Autor Tópico: No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)  (Lida 8665 vezes)

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Offline Sergiomgbr

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #275 Online: 03 de Junho de 2019, 17:17:14 »
Se alguém usa um produto obsoleto, ele ainda assim vai ser obsoleto. Não e por que alguém usa  um carro com partida a manivela que esse sistema de partida à manivela passa a nao mais ser obsoleto. Eventualnente alguém poderá lançar um carro com partida à manivela não obsoleto, mas ai serão outros 500,06.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Pedro Reis

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #276 Online: 03 de Junho de 2019, 17:19:41 »

Pelo que sei, imagino que se trate na verdade de chips de expiração de validade em cartuchos de tinta, não da impressora ao todo.



Não parece que tenha sido assim. Se o relato é fidedigno, então esse é um caso de literalmente obsolescência programada. Sim, porque a Eeprom é o chip onde está gravado o programa que controla as funções do equipamento. Nesse caso o equipamento foi intencionalmente programado para se tornar obsoleto. No sentido literal de "programado".

E por que um fabricante não faria isso se depois de alguns meros cálculos perceber que será mais lucrativo?

Por uma questão de consciência?

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Um deles é das impressoras a jato de tinta que teriam um sistema especialmente desenvolvido para travar o equipamento depois de um certo número de páginas impressas, sem a possibilidade de reparo. No filme, um rapaz vai à assistência para consertar sua impressora. Os técnicos dizem que não há conserto. O rapaz então procura na internet maneiras de resolver o problema. Ele descobre um chip, chamado Eeprom, que determina a duração do produto. Quando um determinado número de páginas impressas é atingido, a impressora trava.

O reparo de um produto, no entanto, às vezes não é possível. Annie Leonard criou um vídeo na internet que virou sensação, o “Story of Stuff” (“Histórias das coisas”, em português), no qual relata que abriu dois computadores para ver o que havia de diferente dentro deles. Ela descobriu que é uma pecinha que muda a cada nova versão lançada. Contudo, a forma dessa peça também é alterada, o que obriga o consumidor a comprar um computador novo, em vez de apenas trocar a peça.

No mesmo vídeo, Leonard lembra que, além da obsolescência programada, há também a obsolescência percebida, que “nos convence a jogar fora coisas que são perfeitamente úteis”. Isso acontece porque a aparência das coisas muda, os objetos ganham novas funções e a publicidade está em todos os lugares. Como afirma Dannoritzer, “muitas formas de obsolescência programada estão juntas. Na forma tecnológica pura, mas também na forma psicológica, em que um consumidor voluntariamente substitui algo que ainda funciona só porque quer ter o último modelo”.

Offline Cinzu

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #277 Online: 03 de Junho de 2019, 17:20:01 »
Há tantas formas de se criticar práticas capitalistas e as pessoas escolhem as mais conspiratórias possíveis.

Pra que questionar marketing agressivos, publicidades abusivas e propagandas enganosas quando se pode bolar uma teoria de empresas cooperando entre si para venderem aparelhos defeituosos em massa a serem substituídos a cada 6 meses ao mesmo tempo em que escondem a lâmpada de R$ 1,99 que dura 1000 anos.

Mas não há nada de tão mirabolante e não é necessário que as empresas colaborem entre si.

Se você fabricar uma lâmpada de led (e talvez com led deva ser bastante viável) que dure 20 anos, daqui há 2 anos todosj já adquiriram as lâmpadas que precisam e sua fábrica fecha. Porque você, como empresário, acharia essa uma boa ideia?

Se eu tivesse eficiência suficiente para fabricar uma lâmpada de led que dure 20 anos, a um custo de produção idêntico a outra que dure 5, provavelmente estaria bilionário.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline Buckaroo Banzai

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #278 Online: 03 de Junho de 2019, 17:26:42 »
Há tantas formas de se criticar práticas capitalistas e as pessoas escolhem as mais conspiratórias possíveis.

Pra que questionar marketing agressivos, publicidades abusivas e propagandas enganosas quando se pode bolar uma teoria de empresas cooperando entre si para venderem aparelhos defeituosos em massa a serem substituídos a cada 6 meses ao mesmo tempo em que escondem a lâmpada de R$ 1,99 que dura 1000 anos.

