Autor Tópico: A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.  (Lida 18334 vezes)

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Offline Diegojaf

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #25 Online: 23 de Junho de 2014, 15:44:05 »
O video só distorce as posições feministas, como se as feministas lutassem por privilégios. Na mesma linha do "orgulho hétero".

Eu diria que a galera do Orgulho Hétero é que trabalha na mesma linha dos feministas e dos demais grupos pseudoigualitários :)


A melhor deles é uma que um contato meu (não sigo eles) compartilhou: "Feministas se manifestando em frente ao quartel exigindo alistamento obrigatório para mulheres", com a foto de uma porta de quartel deserta. :lol:
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #26 Online: 23 de Junho de 2014, 15:55:21 »
A missão feminista quando o movimento surgiu:



A missão feminista atualmente:



"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Donatello

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #27 Online: 23 de Junho de 2014, 15:58:33 »
O video só distorce as posições feministas, como se as feministas lutassem por privilégios. Na mesma linha do "orgulho hétero".

Eu diria que a galera do Orgulho Hétero é que trabalha na mesma linha dos feministas e dos demais grupos pseudoigualitários :)


A melhor deles é uma que um contato meu (não sigo eles) compartilhou: "Feministas se manifestando em frente ao quartel exigindo alistamento obrigatório para mulheres", com a foto de uma porta de quartel deserta. :lol:
Agora que temos uma ministra da defesa que em sua entrevista coletiva de estréia pediu uma maior participação das mulheres tenho certeza de que este tão sonhado sonho dos feministas sai do papel :P

Offline Diegojaf

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #28 Online: 23 de Junho de 2014, 16:02:54 »
O video só distorce as posições feministas, como se as feministas lutassem por privilégios. Na mesma linha do "orgulho hétero".

Eu diria que a galera do Orgulho Hétero é que trabalha na mesma linha dos feministas e dos demais grupos pseudoigualitários :)


A melhor deles é uma que um contato meu (não sigo eles) compartilhou: "Feministas se manifestando em frente ao quartel exigindo alistamento obrigatório para mulheres", com a foto de uma porta de quartel deserta. :lol:
Agora que temos uma ministra da defesa que em sua entrevista coletiva de estréia pediu uma maior participação das mulheres tenho certeza de que este tão sonhado sonho dos feministas sai do papel :P

Não é mais o Celso Amorim?
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Offline Donatello

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #29 Online: 23 de Junho de 2014, 16:05:33 »
Desculpa  :oops: , errei o cargo, é presidentA do tribunal militar  (então acho que ela não tem poder pra isso, esperemos uma ministra assumir a pasta :( )

Offline Donatello

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #30 Online: 23 de Junho de 2014, 16:08:32 »
Ps.: errei de novo. Acho que tá na Constituição que só os homens são obrigados a se alistar. Vamos esperar que a maioria na Câmara e no Senado sejam feministas inveterados, tá cada vez mais difícil isso :/

Offline _Juca_

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #31 Online: 23 de Junho de 2014, 16:10:34 »
O video só distorce as posições feministas, como se as feministas lutassem por privilégios. Na mesma linha do "orgulho hétero".
Infelizmente a imagem que o movimento feminista passa hoje é este. Pode até ser que algumas poucas feministas ainda estejam mesmo bem intencionadas e bem informadas, e que busquem de fato uma igualdade de gênero sem ignorar as diferenças inegáveis que existem entre homens e mulheres, e claro, respeitando tais diferenças, no entanto, o que vemos na mídia e nos manifestos feministas mundo a fora, é simplesmente uma busca por privilégios baseada em argumentação infundada e recheada por ataques e ofensas desnecessárias e criminosas.

Alguns ataques contra fiéis e patrimônio privado católicos:
 
<a href="https://www.youtube.com/v/PTWjGwurqSI" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/PTWjGwurqSI</a>

<a href="https://www.youtube.com/v/l0LUbdIomG4" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/l0LUbdIomG4</a>

<a href="https://www.youtube.com/v/aLrjp5HGUXM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/aLrjp5HGUXM</a>

Estes acima são só alguns exemplos de intolerância e ataques ofensivos contra a instituição católica, simplesmente pleo fato da igreja ser contrária ao aborto. Isso no entanto deve ser debatido racionalmente, e não deve ser buscado na base do vandalismo e da violência.

