Autor Tópico: Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.  (Lida 31843 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #375 Online: 29 de Outubro de 2015, 20:21:52 »
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A prevalência de ocorrência de agressão sexual e violência doméstica entre lésbicas durante o tempo de vida vai de varia de 17% à 48% (95 % de intervalo de confiança), e segundo a meta-análise pode até ser até maior do que entre casais heterossexuais. Então essa história de que ginecologista homem é agressor sexual parece ignorar as evidências de que ginecologista mulher também pode agredir sexualmente.

Que coisa mais non-sequitur. Meio como "um estudo indicou que 25% dos médicos são gays, então essa história de que mulheres são melhores para cuidar de crianças parece ignorar que professores e pediatras masculinos podem ser pedófilos".

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #376 Online: 30 de Outubro de 2015, 15:44:04 »
As democracias plenas no mundo -- com direito ao voto de toda a população, não só da metade -- tem geralmente algo menos de 100 anos, acho.

Ainda assim, me parece que existem mais casas especializadas para cuidados com mulheres vítimas de violência do que para vítimas homens, quando "supostamente" a violência seria igualitária -- numa curiosa variação do repetido chavão de diferenças biológicas e culturais determinando diferenças de comportamento, como agressividade "positiva", inteligência, ou meramente vantagem física.

A explicação deve ser feministo-gramscianista marxisto-cultural.

Offline Skeptikós

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #377 Online: 31 de Outubro de 2015, 12:53:39 »
Meu Deus, não vai sobrar nenhuma mulher desse jeito!!!


Que vídeo divertido!  :biglol:

Os comentários estão ainda melhores.
Alguns:

(...)   

Jonatas Cardoso 2 horas atrás

Pequena aula de matemática:
Se 15 milhoes de mulheres sao assassinadas todos os dias a cada 466 dias toda a população da Terra seria dizimada. (...) Me lembra o bandido do lula que dizia em sua campanha eleitoral que 25 milhoes de crianças vivem nas ruas do Brasil. Os dados são tão forjados e mentirosos que já perderam o limite do aceitável e beiram a loucura doentia.

(...)

Vocês já viram este?:

<a href="https://www.youtube.com/v/M5bOtqmvJHE" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/M5bOtqmvJHE</a>

Hehe
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #378 Online: 31 de Outubro de 2015, 12:58:33 »
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A prevalência de ocorrência de agressão sexual e violência doméstica entre lésbicas durante o tempo de vida vai de varia de 17% à 48% (95 % de intervalo de confiança), e segundo a meta-análise pode até ser até maior do que entre casais heterossexuais. Então essa história de que ginecologista homem é agressor sexual parece ignorar as evidências de que ginecologista mulher também pode agredir sexualmente.

Que coisa mais non-sequitur. Meio como "um estudo indicou que 25% dos médicos são gays, então essa história de que mulheres são melhores para cuidar de crianças parece ignorar que professores e pediatras masculinos podem ser pedófilos".
Concordo com você, me parece que eles desejam defender a ideia de que não somente homens são agressores sexuais, e que dados indicam que mulheres agridem tanto quanto homens. E começaram até bem, mas a forma como terminaram foi um tiro no pé, a analogia que fizeram foi pobre e deprimente.
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Offline Johnny Cash

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #379 Online: 03 de Novembro de 2015, 19:56:52 »
Eu tenho impressão de que dia sim, dia não, eu trombo com alguém propondo esse argumento da eterna diferença salarial entre homens e mulheres, enquanto em períodos alternados, vejo defensores do contrário, de que se consideradas variáveis suficientes as diferenças somem.

Afinal de contas, qual é a verdade sobre isso?

Comento isso pois acabei de topar com esse artigo do Mercado Popular, propondo que há a diferença e não se sabe explicar o motivo. Daí concluiram que é por causa do machismo.

http://mercadopopular.org/2015/11/como-o-machismo-torna-paises-mais-pobres/

Segundo eles, para chegar ao resultado, foram considerados aspectos como: diferenças de educação, idade, experiência, sindicalização, horas trabalhadas, geografia e características da indústria onde as pessoas trabalham.

Talvez ainda haja algo fundamental aí como, certa vez vi, não sei algo do Thomas Sowell, propondo que quando se considera o tempo gasto na escola ou "naquela linha de pensamento", somado ao mercado, se no final da um tempo igual para dois indivíduos (um homem e outro mulher) a diferença some, ao passo que ela aparecerá quando a soma for diferente. Também eram considerados mercados distintos, onde as diferenças eram maiores.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #380 Online: 03 de Novembro de 2015, 22:00:30 »
Acho que não são exatamente diferenças por machismo e discriminação, em 99% do tempo, mas por escolhas das próprias mulheres.