Mas não há nada de tão mirabolante e não é necessário que as empresas colaborem entre si.

Se você fabricar uma lâmpada de led (e talvez com led deva ser bastante viável) que dure 20 anos, daqui há 2 anos todosj já adquiriram as lâmpadas que precisam e sua fábrica fecha. Porque você, como empresário, acharia essa uma boa ideia?

Se eu tivesse eficiência suficiente para fabricar uma lâmpada de led que dure 20 anos, a um custo de produção idêntico a outra que dure 5, provavelmente estaria bilionário.


Quanto as pessoas estariam dispostas a pagar por uma lâmpada que "não queimasse"?

Ou talvez, melhor dizendo, por toda a instalação de iluminação doméstica ou de um ambiente?

Offline Pedro Reis

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #279 Online: 03 de Junho de 2019, 17:30:54 »
Há tantas formas de se criticar práticas capitalistas e as pessoas escolhem as mais conspiratórias possíveis.

Pra que questionar marketing agressivos, publicidades abusivas e propagandas enganosas quando se pode bolar uma teoria de empresas cooperando entre si para venderem aparelhos defeituosos em massa a serem substituídos a cada 6 meses ao mesmo tempo em que escondem a lâmpada de R$ 1,99 que dura 1000 anos.

Mas não há nada de tão mirabolante e não é necessário que as empresas colaborem entre si.

Se você fabricar uma lâmpada de led (e talvez com led deva ser bastante viável) que dure 20 anos, daqui há 2 anos todosj já adquiriram as lâmpadas que precisam e sua fábrica fecha. Porque você, como empresário, acharia essa uma boa ideia?

Se eu tivesse eficiência suficiente para fabricar uma lâmpada de led que dure 20 anos, a um custo de produção idêntico a outra que dure 5, provavelmente estaria bilionário.

É preciso colocar na ponta do lápis para responder a essa pergunta.

O led é um diodo, dificilmente queima. Eu nunca vi led queimar.

Os fabricantes de lâmpadas ganharão mais se todas as lâmpadas que venderem hoje ainda estiverem brilhando daqui a cinquenta anos? Bom, muito pouca gente vai estar comprando lâmpadas novas depois de 5 anos. É difícil imaginar que isto seria mais lucrativo. E eu não sei porque um led que custe mais barato deva durar menos porque led custa barato e dura virtualmente para sempre.

Então, considerando esse cenário hipotético, de se poder desenvolver lâmpadas de led de baixo custo que durem virtualmente para sempre, não parece razoável que esse produto seja economicamente interessante para o fabricante. E se não for ele não vai fabricar. Ou você tem dúvidas quanto a isso?

Offline Pedro Reis

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #280 Online: 03 de Junho de 2019, 17:35:03 »
Há tantas formas de se criticar práticas capitalistas e as pessoas escolhem as mais conspiratórias possíveis.

Pra que questionar marketing agressivos, publicidades abusivas e propagandas enganosas quando se pode bolar uma teoria de empresas cooperando entre si para venderem aparelhos defeituosos em massa a serem substituídos a cada 6 meses ao mesmo tempo em que escondem a lâmpada de R$ 1,99 que dura 1000 anos.

Mas não há nada de tão mirabolante e não é necessário que as empresas colaborem entre si.

Se você fabricar uma lâmpada de led (e talvez com led deva ser bastante viável) que dure 20 anos, daqui há 2 anos todosj já adquiriram as lâmpadas que precisam e sua fábrica fecha. Porque você, como empresário, acharia essa uma boa ideia?

Se eu tivesse eficiência suficiente para fabricar uma lâmpada de led que dure 20 anos, a um custo de produção idêntico a outra que dure 5, provavelmente estaria bilionário.


Quanto as pessoas estariam dispostas a pagar por uma lâmpada que "não queimasse"?

Ou talvez, melhor dizendo, por toda a instalação de iluminação doméstica ou de um ambiente?

Eu certamente estaria disposto a pagar.

