japones e albino como um lider também vai encontrar, mas não quer dizer que estejam bem representados (ok a analogia foi ruim mas você entendeu)
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #82 Online: 30 de Abril de 2014, 17:57:35 »
Boa.

Só não sei se é nerd mas vou refrasear.. Não lembro o último gordo que vi em cargo de liderança no mercado privado

 ;P ;P



Mas é exceção kct :hihi:  se você procurar por um lider anão, japones e albino como um lider também vai encontrar, mas não quer dizer que estejam bem representados (ok a analogia foi ruim mas você entendeu)

Muito difícil saber, mesmo porque quando a obesidade não é genética, é uma questão de educação alimentar, e os mais pobres estão se entupindo de cachorro quente da esquina, enquanto ricos se entopem de comida light receitadas por nutricionistas caros.

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #83 Online: 30 de Abril de 2014, 17:58:55 »
Não existe racismo. imagina......








Por que esses grupos se envolvem mais com criminalidade, como eu disse. Por exemplo: a polícia, nos Estados Unidos, procura mais terroristas entre os muçulmanos e menos entre os budistas. Leia parte do texto do sociólogo: "Na minha infância, todo e qualquer careca, se não fosse vestibulando ou recruta, tendia a ser egresso da cadeia, e a polícia – cumprindo seu dever – tratava-o como suspeito. A mesma coisa ocorria com os tatuados."

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #84 Online: 30 de Abril de 2014, 18:06:27 »
E isso se chama preconceito!!!!

Definição:Preconceito é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, "racial" e "sexual".



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Offline Moro

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #85 Online: 30 de Abril de 2014, 18:25:33 »
Boa.

Só não sei se é nerd mas vou refrasear.. Não lembro o último gordo que vi em cargo de liderança no mercado privado

 ;P ;P



Mas é exceção kct :hihi:  se você procurar por um lider anão, japones e albino como um lider também vai encontrar, mas não quer dizer que estejam bem representados (ok a analogia foi ruim mas você entendeu)

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Não entendi..
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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #86 Online: 30 de Abril de 2014, 18:31:40 »
Barata, não corroborando a falta de preconceito.

Mas se eu estou na rua, vejo três moloques manos estilo paraisópolis vindo perto de mim, eu vou ficar muito mais esperto do que se visse alunos de um colégio.
O que quis dizer é, errado ou não, eu faço essa correlação e vejo mais risco no primeiro grupo, não por uma questão de que acho essas pessoas inferiores etc.., mas simplesmente porque entendo que elas se enquadram melhor na estatística de quem rouba, pelos noticiários e jornais que vejo.

Então, existe uma diferença entre agir defensivamente por achar alguém inerentemente inferior a você e identificar que determinado segmento se enquadra, por qualquer social que seja fora de qualquer noção de raça, em um que te representa mais risco.
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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #87 Online: 30 de Abril de 2014, 18:45:54 »
Barata, não corroborando a falta de preconceito.

Mas se eu estou na rua, vejo três moloques manos estilo paraisópolis vindo perto de mim, eu vou ficar muito mais esperto do que se visse alunos de um colégio.
O que quis dizer é, errado ou não, eu faço essa correlação e vejo mais risco no primeiro grupo, não por uma questão de que acho essas pessoas inferiores etc.., mas simplesmente porque entendo que elas se enquadram melhor na estatística de quem rouba, pelos noticiários e jornais que vejo.

Então, existe uma diferença entre agir defensivamente por achar alguém inerentemente inferior a você e identificar que determinado segmento se enquadra, por qualquer social que seja fora de qualquer noção de raça, em um que te representa mais risco.

Faria diferença se eles fossem negros ou brancos na mesma roupa? Por exemplo, se fossem três brancos com roupas de mano e três negros com roupa de colégio? Se o que te provoca a reação de medo é a roupa voce não é racista, se o que te causa medo é a cor da pele voce é racista. No caso da foto, bastaria a frase dizer "em atitude suspeita", esse deveria ser o fator determinante para uma abordagem policial e não a cor da pele, um branco em atitude suspeita merece menos atenção que um negro em atitude suspeita? O que esta sendo levado em consideração, a atitude ou a cor?
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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #88 Online: 30 de Abril de 2014, 18:58:30 »
Boa.