E não só contra os católicos, mas contra os próprios homens, esta cultura do estupro é um exemplo da pressão feminista sobre a maneira como as mulheres devem e vem recebendo um privilégio em relação aos homens quando estes são falsamente acusados por mulheres de terem praticado estupro.

Abraços!

Nem olhei os vídeos, e mesmo que procedam, não vale generalizar. Primeiro não é um movimento único, apenas uma direção, a de igualar os direito das mulheres frente aos homens. Há menos de um século, mulheres não podiam votar, dirigir, trabalhar em qualquer serviço, etc  devendo ser totalmente submissas aos homens, e ainda hoje o reflexo disso é muito grande na sociedade. Mulheres não são iguais aos homens, são mais frágeis, mais vulneráveis e ainda carregam o "fardo" da maternidade, principalmente por isso o tratamento tem que ser diferenciado, mas com plenos direitos igualitários ao homem.

Só um exemplo das falácias do vídeo da loira peituda ( ainda estou decifrando se aquilo não era uma pegadinha às avessas, do tipo da vila de homossexuais), homens morrem mais cedo geralmente porque se cuidam menos que as mulheres, fumam mais, bebem mais, dirigem com mais imprudência, cometem mais crimes, e só vão ao médico quando o problema se agravou.

Offline Diegojaf

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #32 Online: 23 de Junho de 2014, 16:11:31 »
Ah sim. Mas duvido muito que a presença dela incentive as mulheres a participarem mais do que já participam. Você vê uma ou outra maluca de vez em nunca no meio do alistamento, mas são uma minoria tão absurda que não representa nada. Mulher querer participar dessa insanidade hoje é um desvio de conduta padrão extremo.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #33 Online: 23 de Junho de 2014, 16:13:21 »

Exato: o fato de serem a ampla maioria em qualquer emprego periculoso (incluindo Forças Armadas e policiais), na maioria dos empregos insalubres (tirando alguns da saúde) e trabalharem muito mais horas por semana (o que resulta em muito menos tempo livre para cuidar da própria saúde) não tem absolutamente porcaria nenhuma a ver.

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #34 Online: 23 de Junho de 2014, 16:21:45 »

Exato: o fato de serem a ampla maioria em qualquer emprego periculoso (incluindo Forças Armadas e policiais), na maioria dos empregos insalubres (tirando alguns da saúde) e trabalharem muito mais horas por semana (o que resulta em muito menos tempo livre para cuidar da própria saúde) não tem absolutamente porcaria nenhuma a ver.

Não tanto quanto você sugere, pergunte a um profissional de saúde.

Offline _Juca_

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #35 Online: 23 de Junho de 2014, 16:25:04 »
Ah sim. Mas duvido muito que a presença dela incentive as mulheres a participarem mais do que já participam. Você vê uma ou outra maluca de vez em nunca no meio do alistamento, mas são uma minoria tão absurda que não representa nada. Mulher querer participar dessa insanidade hoje é um desvio de conduta padrão extremo.

Talvez, mas é um caso muito específico. Se você tivesse um exército iria querer que ele fosse formado por mulheres que fossem lutar na linha de frente de modo que fosse meio à meio? Acho que nenhum exército do mundo faria essa opção, a não ser que homens estivessem em falta para lutar.

Offline Diegojaf

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #36 Online: 23 de Junho de 2014, 16:31:24 »
Ah sim. Mas duvido muito que a presença dela incentive as mulheres a participarem mais do que já participam. Você vê uma ou outra maluca de vez em nunca no meio do alistamento, mas são uma minoria tão absurda que não representa nada. Mulher querer participar dessa insanidade hoje é um desvio de conduta padrão extremo.

Talvez, mas é um caso muito específico. Se você tivesse um exército iria querer que ele fosse formado por mulheres que fossem lutar na linha de frente de modo que fosse meio à meio? Acho que nenhum exército do mundo faria essa opção, a não ser que homens estivessem em falta para lutar.