Mas é essa a questão? Ninguém está dizendo que o consumidor não quer um produto barato que dure para sempre. Não. O que é óbvio é que um produto barato que dura muito não pode ser tão lucrativo para quem produz. Um led, realmente, até onde eu sei, dura pra sempre. E leds não são caros.

Bom, eu não sei realmente se é possível produzir uma lâmpada de led barata que dure décadas e décadas, mas o que eu posso dizer é que se for possível isso é ótimo para o consumidor e o meio ambiente, mas péssimo para a empresa fabricante.

Offline -Huxley-

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #281 Online: 03 de Junho de 2019, 18:54:22 »
Os consumidores geralmente não querem bens não perecíveis que durem muito tempo. Se eles quisessem, não haveria problema algum em os fabricantes os produzirem, pois poderiam cobrar preços maiores.

Offline Sergiomgbr

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #282 Online: 03 de Junho de 2019, 18:58:18 »
Eu tenho vários produtos que existem há mais de 522 anos e que durarão ainda outros... pelo menos outros 1655 anos. E simplesmente são dos mais fabricados na humanidade.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Cinzu

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #283 Online: 03 de Junho de 2019, 19:09:10 »
Há tantas formas de se criticar práticas capitalistas e as pessoas escolhem as mais conspiratórias possíveis.

Pra que questionar marketing agressivos, publicidades abusivas e propagandas enganosas quando se pode bolar uma teoria de empresas cooperando entre si para venderem aparelhos defeituosos em massa a serem substituídos a cada 6 meses ao mesmo tempo em que escondem a lâmpada de R$ 1,99 que dura 1000 anos.

Mas não há nada de tão mirabolante e não é necessário que as empresas colaborem entre si.

Se você fabricar uma lâmpada de led (e talvez com led deva ser bastante viável) que dure 20 anos, daqui há 2 anos todosj já adquiriram as lâmpadas que precisam e sua fábrica fecha. Porque você, como empresário, acharia essa uma boa ideia?

Se eu tivesse eficiência suficiente para fabricar uma lâmpada de led que dure 20 anos, a um custo de produção idêntico a outra que dure 5, provavelmente estaria bilionário.

É preciso colocar na ponta do lápis para responder a essa pergunta.

O led é um diodo, dificilmente queima. Eu nunca vi led queimar.

Os fabricantes de lâmpadas ganharão mais se todas as lâmpadas que venderem hoje ainda estiverem brilhando daqui a cinquenta anos? Bom, muito pouca gente vai estar comprando lâmpadas novas depois de 5 anos. É difícil imaginar que isto seria mais lucrativo. E eu não sei porque um led que custe mais barato deva durar menos porque led custa barato e dura virtualmente para sempre.

Então, considerando esse cenário hipotético, de se poder desenvolver lâmpadas de led de baixo custo que durem virtualmente para sempre, não parece razoável que esse produto seja economicamente interessante para o fabricante. E se não for ele não vai fabricar. Ou você tem dúvidas quanto a isso?

O fabricante não ganha nada produzindo intencionalmente um produto que dure menos, pelo contrário, só tem a perder. A partir do momento que o consumidor teve de trocar o produto X devido a má qualidade do produto, a tendência é que ele procure por um produto melhor.

Os consumidores geralmente não querem bens não perecíveis que durem muito tempo. Se eles quisessem, não haveria problema algum em os fabricantes os produzirem, pois poderiam cobrar preços maiores.

Os consumidores geralmente não estão dispostos a pagar por bens não perecíveis que durem muito tempo.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #284 Online: 03 de Junho de 2019, 19:12:27 »
Os consumidores geralmente não querem bens não perecíveis que durem muito tempo. Se eles quisessem, não haveria problema algum em os fabricantes os produzirem, pois poderiam cobrar preços maiores.

Tanto que CHOVEM reclamações de produtos que duram demais antes de quebrar.

Vai lá no "reclame aqui", e só dá coisa como "eu comprei essa máquina de lavar roupa já faz DEZ ANOS, nos primeiros anos ela nunca deu defeito, e depois de uns SEIS anos, apresentou alguns, mas não foi nada que não fosse resolvido com um conserto bem em conta! Até componentes originais de fábrica foram encontrados! Eu esperava que tão logo aparecessem os primeiros problemas, eu já pudesse trocar, mas não! Ela continua funcionando perfeitamente! O que será que essa marca pensa da vida? Só sei que qualquer outro utensílio que for comprar, vai ser de outra marca, porque ao menos eu aumente as chances de ser algo que dura menos para que eu possa trocar mais rápido pelos últimos lançamentos!"