Só não sei se é nerd mas vou refrasear.. Não lembro o último gordo que vi em cargo de liderança no mercado privado

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #89 Online: 30 de Abril de 2014, 19:47:28 »
Barata, não corroborando a falta de preconceito.

Mas se eu estou na rua, vejo três moloques manos estilo paraisópolis vindo perto de mim, eu vou ficar muito mais esperto do que se visse alunos de um colégio.
O que quis dizer é, errado ou não, eu faço essa correlação e vejo mais risco no primeiro grupo, não por uma questão de que acho essas pessoas inferiores etc.., mas simplesmente porque entendo que elas se enquadram melhor na estatística de quem rouba, pelos noticiários e jornais que vejo.

Então, existe uma diferença entre agir defensivamente por achar alguém inerentemente inferior a você e identificar que determinado segmento se enquadra, por qualquer social que seja fora de qualquer noção de raça, em um que te representa mais risco.

Faria diferença se eles fossem negros ou brancos na mesma roupa? Por exemplo, se fossem três brancos com roupas de mano e três negros com roupa de colégio? Se o que te provoca a reação de medo é a roupa voce não é racista, se o que te causa medo é a cor da pele voce é racista. No caso da foto, bastaria a frase dizer "em atitude suspeita", esse deveria ser o fator determinante para uma abordagem policial e não a cor da pele, um branco em atitude suspeita merece menos atenção que um negro em atitude suspeita? O que esta sendo levado em consideração, a atitude ou a cor?

Não, a cor não iria afetar. Iria afetar a postura. Nunca percebi que há mais negros do que brancos nessas fotografias de presos, etc..

A questão é que se tivesse percebido, eu iria colocar na equação, ainda que pudesse ser visto superficialmente como uma atitude racista, mas o que me interessa é que sou muito resolvido nisso e sei que não sou.

Se a polícia não tem nada que justifique sua ação, ela está agindo de maneira racista. E se tem, ela está no mínimo se comunicando mal.
« Última modificação: 30 de Abril de 2014, 19:50:30 por Madiba »
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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #90 Online: 30 de Abril de 2014, 19:51:38 »
Boa.

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Mas é exceção kct :hihi:  se você procurar por um lider anão, japones e albino como um lider também vai encontrar, mas não quer dizer que estejam bem representados (ok a analogia foi ruim mas você entendeu)

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ricos tendem a ter uma alimentacao mais saudavel.

Conheço muita gente advinda de classe baixa em posição de comando..
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« Resposta #91 Online: 01 de Maio de 2014, 09:52:28 »
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O risco de ser morto no Brasil na Copa do Mundo
Se você está na Gávea, no Rio de Janeiro, e caminha dez minutos, chega a uma grande favela (uma das maiores do mundo). Essa caminhada de dez minutos significa a perda de mais de 13 anos na expectativa de vida (veja Empoli). O local em você se encontra retira anos da sua expectativa de vida. Muitos estrangeiros virão para o Brasil para assistir aos jogos da Copa do Mundo. Talvez não tenham consciência exata dos riscos que estarão correndo. Somos o 15º país mais violento do planeta (conforme os números da ONU de duas semanas atrás) e das 50 cidades mais violentas do mundo, 16 estão aqui. São mais de 53 mil assassinatos por ano.

Imagine um estrangeiro de um desses países econômica e socialmente “escandinavizados” (Dinamarca, Suécia, Suíça, Bélgica, Holanda, Nova Zelândia, Austrália, Coreia do Sul, Japão, Alemanha etc.). Nos seus países eles têm (em média) apenas um homicídio para cada 100 mil pessoas (veja nossas estatísticas no Instituto Avante Brasil)? Os Estados Unidos têm 5 (embora seja um império capitalista)? O Brasil tem 27? Quando um “escandinavizado” colocar os pés no Brasil, seu risco de vida já aumenta 27 vezes. E conforme a capital em que ele estiver, sua expectativa de vida vai reduzir drasticamente.

