Autor Tópico: A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.  (Lida 18342 vezes)

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Offline Barata Tenno

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #225 Online: 25 de Outubro de 2014, 02:47:18 »
Essa parte eu achei interessante:


Citar

FBI reports from 1996 consistently put the number of "unfounded" rape accusations around 8%. In contrast, the average rate of unfounded reports for "Index crimes" tracked by the FBI is 2%.[15]

However, "unfounded" is not synonymous with false allegation. Bruce Gross of the Forensic Examiner says that:

This statistic is almost meaningless, as many of the jurisdictions from which the FBI collects data on crime use different definitions of, or criteria for, "unfounded." That is, a report of rape might be classified as unfounded (rather than as forcible rape) if the alleged victim did not try to fight off the suspect, if the alleged perpetrator did not use physical force or a weapon of some sort, if the alleged victim did not sustain any physical injuries, or if the alleged victim and the accused had a prior sexual relationship. Similarly, a report might be deemed unfounded if there is no physical evidence or too many inconsistencies between the accuser's statement and what evidence does exist. As such, although some unfounded cases of rape may be false or fabricated, not all unfounded cases are false.[3]
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #226 Online: 25 de Outubro de 2014, 03:05:18 »
Em alguns casos pode não haver evidência alguma.

O que vai resultar em alegações problemáticas dos dois lados de novo. O que se compadece com a vítima (ou potencial vítima, já que, não tendo provas, não é possível afirmar) e fica indignado com a polícia não questionar imediatamente o acusado (geralmente assumido como culpado) e descobrir provas numa uma investigação toda high-tech no melhor estilo CSI, mas questionar inicialmente quem faz a denúncia, a fim de tentar descobrir possíveis provas. E do outro lado vão simplesmente chover acusações de ser uma acusação falsa, dando isso como certo. A combinação das duas coisas ainda resulta na interpretação da maioria (os primeiros) de que as pessoas "defendem os estupradores", ou "culpam as vítimas", de se tratá-las como se fossem os criminosos.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #227 Online: 25 de Outubro de 2014, 03:20:49 »
Em partes por que existe um outro fator além deste (da desatualização), que é o perfil do grupo analisado. Os números (de 8%) do relatório do FBI acima, são referentes as acusações totais da população geral, e  os 40% relatados pela Christina Hoff Sommers são referentes a um grupo bem mais especifico, que são as acusações de universitárias contra colegas, que teriam estuprado-as nos próprios campi das universidades, lugar este (principalmente na área das ciências sociais) onde a retórica e a participação feminista é mais forte e contundente, e por consequência, onde o mito da cultura do estupro é mais fortemente construído e espalhado. E mais (como implicitamente mostrado pela Christina), são as próprias feministas que investigam e julgam os casos, comprometendo ainda mais a imparcialidade e a confiança dos mesmos.

Eu não gosto muito da expressão "cultura do estupro", como algo mais generalizado, como se falássemos "cultura do futebol e do samba", ou "cultura do hambúrguer", mas existem de fato "culturas", ou "subculturas" que trivializam mais o estupro (isso é, algo mais "localizado", meio como "cultura das brigas de torcida", não parte da cultura "como um todo", mas algo largamente reprovado), e são justamente mais comuns nessa faixa etária e nesses ambientes.

Citar
http://www.theguardian.com/commentisfree/2014/sep/24/rape-sexual-assault-ban-frats

....

At Georgia Tech, a frat brother sent around an email guide called “Luring your rapebait”. Wesleyan had a frat that was nicknamed the “Rape Factory”. In 2010, fraternity brothers at Yale University marched through campus yelling, “No means yes, yes means anal.”

...





Mas os estudos citados aqui neste tópico até o momento são todos recentes (realizados nos últimos 2 anos). O da Índia foi inclusive, como consta, realizado por uma comissão que tem como objetivo, proteger as mulheres, não havendo por tanto motivações para terem usado de metodologia tendenciosa com objetivo de colocar em dúvida relatos de vitimas reais.

Abraços!

"Recente" não quer dizer necessariamente "melhor". E ter uma organização ou comissão com um nome ou objetivo declarado não significa que seja de fato o objetivo. Lobbies do combustível fóssil tem uma série de organizações de fachada ecológicas, e seus institutos de pesquisa.

Não estou afirmando que seja o caso, apenas que, numa análise preliminar, não dá para se tirar qualquer conclusão.