Offline Cinzu

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #285 Online: 03 de Junho de 2019, 19:12:39 »
Citar
Prever a vida útil de um LED depende de vários fatores, mas, geralmente, (boas) lâmpadas de LED são produzidas para durar cerca de 50.000 horas – uma durabilidade incrível se comparada a outros tipos de lâmpadas.

Todo esse tempo é um pouco menos que quatro anos de uso contínuo, 24 horas por dia, ou 17 anos se for usada 8 horas por dia, ou 45 anos (!) se for usada 3 horas por dia. O brilho irá cair com o tempo, mas não é percebido antes de 40.000 horas de uso – 15 anos de uso se usada 8 horas por dia.

Com base na nossa experiência com lâmpadas incandescentes, quando ouvimos dizer que uma LED durará 25 a 50 mil horas, a maioria de nós assume que este é o tempo até ela queimar de vez. No entanto, não é bem este o caso. Na verdade, tais declarações são realmente arbitrárias – ninguém de fato sabe como definir a vida útil de uma lâmpada LED até agora. Isso porque LEDs não queimam como uma lâmpada incandescente; em vez disto, o brilho dela lentamente vai se dissipando.

Assim, se a vida útil da sua LED é relacionada como 25 mil horas, este é o ponto quando sua lâmpada provavelmente estará brilhando a mais ou menos 70% da capacidade (a indústria assume que as pessoas de fato percebem uma redução no brilho neste ponto). Alguns engenheiros sugeriram até mesmo que as lâmpadas sejam feitas de modo a aumentar a potência do LED para combater este problema – no entanto, isto tenderia a derrotar o propósito de uma lâmpada que economiza energia. Isto também reduziria a vida útil dela.

Assim, a moral da história é que os fabricantes precisam bolar um sistema diferente para comunicar com precisão a vida útil dos seus produtos em relação às lâmpadas incandescentes e fluorescentes.

Quando lâmpadas de LED não são instaladas ou mantidas de forma correta, elas deteriorarão mais rapidamente. Por exemplo, LEDs que operam em 12V DC e estão ligados a retificadores ( Retificador é um dispositivo que permite que uma tensão ou corrente alternada (CA)  – normalmente senoidal – seja constante , ou seja, transformada em contínua.) ou controladores de má qualidade, podem fazer com que os LEDs sejam alimentados de forma incorreta, fazendo com que a vida útil caia consideravelmente.

Da mesma forma, LEDs expostos ao calor excessivo, como por exemplo muito próximos a um fogão, ou lâmpadas projetadas com dissipador de calor ruim podem fazer com que a vida útil seja menor.

Com essas informações de mau uso, que podem ser facilmente evitadas no momento da compra e instalação, certamente suas lâmpadas LED vão durar um bom tempo.

https://www.ledplanet.com.br/quanto-tempo-dura-uma-lampada-led/

Não precisa mais do que uma busca de 10 segundos na internet pra descobrir que LEDs não duram para sempre, apesar de já existir hoje no mercado lâmpadas que duram tempo mais que suficiente para você envelhecer na sua casa sem precisar trocar.

Beira o nível de conspiração terra-planista. Todo cientista, engenheiro eletricista, ou qualquer profissional com conhecimento esconde essa verdade de nós?
« Última modificação: 03 de Junho de 2019, 19:17:36 por Cinzu »
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline Buckaroo Banzai

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #286 Online: 03 de Junho de 2019, 19:20:36 »
Parece que as maiores falhas de lâmpadas LED são em outros componentes, não nos LEDs.

Mas os leds propriamente ditos, especialmente esses das lâmpadas (em comparação aos que se pensa geralmente por LED), são também mais frágeis.

Imagino que seja por barateamento, fazer mais com menos material.

