Autor Tópico: A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.  (Lida 18335 vezes)

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Offline Skeptikós

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #50 Online: 23 de Junho de 2014, 20:24:13 »

Ufa, que bom que você entendeu, quando vi que enquanto estava tentando responder ao Sergio você tinha respondido também pensei que você tinha trazido outras 15 réplicas que eu ia ter trabalho pra treplicar (não estou ironizando ao Sergio, é que realmente me enveredei por uma linha de raciocínio que dá trabalho pra tornar compreensível a quem não está habituado com questões ecológicas e evolutivas e que eu realmente não consigo pensar num modo de colocar em termos mais palatáveis).
Entendi sim, você ao meu ver, apesar de sucinto, foi convincente e consistente na sua explicação, e aquele vídeo que você postou em seguida, simplesmente matou a pal, e se eu tinha pensado em contestar algo, este pensamento provavelmente foi suprimido pela argumentação daquela garota no vídeo.

Eu até assisti outro vídeo dela, que trata sobre os direitos diferenciados de voto entre homens e mulheres durante a história, e como esta diferença se explica ao estar inversamente proporcional aos deveres dos cidadãos homens e mulheres, que no caso dos homens foi muito mais pesado durante a maior parte da história da humanidade.

Eu até sempre achei errado as mulheres no passado não terem tido os mesmos direitos de votos que os homens, mas depois desta argumentação apresentada abaixo pela garota do vídeo, eu simplesmente fui convencido a concordar com ela de que havia uma explicação racional, compreensível e até mesmo justificável para isso:

<a href="https://www.youtube.com/v/cjkjV17lRkk" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/cjkjV17lRkk</a>

 :ok:
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Sergiomgbr

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #51 Online: 23 de Junho de 2014, 20:31:22 »
Acho que desvirtuei o tópico que eu mesmo criei e o pior é que, como eu já disse, daria tempo para explicar exatamente o que estou querendo dizer. Suas perguntas vão dar trabalho demais para responder agora mas vou tentar rasear uma resposta num bolo só.

Não há um default, acho que isso eu deixei claro, existem "opções" que a evolução faz em função de N variáveis como a estratégia evolutiva (r/K), as condições ambientais (abundância de comida, se o ambiente é mais ou menos inóspito, tipos de interações intraespecíficas), a posição trófica da espécie, para cada uma destas opções a evolução "pesa" que escolhas seriam mais vantajosas incluindo aí tanto a forma de reprodução (dioica, hermafrodita, monoica, partenogênica com machos eventuais...) mas quando ela escolhe a dioica (que é a mais cara de todas) ela ainda investe em tornar esta o menos cara possível (e aí é que vão entrar padrões de comportamento típicos dos animais superiores como a maior agressividade do macho, a seleção sexual por parte da fêmea, o cuidado parental, e a cópula forçada...)

Tem um vídeo do Pirulla (não sou fã desta galera: Pirulla, Yuri, Clarion et cetera... talvez porque eu "me veja" demais neles: nerds com problemas de interação social cheios de opinião que ninguém quer ouvir). Bem, o vídeo é sobre estupro, ele dá lá a sua opinião moderada de sempre, mas no começo ele fala um pouco sobre "cópula forçada" na natureza e cita um monte de links. É o que estou chamando de 'estupro' na vida selvagem.

Não entendi a parte que você fala de antropomorfizar o comportamento humano, eu estou proponto o contrário: estou bestializando o comportamento humano, estou dizendo que na antropologia existe um papel significativo da etologia e que quando "filosofamos" sobre não podemos perder este lado "meramente animal" de vista mesmo se o que queremos é controlá-lo.

Eu compreendí seu ponto. Quando eu disse "antropomorfizar" a natureza, eu me referí a usar termos psicológicos humanos, basicamente. "Estratégia evolutiva", "bestializar", "estuprar", "animais superiores", "cuidado parental", e mesmo "fêmea" e "macho".