Ao mesmo tempo, outro aspecto importante é que algo que ocorre ou ocorreu fenomenalmente na Índia não vai necessariamente ser um padrão geral para o resto do mundo, mas diz respeito "apenas" à Índia. É sempre possível sugerir uma generalização válida a partir de algo localizado, mas tem que se ter cuidado. De forma similar não é certo fazer estardalhaço de números de estupro em países onde a "cultura de estupro" é realmente institucionalizada, até pelo estado em si, com punição para quem comete o crime de ser vítima (!) de estupro.

Offline Skeptikós

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #228 Online: 25 de Outubro de 2014, 03:28:08 »
Essa parte eu achei interessante:


Citar

FBI reports from 1996 consistently put the number of "unfounded" rape accusations around 8%. In contrast, the average rate of unfounded reports for "Index crimes" tracked by the FBI is 2%.[15]

However, "unfounded" is not synonymous with false allegation. Bruce Gross of the Forensic Examiner says that (...)
O mesmo vale para os "casos", acusados e condenados de/por estupro, o fato de relatórios divulgarem estatísticas dizendo que tantos casos de estupro foram registrados não quer dizer que sejam casos de estupro de fato, muitos deles podem serem falsas acusações. Por tanto muitos acusados podem serem inocentes, inclusive os condenados, como exemplificado em uma de minhas ultimas postagens, onde um cidadão que pelo que tudo indica, inocente, foi acusado de ter praticado 7 estupros e posteriormente condenado, após 7 meses de cumprimento da sentença, foi comprovado a sua inocência. Agora ele vem com um processo milionário pra cima do Estado. Como eu disse, são as desvantagens de se espalhar o mito da cultura do estupro. Um inocente condenado, o verdadeiro criminoso solto, e o Estado tendo que gastar com indenizações.

Em alguns casos pode não haver evidência alguma.

O que vai resultar em alegações problemáticas dos dois lados de novo. O que se compadece com a vítima (ou potencial vítima, já que, não tendo provas, não é possível afirmar) e fica indignado com a polícia não questionar imediatamente o acusado (geralmente assumido como culpado) e descobrir provas numa uma investigação toda high-tech no melhor estilo CSI, mas questionar inicialmente quem faz a denúncia, a fim de tentar descobrir possíveis provas. E do outro lado vão simplesmente chover acusações de ser uma acusação falsa, dando isso como certo. A combinação das duas coisas ainda resulta na interpretação da maioria (os primeiros) de que as pessoas "defendem os estupradores", ou "culpam as vítimas", de se tratá-las como se fossem os criminosos.
O que se deve fazer é seguir a lei, respeitando os direitos de cada cidadão (doa a quem doer), e seguindo com a investigação conforme manda o "manual".

Se tudo isso for feito, não há motivos para mimimis de grupos militantes ou da população em geral, o que não se pode é condenar inocentes, ou deixar livre criminosos de verdade, enquanto suas vitimas lamentam a injustiça cometida.

Abraços!

Em partes por que existe um outro fator além deste (da desatualização), que é o perfil do grupo analisado. Os números (de 8%) do relatório do FBI acima, são referentes as acusações totais da população geral, e  os 40% relatados pela Christina Hoff Sommers são referentes a um grupo bem mais especifico, que são as acusações de universitárias contra colegas, que teriam estuprado-as nos próprios campi das universidades, lugar este (principalmente na área das ciências sociais) onde a retórica e a participação feminista é mais forte e contundente, e por consequência, onde o mito da cultura do estupro é mais fortemente construído e espalhado. E mais (como implicitamente mostrado pela Christina), são as próprias feministas que investigam e julgam os casos, comprometendo ainda mais a imparcialidade e a confiança dos mesmos.

Eu não gosto muito da expressão "cultura do estupro", como algo mais generalizado, como se falássemos "cultura do futebol e do samba", ou "cultura do hambúrguer", mas existem de fato "culturas", ou "subculturas" que trivializam mais o estupro (isso é, algo mais "localizado", meio como "cultura das brigas de torcida", não parte da cultura "como um todo", mas algo largamente reprovado), e são justamente mais comuns nessa faixa etária e nesses ambientes.

http://www.theguardian.com/commentisfree/2014/sep/24/rape-sexual-assault-ban-frats





Mas os estudos citados aqui neste tópico até o momento são todos recentes (realizados nos últimos 2 anos). O da Índia foi inclusive, como consta, realizado por uma comissão que tem como objetivo, proteger as mulheres, não havendo por tanto motivações para terem usado de metodologia tendenciosa com objetivo de colocar em dúvida relatos de vitimas reais.