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The Gender Wage Gap Lie
You know that “women make 77 cents to every man’s dollar” line you’ve heard a hundred times? It’s not true.


http://www.slate.com/articles/double_x/doublex/2013/08/gender_pay_gap_the_familiar_line_that_women_make_77_cents_to_every_man_s.html


...That’s not at all the case. “Full time” officially means 35 hours, but men work more hours than women. That’s the first problem: We could be comparing men working 40 hours to women working 35...

... The point here is not that there is no wage inequality. But by focusing our outrage into a tidy, misleading statistic we’ve missed the actual challenges. It would in fact be much simpler if the problem were rank sexism and all you had to do was enlighten the nation’s bosses or throw the Equal Pay Act at them. But the 91 percent statistic suggests a much more complicated set of problems. Is it that women are choosing lower-paying professions or that our country values women’s professions less? And why do women work fewer hours? Is this all discrimination or, as economist Claudia Goldin likes to say, also a result of “rational choices” women make about how they want to conduct their lives.   ...

... Right out of school, they found only a tiny differential in salary between men and women, which might be because of a little bit of lingering discrimination or because women are worse at negotiating starting salaries. But 10 to 15 years later, the gap widens to 40 percent, almost all of which is due to career interruptions and fewer hours. The gap is even wider for women business school graduates who marry very high earners. (Note: Never marry a rich man).  ...

Offline Skeptikós

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #381 Online: 04 de Novembro de 2015, 12:38:48 »
Este outro estudo realizado no Rio Grande do Sul pelos pesquisadores Guilherme Stein e Vanessa Sulzbach da Fundação de Economia e Estatística Rio Grande do Sul, apontou que as mulheres gauchas ganham em média 20% menos do que os homens gauchos, mas que apenas 7% da diferença salarial não pode ser explicado pelos fatores de mercado que influenciavam na remuneração considerados pelos pesquisadores, como formação, área de atuação escolhida, experiência, horas semanais trabalhadas e etc (Ou seja, fatores relativos as próprias escolhas realizadas pelas mulheres, e a nenhum tipo de discriminação sociológica de gênero). No entanto, estes 7% restantes não devem serem necessariamente explicados como representatividade de discriminação de gênero por parte dos empregadores, até por que não existem evidências que sugiram isso, outros motivos mais prováveis e não considerados pelos pesquisadores do estudo gaúcho podem ser responsáveis por parte deste percentual restante, como o de que mulheres negociam com menor frequência do que homens, promoções ou aumentos salariais, e quando negociam, pedem em média menos do que pedem os homens, como segundo conclusão apontada no livro Women Dont Ask: Negotiation and the Gender Divide ("Mulheres não pedem: negociação e divisão de gênero"), da economista Linda Babcock e da escritora Sara Laschever, publicado pela Princeton University Press. Segundo a economista, "[Em] estudos de laboratórios feitos com cerca de 200 estudantes de MBA, [foi observado que] as mulheres pediram em média 15% menos [do que os homens], com resultados 25% menores [do que eles]."

Abraços!


:offtopic:

Não seria melhor estas ultimas postagens relativas a diferenças salariais entre homens e mulheres serem transferidas para este tópico: Crítica a alegação feminista de que mulheres ganham menos por discriminação, já que o mesmo fala justamente sobre isso?
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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Offline Johnny Cash

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #382 Online: 04 de Novembro de 2015, 13:01:29 »
Este outro estudo realizado no Rio Grande do Sul pelos pesquisadores Guilherme Stein e Vanessa Sulzbach da Fundação de Economia e Estatística Rio Grande do Sul, apontou que as mulheres gauchas ganham em média 20% menos do que os homens gauchos, mas que apenas 7% da diferença salarial não pode ser explicado pelos fatores de mercado que influenciavam na remuneração considerados pelos pesquisadores, como formação, área de atuação escolhida, experiência, horas semanais trabalhadas e etc (Ou seja, fatores relativos as próprias escolhas realizadas pelas mulheres, e a nenhum tipo de discriminação sociológica de gênero). No entanto, estes 7% restantes não devem serem necessariamente explicados como representatividade de discriminação de gênero por parte dos empregadores, até por que não existem evidências que sugiram isso, outros motivos mais prováveis e não considerados pelos pesquisadores do estudo gaúcho podem ser responsáveis por parte deste percentual restante, como o de que mulheres negociam com menor frequência do que homens, promoções ou aumentos salariais, e quando negociam, pedem em média menos do que pedem os homens, como segundo conclusão apontada no livro Women Dont Ask: Negotiation and the Gender Divide ("Mulheres não pedem: negociação e divisão de gênero"), da economista Linda Babcock e da escritora Sara Laschever, publicado pela Princeton University Press. Segundo a economista, "[Em] estudos de laboratórios feitos com cerca de 200 estudantes de MBA, [foi observado que] as mulheres pediram em média 15% menos [do que os homens], com resultados 25% menores [do que eles]."

