Enquete

Para quem vai seu voto nessa nova conjuntura:

Aécio
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Marina
10 (23.8%)
Dilma
5 (11.9%)
Eduardo Jorge
1 (2.4%)
Leví Fidelix
2 (4.8%)
Pastor Everaldo
1 (2.4%)
Luciana Genro
1 (2.4%)
Não sabe
0 (0%)
Branco / Nulo / Outro
4 (9.5%)

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enquete encerrada: 29 de Novembro de 2014, 16:37:19

Autor Tópico: Enquete disputa presidencial 2014  (Lida 29148 vezes)

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Offline _Juca_

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #400 Online: 11 de Setembro de 2014, 08:20:55 »
Eu sou contra a independência do BC por um motivo específico, porque acho que bancos não devem controlar a si mesmos.


Está todo ERRADO mais uma vez. Quer dizer que porque o Banco Central tem "Banco" no nome ele pertence aos bancos? Mais uma para o book,

BINGO




O Gabarito, você leu o que eu escrevi, entende alguma coisa além do control-c/control-v?

Offline Fernando Silva

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #401 Online: 11 de Setembro de 2014, 08:50:14 »
Se bem que é melhor que a Dilma ganhe, assim afunda logo o país de vez e o povo crie repudia pelos petistas.
Se isto funcionasse, a Venezuela não estaria do jeito que está.

Offline Pasteur

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #402 Online: 11 de Setembro de 2014, 13:29:16 »
Mais tática do medo:

<a href="http://www.youtube.com/v/xUjC2B0bEfY" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/xUjC2B0bEfY</a>

Offline Gabarito

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #403 Online: 11 de Setembro de 2014, 13:51:50 »
O Gabarito, você leu o que eu escrevi, entende alguma coisa além do control-c/control-v?

Você já escreveu cada barbaridade aqui que demonstra cabalmente que quem não entende nada é você.
Além de não entender, segue cartilha do MAV e, por último, mas não menos relevante, a-do-ra um mico.

(antes que venha me acusar de ad hominem, eu apenas relatei os fatos. Todos os seus comentários estão aí para provar)

Offline Johnny Cash

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #404 Online: 11 de Setembro de 2014, 14:15:37 »
Eu ia votar no Aécim, agora mudei e vou sapecar meu voto na Marina 40!

Offline Lorentz

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #405 Online: 11 de Setembro de 2014, 14:16:05 »

<a href="https://www.youtube.com/v/2EGbRszPxic" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/2EGbRszPxic</a>
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Offline _Juca_

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #406 Online: 11 de Setembro de 2014, 14:27:53 »
O Gabarito, você leu o que eu escrevi, entende alguma coisa além do control-c/control-v?

Você já escreveu cada barbaridade aqui que demonstra cabalmente que quem não entende nada é você.
Além de não entender, segue cartilha do MAV e, por último, mas não menos relevante, a-do-ra um mico.

(antes que venha me acusar de ad hominem, eu apenas relatei os fatos. Todos os seus comentários estão aí para provar)

Beleza, mas porque não coloca suas próprias opiniões e enfrenta o debate de frente? Pode começar respondendo minhas questões sobre o BC ou demonstrando onde eu disse aquilo que você copiou e colou de outro forista.

Offline Gabarito

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #407 Online: 11 de Setembro de 2014, 14:39:57 »
Banco Central não é banco, colega _Juca_. Pensei que você sabia disso.
Banco Central é uma autarquia federal que integra o Sistema Financeiro e está ligado ao Ministério da Fazenda.
Eu pensei que você também sabia disso.

No Banco Central não existe filosofia de banco comercial, não tem banqueiro como "dono", nem tampouco segue a mesma linha adotada por um Bradesco, por exemplo.
Você sabia disso?

Cabe ao Banco Central emitir moeda, executar serviços de meio circulante, receber recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais, realizar operações de redesconto e empréstimos de assistência à liquidez às instituições financeiras, regular a execução dos serviços de compensação de cheques, normatizar, fiscalizar e intervir nas instituições financeiras, controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantir o funcionamento do mercado cambial, entre outras coisas.
Banco comercial não faz isso.

Vá anotando.