Abraços!

"Recente" não quer dizer necessariamente "melhor". E ter uma organização ou comissão com um nome ou objetivo declarado não significa que seja de fato o objetivo. Lobbies do combustível fóssil tem uma série de organizações de fachada ecológicas, e seus institutos de pesquisa.

Não estou afirmando que seja o caso, apenas que, numa análise preliminar, não dá para se tirar qualquer conclusão.

Ao mesmo tempo, outro aspecto importante é que algo que ocorre ou ocorreu fenomenalmente na Índia não vai necessariamente ser um padrão geral para o resto do mundo, mas diz respeito "apenas" à Índia. É sempre possível sugerir uma generalização válida a partir de algo localizado, mas tem que se ter cuidado. De forma similar não é certo fazer estardalhaço de números de estupro em países onde a "cultura de estupro" é realmente institucionalizada, até pelo estado em si, com punição para quem comete o crime de ser vítima (!) de estupro.
Por isso eu disse ser um aviso, o Brasil não vive o que vive a Índia ou os Estados Unidos, mas algo de semelhante eles possuem, que é a militância radical feminista, aquela responsável por instalar a histeria mediante o uso do discurso da "cultura do estupro" nestes países.

O mesmo vem acontecendo no Brasil, ainda em pequenas proporções, através da militância de grupos feministas que talvez por ainda não possuírem a mesma força dos grupos indianos e americanos, não conseguiram instalar este mesmo mito de forma generalizada por aqui.

Mas antes que isso aconteça, eu vou deixando aqui o meu alerta, e combatendo da maneira que puder, para que isto não aconteça por aqui.

Obs: O fato dos estudos serem mais recentes diz respeito ao fato dos dados (caso verídicos) serem atualizados (a realidade atual), enquanto estudos antigos estariam defasados em relação a realidade atual.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #229 Online: 25 de Outubro de 2014, 03:36:10 »
Obs2: Este dado de que uma a cada cinco mulheres serão estupradas nos campi é uma das estatísticas questionadas pela Christina. Segundo ela a metodologia deste estudo era tendenciosa o bastante para considera estupro qualquer relação sexual consensual da qual a mulher se arrependeu depois, relações sexuais consensuais onde a "vítima" teria bebido antes (mesmo que o autor também tivesse bebido, e mesmo que a "vítima" tivesse completamente consciente de seus atos, e MESMO que a vítima não tivesse interpretado aquela relação como de estupro, mas somente a entrevistadora o tivesse).

Diante de uma metodologia tendenciosa como essa fica difícil dar crédito a um estudo desses não é mesmo?

Abraços!
« Última modificação: 25 de Outubro de 2014, 03:38:52 por Skeptikós »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #230 Online: 25 de Outubro de 2014, 05:20:50 »
E da minha parte acho também questionáveis esses questionamentos, ou melhor dizendo, generalizar demais os problemas.

O mais estranho é essa idéia de que "era consensual e se arrependeu depois". Isso, entendido literalmente, deve ser uma coisa tão ínfima que pode ser desprezada. Será que alguém acredita mesmo nisso. "Meh, aquele cara era muito ruim de cama, PQP, não durou nada. Vou acusá-lo de estupro então".

Muito mais provável é se tratarem na vasta maior parte do tempo de casos onde a coisa de fato começa consensual, mas não continua assim. Vide o lema de fraternidade citado, "não significa sim, e sim significa anal". O que sugere que essa desqualificação do estupro por "arrependimento" mais provavelmente parte da noção de alguns de que, se a mulher vai para a cama com o cara, está "liberando geral", e o cara é livre para fazer o que quiser, que ela não pode reclamar depois.


Com bebida as coisas podem ser mais complicadas. Existe o termo "gray rape". E sim, ativistas vão tentar inflar ou deflar os números, de acordo com a conveniencia política.




O que se deve fazer é seguir a lei, respeitando os direitos de cada cidadão (doa a quem doer), e seguindo com a investigação conforme manda o "manual".

Se tudo isso for feito, não há motivos para mimimis de grupos militantes ou da população em geral, o que não se pode é condenar inocentes, ou deixar livre criminosos de verdade, enquanto suas vitimas lamentam a injustiça cometida.

