E da minha parte acho também questionáveis esses questionamentos, ou melhor dizendo, generalizar demais os problemas.
alguns questionamentos podem de fato serem exagerados, mas não acho que seja o caso dos questionamentos feitos pela Christina Hoff. Principalmente a parte onde a entrevistadora decidia pela "vítima" se ela foi ou não estuprada, mesmo que a "vítima" não concordasse com a opinião da entrevistadora. Tipo, agora uma mulher que fez sexo casual e consensual mas não gostou e se arrependeu no dia seguinte, mesmo ela não entendendo isso como estupro, ainda será contabilizado assim por que a entrevistadora feminista decidiu que só por que a moça não gostou isso faz dela uma vítima de estupro? É sério isso?
Além do mais, você acredita mesmo que 1 a cada 5 universitárias serão vítimas de estupro pelo menos uma vez durante a sua vida na universidade?
Eu acho muito mais questionáveis números como estes do que as críticas feitas as metodologias tendenciosas dos estudos que produzem resultados como estes.
O mais estranho é essa idéia de que "era consensual e se arrependeu depois". Isso, entendido literalmente, deve ser uma coisa tão ínfima que pode ser desprezada. Será que alguém acredita mesmo nisso. "Meh, aquele cara era muito ruim de cama, PQP, não durou nada. Vou acusá-lo de estupro então".
Muitas vezes é a entrevistadora que interpreta isso como um caso de estupro, e contabiliza desta forma nos seus relatórios, apesar de a "vítima" não ter concordado com a interpretação. Outras vezes mulheres que beberam um pouco mais, pelo menos uma vez na na vida em alguma noite em que teve relação sexual consensual com outro homem, mesmo que ela se lembre que estava apenas um pouco desinibida, mas ainda consciente o bastante de suas escolhas e ações, são também classificadas pelas entrevistadoras feministas como vítimas de estupro.
Muito mais provável é se tratarem na vasta maior parte do tempo de casos onde a coisa de fato começa consensual, mas não continua assim.
Em alguns casos sim, em outros não. Por isso é preciso uma investigação o mais imparcial possível, e com definições de estupro muito especificas, para evitar interpretações subjetivas e relativas, que mudam conforme a conveniência.
Vide o lema de fraternidade citado, "não significa sim, e sim significa anal". O que sugere que essa desqualificação do estupro por "arrependimento" mais provavelmente parte da noção de alguns de que, se a mulher vai para a cama com o cara, está "liberando geral", e o cara é livre para fazer o que quiser, que ela não pode reclamar depois.
Também não se deve culpar um cara só por que sua fraternidade possui uma música mais pesada sobre sexo. Isso não é evidência de que ele estupre, mas infelizmente é uma boa arma na mão de feministas na hora de acusa-lo.
Obs: Acho que músicas como essas devem ser evitadas, e as pessoas que a cantam, advertidas. Mas não deve ser usada como prova de que alguém é culpado de estupro, para isso existem exames médicos, perícia e etc.
Com bebida as coisas podem ser mais complicadas. Existe o termo "gray rape".
Bebida é complicado, estudos (que mencionei em outros tópicos) atestam que o julgamento moral das pessoas não é afetado, mas apenas o seu nível de inibição, mas claro que estamos falando pessoas que beberam mais ainda estão conscientes o suficiente para falarem, andarem por conta própria e tomarem as suas próprias escolhas. Não é o caso de pessoas inconscientes ou semi-inconscientes, neste caso é evidente que sexo pode facilmente ser classificado como estupro de fato.
E sim, ativistas vão tentar inflar ou deflar os números, de acordo com a conveniencia política.
Isso é comum em ambos os lados mesmo, e é preciso leis bastante claras e justas para evitar que inocentes sejam condenados e que criminosos sejam inocentados.
O que se deve fazer é seguir a lei, respeitando os direitos de cada cidadão (doa a quem doer), e seguindo com a investigação conforme manda o "manual".
Se tudo isso for feito, não há motivos para mimimis de grupos militantes ou da população em geral, o que não se pode é condenar inocentes, ou deixar livre criminosos de verdade, enquanto suas vitimas lamentam a injustiça cometida.
Há quase sempre espaço para fazer mais do que meramente cumprir as leis já existentes (não se limitando a criar novas leis). Os MRAs querem reduzir drasticamente acusações de estupro supostamente falsas envolvendo bebida alcoólica? Então se juntem aos feministas e desencoragem sexo com pessoas alcoolizadas (bem como não encher a cara, se bem que feministas tem a argumentação idiota de que isso não é um "convite ao estupro", como se a expressão fosse literal), bem como o "ativismo" individual/de grupo, de intervir nessas "dinâmicas" quando as presenciarem.

O problema de imagens como essas é que pintam os homens sempre como criminosos, como se somente homens estuprassem (e como se estereotipa-los como criminosos fosse resolver).
Segundo estudos mulheres são as maiores agressoras de crianças e idosos, e nem por isso campanhas estereotipando mulheres como criminosas e únicas perpetradoras deste tipo de crime são feitas. Na verdade campanha nenhuma sobre este tipo de violência é feita, e se fosse feita, aposto que o perpetrador da violência seria um homem (a pesar de as estatísticas apontarem as mulheres como as principais perpetradoras).
A tendência dos MRAs no entanto será de protestar contra isso, dizendo que fere o "comportamento masculino natural", ou algo assim.
E a das feministas é o vitimismo, de culpar a vítima, se eximindo de qualquer responsabilidade, e ainda por cima acusando somente os homens (e aqueles que dão sugestões de segurança pessoal a elas). Uma vergonha!
Abraços!