O aprendizado de ciências biológicas tem se apresentado demasiado carregado de eufemismos que depois cobram seu preço retornando como antropormofizações deletérias. Que tal, em vez de "macho e fêmea", sistema binário (x,y), por exemplo? Ou, em vez de "animais superiores", extrato Alfa? Em física isso é menos frequente.
« Última modificação: 23 de Junho de 2014, 21:33:54 por sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline _Juca_

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #52 Online: 23 de Junho de 2014, 20:33:50 »
Aqui um link bem esclarecedor sobre o motivo de homens morrerem mais cedo.

http://leonardof.med.br/2010/08/27/por-que-os-homens-morrem-mais-cedo/

http://noticias.r7.com/saude/noticias/homens-nao-vao-ao-medico-e-morrem-mais-cedo-que-as-mulheres-20091004.html

O mais interessante é saber que somos tão vítimas do machismo como as mulheres, por isso a importância do feminismo e da maior igualdade dos gêneros, do combate ao machismo na sociedade. O mais importante é acabar com a cultura machista, tanto daquela que ainda sente a mulher inferior de algum modo, tanto aquela que acha que as mulheres tem que ser totalmente iguais aos homens, porque pleiteiam direitos equivalentes de fato.

Offline _Juca_

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #53 Online: 23 de Junho de 2014, 20:41:47 »
Exato: o fato de serem a ampla maioria em qualquer emprego periculoso (incluindo Forças Armadas e policiais), na maioria dos empregos insalubres (tirando alguns da saúde) e trabalharem muito mais horas por semana (o que resulta em muito menos tempo livre para cuidar da própria saúde) não tem absolutamente porcaria nenhuma a ver.
Não tanto quanto você sugere, pergunte a um profissional de saúde.

Você já entrou em uma área de explotação subterrânea de carvão?

Ou já foi a uma lavra à céu aberto de calcário?
Peraí, na lavoura existe muita mulher, mas muita mesmo.

O serviço na lavoura não se compara em insalubridade e periculosidade com as atividades nas modalidades que eu citei.

é que não vi que é lavra de cálcario. Isso é um fator de risco sem dúvida Geo, mas eu acho que pouca gente iria querer que mulheres trabalhassem por lá de modo massivo, a não ser que a mão de obra masculina não existisse em número suficiente por algum motivo. Assim como  estivadores por exemplo, e mesmo assim como eu coloquei no link antes, menos de 2% das mortes masculinas se dão por riscos ocupacionais, não é tão relevante como se quer colocar.

Offline Donatello

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #54 Online: 23 de Junho de 2014, 21:17:07 »
Exato: o fato de serem a ampla maioria em qualquer emprego periculoso (incluindo Forças Armadas e policiais), na maioria dos empregos insalubres (tirando alguns da saúde) e trabalharem muito mais horas por semana (o que resulta em muito menos tempo livre para cuidar da própria saúde) não tem absolutamente porcaria nenhuma a ver.
Não tanto quanto você sugere, pergunte a um profissional de saúde.

Você já entrou em uma área de explotação subterrânea de carvão?

Ou já foi a uma lavra à céu aberto de calcário?

Peraí, na lavoura existe muita mulher, mas muita mesmo.
Muita, mas muita mesmo é uma boa maneira de defender seu ponto mas ir na PNAD e verificar que curiosamente em 2006 23,5 % dos homens trabalhavam na lavoura, 16,4% na indústria e 10,9% na construção contra 16%. 12,04% e 0,4% das mulheres para os mesmos setores (quase todas elas, 64,8%, trabalham nos serviços e comércio contra 41% dos homens) me parece um jeito muito, mas muito mesmo melhor de mostrar que você está muito, mas muito mesmo tentando negar o inegável: os homens se concentram estatisticamente nas atividades mais periculosas e insalubres, por mais que se queira muito, mais muito mesmo negar essa obviedade  :)

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2006/indic_sociais2006.pdf

(E isso ainda não são dados claros os suficientes, sem sombra de dúvidas oss homens se concentram nas atividade mais periculosas e insalubres dentro destes setores individualmente, digo: mesmo considerando os 41% de homens que trabalham nos serviços e nos comércio que a princípio tem atividades mais tranquilas que a indústria ou a extração, é certeza que se desmembrarmos isto em seguranças, repositores, caixas e balconistas teremos ainda uma óbvia divisão de gêneros)
« Última modificação: 23 de Junho de 2014, 21:31:37 por Pai Donatello de Ifá »

Offline Skeptikós

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #55 Online: 23 de Junho de 2014, 21:22:03 »
Assisti a outro vídeo da garota, e pra variar ela matou a pal de novo. No vídeo abaixo ela desmitifica a falsa ideia feminista de que a mulher esteve por toda história privada do poder, e o homem beneficiado por ele. Ela demonstra também como as feministas fazem ativismo por direitos (privilégios) a elas, mas ignoram/rejeitam os deveres que viriam junto com eles, onde tal ativismo por privilégios sem deveres acaba por aumentar ainda mais a desigualdade de gêneros, só que ao invés do que elas pregam, pesando positivamente para o lado feminino, enquanto negativamente para o lado masculino:

<a href="https://www.youtube.com/v/tt3O9-rLGSg" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/tt3O9-rLGSg</a>

 :louva:
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Offline Skeptikós

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #56 Online: 23 de Junho de 2014, 21:33:18 »
Aqui um link bem esclarecedor sobre o motivo de homens morrerem mais cedo.

http://leonardof.med.br/2010/08/27/por-que-os-homens-morrem-mais-cedo/

http://noticias.r7.com/saude/noticias/homens-nao-vao-ao-medico-e-morrem-mais-cedo-que-as-mulheres-20091004.html
"[...]A maioria dos consultórios médicos recebe mulheres com muito mais frequência do que homens. Além de adoecer mais, as mulheres vão ao médico com mais facilidade que os homens, seja por motivos culturais, seja por motivos trabalhistas.[...]" (Fonte: http://leonardof.med.br/2010/08/27/por-que-os-homens-morrem-mais-cedo/)


A mulher ser culturalmente privilegiada e estimulada a ter maiores cuidados com a saúde é uma herança do tratamento desigual e favorável que elas recebem em relação ao homem, e um reflexo do ativismo feminista que considera a saúde feminina mais importante que a do homem.


O mais interessante é saber que somos tão vítimas do machismo como as mulheres, por isso a importância do feminismo e da maior igualdade dos gêneros,
O problema não é somente o machismo, mas o machismo e o feminismo, como já cansado de demonstrar aqui pelos demais foristas e pelos vídeos postados, o feminismo não busca igualdade de gênero, mas sim privilégios ao gênero feminino, enquanto desvantagens ao masculino. O que deve se combater são as desigualdades infundadas de gênero, independe de ser homem e mulher. no entanto, existem diferenças biológicas e evolutivas entre homens e mulheres que não podem serem negadas, e as próprias diferenças culturais muitas vezes tem papel importante e positivo nas sociedades. Tudo isso deve ser levado em consideração.

do combate ao machismo na sociedade. O mais importante é acabar com a cultura machista,
e também com a feminista, que geralmente milita um preconceito enorme contra os homens em geral.

tanto daquela que ainda sente a mulher inferior de algum modo, tanto aquela que acha que as mulheres tem que ser totalmente iguais aos homens, porque pleiteiam direitos equivalentes de fato.
Sim, toda forma infundada de igualdade ou desigualdade deve ser combatida, mas o problema é que o ativismo feminista atual é extremamente e quase que completamente infundado e baseado em privilégios ao invés de igualdades de fato. Eis o problema.

Abraços!
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Offline Donatello

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #57 Online: 23 de Junho de 2014, 21:37:25 »
Sem dúvidas ela é um exemplo fantástico. É muito ponderada, não se exaspera, fala com clareza e coerência invejáveis, defende uma causa que não é dela (li em algum lugar que já sofreu ameaças de morte em função dos seus vídeos, não sei quanto à veracidade do fato ou quanto a verossimilhança da ameaça, digo: talvez tenha sido só algum comentário raivoso de Youtube que foi extrapolado por alguém, não sei...).
« Última modificação: 23 de Junho de 2014, 21:46:47 por Pai Donatello de Ifá »

Offline Skeptikós

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #58 Online: 23 de Junho de 2014, 21:41:10 »
De fato, até agora após assistir alguns dos vídeos dela, eu mesmo fui convencido a mudar de opinião sobre diversas alegações feministas que antes eu achava coerentes e legitimas, mas que ela consegui eficientemente refutar e demonstrar o quanto elas são na verdade, desiguais e incoerentes. Muito bom os vídeos dela.