Há quase sempre espaço para fazer mais do que meramente cumprir as leis já existentes (não se limitando a criar novas leis). Os MRAs querem reduzir drasticamente acusações de estupro supostamente falsas envolvendo bebida alcoólica? Então se juntem aos feministas e desencoragem sexo com pessoas alcoolizadas (bem como não encher a cara, se bem que  feministas tem a argumentação idiota de que isso não é um "convite ao estupro", como se a expressão fosse literal), bem como o "ativismo" individual/de grupo, de intervir nessas "dinâmicas" quando as presenciarem.




A tendência dos MRAs no entanto será de protestar contra isso, dizendo que fere o "comportamento masculino natural", ou algo assim.

Offline Skeptikós

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #231 Online: 27 de Outubro de 2014, 17:52:55 »
E da minha parte acho também questionáveis esses questionamentos, ou melhor dizendo, generalizar demais os problemas.
alguns questionamentos podem de fato serem exagerados, mas não acho que seja o caso dos questionamentos feitos pela Christina Hoff. Principalmente a parte onde a entrevistadora decidia pela "vítima" se ela foi ou não estuprada, mesmo que a "vítima" não concordasse com a opinião da entrevistadora. Tipo, agora uma mulher que fez sexo casual e consensual mas não gostou e se arrependeu no dia seguinte, mesmo ela não entendendo isso como estupro, ainda será contabilizado assim por que a entrevistadora feminista decidiu que só por que a moça não gostou isso faz dela uma vítima de estupro? É sério isso?

Além do mais, você acredita mesmo que 1 a cada 5 universitárias serão vítimas de estupro pelo menos uma vez durante a sua vida na universidade?

Eu acho muito mais questionáveis números como estes do que as críticas feitas as metodologias tendenciosas dos estudos que produzem resultados como estes.

O mais estranho é essa idéia de que "era consensual e se arrependeu depois". Isso, entendido literalmente, deve ser uma coisa tão ínfima que pode ser desprezada. Será que alguém acredita mesmo nisso. "Meh, aquele cara era muito ruim de cama, PQP, não durou nada. Vou acusá-lo de estupro então".
Muitas vezes é a entrevistadora que interpreta isso como um caso de estupro, e contabiliza desta forma nos seus relatórios, apesar de a "vítima" não ter concordado com a interpretação. Outras vezes mulheres que beberam um pouco mais, pelo menos uma vez na na vida em alguma noite em que teve relação sexual consensual com outro homem, mesmo que ela se lembre que estava apenas um pouco desinibida, mas ainda consciente o bastante de suas escolhas e ações, são também classificadas pelas entrevistadoras feministas como vítimas de estupro.

Muito mais provável é se tratarem na vasta maior parte do tempo de casos onde a coisa de fato começa consensual, mas não continua assim.
Em alguns casos sim, em outros não. Por isso é preciso uma investigação o mais imparcial possível, e com definições de estupro muito especificas, para evitar interpretações subjetivas e relativas, que mudam conforme a conveniência.

Vide o lema de fraternidade citado, "não significa sim, e sim significa anal". O que sugere que essa desqualificação do estupro por "arrependimento" mais provavelmente parte da noção de alguns de que, se a mulher vai para a cama com o cara, está "liberando geral", e o cara é livre para fazer o que quiser, que ela não pode reclamar depois.
Também não se deve culpar um cara só por que sua fraternidade possui uma música mais pesada sobre sexo. Isso não é evidência de que ele estupre, mas infelizmente é uma boa arma na mão de feministas na hora de acusa-lo.

Obs: Acho que músicas como essas devem ser evitadas, e as pessoas que a cantam, advertidas. Mas não deve ser usada como prova de que alguém é culpado de estupro, para isso existem exames médicos, perícia e etc.


Com bebida as coisas podem ser mais complicadas. Existe o termo "gray rape".
Bebida é complicado, estudos (que mencionei em outros tópicos) atestam que o julgamento moral das pessoas não é afetado, mas apenas o seu nível de inibição, mas claro que estamos falando pessoas que beberam mais ainda estão conscientes o suficiente para falarem, andarem por conta própria e tomarem as suas próprias escolhas. Não é o caso de pessoas inconscientes ou semi-inconscientes, neste caso é evidente que sexo pode facilmente ser classificado como estupro de fato.

E sim, ativistas vão tentar inflar ou deflar os números, de acordo com a conveniencia política.
Isso é comum em ambos os lados mesmo, e é preciso leis bastante claras e justas para evitar que inocentes sejam condenados e que criminosos sejam inocentados.