Quando você diz que é contra a independência do BC porque os bancos não devem controlar a si mesmos, você diz uma barbaridade, se não for total ignorância das competências do Banco Central.

Por esse motivo, eu apontei algumas das diferenças para que você saiba melhor do que está falando, para que os micos fiquem longe, nas árvores, de onde não deviam sair.

Fui.

Offline Pregador

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #408 Online: 11 de Setembro de 2014, 14:49:17 »
Sabem, eu sou contra esta autonomia do banco central. No entanto, também não acho nada tão drástico conceder a autonomia. Como eu quero o PT fora, voto na Marina, com ou sem banco central autônomo. Eu não to nem aí, o negócio é tirar a quadrilha petista do poder.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline _Juca_

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #409 Online: 11 de Setembro de 2014, 14:56:22 »
Banco Central não é banco, colega _Juca_. Pensei que você sabia disso.
Banco Central é uma autarquia federal que integra o Sistema Financeiro e está ligado ao Ministério da Fazenda.
Eu pensei que você também sabia disso.

No Banco Central não existe filosofia de banco comercial, não tem banqueiro como "dono", nem tampouco segue a mesma linha adotada por um Bradesco, por exemplo.
Você sabia disso?

Cabe ao Banco Central emitir moeda, executar serviços de meio circulante, receber recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais, realizar operações de redesconto e empréstimos de assistência à liquidez às instituições financeiras, regular a execução dos serviços de compensação de cheques, normatizar, fiscalizar e intervir nas instituições financeiras, controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantir o funcionamento do mercado cambial, entre outras coisas.
Banco comercial não faz isso.

Vá anotando.

Quando você diz que é contra a independência do BC porque os bancos não devem controlar a si mesmos, você diz uma barbaridade, se não for total ignorância das competências do Banco Central.

Por esse motivo, eu apontei algumas das diferenças para que você saiba melhor do que está falando, para que os micos fiquem longe, nas árvores, de onde não deviam sair.

Fui.

Gabarito, por favor cite o momento onde eu disse o Banco Central é um banco tal qual como um banco de varejo por você citado? Novamente você leu minhas postagens?

E em tempo, você acha que o controle das políticas monetárias, de fiscalização, controle, financeiras, políticas de juros, etc sobre o mercado financeiro, bancos, financeiras, devem ser feitas de forma independente sem nenhuma subordinação à outros poderes?
« Última modificação: 11 de Setembro de 2014, 15:03:31 por _Juca_ »

Offline Gabarito

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #410 Online: 11 de Setembro de 2014, 15:01:07 »
Eu sou contra a independência do BC por um motivo específico, porque acho que bancos não devem controlar a si mesmos.

Banco controlar a si mesmo é ou não é afirmar que são coisas iguais?

_Juca_, amigão, você vai me desculpar, mas tenho coisa mais importante a fazer.

Abraço.

Offline _Juca_

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #411 Online: 11 de Setembro de 2014, 15:06:48 »
Eu sou contra a independência do BC por um motivo específico, porque acho que bancos não devem controlar a si mesmos.

Banco controlar a si mesmo é ou não é afirmar que são coisas iguais?

_Juca_, amigão, você vai me desculpar, mas tenho coisa mais importante a fazer.

Abraço.

E eu onde estou dizendo que o BC é um banco de varejo com essa frase? Difícil, hein?  :hein: O Banco Central é uma instituição de controle e fiscalização, além de definir algumas políticas monetárias. Desvincular o BC dos poderes constituídos democráticos como o poder do presidente da república ou do congresso nacional, equivale a dar poder absoluto ao banqueiros sobre o que eles podem ou não podem fazer.
« Última modificação: 11 de Setembro de 2014, 15:27:05 por _Juca_ »

Offline Pregador

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #412 Online: 11 de Setembro de 2014, 16:47:02 »
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Geotecton

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #413 Online: 11 de Setembro de 2014, 16:56:30 »
[...]
Desvincular o BC dos poderes constituídos democráticos como o poder do presidente da república ou do congresso nacional, equivale a dar poder absoluto ao banqueiros sobre o que eles podem ou não podem fazer.