Israel.
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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #37 Online: 23 de Junho de 2014, 16:35:47 »
Nem olhei os vídeos, e mesmo que procedam, não vale generalizar.
Sim, podem não serem todas, mas a impressão que fica é que a maioria não tem fundamentos para suas alegações, que em geral parecem buscar privilégios ao invés de igualdade e que usam da violência e do vandalismo para conseguirem a atenção que buscam.

Primeiro não é um movimento único,
Sim, existem grupos radicais e pseudo-igualitários, a questão é que esta parcela do movimento parece representar a maioria deste.

apenas uma direção, a de igualar os direito das mulheres frente aos homens. Há menos de um século, mulheres não podiam votar, dirigir, trabalhar em qualquer serviço, etc  devendo ser totalmente submissas aos homens,
E esses direitos que o movimento alcançou são de fato louváveis.

e ainda hoje o reflexo disso é muito grande na sociedade. Mulheres não são iguais aos homens, são mais frágeis, mais vulneráveis e ainda carregam o "fardo" da maternidade, principalmente por isso o tratamento tem que ser diferenciado,
mas com plenos direitos igualitários ao homem.
Claro, existem diferenças inegáveis, como já dito por mim, mas a maior parte das feministas aceitam as diferenças que as favorecem e reclamam das que as desfavorecem, mesmo nos caso onde as diferenças são inatas e imutáveis. Querem que as desigualdades que as favoreçam, como a vantagem ao direito a guarda do filho em caso de separação, a aposentadoria mais cedo que a do homem, entradas mais baratas do que a dos homens em diversos eventos privados e etc. permaneçam, e que as desigualdades que supostamente as desfavoreçam, como o maior número de homens ocupando cargos técnicos e de liderança seja reduzido ao ponto de uma maior igualdade com as mulheres, mesmo no caso da maioria delas não estarem capacitadas e interessadas em tais cargos. Isso é para mim no mínimo hipocrisia, desta forma não estão a buscar igualdades, mas sim, privilégios.

Só um exemplo das falácias do vídeo da loira peituda ( ainda estou decifrando se aquilo não era uma pegadinha às avessas, do tipo da vila de homossexuais), homens morrem mais cedo geralmente porque se cuidam menos que as mulheres, fumam mais, bebem mais, dirigem com mais imprudência, cometem mais crimes, e só vão ao médico quando o problema se agravou.
E também por estarem nas guerras, serem policiais, bombeiros, motoristas, operários e ocuparem diversos outros cargos com risco de morte superior aos cargos de escritórios que a maioria das mulheres ocupam.

Abraços!
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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #38 Online: 23 de Junho de 2014, 16:38:54 »
Ah sim. Mas duvido muito que a presença dela incentive as mulheres a participarem mais do que já participam. Você vê uma ou outra maluca de vez em nunca no meio do alistamento, mas são uma minoria tão absurda que não representa nada. Mulher querer participar dessa insanidade hoje é um desvio de conduta padrão extremo.

Talvez, mas é um caso muito específico. Se você tivesse um exército iria querer que ele fosse formado por mulheres que fossem lutar na linha de frente de modo que fosse meio à meio? Acho que nenhum exército do mundo faria essa opção, a não ser que homens estivessem em falta para lutar.

Israel.
De fato, em Israel tanto as mulheres quanto os homens são todos obrigados a servirem o exército por no minimo dois anos, quando alcançam a idade de 22 anos, se não me engano.
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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #39 Online: 23 de Junho de 2014, 16:41:47 »
Correção: A idade obrigatória para servir o exército israelense é de 18 anos e não 22, tanto para homens quanto para mulheres física e mentalmente aptos para tal serviço.
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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #40 Online: 23 de Junho de 2014, 17:18:45 »
Eu ia postar uma explicação mais elaborada do que vou tentar dizer agora, mas estou sem tempo e com preguiça, eu precisaria entrar em algumas minúcias de questões técnicas em Ecologia (estratégias r e K) e em evolução (o custo da reprodução sexuada) e teria que escrever uma historinha didatica para tentar ilustrar o que quero dizer (e que, afinal, para muitos de vocês possa até ser algo óbvio) mas a questão é que, aproveitando o sucesso que o vídeo norueguês fez no outro tópico e o rumo que este tópico aqui tomou, eu preciso dizer que tanto o estupro quanto a "descartabilidade" do homem (macho) são perfeitamente compreensíveis à luz da Biologia.

