Um exemplo de que é comum que as militantes defendam as radicais mesmo quando estas claramente praticam discursos e ações odiosas, no entanto negando que assim o sejam, é o exemplo da escritora feminista de uma das fontes citadas acima,
Valerie Solanas. Esta feminista mantinha discursos de ódio em seu livro
SCUM Manifesto, defendendo entre outras coisas, a inferioridade dos homens em relação as mulheres, e o próprio desaparecimento dos indivíduos do gênero masculino através de métodos de controle de natalidade. E ódio comum a ela não ficava apenas em seus discursos, ela foi presa ao menos duas vezes por tentativa de assassinato e ameaças contra a vida de homens, e ainda sim, suas amigas feministas mobilizaram protestos em favor de sua libertação na frente do presídio em que estava detida, negando admitirem que ela havia cometido crimes e que merecesse ser punida por isso.
Juca e Barata, exemplo de simpatizantes do movimento feminista, provavelmente negariam que Valerie Solanas e aquelas que a poiaram sejam feministas, enquanto militantes feministas, mesmo aquelas de movimentos não conhecidos como radicais, provavelmente, pelo menos a maioria delas, tentariam de alguma forma justificar as suas ações e seus discursos, tentando fazer com que eles não parecessem errados ou negativos. Resumindo, Juca e Barata (provavelmente) diriam que ela não é feminista, enquanto as militantes diriam que ela é feminista e é radical sim, mas que seu feminismo e seu radicalismo não é errado e nem ruim.
Abraços!