Talvez seja uma situação melhor do que as bobagens que o atual presidente do BC faz sob as ordens do Mante(i)ga e este, por sua vez, da 'presidanta'.
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Offline Geotecton

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #414 Online: 11 de Setembro de 2014, 16:57:42 »
[...]
Desvincular o BC dos poderes constituídos democráticos como o poder do presidente da república ou do congresso nacional, equivale a dar poder absoluto ao banqueiros sobre o que eles podem ou não podem fazer.

E não.

Não é isto o que ocorre com bancos centrais independentes em países com políticos razoavelmente sérios e com população medianamente informada.
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Skorpios

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #415 Online: 11 de Setembro de 2014, 17:01:26 »
A respeito, achei interessante.
Citar
Por que o Banco central deve ser independente?
O tema da independência do Banco Central entrou na pauta das eleições de 2014. É fundamental esclarecer alguns argumentos a favor de tal tese, de modo a que o debate assuma um mínimo de racionalidade.

A sociedade brasileira não se dá conta da transcendental importância da autonomia do Banco Central. Cogita-se, normalmente, que esse órgão é parte do Poder Executivo. E, portanto, está subordinado ao arbítrio representado pela capacidade do governo de nomear e demitir dirigentes, tanto como em qualquer outra estatal. Inexiste raciocínio mais indigente.

O equilíbrio do Estado moderno foi delineado por Montesquieu, no “Espírito das Leis”, obra magna publicada em 1748. Nela está definida a independência dos poderes estatais: Legislativo, Executivo e Judiciário. À época, as preocupações dos iluministas diziam respeito ao direito, às leis, guerras, religiões, formas de governo e liberdade. A economia não fazia parte dessas cogitações, a política dominava o cenário. E a emissão de moeda, considerada prerrogativa do soberano, relegada a plano secundário.

Gradualmente, as principais nações do Hemisfério Norte construíram o Poder Monetário em suas estruturas nacionais, ao longo dos séculos seguintes. Foi a cristalização da liberdade fornecida aos Bancos Centrais, para controlar a moeda, mediante a outorga de mandatos fixos a seus dirigentes. Assim, tais casas se tornaram independentes dos demais poderes, sobretudo dos governos de ocasião.

A importância da autonomia do emissor de moeda deriva de fator quase sempre, despercebido. A moeda é o único e exclusivo traço de união material entre os habitantes de um país. Do Oiapoque ao Chuí, apesar de suas múltiplas diversidades, todos carregam no bolso a mesma unidade monetária. E a estabilidade desse padrão é fundamental para manter progresso, paz e coesão nacionais. A moeda não pode ser desvalorizada ao sabor de eventuais oscilações políticas no comando do Executivo. O Poder Monetário, diga-se o Banco Central independente, é parte das instituições pétreas de um Estado democrático de direito, tanto quanto o Legislativo e o Judiciário.

O Banco Central do Brasil nasceu independente em 1964, com seus diretores ostentando mandatos fixos. Em pleno regime autoritário, três anos depois, em 1967, o presidente Costa e Silva exterminou aquela autonomia. A partir de então, o Banco Central foi submetido à total subordinação ao Poder Executivo, representado pelo ministro da Fazenda que indicava seus presidentes. A emissão de moeda passou a ser controlada pela área gastadora do Estado, o Governo Federal. O fim da independência foi causa determinante das tristes quadras inflacionárias de 1970 e 1980, denominadas décadas perdidas.

Compreendendo a importância de autonomia da autoridade monetária Fernando Henrique Cardoso outorgou vasta independência operacional ao Banco Central. Luiz Inácio Lula da Silva manteve as linhas mestras ditadas pelo antecessor, permanecendo o Banco Central infenso à questiúnculas políticas e distribuição fisiológica de poder. Os resultados daqueles anos foram extremamente positivos e animadores. Mas a autonomia do Banco Central é apenas concedida de fato pelo Príncipe, não alicerçada em princípios de direito, regime legal específico ou inscrita na Constituição. Já no mandato de Dilma Rousseff o Banco Central retornou a uma indisfarçável subordinação ao Poder Executivo e a inflação voltou a exibir suas garras.