 :ok:
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Offline Skeptikós

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #59 Online: 23 de Junho de 2014, 21:52:35 »
Muita, mas muita mesmo é uma boa maneira de defender seu ponto mas ir na PNAD e verificar que curiosamente em 2006 23,5 % dos homens trabalhavam na lavoura, 16,4% na indústria e 10,9% na construção contra 16%. 12,04% e 0,4% das mulheres para os mesmos setores (quase todas elas, 64,8%, trabalham nos serviços e comércio contra 41% dos homens) me parece um jeito muito, mas muito mesmo melhor de mostrar que você está muito, mas muito mesmo tentando negar o inegável: os homens se concentram estatisticamente nas atividades mais periculosas e insalubres, por mais que se queira muito, mais muito mesmo negar essa obviedade  :)

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2006/indic_sociais2006.pdf
Este tipo de estatísticas as feministas não divulgam, como eu disse antes, elas só protestam por direitos (privilégios), ou seja, por aquilo que lhes convêm, mas quando a desigualdade pesa negativamente para os homens e positivamente para as mulheres, as ativistas feministas simplesmente omitem e/ou ignoram ou mesmo deturpam tais dados a em favor de sua causa "igualitária". Ou seja, não estão a procura de igualdade de gênero coisa nenhuma, o que estão a procurar é privilégios para as mulheres em relação aos homens, pois se de fato estivessem em busca de igualdades, defenderiam ambos os lados, e não somente o feminino, quando isso lhes convêm.

(E isso ainda não são dados claros os suficientes, sem sombra de dúvidas oss homens se concentram nas atividade mais periculosas e insalubres dentro destes setores individualmente, digo: mesmo considerando os 41% de homens que trabalham nos serviços e nos comércio que a princípio tem atividades mais tranquilas que a indústria ou a extração, é certeza que se desmembrarmos isto em seguranças, repositores, caixas e balconistas teremos ainda uma óbvia divisão de gêneros)
Sim Donatello, eu trabalhei até agora durante toda a minha vida em industrias, e pude perceber que as mulheres nesta área até que representam um boa parcela dos funcionários como demonstrado nos dados acima, mas a maior parte (esmagadora) se concentra em serviços de escritórios, como RH por exemplo, e os homens se concentram na parte operacional, mais pesada, insalubre e perigosa. E as poucas mulheres que estão na área, trabalhando no setor operacional, evidentemente a maior parte delas estão ocupando cargos de baixo risco de insalubridade e periculosidade, elas estão no almoxarifado, na ferramentaria, na inspeção, enquanto os homens estão trabalhando com as ferramentas, fazendo serviços de manutenção, montagem, fabricação e demais serviços mais perigosos. Na última empresa que trabalhei por exemplo, houve três acidentes, e advinha, todos com homens. Negar esta realidade em favor da causa feminista é simplesmente desonestidade intelectual.

 :ok:
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Offline Moro

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #60 Online: 23 de Junho de 2014, 22:14:18 »
Exato: o fato de serem a ampla maioria em qualquer emprego periculoso (incluindo Forças Armadas e policiais), na maioria dos empregos insalubres (tirando alguns da saúde) e trabalharem muito mais horas por semana (o que resulta em muito menos tempo livre para cuidar da própria saúde) não tem absolutamente porcaria nenhuma a ver.
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Peraí, na lavoura existe muita mulher, mas muita mesmo.
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Essa foi ótima. Guardada na minha bolsa de argumentos.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Donatello

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #61 Online: 23 de Junho de 2014, 22:30:47 »
Skeptikos, eu sempre me perguntava sobre qual era a formação e area de atuação desta moça e acabo de descobrir que a área de atuação é garçonete e acho que a formação é ensino médio. Juro: estou assistindo o vídeo resposta que você postou, e cara... no way. É foda até de comentar :|

Offline Moro

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #62 Online: 23 de Junho de 2014, 22:34:17 »
Belíssimo vídeo. Agente houve tanta groselha das feministas que acabamos ouvindo como verdade coisas que são completamente absurda.

Acho que houvir herstory e não history pode ser uma roubada kkkk

Mais uma que os esquerdistas latino americanos caem como loucos.
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Offline Moro

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #63 Online: 23 de Junho de 2014, 22:40:53 »
Meu a mulher arrebentou. A outra respondeu?
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Offline _Juca_

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #64 Online: 23 de Junho de 2014, 23:14:55 »
Belíssimo vídeo. Agente houve tanta groselha das feministas que acabamos ouvindo como verdade coisas que são completamente absurda.

Acho que houvir herstory e não history pode ser uma roubada kkkk

Mais uma que os esquerdistas latino americanos caem como loucos.

Se você continuar com essa bosta de ad hominem disfarçado vou denunciar, cade a moderação desse fórum. O cara fica me chamando de idiota na cara dura, em toda vez. PQP, será que é muito pedir pra debater de modo sério e respeitoso aqui, que merda. Até agora o debate estava indo bem, sem essa baixaria ad infinitum.

