O sujeito diz que "A mão-de-obra, nunca é demais recordar, é um bem escasso. É o bem mais fundamentalmente útil e escasso do sistema econômico". Se é assim, peço que me explique porque acontecia, e ainda assim acontece situações como a citada pelo Osler, que eu mesmo presenciei (tô prevendo acusação de evidência anedótica), e creio que muitos também aqui conhecem:
Se hoje em dia você tiver um funionário que receba menos que o salário mínimo, seja obrigado a dormir no serviço e estar disponível para o trabalho as 24 horas, não possa se ausentar a não ser de 15 em 15 dias, não tenha nenhum outro direito trabalhista, que pode (ou não) ser menor de idade..
Ele tecnicamente não é escravo (nem sei se cabe analogia a escravidão) mas era essa a situação nas cidades do interior até há muito pouco tempo e duma cidade como o Rio de Janeiro há 40 anos atrás (sim, sei, sou velho).
[...]
E sim, essas pessoas na sua maioria eram trazidas do interior para trabalhar em "casa de família", normalmente sem instrução formal quase nenhuma. Numa época que faltava emprego (grande parte da minha vida) era uma das únicas maneira que inúmeras pessoas tinham de arrumar emprego.
Mas com o liberalismo elas vão conseguir arrumar emprego melhor, talvez de engenheiros na Apple 
Por causa da baixa produtividade. Quem determina salários e condições de trabalho é a produtividade marginal do trabalho, como diz a teoria da utilidade marginal. E o excesso de leis trabalhistas e encargos torna mais difícil a contratação formal, aumentando o desemprego e a qualidade dos empregos, jogando as pessoas para informalidade.
Não. Não acho. Me mostra onde eu disse isso, pra me redimir.
Tentando deixar claro: o que eu acho é que sem leis trabalhistas o lado mais fraco da relação (o trabalhador) teria condições de trabalho piores do que com a existência delas.
Se acha que leis trabalhistas melhoram as condições dos trabalhadores, você acredita sim que escrever num papel melhora a situação das pessoas. Na Dinamarca quase não há leis trabalhistas e não existe esse caos todo, até os sindicatos gostam da situação por lá pelo baixo desemprego.
Se a concorrência entre empregadores deixa tudo equilibrado, então deve ser verdade que não houve melhora nos salários e nas condições de trabalho depois da vigências dessas leis, seja aqui, seja nos EUA, certo? Pode demonstrar?
Houve melhora pra quem se mantem empregado, não para os que tiveram que procurar outra profissão ou ficar na informalidade. Como explica Mises:
Da maneira como a doutrina sindical vê a questão, os aumentos salariais que eles estão obtendo por meio daquilo que é eufemisticamente chamado de "negociação coletiva" não devem ser um fardo para os compradores dos produtos; ao contrário, o ônus deve ser absorvido pelos empregadores. Esses devem cortar aquilo que, na visão dos comunistas, é chamado de "renda imerecida", isto é, juros sobre o capital investido e lucros derivados do sucesso de se atender eficazmente os desejos dos consumidores - desejos estes que até então permaneciam não atendidos. Com isso os sindicatos esperam retirar passo a passo toda essa suposta "renda imerecida" dos bolsos dos capitalistas e empreendedores e transferi-la para os bolsos dos empregados.
Entretanto, o que realmente acontece no mercado é algo muito diferente. Quando o bem B estava em seu preço de mercado P, todos aqueles que estavam preparados para pagar P por uma unidade de B poderiam comprar o tanto quanto quisessem. A quantidade total de B produzida e ofertada para venda era Q. A quantidade não poderia ser maior do que Q pois, se a quantia ofertada fosse muito grande, o preço, a fim de equilibrar o mercado, iria cair para baixo de P, logo para P-. Porém, a esse preço de P-, os produtores com os maiores custos de produção iriam ter prejuízos e seriam forçados a parar de produzir B. Da mesma maneira, esses produtores marginais irão sofrer prejuízos e serão obrigados a interromper a produção de B caso o aumento salarial impingido pelos sindicatos (ou por um salário mínimo decretado pelo governo) provoque um aumento nos custos de produção que não seja compensado por um aumento no preço, de P para P+. Essa consequente restrição da produção irá exigir uma redução da força de trabalho. O resultado da "vitória" do sindicato será o desemprego de uma série de trabalhadores.
O resultado será o mesmo caso os empregadores estejam em posição de repassar o aumento nos custos de produção totalmente para os consumidores, sem diminuir a quantidade de B produzida e vendida. Se os consumidores estão gastando mais com a compra de B, então eles terão de cortar seus gastos em alguma outra mercadoria M. E então a demanda por M irá cair e gerar desemprego para uma parcela de homens que até então estava produzindo M.
Fonte:
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=401Se você acha que colocar num papel que existe 13º vai magicamente surgir recursos do nada para pagar esse 13º você está enganado. A diferença é que se possível o custo do anual empregado será dividido por 13 ao invés de 12, se não for possível, desemprego.
Para de pensar como Marx que o empregador é um vilão, como diz o artigo que coloquei lá em cima, nem o empregador nem o empregado determinam o salário, quem determina é a oferta e a demanda geral, e salário é um preço, preços não devem ser manipulados artificialmente.