O que se deve fazer é seguir a lei, respeitando os direitos de cada cidadão (doa a quem doer), e seguindo com a investigação conforme manda o "manual".

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Há quase sempre espaço para fazer mais do que meramente cumprir as leis já existentes (não se limitando a criar novas leis). Os MRAs querem reduzir drasticamente acusações de estupro supostamente falsas envolvendo bebida alcoólica? Então se juntem aos feministas e desencoragem sexo com pessoas alcoolizadas (bem como não encher a cara, se bem que  feministas tem a argumentação idiota de que isso não é um "convite ao estupro", como se a expressão fosse literal), bem como o "ativismo" individual/de grupo, de intervir nessas "dinâmicas" quando as presenciarem.

O problema de imagens como essas é que pintam os homens sempre como criminosos, como se somente homens estuprassem (e como se estereotipa-los como criminosos fosse resolver).

Segundo estudos mulheres são as maiores agressoras de crianças e idosos, e nem por isso campanhas estereotipando mulheres como criminosas e únicas perpetradoras deste tipo de crime são feitas. Na verdade campanha nenhuma sobre este tipo de violência é feita, e se fosse feita, aposto que o perpetrador da violência seria um homem (a pesar de as estatísticas apontarem as mulheres como as principais perpetradoras).


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A tendência dos MRAs no entanto será de protestar contra isso, dizendo que fere o "comportamento masculino natural", ou algo assim.
E a das feministas é o vitimismo, de culpar a vítima, se eximindo de qualquer responsabilidade, e ainda por cima acusando somente os homens (e aqueles que dão sugestões de segurança pessoal a elas). Uma vergonha!

Abraços!
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Osler

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #232 Online: 30 de Outubro de 2014, 17:42:23 »
Eun não sei bem se é nesse tópico que falamos sobre as diferenças inatas das mulhers e profissões, acho que tem uns 3 tópicos parecidos aqui.
De qualquer maneira vai aí um vídeo do Neil deGrasse Tyson sobre ciencia e muolheres/negros

<a href="https://www.youtube.com/v/0Sw-zV9o6fA" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/0Sw-zV9o6fA</a>
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Skeptikós

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #233 Online: 31 de Outubro de 2014, 15:59:38 »
O assunto foi abordado neste tópico aqui. As diferenças inatas foram primeiramente citadas aqui.
 
Curiosamente este assunto do por que existir menos mulheres na ciência também foi abordado.

O tópico acima apontou diferenças inatas e escolhas individuais como os principais fatores influenciadores no resultado de mulheres receberem em média menores salários, e de serem também minoria, quando comparadas a homens em alguns campos de atividade, como na ciência por exemplo.

Abraços!
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Offline Diegojaf

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #234 Online: 31 de Outubro de 2014, 16:14:33 »
Eun não sei bem se é nesse tópico que falamos sobre as diferenças inatas das mulhers e profissões, acho que tem uns 3 tópicos parecidos aqui.
De qualquer maneira vai aí um vídeo do Neil deGrasse Tyson sobre ciencia e muolheres/negros

<a href="https://www.youtube.com/v/0Sw-zV9o6fA" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/0Sw-zV9o6fA</a>

Nice... :ok:
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Osler

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #235 Online: 31 de Outubro de 2014, 18:07:49 »
O assunto foi abordado neste tópico aqui. As diferenças inatas foram primeiramente citadas aqui.
 
Curiosamente este assunto do por que existir menos mulheres na ciência também foi abordado.

O tópico acima apontou diferenças inatas e escolhas individuais como os principais fatores influenciadores no resultado de mulheres receberem em média menores salários, e de serem também minoria, quando comparadas a homens em alguns campos de atividade, como na ciência por exemplo.

Abraços!

Eu tinha a impressão que essa parte das diferenças inatas (como processos evolutivos levariam os homens a ter mais aptidão de liderança) já tinha sido discutida e afastada pelo Buck
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio


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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #237 Online: 20 de Março de 2015, 01:03:18 »
Putz, a mãe do cara se suicidou até.

Estranho terem-no aconselhado a admitir culpa. :hein:

"Nada sofrerá" -- isso é garantido? Não pode haver algum processo? :hein:

Evidentemente não há uma "pena" automática com a anulação ou absolvição do que é burocraticamente "outro" caso. Mas acho que a princípio nada impede dela ser também perseguida legalmente.

Offline Diegojaf

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #239 Online: 20 de Março de 2015, 09:20:32 »
Putz, a mãe do cara se suicidou até.