Em resumo: a reprodução sexuada tem custos (gônadas e demais órgãos reprodutivos têm que surgir e eles gastam energia de diversos modos, em caso de diocismo você tem membros da população que consomem recursos do ambiente mas não colaboram diretamente para a perpetuação da espécie (não engravidam, não botam ovos)...) mas também carrega um enorme benefício (variabilidade genética).

A questão central é que quanto mais eficaz for o padrão reprodutivo na tarefa de promover variabilidade genética mais custoso ele tende a ser e isso determina um intrincado ajuste fino que vai ajudar a explicar porque entre os animais terrestres animais superiores a maioria das espécies são dioicas, com machos vivendo quase o mesmo tempo que as fêmeas, mas em outros grupos os padrões encontrados serem os mais distintos possíveis (macho microscópico que vive dentro do corpo de uma fêmea macroscópica... macho que só aparece em tempos de crise ambiental desaparecendo logo após a cópula ou reestabelecimento das condições ambientais ideias... hermafroditismo...)

Acontece que tanto a questão da "vida do macho valer menos" quanto a questão do "direito de estuprar" entram nestas equações um tanto quanto complicadas. O que eu tô querendo dizer é que as mesmas "lógicas biológicas" que explicam perfeitamente o porquê de os machos serem os primeiros a saírem à guerra (e se vocês olharem ao redor vão ver que isto não é algo nem de longe inventado pela humanidade) explicam também o porquê de boas partes das cópulas serem connseguidas à força pelo macho e não por gosto e vontade da fêmea (idem ao anterior).

A questão é: se somos humanos e resolvemos "moralizar essa zorra que a natureza fez" (ou seja: se idealizamos viver não sob as regras selvagens que a nossa biologia nos impôs mas sob os conceitos de justiça e moralidade que surgiram da nossa cabeça hiperdesenvolvida, que é do que trata o tópico aqui) então não valerá dizer "com o estupro tudo mal e temos que corrigir e com os homens tendo suas vidas tratadas como algo de menor valor tudo bem, vocês que vão reclamar com Darwin e não nos encham o saco".

O ponto é que enquanto obtivemos êxito no primeiro caso (em tratar o estupro como algo imoral e anormal em nossa sociedade) continuamos pouco nos lixando para o segundo (a vida do macho humano continua valendo menos, como se esperaria em um ambiente selvagem, e isto é tão normal como sempre foi pra maioria de nós).

Dito isto:
« Última modificação: 23 de Junho de 2014, 21:23:02 por Pai Donatello de Ifá »

Offline Sergiomgbr

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #41 Online: 23 de Junho de 2014, 18:28:46 »

 eu preciso dizer que tanto o estupro quanto a "descartabilidade" do homem (macho) são perfeitamente compreensíveis à luz da Biologia.

Depende. É uma questão de contexto.


Em resumo: a reprodução sexuada tem custos (gônadas e demais órgãos reprodutivos têm que surgir e eles gastam energia de diversos modos, em caso de diocismo você tem membros da população que consomem recursos do ambiente mas não colaboram diretamente para a perpetuação da espécie (não engravidam, não botam ovos)...) mas também carrega um enorme benefício (variabilidade genética).

+custos-benefícios =0 = default.


A questão central é que quanto mais eficaz for o padrão reprodutivo na tarefa de promover variabilidade genética mais custoso ele tende a ser e isso determina um intrincado ajuste fino que vai ajudar a explicar porque entre os animais terrestres a maioria das espécies são dioicas, com machos vivendo quase o mesmo tempo que as fêmeas, mas em outros grupos os padrões encontrados serem os mais distintos possíveis (macho microscópico que vive dentro do corpo de uma fêmea macroscópica... macho que só aparece em tempos de crise ambiental desaparecendo logo após a cópula ou reestabelecimento das condições ambientais ideias... hermafroditismo...)

