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Acho que já estamos dando a segunda ou terceira volta em círculos.
Continue defendendo a "imoralidade" do governo proibir as pessoas de serem racialmente discriminadas no mercado se quiser, apenas saiba que está fazendo propaganda contra o livre-mercado para aqueles que não são racistas.
Na "melhor" das hipóteses essa linha de argumentação atrai racistas que já sejam críticos de economia mista (me parece que a maioria não é mais "socialista"), e incentiva libertários já 100% convictos e 200% empolgados (perdendo até muito do tato), a repetir isso que é apenas propaganda contra o livre-mercado para a maioria de não-racistas não-anarco-capitalistas de carteirinha.
Concordo com você. Eu jamais usaria esse argumento de forma "séria" ( eu forcei esse argumento aqui porque queria saber até onde esses chamados "ancaps brutalistas" estão com razão ao levar a liberdade a esse ponto.)
Não sei se são muitos que usam esse tipo de argumento mas creio que não.
"Para eles, o que é interessante a respeito da liberdade é o fato de ela permitir que pessoas manifestem suas preferências individuais, formem tribos homogêneas, coloquem seus preconceitos em ação, marginalizem pessoas tomando por base padrões "politicamente incorretos", odeiem profundamente determinadas pessoas (desde que nenhuma violência seja utilizada), sejam abertamente racistas e sexistas, sejam excludentes e no geral descontentes com a modernidade, e rejeitem padrões civis de valores e etiquetas, preferindo a adoção de normas anti-sociais.
Estes dois impulsos são radicalmente distintos ( ancaps humanitários e brutalistas). O primeiro valoriza toda a paz social que surge junto com a liberdade, ao passo que o último valoriza a liberdade de rejeitar a cooperação, preferindo manifestar preconceitos figadais. O primeiro quer reduzir o papel do poder e do privilégio no mundo, ao passo que o último quer a liberdade de reivindicar poder e privilégio dentro das estritas delimitações dos direitos de propriedade e a liberdade de se afastar de tudo e de todos."
Mas como eu disse e parece fazer sentido, o coletivismo leva pessoas a isso.
"O brutalismo pode ser visto sob vários disfarces ideológicos. O bolchevismo e o nazismo são exemplos óbvios: classe e raça se tornam a única métrica a balizar as políticas; quaisquer outras considerações são excluídas. Nas democracias modernas, as posições partidárias tendem ao brutalismo na medida em que demostram que o controle partidário é a única preocupação relevante. O fundamentalismo religioso é também outra forma muito óbvia de brutalismo."
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1820Essa forma "brutalista" é anti liberal, na verdade, historicamente liberais lutaram contra o racismo, sexismo...
Do ponto de vista da liberdade plena, eles estão "corretos", mas essa sociedade não iria muito longe.