Offline Moro

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #65 Online: 23 de Junho de 2014, 23:30:00 »
ué, não estava falando de você. Quando quero citar seu nome, simplesmente o cito. Procure nos textos.

Eu realmente acho que isso é coisa de esquerdista latino americano, daqueles estereotipados. Se você se acha isso, sorry. É comum nesse fórum falar de petistas, esquerdistas, etc.. e atribuir-lhes as características que normalmente têm, se não concorda, só provar.

E olhe seus textos em buscas de ad hominem.

Sinto muito, esquerdistas latino americanos têm esse viés.
« Última modificação: 23 de Junho de 2014, 23:51:58 por Madiba »
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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #66 Online: 23 de Junho de 2014, 23:31:44 »
e... onde disse "idiota" no texto?

Ao invés de resmungar, rebata os argumentos e prove que estou errado. Quando não consegue, como no caso da BR, SUS, etc.. você reclama.

Responda ao vídeo da garota, é genial.
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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #67 Online: 24 de Junho de 2014, 00:02:28 »
Alias Juquinha, socorro moderação

O Juca fica dizendo que sou reacionário, irmão do Constantino, etc.. Meu deus.. vou denunciar.


Juca, debata...  aprenda a debater, e veja seu histórico, 95% dos posts errados, há começar pelos da VZ, passando pelo apoio à depredação do MST, passando pela afirmação da idoneidade dos quarenta ladrões do Lula.. cara, debata e prove seu ponto. Você só não tem um.
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Offline Donatello

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #68 Online: 24 de Junho de 2014, 07:42:39 »
Juca, eu denuncio o Agnóstico junto com você se e somente se você der uma resposta decente para o meu post acima sobre os dados da PNAD sobre as distribuições dos gêneros entre os grandes setores da economia.

Offline _Juca_

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #69 Online: 24 de Junho de 2014, 08:31:59 »
Exato: o fato de serem a ampla maioria em qualquer emprego periculoso (incluindo Forças Armadas e policiais), na maioria dos empregos insalubres (tirando alguns da saúde) e trabalharem muito mais horas por semana (o que resulta em muito menos tempo livre para cuidar da própria saúde) não tem absolutamente porcaria nenhuma a ver.
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Ou já foi a uma lavra à céu aberto de calcário?

Peraí, na lavoura existe muita mulher, mas muita mesmo.
Muita, mas muita mesmo é uma boa maneira de defender seu ponto mas ir na PNAD e verificar que curiosamente em 2006 23,5 % dos homens trabalhavam na lavoura, 16,4% na indústria e 10,9% na construção contra 16%. 12,04% e 0,4% das mulheres para os mesmos setores (quase todas elas, 64,8%, trabalham nos serviços e comércio contra 41% dos homens) me parece um jeito muito, mas muito mesmo melhor de mostrar que você está muito, mas muito mesmo tentando negar o inegável: os homens se concentram estatisticamente nas atividades mais periculosas e insalubres, por mais que se queira muito, mais muito mesmo negar essa obviedade  :)

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2006/indic_sociais2006.pdf

(E isso ainda não são dados claros os suficientes, sem sombra de dúvidas oss homens se concentram nas atividade mais periculosas e insalubres dentro destes setores individualmente, digo: mesmo considerando os 41% de homens que trabalham nos serviços e nos comércio que a princípio tem atividades mais tranquilas que a indústria ou a extração, é certeza que se desmembrarmos isto em seguranças, repositores, caixas e balconistas teremos ainda uma óbvia divisão de gêneros)

Tem razão, na lavoura a proporção parece não ser essa que coloquei, que se deve mais à evidência anedótica do que outra coisa. Agora, você viu o link que eu postei sobre a causa de morte dos homens?

Offline Donatello

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #70 Online: 24 de Junho de 2014, 09:07:23 »

Tem razão, na lavoura a proporção parece não ser essa que coloquei, que se deve mais à evidência anedótica do que outra coisa. Agora, você viu o link que eu postei sobre a causa de morte dos homens?
Li, só não entendi onde você deseja chegar com eles, você tem capacidade de elaborar?

Porque você postou uma lista com as 10 principais causas de morte masculinas no Brasil e um artigo que dizia que homens procuram menos atendimento médico preventivo.