Pelo que entendo (não muito) em tese era possível fazer uma instalação de iluminação doméstica que praticamente "durasse para sempre," mas seria consideravelmente mais caro, pelo material de melhor qualidade e talvez algum sistema para garantir mais a qualidade da energia. Mas isso não tem nada a ver com as teorias de conspiração de que lâmpadas incandescente durariam para sempre ou mesmo que as lâmpadas LED em si pudessem ser muito melhores e não sejam para ganhar mais. Como com quase tudo, as marcas mais caras devem ter maior durabilidade, próximo do que é possível por tudo que se sabe (e ainda limitada em algum grau por uma relativa imposição arquitetônica do formato que copia lâmpadas incandescentes).

Algo meio como comprar mobília pré-fabricada versus uma mobília projetada para uma casa por encomenda.

Offline Pedro Reis

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #287 Online: 03 de Junho de 2019, 19:20:52 »
Os consumidores geralmente não querem bens não perecíveis que durem muito tempo. Se eles quisessem, não haveria problema algum em os fabricantes os produzirem, pois poderiam cobrar preços maiores.

Essa é uma questão que vai ter, pra cada caso, uma resposta puramente matemática.

Examine um exemplo hipotético:  por que as lâmpadas de led queimam? Não deve ser o led que queima, a menos que esteja sendo projetado propositalmente para queimar. Porque led não queima, só se você aplicar uma sobretensão. Então deve ser algum outro componente na lâmpada, ou talvez esteja sendo intencionalmente projetada para ter uma determinada vida útil.

Mas imagine que fosse possível, apenas a título de experimento mental, que se pudesse fazer uma lâmpada funcional só com led, que é um componente barato e virtualmente eterno.  Na verdade, antes desse tipo de lâmpada se tornar comum,  quando se tratava disso como uma tecnologia promissora, o que a gente lia era que as lâmpadas de led seriam eternas, que inclusive seriam utilizadas lâmpadas led já embutidas em paredes, pisos, etc... pois não seria necessário troca-las. Mas quando se tornaram realidade  não foi exatamente assim. Mas imagine se fosse... por quanto você poderia vender uma lâmpada led que durasse para sempre? Se fosse vendida artificialmente a 200 reais (artificialmente porque o custo de fabricação não justificaria esse preço ) ainda assim seria difícil vender. E se vendesse, ainda assim, a longo prazo, representaria menor lucro para a indústria.

Eu não vejo como alguém teria interesse nisso. A lógica por trás de qualquer negócio é o de sempre maximizar o lucro.

Outro exemplo que dei lá atrás foi da minha Honda Bizz 100cc 2003, sem partida elétrica, que tenho até hoje. A Honda ainda fabrica uma Bizz 100 só com quique. É muito fácil manter uma moto dessas por muitos anos, porque devido a simplicidade da mecãnica, não dá muita manutenção. Provavelmente se o fabricante não criar estímulos de qualquer natureza para que o consumidor troque a sua lambretinha, ele pode ficar com ela uns dez anos tranquilamente. Mas isto seria interessante do ponto de vista do fabricante? É claro que obviamente há uma curva nisso e um ponto ótimo nessa curva, e é certamente esse ponto ótimo que o fabricante tenta alcançar: se você faz uma lambreta que só dura um ano mas é muito barata, ninguém quer e não há lucro. Mas se você fabrica algo que o consumidor vai manter por muitos anos, sem trocar, mesmo por um preço maior, isso também pode não maximizar o seu lucro.

Então a obsolescência programada apenas procura encontrar o ponto ótimo nessa função.

Offline Pedro Reis

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #288 Online: 03 de Junho de 2019, 19:23:48 »
Cinzu não entendeu que eu me referi ao componente LED. Que é um diodo.

Nada é eterno, nem o universo. Mas led, na sua utilização normal, é virtualmente eterno.

Offline Pedro Reis

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #289 Online: 03 de Junho de 2019, 19:26:29 »
Parece que as maiores falhas de lâmpadas LED são em outros componentes, não nos LEDs.

Mas os leds propriamente ditos, especialmente esses das lâmpadas (em comparação aos que se pensa geralmente por LED), são também mais frágeis.

Imagino que seja por barateamento, fazer mais com menos material.

