Doubt, eu sei que é só uma questão de nomes mas eu não me declaro masculinista, nem machista, nem racista (aliás, é sempre bom lembrar, sou preto), nem homofóbico.
Eu já havia percebido isso por outros debates. Para você estar reforçando isso, suponho que pensou que eu estivesse questionando suas posições, mas não, apenas o conteúdo dos vídeos.
Eu me considero anti-igualitarista ou (alternativamente) ultra-igualitarista. Eu acredito em igualdadede direitos e deveres e sobretudo igualdade de tratamento pelo estado nas questões mais duras (tamanho das penas, direito a aposentadoria, direito a disputar concursos...) independente de gênero, raça, sexualidade, religiosidade... mas não acredito nisto sendo feito mediante legislações desiguais nem acho que as desigualdades devam ser "temperadas" por discursos ideológicos travestidos de estatística e ciência.
Eu não acredito que igualdade possa vir por meio de cotas ou de Lei Maria da Penha ou por aposentadoria mais cedo ou por lei que criminaliza o ato de dizer que deus (ou papai noel) não gosta de viadagem (independente de qualquer outro fator, considero discriminações positivas contraproducentes em reduzir desigualdades, mas não só isso).
E eu não acredito que para se conseguir desigualdade seja preciso construir estatísticas falsas ou meio falsas como um estudo sobre violência homofóbica que lista casos de suicídio e crime passional ou mil estudos sobre desigualdade trabalhista entre gêneros que só pinçam as variáveis que interessam e jogam as demais pra debaixo do sofá.
Por ideologia ou conformidade com a realidade? Embora talvez não pareça eu concordo mais do que discordo de você, mas parece que a realidade teima em confrontar minhas convicções. Às vezes me questiono se não defendo que o debate de ideias é o melhor caminho e que a liberdade de expressão é imprescindível para isso, por ideologia. Porque na prática, não sei sua idade, mas seria algo impensável até bem pouco tempo, se bem me lembro da época da minha adolescência, viver o bastante para assumir o ateísmo publicamente, ver um negro assumir a presidência dos EUA, uma mulher assumir a presidência do Brasil ou dois homens andando de mãos dadas com a maior naturalidade, por exemplo. Não que isso seja bom ou ruim, não é o que estou querendo evidenciar. E sim o que foi que mudou isso em tão pouco tempo? Confesso que não sei. A evolução tecnológica talvez? A era de Aquários?

Ações afirmativas?
Também defendo o ideal meritocrático, mas ainda não tive a nobreza de abrir mão dos privilégios que me foram dados pelas circunstâncias. Tenho plena consciência de que contribuo menos com a sociedade do que muita gente que se esforça muito mais do que eu por muito menos, embora mais do que outras bem mais privilegiadas. Encarar a realidade às vezes é desmotivador.
E eu tenho a mesma má vontade sua com grupos masculinistas como o "Clube do Búfalo" (ou alguma coisa assim) quanto tenho com qualquer Blog da Lola. A questão é que, como eu disse ao Barata, eu consigo pensar em antifeministas às pencas que não tenham nada a ver com o tipo de antifeminismo que se faz no site do Búfalo. E eu estou esperando um único exemplo de pessoa que se declare feminista e que se pareça com a Christina além da própria.
Eu só conheço superficialmente esses movimentos, não sei o que é Clube do Búfalo nem Blog da Lola e prefiro nem saber, a não ser que você diga que valha a pena ou acrescente algo de útil. Não teria conhecido nem a Christina provavelmente se não fosse pelo fórum, mas numa pesquisa rápida, na Wikipedia mesmo, tem a citação de umas quatro feministas críticas do movimento além dela. Parei por aí, não sei quem são, que tipo de crítica fazem, mas de qualquer forma, é muito pouco para um movimento dessa magnitude, concordo com você.