O que os “escandinavizados” estão mostrando para o mundo? O seguinte: quanto mais igualdade material e social, menos violência (menos crime). Esses países possuem as seguintes médias: PIB per capita de USD 50.084, Gini de 0,301 (pouca desigualdade e, ao mesmo tempo, pouca concentração da riqueza nas mãos de pouquíssimas pessoas), 1,1 homicídios por 100 mil habitantes, 5,8 mortos no trânsito por 100 mil pessoas, 18.552 presos (na média) e 98 encarcerados para cada 100 mil pessoas.

Vamos comparar os números (não os países): O Brasil conta com renda per capita de USD 11.340, Gini de 0,519 (0,51: país exageradamente desigual), 27,1 assassinatos para 100 mil pessoas, 22 mortos no trânsito para cada 100 mil, quase 600 mil presos, 274 para cada 100 mil habitantes. Somos 27 vezes mais violentos que a média dos países mais civilizados do planeta. A palavra chave para explicar tudo isso se chama igualdade, porém, não a igualdade puramente formal, sim, material, social, cultural etc. E isso se consegue por meio de (a) educação de qualidade para todos e (b) aumento da renda per capita.

A única maneira de salvar o planeta das tragédias anunciadas (rebelião dos pobres, revolução dos indignados, sangue das guerras, mutilações decorrentes dos conflitos etc.) é melhorar a qualidade de vida de todo mundo. Os “escandinavizados” (Suécia, Noruega, Islândia, Holanda etc.) são os únicos que estão salvando o capitalismo desigualitário do seu desastre final. São dignos de ser copiados. Não temos, portanto, que nos comparar a eles, sim, copiar o que eles estão fazendo de certo (e deixar de fazer as coisas erradas).

Fonte

Existem alguns problemas neste artigo. Não é o fato de você fazer uma caminhada em um trajeto que tira 13 anos da expectativa de vida. Isso tem a ver com a população e o tempo e frequência. Esses riscos são calculados para a população,  e os turistas não fazem parte da mesma população analisada, em função do tempo e local (e o risco durante a copa em locais frequentados por turistas será diferente).

Offline Pasteur

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #92 Online: 01 de Maio de 2014, 10:16:12 »
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O risco de ser morto no Brasil na Copa do Mundo
Se você está na Gávea, no Rio de Janeiro, e caminha dez minutos, chega a uma grande favela (uma das maiores do mundo). Essa caminhada de dez minutos significa a perda de mais de 13 anos na expectativa de vida (veja Empoli). O local em você se encontra retira anos da sua expectativa de vida. Muitos estrangeiros virão para o Brasil para assistir aos jogos da Copa do Mundo. Talvez não tenham consciência exata dos riscos que estarão correndo. Somos o 15º país mais violento do planeta (conforme os números da ONU de duas semanas atrás) e das 50 cidades mais violentas do mundo, 16 estão aqui. São mais de 53 mil assassinatos por ano.

Imagine um estrangeiro de um desses países econômica e socialmente “escandinavizados” (Dinamarca, Suécia, Suíça, Bélgica, Holanda, Nova Zelândia, Austrália, Coreia do Sul, Japão, Alemanha etc.). Nos seus países eles têm (em média) apenas um homicídio para cada 100 mil pessoas (veja nossas estatísticas no Instituto Avante Brasil)? Os Estados Unidos têm 5 (embora seja um império capitalista)? O Brasil tem 27? Quando um “escandinavizado” colocar os pés no Brasil, seu risco de vida já aumenta 27 vezes. E conforme a capital em que ele estiver, sua expectativa de vida vai reduzir drasticamente.

O que os “escandinavizados” estão mostrando para o mundo? O seguinte: quanto mais igualdade material e social, menos violência (menos crime). Esses países possuem as seguintes médias: PIB per capita de USD 50.084, Gini de 0,301 (pouca desigualdade e, ao mesmo tempo, pouca concentração da riqueza nas mãos de pouquíssimas pessoas), 1,1 homicídios por 100 mil habitantes, 5,8 mortos no trânsito por 100 mil pessoas, 18.552 presos (na média) e 98 encarcerados para cada 100 mil pessoas.