Pelo que entendo (não muito) em tese era possível fazer uma instalação de iluminação doméstica que praticamente "durasse para sempre," mas seria consideravelmente mais caro, pelo material de melhor qualidade e talvez algum sistema para garantir mais a qualidade da energia. Mas isso não tem nada a ver com as teorias de conspiração de que lâmpadas incandescente durariam para sempre ou mesmo que as lâmpadas LED em si pudessem ser muito melhores e não sejam para ganhar mais. Como com quase tudo, as marcas mais caras devem ter maior durabilidade, próximo do que é possível por tudo que se sabe (e ainda limitada em algum grau por uma relativa imposição arquitetônica do formato que copia lâmpadas incandescentes).

Algo meio como comprar mobília pré-fabricada versus uma mobília projetada para uma casa por encomenda.

Eu também não sou um expert nisso. Mas os leds que duram para sempre não são caros. Pelo contrário, é um diodo, uma coisa simplíssima e muito barato.  Não é preciso gastar dinheiro pra fazer um led que dure muito.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #290 Online: 03 de Junho de 2019, 19:34:16 »

Quanto as pessoas estariam dispostas a pagar por uma lâmpada que "não queimasse"?

Ou talvez, melhor dizendo, por toda a instalação de iluminação doméstica ou de um ambiente?

Eu certamente estaria disposto a pagar.

Você geralmente compra os modelos de lâmpada mais caros? Estes já são os que têm maior longevidade.

Também deve ser possível consultar com alguém que trabalhe com eletrônica e orçar uma iluminação LED quase "eterna," não feita com essas lâmpadas do mercado.





Mas é essa a questão? Ninguém está dizendo que o consumidor não quer um produto barato que dure para sempre. Não. O que é óbvio é que um produto barato que dura muito não pode ser tão lucrativo para quem produz. Um led, realmente, até onde eu sei, dura pra sempre. E leds não são caros.

Bom, eu não sei realmente se é possível produzir uma lâmpada de led barata que dure décadas e décadas, mas o que eu posso dizer é que se for possível isso é ótimo para o consumidor e o meio ambiente, mas péssimo para a empresa fabricante.

Não sei. Será que uma empresa que garantisse uma durabilidade muito maior e tivesse a reputação de entregar não dominaria o mercado, mesmo vendendo mais caro que as de qualidade inferior? Isso aconteceria mais ou menos na medida em que de fato houvesse essa reputação crível e que a diferença de preço fosse vista como compensatória. Talvez a diferença de preço já começasse a ficar salgada demais e parecer não compensar.

Junto disso ainda viriam de qualquer forma diferenças estéticas na lâmpada, maiores diferenças no projeto devem ser necessárias para conseguir maior durabilidade. Por exemplo, em vez de só parecer um bulbo incandescente, se não puder ser uma coisa completamente distinta, seria um bom acréscimo ter no corpo não-transparente um dissipador de calor, de metal (podendo ser o corpo quase todo assim). Mas isso já vai encarecer um pouco e pode ter a eficiência reduzida dependendo da instalação, além de comprometer a instalação em algumas situações, se o dissipador aumentar o tamanho do corpo de forma que não encaixe.



Nem sabia existir isso, procurando por "led bulb heat sink":





Também ainda não tinha visto dessas, que também devem durar mais:






Este da Phillips diz durar 22 anos. O formato é para não precisar de dissipador como o da primeira foto:


Offline -Huxley-

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #291 Online: 03 de Junho de 2019, 20:04:56 »
Os consumidores geralmente não querem bens não perecíveis que durem muito tempo. Se eles quisessem, não haveria problema algum em os fabricantes os produzirem, pois poderiam cobrar preços maiores.

Tanto que CHOVEM reclamações de produtos que duram demais antes de quebrar.

Vai lá no "reclame aqui", e só dá coisa como "eu comprei essa máquina de lavar roupa já faz DEZ ANOS, nos primeiros anos ela nunca deu defeito, e depois de uns SEIS anos, apresentou alguns, mas não foi nada que não fosse resolvido com um conserto bem em conta! Até componentes originais de fábrica foram encontrados! Eu esperava que tão logo aparecessem os primeiros problemas, eu já pudesse trocar, mas não! Ela continua funcionando perfeitamente! O que será que essa marca pensa da vida? Só sei que qualquer outro utensílio que for comprar, vai ser de outra marca, porque ao menos eu aumente as chances de ser algo que dura menos para que eu possa trocar mais rápido pelos últimos lançamentos!"