Essa proposta de antropomorfizar a natureza como se existissem machos e fêmeas fora da dimensão psicológica humana é um tanto quanto temerária.


Acontece que tanto a questão da "vida do macho valer menos" quanto a questão do "direito de estuprar" entram nestas equações um tanto quanto complicadas. O que eu tô querendo dizer é que as mesmas "lógicas biológicas" que explicam perfeitamente o porquê de os machos serem os primeiros a saírem à guerra (e se vocês olharem ao redor vão ver que isto não é algo nem de longe inventado pela humanidade) explicam também o porquê de boas partes das cópulas serem connseguidas à força pelo macho e não por gosto e vontade da fêmea (idem ao anterior).

Ou então são só constructos mentais absolutamente wishfullthinkinguescos. Porque a "vida"do macho vale menos? E sob que perpectiva seria aceitável considerar que "fêmeas"não se permitem à cópula? O que você está propondo seria mais ou menos como dizer que uma molécula estupra uma outra para fazer um moleculão.


A questão é: se somos humanos e resolvemos "moralizar essa zorra que a natureza fez" (ou seja: se idealizamos viver não sob as regras selvagens que a nossa biologia nos impôs mas sob os conceitos de justiça e moralidade que surgiram da nossa cabeça hiperdesenvolvida, que é do que trata o tópico aqui) então não valerá dizer "com o estupro tudo mal e temos que corrigir e com os homens tendo suas vidas tratadas como algo de menor valor tudo bem, vocês que vão reclamar com Darwin e não nos encham o saco".

Mas e se for tudo mecanicismo da própria natureza e a coisa tenha que ser assim mesmo? Acredito que dum ponto de vista feminino ainda que os juízos de valor sejam isentos, estupros sempre serão violência injustificada, enquanto pressão competitiva masculina algo totalmente vago.


O ponto é que enquanto obtivemos êxito no primeiro caso (em tratar o estupro como algo imoral e anormal em nossa sociedade) continuamos pouco nos lixando para o segundo (a vida do macho humano continua valendo menos, como se esperaria em um ambiente selvagem, e isto é tão normal como sempre foi pra maioria de nós).

A manutenção da minha qualidade de vida é plena desde sempre, mas só posso falar por mim.
Até onde eu sei eu não sei.

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #42 Online: 23 de Junho de 2014, 19:26:59 »
Eu ia postar uma explicação mais elaborada do que vou tentar dizer agora, mas estou sem tempo e com preguiça, eu precisaria entrar em algumas minúcias de questões técnicas em Ecologia (estratégias r e K) e em evolução (o custo da reprodução sexuada) e teria que escrever uma historinha didatica para tentar ilustrar o que quero dizer (e que, afinal, para muitos de vocês possa até ser algo óbvio) mas a questão é que, aproveitando o sucesso que o vídeo norueguês fez no outro tópico e o rumo que este tópico aqui tomou, eu preciso dizer que tanto o estupro quanto a "descartabilidade" do homem (macho) são perfeitamente compreensíveis à luz da Biologia.

Em resumo: a reprodução sexuada tem custos (gônadas e demais órgãos reprodutivos têm que surgir e eles gastam energia de diversos modos, em caso de diocismo você tem membros da população que consomem recursos do ambiente mas não colaboram diretamente para a perpetuação da espécie (não engravidam, não botam ovos)...) mas também carrega um enorme benefício (variabilidade genética).

A questão central é que quanto mais eficaz for o padrão reprodutivo na tarefa de promover variabilidade genética mais custoso ele tende a ser e isso determina um intrincado ajuste fino que vai ajudar a explicar porque entre os animais terrestres a maioria das espécies são dioicas, com machos vivendo quase o mesmo tempo que as fêmeas, mas em outros grupos os padrões encontrados serem os mais distintos possíveis (macho microscópico que vive dentro do corpo de uma fêmea macroscópica... macho que só aparece em tempos de crise ambiental desaparecendo logo após a cópula ou reestabelecimento das condições ambientais ideias... hermafroditismo...)