É fundamental não esquecer que o Brasil viveu dois períodos de grande sucesso no combate à inflação. O primeiro entre 1964 e 1967, quando foi vencida a espiral deixada pelo governo João Goulart. O segundo, a partir do Plano Real, de 1994. Não por acaso as duas etapas em que o Banco Central teve sua autonomia preservada. Seja de direito, na fase anterior ao desmando de Costa e Silva, seja concedida de fato, nos governos de FHC e Lula.

No país há agências federais para regular quase todas as atividades econômicas. Suas diretorias têm mandatos fixos e alternados, para lhes garantir autonomia. Não faz qualquer sentido, que a principal delas, justamente a fiadora da estabilidade da moeda, o Banco Central, não ostente tais características. Não há independência possível sob o fio da navalha de uma demissão ad nutum.

Do ponto de vista de consolidação da democracia é indispensável blindar juridicamente autonomia e independência do Banco Central, transformando-o no quarto pilar da República: o Poder Monetário.

Offline _Juca_

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #416 Online: 11 de Setembro de 2014, 17:28:01 »
[...]
Desvincular o BC dos poderes constituídos democráticos como o poder do presidente da república ou do congresso nacional, equivale a dar poder absoluto ao banqueiros sobre o que eles podem ou não podem fazer.

E não.

Não é isto o que ocorre com bancos centrais independentes em países com políticos razoavelmente sérios e com população medianamente informada.


Não, né?! O subprime está aí pra quem quiser ver.
« Última modificação: 11 de Setembro de 2014, 17:31:51 por _Juca_ »

Offline _Juca_

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #417 Online: 11 de Setembro de 2014, 17:31:21 »
A respeito, achei interessante.
Citar
Por que o Banco central deve ser independente?
O tema da independência do Banco Central entrou na pauta das eleições de 2014. É fundamental esclarecer alguns argumentos a favor de tal tese, de modo a que o debate assuma um mínimo de racionalidade.

A sociedade brasileira não se dá conta da transcendental importância da autonomia do Banco Central. Cogita-se, normalmente, que esse órgão é parte do Poder Executivo. E, portanto, está subordinado ao arbítrio representado pela capacidade do governo de nomear e demitir dirigentes, tanto como em qualquer outra estatal. Inexiste raciocínio mais indigente.

O equilíbrio do Estado moderno foi delineado por Montesquieu, no “Espírito das Leis”, obra magna publicada em 1748. Nela está definida a independência dos poderes estatais: Legislativo, Executivo e Judiciário. À época, as preocupações dos iluministas diziam respeito ao direito, às leis, guerras, religiões, formas de governo e liberdade. A economia não fazia parte dessas cogitações, a política dominava o cenário. E a emissão de moeda, considerada prerrogativa do soberano, relegada a plano secundário.

Gradualmente, as principais nações do Hemisfério Norte construíram o Poder Monetário em suas estruturas nacionais, ao longo dos séculos seguintes. Foi a cristalização da liberdade fornecida aos Bancos Centrais, para controlar a moeda, mediante a outorga de mandatos fixos a seus dirigentes. Assim, tais casas se tornaram independentes dos demais poderes, sobretudo dos governos de ocasião.

A importância da autonomia do emissor de moeda deriva de fator quase sempre, despercebido. A moeda é o único e exclusivo traço de união material entre os habitantes de um país. Do Oiapoque ao Chuí, apesar de suas múltiplas diversidades, todos carregam no bolso a mesma unidade monetária. E a estabilidade desse padrão é fundamental para manter progresso, paz e coesão nacionais. A moeda não pode ser desvalorizada ao sabor de eventuais oscilações políticas no comando do Executivo. O Poder Monetário, diga-se o Banco Central independente, é parte das instituições pétreas de um Estado democrático de direito, tanto quanto o Legislativo e o Judiciário.

O Banco Central do Brasil nasceu independente em 1964, com seus diretores ostentando mandatos fixos. Em pleno regime autoritário, três anos depois, em 1967, o presidente Costa e Silva exterminou aquela autonomia. A partir de então, o Banco Central foi submetido à total subordinação ao Poder Executivo, representado pelo ministro da Fazenda que indicava seus presidentes. A emissão de moeda passou a ser controlada pela área gastadora do Estado, o Governo Federal. O fim da independência foi causa determinante das tristes quadras inflacionárias de 1970 e 1980, denominadas décadas perdidas.

