Esse tópico é tão inútil.... Mesma coisa que perguntar quem é contra assaltos e estupros. Deeerrrrr
Não acho que seja estupido, devido ao debate que pode se seguir, por exemplo, as conclusões até o momento, pelo menos minha é, que sim, a maioria das pessoas é conscientemente contra o racismo, mas o pratica inconscientemente, devido a um condicionamento sócio-cultural que recebe diariamente.
A conclusão mais óbvia então é a de que não basta recriminar o racismo, e mostrar o porque dele não fazer sentido. É preciso também mudar a forma como nossa sociedade retrata a diferença de raças nas formas de transmissão social de ideias.
Pois de nada adianta mostrar o quanto o racismo é infundado, e o quanto ele é feio, se de forma implícita e indireta ainda somos condicionados a ele.
Nesta sociedade,ainda existe o preconceito e o racismo,mas,se as crianças não aprenderem a amar quando pequenas,quem vai ensina-las a amar quando adultas?Concordo quando você perguntou "quem ensina as crianças a odiar?" .A criança usa o adulto como exemplo,então,os pais que tem que dar um bom exemplo para elas,ensinarem a não ser preconceituosas e nem racistas.
Pois é, elas apenas repetem aquilo que aprenderam. E de fato, o preconceito racial de forma explicita e direta, nas sociedades atuais quase não existe mais, no entanto ele ainda existe nas sua forma implícita, indireta e quase imperceptível, dificultando a sua identificação e combate. As pessoas, mesmo que neguem conscientemente não serem preconceituosas, a verdade é que elas acabam por serem condicionadas a praticar o preconceito de forma inconsciente, como mostrado na mídia, onde os galãs, heróis, mocinhos e pessoas desejadas e bem sucedidas são em sua maioria esmagadora, brancos, e os mais feiinhos, da sarjeta, bandidos, e demais personagens de baixo status social, quase sempre são negros. E isso esta não só nos filmes, esta nos comerciais, no mundo da moda, e na sociedade de forma geral. Por isso, mesmo sendo conscientemente contra o racismo, somos em grande maioria, inconscientemente e sócio-culturalmente condicionados ao preconceito racial.
Este abaixo é um trabalho para o Simpósio de Comportamento e Sociedade do Curso de Psicologia (2ª per.) da Faculdade Maurício de Nassau - RN, que ao meu ver deveria ser citado.
Nele foi usado o TESTE DAS BONECAS dos psicólogos Kenneth e Mamie Clark (1947) para avaliação em relação à discriminação, autoestima e segregação racial. O teste iniciava-se, após as crianças identificarem, prontamente, a raça das bonecas. Em seguida eram feitas perguntas: quais bonecas elas prefeririam e quais as atribuições positivas e negativas, pedindo que as crianças relacionassem essas atribuições a cada uma das bonecas
Esta atividade teve como importância expor o fator condicionante ao qual somos expostos diretamente em nossa sociedade, fator este que cria tabus, podendo gerar preconceitos e futuramente auto/discriminação. Por tal análise, pode-se fazer uma reflexão sobre como agimos, pensamos e repassamos tudo isso, pois como seres sociais, nosso comportamento é pautado no que vivenciamos, e no que vemos outras pessoas vivenciarem.
Dentro da área de psicologia, como a base é o acolhimento, devemos entender como tal processo se dá, tanto da parte que influencia, quanto da que é influenciada, para que se possam criar melhores meios para se entender que não há uma raça (cor) melhor ou pior, mas que mesmo sendo diferentes como indivíduos, todos somos iguais como humanos, e essa diferença que nos torna tão especiais e complexos, não devendo então simplesmente nos rotular por um simples padrão de cor, credo, sexualidade. Tomando como base a frase mãe da Gestalt: "O todo é maior que a soma das partes que o compõem".
É interessante efetuar estudos mais aprofundados sobre o que foi exposto e também ações integrativas, todos como essa "parte do todo", temos obrigação de trazer uma melhor qualidade de vida aos seres deste planeta. Como afirma o sociólogo Paul Gilroy "A questão é combater o racismo, não exaltar a raça."
https://www.youtube.com/v/CabiLF2IMLAAbraços!