Acontece que tanto a questão da "vida do macho valer menos" quanto a questão do "direito de estuprar" entram nestas equações um tanto quanto complicadas. O que eu tô querendo dizer é que as mesmas "lógicas biológicas" que explicam perfeitamente o porquê de os machos serem os primeiros a saírem à guerra (e se vocês olharem ao redor vão ver que isto não é algo nem de longe inventado pela humanidade) explicam também o porquê de boas partes das cópulas serem connseguidas à força pelo macho e não por gosto e vontade da fêmea (idem ao anterior).

A questão é: se somos humanos e resolvemos "moralizar essa zorra que a natureza fez" (ou seja: se idealizamos viver não sob as regras selvagens que a nossa biologia nos impôs mas sob os conceitos de justiça e moralidade que surgiram da nossa cabeça hiperdesenvolvida, que é do que trata o tópico aqui) então não valerá dizer "com o estupro tudo mal e temos que corrigir e com os homens tendo suas vidas tratadas como algo de menor valor tudo bem, vocês que vão reclamar com Darwin e não nos encham o saco".

O ponto é que enquanto obtivemos êxito no primeiro caso (em tratar o estupro como algo imoral e anormal em nossa sociedade) continuamos pouco nos lixando para o segundo (a vida do macho humano continua valendo menos, como se esperaria em um ambiente selvagem, e isto é tão normal como sempre foi pra maioria de nós).
:ok:

Dito isto:
:louva:
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

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« Resposta #43 Online: 23 de Junho de 2014, 19:40:42 »
Acho que desvirtuei o tópico que eu mesmo criei e o pior é que, como eu já disse, daria tempo para explicar exatamente o que estou querendo dizer. Suas perguntas vão dar trabalho demais para responder agora mas vou tentar rasear uma resposta num bolo só.

Não há um default, acho que isso eu deixei claro, existem "opções" que a evolução faz em função de N variáveis como a estratégia evolutiva (r/K), as condições ambientais (abundância de comida, se o ambiente é mais ou menos inóspito, tipos de interações intraespecíficas), a posição trófica da espécie, para cada uma destas opções a evolução "pesa" que escolhas seriam mais vantajosas incluindo aí tanto a forma de reprodução (dioica, hermafrodita, monoica, partenogênica com machos eventuais...) mas quando ela escolhe a dioica (que é a mais cara de todas) ela ainda investe em tornar esta o menos cara possível (e aí é que vão entrar padrões de comportamento típicos dos animais superiores como a maior agressividade do macho, a seleção sexual por parte da fêmea, o cuidado parental, e a cópula forçada...)

Tem um vídeo do Pirulla (não sou fã desta galera: Pirulla, Yuri, Clarion et cetera... talvez porque eu "me veja" demais neles: nerds com problemas de interação social cheios de opinião que ninguém quer ouvir). Bem, o vídeo é sobre estupro, ele dá lá a sua opinião moderada de sempre, mas no começo ele fala um pouco sobre "cópula forçada" na natureza e cita um monte de links. É o que estou chamando de 'estupro' na vida selvagem.

Não entendi a parte que você fala de antropomorfizar o comportamento humano animal, eu estou proponto o contrário: estou bestializando o comportamento humano, estou dizendo que na antropologia existe um papel significativo da etologia e que quando "filosofamos" sobre não podemos perder este lado "meramente animal" de vista mesmo se o que queremos é controlá-lo.

O tal vídeo do Pirulla: Bom texto sobre o assunto: http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-78/questoes-evolutivas/violencia-ancestral


Ufa, que bom que você entendeu, quando vi que enquanto estava tentando responder ao Sergio você tinha respondido também pensei que você tinha trazido outras 15 réplicas que eu ia ter trabalho pra treplicar (não estou ironizando ao Sergio, é que realmente me enveredei por uma linha de raciocínio que dá trabalho pra tornar compreensível a quem não está habituado com questões ecológicas e evolutivas e que eu realmente não consigo pensar num modo de colocar em termos mais palatáveis).