Compreendendo a importância de autonomia da autoridade monetária Fernando Henrique Cardoso outorgou vasta independência operacional ao Banco Central. Luiz Inácio Lula da Silva manteve as linhas mestras ditadas pelo antecessor, permanecendo o Banco Central infenso à questiúnculas políticas e distribuição fisiológica de poder. Os resultados daqueles anos foram extremamente positivos e animadores. Mas a autonomia do Banco Central é apenas concedida de fato pelo Príncipe, não alicerçada em princípios de direito, regime legal específico ou inscrita na Constituição. Já no mandato de Dilma Rousseff o Banco Central retornou a uma indisfarçável subordinação ao Poder Executivo e a inflação voltou a exibir suas garras.

É fundamental não esquecer que o Brasil viveu dois períodos de grande sucesso no combate à inflação. O primeiro entre 1964 e 1967, quando foi vencida a espiral deixada pelo governo João Goulart. O segundo, a partir do Plano Real, de 1994. Não por acaso as duas etapas em que o Banco Central teve sua autonomia preservada. Seja de direito, na fase anterior ao desmando de Costa e Silva, seja concedida de fato, nos governos de FHC e Lula.

No país há agências federais para regular quase todas as atividades econômicas. Suas diretorias têm mandatos fixos e alternados, para lhes garantir autonomia. Não faz qualquer sentido, que a principal delas, justamente a fiadora da estabilidade da moeda, o Banco Central, não ostente tais características. Não há independência possível sob o fio da navalha de uma demissão ad nutum.

Do ponto de vista de consolidação da democracia é indispensável blindar juridicamente autonomia e independência do Banco Central, transformando-o no quarto pilar da República: o Poder Monetário.

Se está dando certo do jeito que está, com essa autonomia concedida pelos presidentes, porque desvincular o BC do poder executivo, a quem eles vão responder? Qual a garantia de vão concatenar os interesses do país às políticas monetárias ?

Offline Geotecton

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #418 Online: 11 de Setembro de 2014, 17:52:53 »
[...]
Desvincular o BC dos poderes constituídos democráticos como o poder do presidente da república ou do congresso nacional, equivale a dar poder absoluto ao banqueiros sobre o que eles podem ou não podem fazer.
E não.

Não é isto o que ocorre com bancos centrais independentes em países com políticos razoavelmente sérios e com população medianamente informada.
Não, né?! O subprime está aí pra quem quiser ver.

Então este é mais um erro para a sua coleção.

O suprime ocorreu por ingerência política do governo Clinton. Ou seja, o governo foi irresponsável.
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Offline Gaúcho

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #419 Online: 11 de Setembro de 2014, 18:10:47 »


E agora, José?
« Última modificação: 11 de Setembro de 2014, 18:13:02 por Gaúcho »
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Moro

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #420 Online: 11 de Setembro de 2014, 18:17:41 »
Banco Central não é banco, colega _Juca_. Pensei que você sabia disso.
Banco Central é uma autarquia federal que integra o Sistema Financeiro e está ligado ao Ministério da Fazenda.
Eu pensei que você também sabia disso.

No Banco Central não existe filosofia de banco comercial, não tem banqueiro como "dono", nem tampouco segue a mesma linha adotada por um Bradesco, por exemplo.
Você sabia disso?

Cabe ao Banco Central emitir moeda, executar serviços de meio circulante, receber recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais, realizar operações de redesconto e empréstimos de assistência à liquidez às instituições financeiras, regular a execução dos serviços de compensação de cheques, normatizar, fiscalizar e intervir nas instituições financeiras, controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantir o funcionamento do mercado cambial, entre outras coisas.
Banco comercial não faz isso.

Vá anotando.

Quando você diz que é contra a independência do BC porque os bancos não devem controlar a si mesmos, você diz uma barbaridade, se não for total ignorância das competências do Banco Central.

Por esse motivo, eu apontei algumas das diferenças para que você saiba melhor do que está falando, para que os micos fiquem longe, nas árvores, de onde não deviam sair.