Abraços!


Homens e mulheres, no RS, com background exatamente igual considerando todos os fatores pesquisados, teriam gap salarial de 20%?

Fiquei sem saco de ler o estudo pra ver se estão considerando "as diferenças no geral" entre os gêneros, ou comparando indivíduos de mesmo background.

Se é o primeiro caso, ok. Se é o segundo, continuo não entendendo muito bem o que afinal de contas é demonstrado. Mulheres e homens com uma similaridade surpreendente de aspectos acadêmicos e profissionais negociariam, sistematicamente, de forma distinta por causa do gênero? Uau. Ou apenas, receberiam quantidades diferentes em negociações? Deve haver alguma diferença também, nesse caso, para negociação entre os mesmos gêneros e entre diferentes.


:offtopic:

Não seria melhor estas ultimas postagens relativas a diferenças salariais entre homens e mulheres serem transferidas para este tópico: Crítica a alegação feminista de que mulheres ganham menos por discriminação, já que o mesmo fala justamente sobre isso?

Sim, me desculpe, não me lembrava desse outro tópico quando fiz a postagem inicial.

Offline Skeptikós

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #383 Online: 04 de Novembro de 2015, 13:13:13 »
Este outro estudo realizado no Rio Grande do Sul pelos pesquisadores Guilherme Stein e Vanessa Sulzbach da Fundação de Economia e Estatística Rio Grande do Sul, apontou que as mulheres gauchas ganham em média 20% menos do que os homens gauchos, mas que apenas 7% da diferença salarial não pode ser explicado pelos fatores de mercado que influenciavam na remuneração considerados pelos pesquisadores, como formação, área de atuação escolhida, experiência, horas semanais trabalhadas e etc (Ou seja, fatores relativos as próprias escolhas realizadas pelas mulheres, e a nenhum tipo de discriminação sociológica de gênero). No entanto, estes 7% restantes não devem serem necessariamente explicados como representatividade de discriminação de gênero por parte dos empregadores, até por que não existem evidências que sugiram isso, outros motivos mais prováveis e não considerados pelos pesquisadores do estudo gaúcho podem ser responsáveis por parte deste percentual restante, como o de que mulheres negociam com menor frequência do que homens, promoções ou aumentos salariais, e quando negociam, pedem em média menos do que pedem os homens, como segundo conclusão apontada no livro Women Dont Ask: Negotiation and the Gender Divide ("Mulheres não pedem: negociação e divisão de gênero"), da economista Linda Babcock e da escritora Sara Laschever, publicado pela Princeton University Press. Segundo a economista, "[Em] estudos de laboratórios feitos com cerca de 200 estudantes de MBA, [foi observado que] as mulheres pediram em média 15% menos [do que os homens], com resultados 25% menores [do que eles]."

Abraços!


Homens e mulheres, no RS, com background exatamente igual considerando todos os fatores pesquisados, teriam gap salarial de 20%?

Fiquei sem saco de ler o estudo pra ver se estão considerando "as diferenças no geral" entre os gêneros, ou comparando indivíduos de mesmo background.

Se é o primeiro caso, ok. Se é o segundo, continuo não entendendo muito bem o que afinal de contas é demonstrado.
É o primeiro caso, a diferença de 20% é relativa a mulheres e homens em geral, entre homens e mulheres com background equivalente esta diferença salarial cai para 7%.

Mulheres e homens com uma similaridade surpreendente de aspectos acadêmicos e profissionais negociariam, sistematicamente, de forma distinta por causa do gênero? Uau.
Sim

Ou apenas, receberiam quantidades diferentes em negociações? Deve haver alguma diferença também, nesse caso, para negociação entre os mesmos gêneros e entre diferentes.
As mulheres iniciavam negociações com menor frequência do que os homens, e quando o faziam, pediam em média, menos do que os homens pediam. Isso segundo a pesquisadora explica em parte a diferença salarial entre homens e mulheres, e como solução para diminuir esta diferença, as mulheres deveriam negociarem com maior frequência, e pedirem mais do que costumam pedir.

:offtopic:

Não seria melhor estas ultimas postagens relativas a diferenças salariais entre homens e mulheres serem transferidas para este tópico: Crítica a alegação feminista de que mulheres ganham menos por discriminação, já que o mesmo fala justamente sobre isso?

Sim, me desculpe, não me lembrava desse outro tópico quando fiz a postagem inicial.
Tudo bem, eu pedi a um moderador que transfira as postagens para o outro tópico, vamos ver se ele vai atender ao meu pedido.

Abraços!
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