Se as pessoas REALMENTE quisessem, estaria acontecendo o que já acontece em alguns mercados. É possível encontrar pessoas usando felizmente Mercedes-Benz de 15, 20 anos de idade. Mas conheço nenhum usuário de Motorola Moto Z3 que ainda desejasse usar, com muita frequência, um Motorola Moto Q.
« Última modificação: 03 de Junho de 2019, 20:07:20 por -Huxley- »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #292 Online: 03 de Junho de 2019, 20:10:19 »
Não é "se quisessem", mas "se tivessem condições" e "se se comportassem de maneira a melhor satisfazer seus objetivos racionais."

De outra forma é meio como dizer que a crescente obesidade é só vontade das pessoas.

Offline Cinzu

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #293 Online: 03 de Junho de 2019, 20:29:32 »
A massa de consumidores de uma forma geral é leiga e desinteressada por especificações técnicas. É muito mais cômodo durante as compras do mercado colocar no carrinho a lâmpada mais barata do que fazer com antecedência uma pesquisa de custo x benefício.
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Offline Pedro Reis

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #294 Online: 03 de Junho de 2019, 20:30:07 »

Quanto as pessoas estariam dispostas a pagar por uma lâmpada que "não queimasse"?

Ou talvez, melhor dizendo, por toda a instalação de iluminação doméstica ou de um ambiente?

Eu certamente estaria disposto a pagar.

Você geralmente compra os modelos de lâmpada mais caros? Estes já são os que têm maior longevidade.


Eu só compro lâmpadas led. São mais caras porém mais econômicas e duram mais.

Mas o consumidor dificilmente vai fazer um cálculo exato para decidir se vale a pena. Se o produto for muito mais caro ele dificilmente vai adquirir, mesmo que a longo prazo represente vantagem. Nós compramos lâmpadas led porque a relação custo/benefício parece intuitivamente atraente. Se for caro demais, ainda que seja vantagem, desestimula a venda.

Posso dar um exemplo concreto, que é o dos sistemas de energia solar. Atualmente dizem que instalar energia solar, dependendo da região do Brasil onde a pessoa more, vale a pena. É um investimento que se paga ao longo do tempo. Mesmo assim muito pouca gente pensa em instalar painéis solares porque o custo inicial é elevado.

Não precisa ir tão longe... sistemas de aquecimento hidráulico utilizando painéis solares são bem mais baratos, e mesmo assim ainda é relativamente pouco difundido. Novamente porque o custo inicial de instalação é desestimulante.

O consumidor típico não é engenheiro fazendo contas com uma calculadora científica e planilhas, ele consome em parte por impulso e em parte usando a razão. Se a lâmpada incandescente que eu uso na minha sala custa 10 reais, e eu tenho que trocar de 6 em 6 meses, em 40 anos, só com a iluminação da sala o custo será de 800 reais. Fazendo
essa conta, comprar uma lâmpada que dure 40 anos e custe "só" 200 reais significaria uma economia (sem mencionar a economia de energia!) e mesmo assim ninguém daria 200 reais em uma simples lâmpada quando na mesma prateleira tem uma outra incandescente que custa só 10 reais. Mas se todos fizessem isso significaria que ao longo de 20 anos a indústria teria a longo prazo seus lucros reduzidos a bem menos que 20%. Ora, mas ela não conseguiria vender este produto a 200 reais, então na verdade pra colocar a nova lâmpada no mercado ( essa que dura 40 anos ) isso representaria uma diminuição ainda maior no faturamento da indústria.

Do ponto de vista do empresário não vale a pena. E se a obsolescência programada for uma solução então é difícil imaginar que não se use este recurso. Porque podendo determinar a vida útil desse produto, os engenheiros de produção podem também determinar quanto tempo pode durar a lâmpada ( nem mais, nem menos ) para que possa ser colocada no mercado e um preço vendável, que a faça mais atraente que a antiga tecnologia, e ainda assim não represente uma perda no faturamento. Não entra na minha cabeça que alguém vá desenvolver uma nova tecnologia só para perder dinheiro. Só para faturar menos do que
atualmente fatura, talvez pelo ímpeto de salvar o planeta...