« Última modificação: 24 de Junho de 2014, 10:11:04 por Pai Donatello de Ifá »

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #44 Online: 23 de Junho de 2014, 19:49:39 »
Exato: o fato de serem a ampla maioria em qualquer emprego periculoso (incluindo Forças Armadas e policiais), na maioria dos empregos insalubres (tirando alguns da saúde) e trabalharem muito mais horas por semana (o que resulta em muito menos tempo livre para cuidar da própria saúde) não tem absolutamente porcaria nenhuma a ver.
Não tanto quanto você sugere, pergunte a um profissional de saúde.

Você já entrou em uma área de explotação subterrânea de carvão?

Ou já foi a uma lavra à céu aberto de calcário?
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Offline _Juca_

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #45 Online: 23 de Junho de 2014, 20:14:44 »
Ah sim. Mas duvido muito que a presença dela incentive as mulheres a participarem mais do que já participam. Você vê uma ou outra maluca de vez em nunca no meio do alistamento, mas são uma minoria tão absurda que não representa nada. Mulher querer participar dessa insanidade hoje é um desvio de conduta padrão extremo.

Talvez, mas é um caso muito específico. Se você tivesse um exército iria querer que ele fosse formado por mulheres que fossem lutar na linha de frente de modo que fosse meio à meio? Acho que nenhum exército do mundo faria essa opção, a não ser que homens estivessem em falta para lutar.

Israel.

E só. E porque? Porque lá eles são mais igualitários ou porque falta mão de obra diante do "cerco" árabe?

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #46 Online: 23 de Junho de 2014, 20:16:07 »
Citação de: _Juca_
Talvez, mas é um caso muito específico. Se você tivesse um exército iria querer que ele fosse formado por mulheres que fossem lutar na linha de frente de modo que fosse meio à meio? Acho que nenhum exército do mundo faria essa opção, a não ser que homens estivessem em falta para lutar.
Israel.
E só. E porque? Porque lá eles são mais igualitários ou porque falta mão de obra diante do "cerco" árabe?

Coréia do Norte.

Suíça e Coréia do Sul.
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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #47 Online: 23 de Junho de 2014, 20:16:44 »
Exato: o fato de serem a ampla maioria em qualquer emprego periculoso (incluindo Forças Armadas e policiais), na maioria dos empregos insalubres (tirando alguns da saúde) e trabalharem muito mais horas por semana (o que resulta em muito menos tempo livre para cuidar da própria saúde) não tem absolutamente porcaria nenhuma a ver.
Não tanto quanto você sugere, pergunte a um profissional de saúde.

Você já entrou em uma área de explotação subterrânea de carvão?

Ou já foi a uma lavra à céu aberto de calcário?

Peraí, na lavoura existe muita mulher, mas muita mesmo.

Offline _Juca_

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #48 Online: 23 de Junho de 2014, 20:18:23 »
Talvez, mas é um caso muito específico. Se você tivesse um exército iria querer que ele fosse formado por mulheres que fossem lutar na linha de frente de modo que fosse meio à meio? Acho que nenhum exército do mundo faria essa opção, a não ser que homens estivessem em falta para lutar.
Israel.
E só. E porque? Porque lá eles são mais igualitários ou porque falta mão de obra diante do "cerco" árabe?
[/quote]

Coréia do Norte.

Suíça e Coréia do Sul.
[/quote]

Certo, mas minha pergunta continua de pé. Nos EUA tem muita mulher também, mas a grande maioria são de homens.

Offline Geotecton

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #49 Online: 23 de Junho de 2014, 20:23:04 »
Exato: o fato de serem a ampla maioria em qualquer emprego periculoso (incluindo Forças Armadas e policiais), na maioria dos empregos insalubres (tirando alguns da saúde) e trabalharem muito mais horas por semana (o que resulta em muito menos tempo livre para cuidar da própria saúde) não tem absolutamente porcaria nenhuma a ver.
Não tanto quanto você sugere, pergunte a um profissional de saúde.

Você já entrou em uma área de explotação subterrânea de carvão?

Ou já foi a uma lavra à céu aberto de calcário?
Peraí, na lavoura existe muita mulher, mas muita mesmo.

O serviço na lavoura não se compara em insalubridade e periculosidade com as atividades nas modalidades que eu citei.
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