Estranho terem-no aconselhado a admitir culpa. :hein:

"Nada sofrerá" -- isso é garantido? Não pode haver algum processo? :hein:

Evidentemente não há uma "pena" automática com a anulação ou absolvição do que é burocraticamente "outro" caso. Mas acho que a princípio nada impede dela ser também perseguida legalmente.
Sim, mas depende do homem vitimado abrir um processo contra ela, diferente do que aconteceu quando ele foi acusado, neste caso foi o Estado que moveu o processo contra ele. No entanto, o homem afirmou não confiar mais no sistema, e por este motivo a mulher não será processada, por isso eu disse que mais uma vez, como de praxe, este tipo de crime sairá impune.

Homem que teve sua vida destruída após ser condenado injustamente nos EUA com base em falsas acusações (incluindo de estupro e carcere privado), será finalmente liberado, no entanto a criminosa autora das falsas acusações, como de praxe, nada sofrerá.

 :no:

A notícia é de 2013 e só existe nesse site 10news. Estranho.
Sim, isto ao meu ver mostra como casos de injustiças como este, de falsas acusações de estupro contra homens não chamam muita atenção da mídia. Agora, por que duvidar da veracidade do caso, o jornal é da Rede de televisões norte americana ABC, e cita diversos documentos (com ligações externas) que comprovam a informação, incluindo relatórios da polícia e testemunhos.

Abraços!
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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #240 Online: 20 de Março de 2015, 17:06:25 »
Putz, a mãe do cara se suicidou até.

Estranho terem-no aconselhado a admitir culpa. :hein:

"Nada sofrerá" -- isso é garantido? Não pode haver algum processo? :hein:

Evidentemente não há uma "pena" automática com a anulação ou absolvição do que é burocraticamente "outro" caso. Mas acho que a princípio nada impede dela ser também perseguida legalmente.
Sim, mas depende do homem vitimado abrir um processo contra ela, diferente do que aconteceu quando ele foi acusado, neste caso foi o Estado que moveu o processo contra ele. No entanto, o homem afirmou não confiar mais no sistema, e por este motivo a mulher não será processada, por isso eu disse que mais uma vez, como de praxe, este tipo de crime sairá impune.

Não que isso justifique, mas o vice-versa também ocorre, e provavelmente mais comumente. Tanto impunidade por ausência de provas, quanto pela vítima não querer levar adiante a coisa.

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #241 Online: 20 de Março de 2015, 17:57:09 »
Putz, a mãe do cara se suicidou até.

Estranho terem-no aconselhado a admitir culpa. :hein:

"Nada sofrerá" -- isso é garantido? Não pode haver algum processo? :hein:

Evidentemente não há uma "pena" automática com a anulação ou absolvição do que é burocraticamente "outro" caso. Mas acho que a princípio nada impede dela ser também perseguida legalmente.
Sim, mas depende do homem vitimado abrir um processo contra ela, diferente do que aconteceu quando ele foi acusado, neste caso foi o Estado que moveu o processo contra ele. No entanto, o homem afirmou não confiar mais no sistema, e por este motivo a mulher não será processada, por isso eu disse que mais uma vez, como de praxe, este tipo de crime sairá impune.

Não que isso justifique, mas o vice-versa também ocorre, e provavelmente mais comumente. Tanto impunidade por ausência de provas, quanto pela vítima não querer levar adiante a coisa.
Não sei se mais comumente, acho que qualquer estimativa deste tipo é somente isso, estimativa, e na maioria das vezes, sem muitos fundamentos.

A questão é que mulheres hoje em dia são socialmente encorajadas a denunciarem este tipo de crime (estupro, assédio e etc) praticados por homens contra elas, e elas só precisam denunciar, o resto fica por conta do Estado. Já em relação a homens vítimas de falsas acusações a história não é a mesma, mesmo o Estado também sendo vítima, tendo gasto com o processo de investigação e julgamento, é o homem que deve entrar com um processo e custear tudo.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar


Offline Feliperj

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #243 Online: 30 de Junho de 2016, 21:40:14 »
A cultura de estupro é uma histeria onde paranóia, censura e falsas acusações florescem

Christina Hoff Sommers
15 de maio de 2014

Christina Hoff Sommers é uma estudiosa residente no American Enterprise Institute, contribuinte da revista TIME e autora de vários livros, incluindo The War Against Boys (A guerra contra os meninos).

