Vamos lá tentar responder o Joe com calma e em partes.
Em primeiro lugar eu não assino embaixo de todas as plaquinhas, embora tenha ficado muito feliz de perceber que assino embaixo da maioria delas. Essa plaquinha da menina que quer continuar tendo o direito de gostar de don juans não é das minhas preferidas, mas nem acho que você escolheu uma das piores, poderia ter fuçado mais.
Em segundo lugar acho curioso que você acompanhe o relator Sergio no "síndrome de Estocolmo" ao mesmo tempo que fala em "empoderamento do discurso" (eu adoro estes neologismos de humanas para tornar o discurso mais blazé, outro dia uma menina me disse que eu estava fazendo "mansplaining" e eu não sabia se agradecia ou mandava ela tomar no cu, aí fui no Google e descobri através do urban dictionary que mansplaining significa "prática machista de querer entender mais sobre as questões de gênero que as mulheres, que são vítimas destas questões, baseado na presunção de que os homens são mais inteligentes e que as mulheres não são capazes de defender suas próprias posições logicamente": um outro jeito afetado de falar "empoderamento de discurso".
Mas voltando ao toque curioso, acho engraçado você explicar o fenômeno que propus como Síndrome de Estocolmo porque esta prática é a própria definição do que você chama de "Empoderamento de discurso". Quer dizer: nenhum homem pode roubar das mulheres a prerrogativa prioritária que elas têm para falar sobre questões de gênero, exceto se elas disseram algo que você não espera delas, é isso? Não é cômico?
Da minha parte, nos debates em que participo aqui ou em qualquer outro lugar sobre racismo, sexismo ou sexualidade eu evito ao máximo fazer estas assunções típicas: mulheres que são contra o feminismo são sindrômicas estocolmianas, mulheres feministas são lésbicas, homens feministas são gays ou querem parecer legais com as meninas, negros que são contra as cotas têm sonhos molhados com a ideia de terem nascido brancos e fariam mudança de cor se pudessem... sempre prefiro ir pela hipótese de que as pessoas leem fontes diversas, processam de modo diverso estas fontes de acordo com seus conhecimentos acadêmicos, histórias de vida e capacidade intelectuais.
Entrando em seus dois últimos posts eu acompanho o relator Skeptikos. Não vejo contexto histórico para que qualquer grupo tenha direitos específicos (e tampouco qualquer das plaquinhas ou das autoras citadas pede direitos específicos para homens, no que você está a combater um espantalho) e creio que leis diferenciais são antes de tudo contraproducentes em gerar qualquer tipo de igualdade, mas como já dito, não é o tema aqui. Já desenvolvi em diversos outros tópicos, sobre cotas ou PLC122 por exemplo.
Corrigindo: cometi um crime, misturei a fala do Joe com a do Temma, quem falou sobre empoderamento de discurso foi o Temma, nesse caso só posso dizer: para de mansplaining, Joe