iminênciai.mi.nên.cia
sf (lat imminentia) Qualidade do que está iminente.
iminente
i.mi.nen.te
adj (lat imminente) 1 Que ameaça cair sobre alguém ou alguma coisa. Sin: impendente. 2 Sobranceiro.
eminênciae.mi.nên.cia
sf (lat eminentia) 1 Qualidade do que é eminente; preponderância, supremacia. 2 Excelência ou sublimidade de engenho; virtude. 3 Título honorífico dos cardeais. 4 Elevação de terreno; colina. 5 ant Proeminência ou projeção, principalmente na superfície de um osso. Antôn (acepção 4): depressão. E. frontal, Anat: proeminência do osso frontal humano acima de cada arco superciliar.
E. parda: agente ou conselheiro confidencial, especialmente alguém que exerça poder insuspeitado ou não oficial.Ai,ai, vamos lá...
Os cornos (ou chifres) na cultura celta eram atribuídos ao deus Cernunnos, ou o deus das feras, consorde da Danna, ou Danú, ou outros nomes; nos idos dos tempos pagãos, representava a força masculina, a virilidade, o falo ereto. Quando da invasão romana, os padres que vieram junto decretaram que Cernunnos era um demônio e que chifre era ruim; daí por diante, sempre associado ao mal, os chifres de Pã, Attis, e demais símbolos de poder e força foram reduzidos a diabretes causadores de encrenca, matando a real simbologia dos chifres e transformando sua posse em algo senão maligno, vergonhoso.
"Quantas vezes já não se ouviu dizer que determinado marido é “chifrudo” e quantas tragédias já ocorreram em função do que esse adjetivo representa? Sabe-se que todo significado que uma palavra em nossa língua adquire, fora do seu sentido natural, está ligada a fatos, circunstâncias ou situações, posteriores ao sentido original da palavra - é o caso das "gírias", por exemplo. Denomina-se de chifre, no seu sentido original, os apêndices córneos que guarnecem a fronte de certos animais. Mas, especialmente na nossa cultura, a palavra também pode significar traição conjugal.
As explicações acerca do segundo significado da palavra chifre em língua portuguesa costuma cair no campo das especulações: estaria ligado à figura do demônio tal qual na visão do catolicismo medieval – um ser monstruoso, de aspecto humano, porém com chifres e cauda terminada em tridente –, por ser a traição conjugal uma atitude contra os mandamentos de deus; ou estaria ligado à própria espécie bovina, por analogia ao fato de a fêmea não se sentir presa a um único macho da espécie como prevê as regras sociais que regulam os comportamentos humanos. Nada disto é verdade: o emprego da palavra chifre para denominar traição conjugal tem origem legal.
O Código Filipino, ou Ordenações Filipinas, editado em 1603, a pedido do rei Felipe II, que vigorou no Brasil desde a sua criação até a Independência, rezava explicitamente que o marido que flagrasse a esposa em adultério cujo adúltero não fosse nobre, o marido "ofendido" deveria matar o seu desafeto. Caso dispensasse essa prerrogativa de matar, deveria usar em público algo semelhante a um chapéu ornado com dois chifres para que todos o reconhecessem como um homem que não “honrou” a sua condição de homem. Quando o adúltero fosse nobre, o marido traído nada poderia fazer. O Código Filipino era apenas uma reformulação do Código Manuelino que vigorou em Portugal e no Brasil de 1513 a 1569, porém, praticamente manteve a mesma estrutura das Ordenações Manuelinas, sofrendo vários acréscimos - a questão do adultério foi mantida.
Era, o Código Filipino, composto de cinco livros que continham os regimentos dos magistrados e oficiais de justiça, regulava as relações entre Estado e Igreja, continha processo civil e comercial, direito das pessoas, das coisas e direito penal.
A mentalidade instituída em lei pelo Código Filipino avançou ao longo dos tempos mesmo quase dois séculos depois de sua extinção. Até recentemente (estamos falando do final do século XX e início do século XXI) a mulher adúltera poderia até ser presa; o homem que, após casar-se, descobrisse que a mulher não era virgem poderia devolvê-la à família e anular o matrimônio. Esse instituto jurídico se tornou sem efeito legal, mas a mentalidade que o permeava ainda não se extinguiu no todo. Ora, sem se dar conta, muitas pessoas que se acham modernas ainda se comportam tal qual como se estivessem em plena Idade Média: fazem, legitimam e mantém leis que são a pura expressão do arcaísmo medieval."