 
Em 27 de janeiro de 2010 funcionários da Universidade de Dacota do Norte puniram o estudante Caleb Warner por ter abusado sexualmente de uma colega. Ele insistiu que o encontro foi consensual, mas foi considerado culpado por um tribunal acadêmico e por isso expulso e banido do campus.

Poucos meses depois, Warner recebeu uma notícia surpreendente. A polícia local havia determinado não só que Warner era inocente , mas que a suposta vítima tinha deliberadamente falsificado suas acusações. Ela foi acusada de mentir para a polícia preenchendo um relato falso, e fugiu do estado.

Casos como o de Warner estão se proliferando. Aqui está uma lista parcial de rapazes que recentemente entraram com ações contra as suas instituições de ensino no que parece ser uma brutal discriminação nos tribunais acadêmicos de agressão sexual: Drew Sterrett, da Universidade de Michigan; John Doe , de Swarthmore;  Anthony Villar – da Universidade da Filadélfia; Peter Yu – de Vassar;  Andre Henry – da Universidade do Estado de Delaware; Dez Wells – de Xavier; e Zackary Hunt – de Denison.

“Culpado até provar o contrário” é o novo princípio jurídico quando o sexo está em causa.

A agressão sexual no campus é um verdadeiro problema, mas a nova cruzada em torno da “cultura do estupro” está ficando feia. A lista de jovens acusados falsamente submetidos aos tribunais de araque da justiça está crescendo em ritmo acelerado. Alunos da Universidade de Boston exigiram que um show de Robin Thicke fosse cancelado: seu hit Blurred Lines é, supostamente, um hino de estupro. (Inclui as palavras: "Eu sei que você quer.") Professores de Oberlin, UCLA, Santa Barbara e Rutgers foram instados a colocar advertência nas ementas que incluem livros como O Grande Gatsb: “muita violência misógina”. Este movimento está se transformando nossos campi em ambientes hostis para a liberdade de expressão e para o julgamento justo. E até agora, funcionários da universidade, líderes políticos e a Casa Branca estão surfando na onda.

Parece que estamos no meio de um desses surtos onde paranóia, censura e acusações falsas florescem e pessoas geralmente sensatas abandonam suas capacidades críticas. Não estamos diante de algo tão extremo como os julgamentos das bruxas de Salem ou as inquisições de McCarthy. Mas o movimento sobre a “cultura do estupro” de hoje tem algumas semelhanças a uma histeria que tomou conta de creches em 1980.

Em agosto de 1983, uma mãe angustiada relatou à polícia que seu filho de 2 anos de idade havia sido abusada horrivelmente na pré-escola McMartin em Manhattan Beach, Califórnia. Ela descreveu uma rede de túneis subterrâneos, onde os funcionários da escola havia sodomizado seu filho e o obrigado a assistir a sacrifícios de animais. A mãe estava mentalmente perturbada e sua história não tem base na realidade. Mas a mídia aproveitou a história, e a paranóia sobre cultos satânicos se tornou uma epidemia nacional. Os pais já estavam no limite: grupos de defesa, políticos e os meios de comunicação tinham advertido que cerca de 50.000 crianças tinham sido sequestradas por estranhos, e 4.000 delas assassinadas, a cada ano. Com a propagação da notícia da barbárie McMartin funcionários de creches de todo o país se viram implicados no crime de abuso infantil satânico. Uma rede nacional de abuso-terapeutas prontamente se materializou. Através do uso de técnicas de entrevista intimidante, eles encorajavam as crianças a "lembrar" dos terríveis abusos em sua creche.

Os terapeutas do abuso se juntaram a um grupo influente de feministas conspiracionistas, incluindo Gloria Steinem e Catharine MacKinnon. Quando alguns feministas civil-libertários como Carol Travis, Wendy Kaminer, Ellen Willis e Debbie Nathan tentaram alertar sobre a caça às bruxas, foram vilipendiados pelo agitadores da conspiração como backlashers, apologistas de abuso infantil, e “coxinhas manipulados pela mídia misógina”.

Desde o início do susto em 1983, até seu fim, em meados da década de 1990, um número incontável de crianças foram submetidas a terapias manipulativas e centenas de adultos inocentes enfrentaram acusações de abuso infantil ritual. Vários dos acusados passaram anos de prisão por crimes que nunca aconteceram. Um recente artigo do portal Slate chamou de "um dos pânicos morais mais prejudiciais na história da América", que só começou a diminuir quando jornalistas céticos trataram de verificar e investigar os fatos. Uma história de 1985, no Los Angeles Times informou aos leitores que, de acordo com relatórios do FBI, o número de sequestros de crianças por estrangeiros em 1984 foi de 67, e não 50 mil.

