Sim, eu sei, Barata. O que estou dizendo é que, com os exames periódicos (se não me engano de 3 em 3 meses) e todos os outros cuidados, o risco de infecção da indústria pornô é extremamente baixo.
O mercado começou a se adaptar, criando exigências rígidas de exames médicos, padrões de saúde, e no começo do Século XXI a incidência de casos de HIV entre profissionais do mercado pornô era praticamente zero.
Tenta imaginar, Barata, como funciona. Todos os atores e atrizes são testados a cada 3 meses, e quando um ator testa positivo para HIV, todos os atores com quem ele contracenou são colocados em uma "quarentena" e testados, por 6 meses, até passar a janela de infecção, para, só então, serem liberados para voltarem ao trabalho. É óbvio que com um controle rígido assim, os casos de infecção logo seriam zero. Basta, então, não ficarem desleixados exatamente por terem reduzidos os casos a zero.
Portanto, neste cenário, o risco de infecção por HIV de um ator/atriz pornô é quase nulo, extremamente menor que qualquer outra pessoa com vida sexual ativa, e não justifica a lei em discussão. Como eu falei, se isso é desculpa para o estado se meter, então o estado deveria obrigar todas as pessoas a fazerem sexo com camisinha, sem discriminação.