Fui.

Gabarito, por favor cite o momento onde eu disse o Banco Central é um banco tal qual como um banco de varejo por você citado? Novamente você leu minhas postagens?

E em tempo, você acha que o controle das políticas monetárias, de fiscalização, controle, financeiras, políticas de juros, etc sobre o mercado financeiro, bancos, financeiras, devem ser feitas de forma independente sem nenhuma subordinação à outros poderes?

aí meu deus..  subordinação ou ingerência?  porque não é pergunta se você tem gostado da ingerência da burra da Dilma no Bc? (ou como você gosta da mula, se gostaria que um neo Liberal assumisse o BC). Bc é estado não governo. E um modelo de Bc autônomo não pode ser entendido "faz o que quer",  o fed e o tesouro norte americano tem que pedir bênção para o congresso direto e tem seu marcos de atuação controlados.
« Última modificação: 11 de Setembro de 2014, 18:20:30 por Madiba »
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Moro

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #421 Online: 11 de Setembro de 2014, 18:21:52 »
Eu sou contra a independência do BC por um motivo específico, porque acho que bancos não devem controlar a si mesmos.


Banco controlar a si mesmo é ou não é afirmar que são coisas iguais?

_Juca_, amigão, você vai me desculpar, mas tenho coisa mais importante a fazer.

Abraço.

E eu onde estou dizendo que o BC é um banco de varejo com essa frase? Difícil, hein?  :hein: O Banco Central é uma instituição de controle e fiscalização, além de definir algumas políticas monetárias. Desvincular o BC dos poderes constituídos democráticos como o poder do presidente da república ou do congresso nacional, equivale a dar poder absoluto ao banqueiros sobre o que eles podem ou não podem fazer.
:histeria: :histeria:

acima respondido
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #422 Online: 11 de Setembro de 2014, 18:22:59 »
[...]
Desvincular o BC dos poderes constituídos democráticos como o poder do presidente da república ou do congresso nacional, equivale a dar poder absoluto ao banqueiros sobre o que eles podem ou não podem fazer.
E não.

Não é isto o que ocorre com bancos centrais independentes em países com políticos razoavelmente sérios e com população medianamente informada.
Não, né?! O subprime está aí pra quem quiser ver.

Então este é mais um erro para a sua coleção.

O suprime ocorreu por ingerência política do governo Clinton. Ou seja, o governo foi irresponsável.

Citar
The Gramm–Leach–Bliley Act (GLB), also known as the Financial Services Modernization Act of 1999, (Pub.L. 106–102, 113 Stat. 1338, enacted November 12, 1999) is an act of the 106th United States Congress (1999–2001). It repealed part of the Glass–Steagall Act of 1933, removing barriers in the market among banking companies, securities companies and insurance companies that prohibited any one institution from acting as any combination of an investment bank, a commercial bank, and an insurance company. With the passage of the Gramm–Leach–Bliley Act, commercial banks, investment banks, securities firms, and insurance companies were allowed to consolidate. Furthermore, it failed to give to the SEC or any other financial regulatory agency the authority to regulate large investment bank holding companies.[1] ”The legislation was signed into law by President Bill Clinton.

[...]
http://en.wikipedia.org/wiki/Gramm%E2%80%93Leach%E2%80%93Bliley_Act#Criticisms[/quote]

[/wiki-bot]

Offline Moro

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #423 Online: 11 de Setembro de 2014, 18:27:40 »
calma aí o Juca acha que "Está dando certo do jeito que está"..  como o SUS, porque é estado e tem que estar certo.  Sem discussão.

Juca se informa sobre o sub prime, ao menos, no mínimo, para você ver como o fed não é independente, para a ver a quantidade de vêzes que Hank Paulson e Bernanke tiveram que ir ao congresso para fazer coisas que não estavam sobre seu escopo de atuação.  Tenta ver algo que não rede13
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Moro

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Re:Enquete disputa presidencial 2014
« Resposta #424 Online: 11 de Setembro de 2014, 18:33:58 »
Os três super autônomos tomando uma das 30 trolhas no Congresso nas ocasiões que o Bush teve que pedir pinico para ajudar os três em sua super independência


“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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