O pânico sobre estupros na faculdade de hoje é uma recapitulação estranha do pânico sobre abusos na creche. Assim como o mítico "50 mil crianças raptadas" alimentou a paranóia com a segurança da criança na década de 1980, do mesmo modo a histeria de hoje é incitada pela constante repetição de igualmente fictícios "um em cada cinco mulheres no campus é vítima de estupro" que até mesmo o presidente Barack Obama abraçou.

O número um em cada cinco é derivado de pesquisas tendenciosas onde amostras de inquiridos são feitas uma combinação engenhosa de perguntas simples e manipuladoras, que relembram as entrevistas por trás das agitações da creche.

Um estudo muito cidado, por exemplo , primeiro diz aos entrevistados: "Por favor, lembre-se que mesmo se alguém usa álcool ou drogas, o que acontece com eles não é culpa deles." Em seguida, ele pergunta: "Quando você estava bêbado, alto, drogado, ou desmaiado e incapaz de consentir, quantas pessoas já fizeram sexo vaginal com você.” Conta-se todos esses encontros sexuais como estupros.
Estudos respeitáveis sugerem que entre as mulheres universitárias aproximadamente um em cada quarenta são vítimas de estupro ou agressão sexual (agressão inclui ameaças verbais, bem como agarrões sexuais indesejados e carícias). Um em cada quarenta ainda são muitas mulheres. Mas isso dificilmente constitui uma "cultura do estupro", exigindo a intervenção da Casa Branca.

Mais uma vez, feministas da conspiração estão na vanguarda desse movimento. Assim como psicólogos feministas convenceram as crianças que tinham sido abusadas, assim ativistas femininas persuadiram muitas mulheres jovens que o que elas poderiam ter descartado como um encontro casual depois de uma bebedeira era realmente um crime de estupro. "Acredito nas crianças", disseram os especialistas de abuso ritual durante a paranoia da creche. "Creio nas sobreviventes", dizem culturalistas do estupro de hoje. Não acreditar numa suposta vítima é correr o risco de ser acusado de apoiador do estupro.

Alguns vão dizer que esses pânicos morais, mesmo exagerados, ao menos chamam a atenção para problemas sérios. Isso é profundamente equivocada. A histeria em torno de abuso creche e campus estupro não lança nenhuma luz: ao contrário, elas confundem e desacreditam casos genuínos de abuso e violência. Molestamento e estupro são crimes hediondos que merecem atenção séria e vigorosa resposta. Panico gera caos e linchamento. Eles punem vítimas inocentes, minam a confiança social, e nos ensinam a duvidar da evidência de nossa própria experiência.

EM Forster disse isto melhor em A Passage to India, referindo-se a um pânico entre "bons cidadãos" após uma acusação altamente duvidosa de estupro: "A piedade, a ira, e o heroísmo os encheu, mas o poder de somar dois mais dois foi aniquilado. "



Com o auxílio do Google Tradutor a partir do original disponível em http://time.com/100091/campus-sexual-assault-christina-hoff-sommers/

Cultura de Estupro é que nem Papai Noel. Isso NO ECXISTE!


Offline Feliperj

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #244 Online: 30 de Junho de 2016, 21:44:52 »
Eun não sei bem se é nesse tópico que falamos sobre as diferenças inatas das mulhers e profissões, acho que tem uns 3 tópicos parecidos aqui.
De qualquer maneira vai aí um vídeo do Neil deGrasse Tyson sobre ciencia e muolheres/negros

<a href="https://www.youtube.com/v/0Sw-zV9o6fA" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/0Sw-zV9o6fA</a>

Nice... :ok:

Documentário "O Paradoxo da Igualdade". Nele é analisado o tema anterior. Porque, em um país como  a Noruega, considerado o mais igualitário, mulheres tendem a seguir profissões "de mulheres" e homens, "de homens"? A explicação "evolutiva" para mim, é a cereja do bolo!

Tudo isso vem na carona da IDIOTICE de IDEOLOGIA de gênero :

https://www.theguardian.com/books/2004/may/12/scienceandnature.gender


<a href="https://www.youtube.com/v/G0J9KZVB9FM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/G0J9KZVB9FM</a>

 

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