Vamos comparar os números (não os países): O Brasil conta com renda per capita de USD 11.340, Gini de 0,519 (0,51: país exageradamente desigual), 27,1 assassinatos para 100 mil pessoas, 22 mortos no trânsito para cada 100 mil, quase 600 mil presos, 274 para cada 100 mil habitantes. Somos 27 vezes mais violentos que a média dos países mais civilizados do planeta. A palavra chave para explicar tudo isso se chama igualdade, porém, não a igualdade puramente formal, sim, material, social, cultural etc. E isso se consegue por meio de (a) educação de qualidade para todos e (b) aumento da renda per capita.

A única maneira de salvar o planeta das tragédias anunciadas (rebelião dos pobres, revolução dos indignados, sangue das guerras, mutilações decorrentes dos conflitos etc.) é melhorar a qualidade de vida de todo mundo. Os “escandinavizados” (Suécia, Noruega, Islândia, Holanda etc.) são os únicos que estão salvando o capitalismo desigualitário do seu desastre final. São dignos de ser copiados. Não temos, portanto, que nos comparar a eles, sim, copiar o que eles estão fazendo de certo (e deixar de fazer as coisas erradas).

Fonte

Existem alguns problemas neste artigo. Não é o fato de você fazer uma caminhada em um trajeto que tira 13 anos da expectativa de vida. Isso tem a ver com a população e o tempo e frequência. Esses riscos são calculados para a população,  e os turistas não fazem parte da mesma população analisada, em função do tempo e local (e o risco durante a copa em locais frequentados por turistas será diferente).

Não sei o quanto, mas a chance de morrer aumenta. O que mais gostei desse artigo foi a relação que ele fez entre violência e desigualdade social.

Offline Derfel

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #93 Online: 01 de Maio de 2014, 11:43:59 »
Provavelmente aumenta. Para saber com certeza teria que haver um estudo (que talvez já tenha até sido feita), ainda assim não é a mesma da população brasileira (que ainda é uma média, variandl ainda internamente).

Offline Moro

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #94 Online: 01 de Maio de 2014, 13:37:56 »
No nordeste a desigualdade diminuiu e a violência aumentou. SP o contrário. As coisas nunca são tão simples.  O que é simples dizer é que desigualdade de oportunidades é injusto e penaliza o país, quanto mais específica é a proposição mais casos contrários podemos citar.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Pasteur

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #95 Online: 01 de Maio de 2014, 13:42:31 »
Por exemplo, acho que no nordeste a desigualdade caiu muito enquanto a violência cresceu, e a violência em SP caiu enquanto a desigualdade subiu.

Acho os motivos estão interligados, não adianta acabar com um sem acabar com outros. Por exemplo, o bolsa família diminuiu a desigualdade, mas não melhorou a perspectiva de crescimento e nem a presença efetiva do estado. A saúde por lá ainda é um lixo, educação precária, falta de saneamento básico, etc


Offline Moro

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #96 Online: 01 de Maio de 2014, 13:43:54 »
exato
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Pasteur

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #97 Online: 06 de Agosto de 2014, 17:34:36 »
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/vasto-mundo/impressionante-varias-grandes-cidades-dos-eua-tem-taxas-de-homicidios-muito-superiores-as-de-sao-paulo-e-mesmo-do-rio-new-orleans-chega-perto-de-honduras-o-pais-mais-violento-do-mundo-confiram-os/

A Índia é um  pais com menos desigualdade social que os EUA e Israel.

http://www.meusgastos.com.br/blog/noticia/lista-dos-paises-por-indice-de-desigualdade-social/

Você está usando duas exceções pra confirmar sua "regra". Pescar as cidades mais violentas dos EUA e comparar com a média nacional é meio desonesto. Comparar com São Paulo também é ruim porque São Paulo é uma das capitais com menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes do país.

Já que você quotou a Índia, te digo que é uma resposta ao Geotecton por ele dizer que a desigualdade social não é um fator determinante para um aumento da criminalidade, já que lá, segundo ele a desigualdade é grande e a taxa de crimes é pequena. Esse ranking mostrou que a Índia não é tão desigual assim

O Geotecton também perguntou o quanto Nova Orleans é mais violenta que as cidades brasileiras. Esse site acima mostra que a violência lá é comparável com Honduras. Peguei não para comparar com São Paulo e sim com as cidades mais violentas do mundo. E aí eu te pergunto: porque essa cidade dos EUA tem tanta violência?