Você provavelmente pensa que as prevalências de doenças masculinas (incluindo o alcoolismo) nada têm a ver com o fato de homens serem submetidos a atividade mais insalubres, não é isso? Você  deve achar que a insalubridade dos serviços masculinos não tenha resultado sobre a saúde dos homens, estou entendendo bem (insalubre: que não é saudável... percebe?)? E por isso você  postou uma lista mostrando que as principais causas de morte masculinas  mais cedo que as mulheres não são trabalhistas mas de saúde?

E você acha também que o fato de terem muito menos tempo livre em média (não só o percentual de população ocupada masculino é maior que o femino como a carga média entre os ocupados de ambos os gêneros também é diferente) não tem nenhuma relação com a frequência que se frequenta postinhos de saúde?

Bom, se for isso não denunciarei o Agnóstico junto contigo, infelizmente: eu pedi uma resposta decente :)
« Última modificação: 24 de Junho de 2014, 09:09:48 por Pai Donatello de Ifá »

Offline _Juca_

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #71 Online: 24 de Junho de 2014, 09:37:53 »

Tem razão, na lavoura a proporção parece não ser essa que coloquei, que se deve mais à evidência anedótica do que outra coisa. Agora, você viu o link que eu postei sobre a causa de morte dos homens?
Li, só não entendi onde você deseja chegar com eles, você tem capacidade de elaborar?

Porque você postou uma lista com as 10 principais causas de morte masculinas no Brasil e um artigo que dizia que homens procuram menos atendimento médico preventivo.

Você provavelmente pensa que as prevalências de doenças masculinas (incluindo o alcoolismo) nada têm a ver com o fato de homens serem submetidos a atividade mais insalubres, não é isso? Você  deve achar que a insalubridade dos serviços masculinos não tenha resultado sobre a saúde dos homens, estou entendendo bem (insalubre: que não é saudável... percebe?)? E por isso você  postou uma lista mostrando que as principais causas de morte masculinas  mais cedo que as mulheres não são trabalhistas mas de saúde?

E você acha também que o fato de terem muito menos tempo livre em média (não só o percentual de população ocupada masculino é maior que o femino como a carga média entre os ocupados de ambos os gêneros também é diferente) não tem nenhuma relação com a frequência que se frequenta postinhos de saúde?

Bom, se for isso não denunciarei o Agnóstico junto contigo, infelizmente: eu pedi uma resposta decente :)

Primeiro você não precisa denunciar o Agnóstico junto comigo, não pedi isso, e nem quero, ok? Só respondi porque passei batido do seu post sem ler.

Segundo, que que o o link que eu passei mostra, é que o principal fator da morte precoce do homem é o descuido com a própria saúde, como o alcoolismo, tabagismo, obesidade tendo um peso muito grande. Também o risco ocupacional é um fator importante, não estou dizendo que não seja, e é muito maior entre os homens do que entre as mulheres, mas não corresponde a 2% da causa da morte de homens.

O principal fator da morte de homens prematuramente, é o próprio machismo, em que homens não vão ao médico, bebem mais, fumam mais, se alimentam pior, dirigem pior, e não cuidam da saúde tanto quanto a mulher. E não duvido que dentro do ambiente de trabalho sejam muito mais imprudentes.

Offline Donatello

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #72 Online: 24 de Junho de 2014, 09:43:23 »
mas não corresponde a 2% da causa da morte de homens
Ahhh, Juca! Ahhh, Juca! Deu uma preguiiiiiiiça agora de te explicar tudo de novo :(

Offline _Juca_

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #73 Online: 24 de Junho de 2014, 09:46:52 »
mas não corresponde a 2% da causa da morte de homens
Ahhh, Juca! Ahhh, Juca! Deu uma preguiiiiiiiça agora de te explicar tudo de novo :(

Ok, quer dizer que o alcoolismo e o tabagismo a obesidade e suas decorrências são efeitos da insalubridade do trabalho?


Offline _Juca_

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Re:A cultura do estupro na visão de Christina Hoff Sommers.
« Resposta #74 Online: 24 de Junho de 2014, 09:52:19 »
Aqui Donatello, explica bem melhor do que eu esse ponto de vista.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_homem.pdf

Seria muito mais lógico, que o homem cuidasse muito melhor de sua saúde, visto que ainda ocupa serviços de maior risco.
« Última modificação: 24 de Junho de 2014, 09:55:49 por _Juca_ »

 

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