O pagamento de pensão não é doença,
Pelo que eu saiba, gravidez também não é doença.
Sim, foi por isso que coloquei. Não sei de onde tiraram isso de comparação com doença.
Ficam alegando os "problemas físicos e psicológicos" da gravidez como motivo para impôr ao homem a obrigação de arcar com uma gravidez que ele não quer e que pode (com o aborto) ser evitada. Essa insistência dá a entender que a gravidez é uma doença, e das mais graves! Uma espécie de "ad misericordian".
Não, é tão somente o simples e banal fato de que [a mulher -- que é quem aborta ou não] abortar ou não abortar são coisas física e psicologicamente potencialmente mais sérias do que pagar ou não pagar pensão.
Ex.: se é argumentável que é "traumatizante" para o homem "ter seu filho abortado", isso logicamente deve ser muito pior para a mulher, que é quem de fato realiza o aborto no fim das contas. Nesses casos, somado ao fato de ter sido abandonada pelo parceiro.
Eu não sei se é pior ou "melhor" que levar a gravidez adiante contra a vontade, seja por ser simplesmente legalmente proibida de abortar "de qualquer jeito", ou apenas por imposição do parceiro; em qualquer caso, não consigo fazer algo além de simplesmente ignorar a trivialização disso por quem simplesmente não pode engravidar, por ser homem. (Isso é uma espécie de trolagem contra mim por já ter alguma fez feito troça do conceito de "privilégios" tanto usado por feministas, é? Bem, OK, esse seria um exemplo válido, admito, mas ainda acho que muitas vezes exageram.)
A pretensa equiparação é mais do aborto com não pagar pensão, e não de gravidez e não pagar pensão. Não é tão relevante que a gravidez não seja problemática na maior parte do tempo, mas sim a situação da mulher acabar se vendo forçada a abortar, mesmo ela sendo contra isso, porque o homem resolveu ele "abortar".
Explique a parte em negrito. Em nenhum lugar vi ninguém defendendo o aborto forçado.
"Se ver forçada", no sentido de não poder arcar com as despesas de ter um filho, uma vez que o pai tivesse a liberdade de "abortar" e ir engravidar outra otária, e então fazer o mesmo; não de ser legalmente obrigada a abortar. Pode ser que simplesmente não abortasse, até por ser moralmente contra o aborto, quando essa fosse argumentavelmente a melhor opção, do ponto de vista financeiro, para a mulher e para a criação de uma criança.
Acho muito difícil mesmo levar isso a sério. Não consigo conceber como é possível considerar isso razoável tendo um mínimo possível de empatia com a mulher, imaginando alguma pessoa com quem se importe numa situação assim.
Eu também acho muito difícil levar a sério a obrigação do homem arcar com um filho indesejado e evitável. Não consigo conceber como é possível considerar isso razoável tendo um mínimo possível de empatia com o homem, imaginando alguma pessoa com quem se importe numa situação assim.
Me espanta que você tenha levado a sério essa tentativa de "inversão" do argumento, a ponto de escrever, e depois postar. Bem, não é exatamente difícil se enxargar nessa situação, e os casos que conheço não devem ser exatamente "moleza", mas certamente acho mais correto do que os homens serem livres para deixar a mulher por contra própria, se ela pessoalmente for contra o aborto.
, e provavelmente existem casos de país socialmente perseguidos por questões de pagamento de pensão alimentícia, que podem acaber parando na cadeia, e que podem muito bem sofrerem física, social e psicologicamente com tudo isso. Não obstante, existe o fato deste dever a ele obrigado, se estender por no mínimo 18 anos de sua vida.
Sim, isso ocorre mesmo sendo legalmente obrigados a pagar. Se "liberasse geral", então...
Com o aborto, não seria problema, pois a mulher poderia escolher se quer ter um filho pra criar sozinha ou abortá-lo.
Sem o aborto, de fato seria problemático.
Apenas supondo que toda mulher considerasse o aborto algo moral e emocionalmente aceitável num nivel pessoal.
Talvez eventualmente desenvolvam técnicas de gestação masculina, aí não haverá problema.
Talvez hoje, a opinião do genitor devesse ser levada mais em consideração, ai não haveria tantos problemas.
Abraços!
Muito cômoda a posição, não sendo a pessoa que engravida ou aborta em si.
Muito cômoda a posição, não sendo a pessoa que passa de 18 a 24 anos arcando com as despesas de um filho indesejado que poderia ser evitado, mas não o foi por culpa de outrem.
A mulher arca sim com despesas e com cuidados. Acho absurdo "culpar" a mulher por não considerar aceitável abortar, e é díficil acreditar que essa argumentação venha de quem é contra o aborto; seria de se imaginar que a empatia fosse algo mais ou menos esperado.