Ao invés de criticar as exceções, o mais correto é saber o que tem de especial nelas, por que são exceções.

Offline Skeptikós

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #98 Online: 07 de Agosto de 2014, 12:53:06 »
Eu acho engraçado como brancos de classe média adoram negar que o racismo existe.


Existe, como existe racismo contra outros grupos. Por exemplo, nerds e gordos são as principais vitimas de bullyng na escola, muito mais que negros.

Estou passando aqui rapidinho porque tô sem tempo, mas: esses grupos não são uma minoria política. Como ateus não o são, aliás.
O correto é minoria social e não minoria política.

Segundo o sociólogo Allan G. Johnson, "minoria é uma categoria de indivíduos considerados merecedores de tratamento desigual e humilhante simplesmente por que são identificados como a ela pertencentes[...]" Dicionário de sociologia, p.149.

Esta cateterística é presente em gordos e nerds vitimas de bullying sim, pois estes dentro das escolas, simplesmente por serem gordos e/ou nerds, são atacados (física e verbalmente) por seus colegas, além de discriminados na maioria das atividades sócio-educativas no ambiente escolar.

Citação de: Rocky Joe
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The term “minority peoples” usually refers to non-dominant ethnic, religious, and linguistic communities who may or may not also be a numerical minority, but the term can also include groups who share a common identity based on historical experience, region of residence, or, as in caste-like systems, occupation.  Minority peoples are often underrepresented or, as in some cases, completely excluded from national, political, and social life.  They often lack access to political power, suffer discrimination and human rights abuses, have little or no access to social services, and lag far behind other groups in society with regard to social indicators of development.  Minority peoples include a diverse range of populations, such as those featured here: the Maya Indian groups of Central America, Afro-descent communities throughout Latin America, Roma migrant groups of Europe, and the Uyghurs in China. (http://www.wmd.org/resources/whats-being-done/political-participation-minority-peoples)
O problema da criação de leis que visam "proteger" estas minorias, através de medidas privilegiadoras e especiais, é o fato de estas minorias não serem homogêneas, nem todo individuo que compartilha daquela característica que o define como pertencente da minoria, é desfavorecido.

<a href="https://www.youtube.com/v/xWERqNk28Nk" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/xWERqNk28Nk</a>

As contas para negros em universidades que parte do pressuposto de que a maioria dos negros são pobres e desprovidos das oportunidades de se chegarem a universidade são um exemplo disso. Pois maioria não indica totalidade, logo, muitos negros possuem condições de adentrarem na universidade sem ajuda do governo, mais assim que sai a ajuda do governo, eles deixam de lado a necessidade de entrarem por conta própria (pagando) e entram com a ajuda do governo (pelo sistema de cotas) tirando a vaga daquele que realmente necessitaria da ajuda por não ter condições de pagar.

Não obstante o sistema de cotas é discriminatório em si mesmo, pois dota de privilégios um grupo social em detrimento do outro. Ou seja, a medida é contraditória em si mesma, pois parte do pressuposto de acabar com a discriminação usando discriminação como arma para isso.

Além disso, muitos estudos foram feitos no decorrer dos anos, em diversas partes do mundo, demonstrando como o sistema de cotas, (ações afirmativas) e demais medidas politicas discriminatórias não atingem o objetivo de promover a igualdade, e ainda por cima intensifica o antagonismo e a desigualdade dos grupos sociais.

<a href="https://www.youtube.com/v/6yOG0UZsqGI" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/6yOG0UZsqGI</a>

São muito os fatores e evidências que apontam para o fato de que medidas de ações afirmativas simplesmente não alcançam o seu objetivo de promover igualdade de tratamentos e oportunidades, e que ainda por cima causam o efeito contrário, mais discriminação e mais antagonismo entre os grupos sociais.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Barata Tenno

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Re:Chance de ser assassinado no Brasil é 4 vezes maior que no mundo
« Resposta #99 Online: 07 de Agosto de 2014, 13:12:10 »
Negros ricos não tiram a vaga de ninguém, pra entrar por cota racial tem que ter estudado a vida inteira em escolas públicas e ainda existem as cotas sociais para brancos pobres.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

 

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