A lógica de se projetar um determinado tempo de vida para um produto (seja por falhas programadas, seja por indução a desejos de novos consumos, etc... ) é o mesmo raciocínio do cálculo do lucro marginal, que é o lucro relativo a produção de uma unidade adicional do produto: se alguém fabrica poucas unidades de um produto, ele precisa ser muito caro para dar lucro, o que dificulta a venda e não maximiza o lucro. Mas se são fabricadas muitas unidades o preço de venda cai, diminuindo o lucro. Esta função (lucro em função do número de itens produzidos) tem um ponto ótimo, maximizado, que é o que os engenheiros de produção e economistas da empresa procuram calcular.

Não é diferente, essencialmente, do interesse que uma empresa teria de desenvolver modelos que indiquem que tempo de vida útil maximiza o lucro da produção de um determinado produto.

Offline Pedro Reis

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #295 Online: 03 de Junho de 2019, 20:33:42 »
A massa de consumidores de uma forma geral é leiga e desinteressada por especificações técnicas. É muito mais cômodo durante as compras do mercado colocar no carrinho a lâmpada mais barata do que fazer com antecedência uma pesquisa de custo x benefício.

Exatamente o que acabei de dizer.

Por isso que muitas vezes não vai valer a pena fabricar um produto mais caro que dure mais. Ou mesmo que nem precise ser mais caro. Naquele caso da impressora que estava programada para falhar, o custo de produção não se tornava menor porque essa falha foi inserida na BIOS do equipamento.

Foi simplesmente por um cálculo de lucro em função do tempo de vida útil, ou melhor, do cálculo da maximização dessa função, que estimulou o fabricante a fazer isso. Obsolescência programada.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #296 Online: 03 de Junho de 2019, 20:39:03 »
Gostaria só de levantar novamente o ponto de que é mais provável que não fosse exatamente uma pré-programação de falha na BIOS da impressora a impedindo de funcioanar por si só, mas ou dos cartuchos (que não medem o quanto estão cheios perfeitamente), ou algo relativo a incompatibilidade (por projeto deliberado) entre cartuchos genéricos e a impressora.

Offline Cinzu

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #297 Online: 03 de Junho de 2019, 20:40:32 »
Então não é uma obsolescência programada pelo capitalista malvadão que conspira pra prejudicar o consumidor, mas apenas uma situação de mercado decorrente de demandas irracionais dos indivíduos.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline Pedro Reis

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #298 Online: 03 de Junho de 2019, 20:46:46 »
Então não é uma obsolescência programada pelo capitalista malvadão que conspira pra prejudicar o consumidor, mas apenas uma situação de mercado decorrente de demandas irracionais dos indivíduos.

Não tô discutindo se o capitalismo é malvadão. Isso não se discute: o capitalismo é malvadão.

O que eu tô dizendo é que estratégia de obsolescência programada não me parece nada absurdo. É tão lógico quanto desenvolver um modelo do lucro marginal para decidir quantas unidades de um determinado produto devem ser fabricadas.

Offline Cinzu

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Re:No Capitalismo Nem Tudo São Flores: A Obsolescência Programada (Planejada)
« Resposta #299 Online: 03 de Junho de 2019, 20:49:47 »
Se há mesmo casos de empresários reduzindo intencionalmente a qualidade de um produto sem que haja compensação no custo de produção é na verdade auto-sabotagem, ou trata-se de mercados monopolistas/carteis.

Considerando um cenário de livre-concorrência, uma fábrica aleatória de um empresário qualquer com market share risível (algo como menos de 1% de participação no mercado, por exemplo) é ilógico pensar que ele irá auto-sabotar o próprio produto. Ele estará na verdade ajudando a concorrência.

E não acho que empresários sejam tão bondosos a ponto de se preocuparem com seus concorrentes e intencionalmente se auto-sabotarem só para que seu rival não tenha que fechar o negócio dele.
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