Autor Tópico: Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down  (Lida 8763 vezes)

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Offline Feliperj

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #50 Online: 25 de Agosto de 2014, 23:01:34 »
Felipejr não viaja na maionese, até a defesa do aborto serve para uma revolução marxista? Aff... Non Sequitur

Não Juca,

Estou brincando com vc, pela  inclusão do discurso feminista, como também notado pelo Geotecton, na discussão!!

Abs
Felipe

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #51 Online: 25 de Agosto de 2014, 23:02:57 »
Felipejr não viaja na maionese, até a defesa do aborto serve para uma revolução marxista? Aff... Non Sequitur

Não Juca,

Estou brincando com vc, pela  inclusão do discurso feminista, como também notado pelo Geotecton, na discussão!!

Abs
Felipe

Então coloca esses smiles  :lol: :biglol: :hihi: para evitar Poe

Offline Feliperj

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #52 Online: 25 de Agosto de 2014, 23:04:44 »
Então coloca esses smiles  :lol: :biglol: :hihi: para evitar Poe

 :ok:

O que é Poe? hehe

Offline _Juca_

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #53 Online: 25 de Agosto de 2014, 23:06:47 »
A gestação é só dela, a barriga é só dela, o sofrimento é só dela, as condições para gerar um filho são só dela, e depois que nasce o homem tem direito e obrigações como pai para com a criança que não é só dela.

Ou seja, se um bebe/feto mais desenvolvido morre com 3/4 do seu corpo (em massa) dentro da mulher, então o homem só deve custear 1/8 das despesas com o enterro do feto?

Decifra isso aí, porque não entendi onde você quis chegar.

Offline Feliperj

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #54 Online: 25 de Agosto de 2014, 23:09:50 »
Vc falou que o pai, só é pai quando o filho sai da barriga da mulher. Ora, se ele morrer com 3/4 dentro da mulher, esses 3/4 serão dela por definição. Sobra 1/4, do qual a mulher tem, metade, por definição tb. Ou seja, o pai seria responsavel por 1/8 do filho morto.  :)

Offline _Juca_

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #55 Online: 25 de Agosto de 2014, 23:13:49 »
Vc falou que o pai, só é pai quando o filho sai da barriga da mulher. Ora, se ele morrer com 3/4 dentro da mulher, esses 3/4 serão dela por definição. Sobra 1/4, do qual a mulher tem, metade, por definição tb. Ou seja, o pai seria responsavel por 1/8 do filho morto.  :)

Não, eu não disse isso, releia o que eu escrevi com mais atenção.

Offline Feliperj

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #56 Online: 25 de Agosto de 2014, 23:31:40 »
Juca,

"...e depois que nasce o homem tem direito e obrigações como pai para com a criança que não é só dela."

Que não é só dela, depois que nasce.

Offline DDV

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #57 Online: 25 de Agosto de 2014, 23:50:16 »
Lógico que é obrigado a contribuir, ele tem a obrigação de acatar a decisão dela.
A decisão sobre continuar a gravidez é da mulher, lógico. A pergunta é sobre a contribuição com a criação do filho.

Se há a possibilidade de aborto e o pai quis o aborto, mas a mãe não, segue-se que a gravidez agora é devida única e exclusivamente à vontade e responsabilidade da mãe, não sendo o pai obrigado a contribuir com um filho indesejado e que, por culpa exclusiva da mulher, não foi evitado.
Não, só a mulher é dona do seu corpo, a decisão final é dela, não é o homem quem escolhe fazer aborto ou não.

Concordo.

Mas neste caso (homem quer o aborto e a mulher, não) não vejo como o homem possa ter uma obrigação moral na criação da criança.

Não só tem a obrigação moral e ética, como esse argumento poderia ser usado por qualquer um que não queira criar um filho.
Lógico que é obrigado a contribuir, ele tem a obrigação de acatar a decisão dela.

A decisão sobre continuar a gravidez é da mulher, lógico. A pergunta é sobre a contribuição com a criação do filho.

Se há a possibilidade de aborto e o pai quis o aborto, mas a mãe não, segue-se que a gravidez agora é devida única e exclusivamente à vontade e responsabilidade da mãe, não sendo o pai obrigado a contribuir com um filho indesejado e que, por culpa exclusiva da mulher, não foi evitado.
Se o homem dispõe de meios de evitar uma gravidez indesejada, ele também assume os riscos. Por força das circunstâncias, é a mulher quem gera, cabe a ela a decisão de ter ou não o filho (se há essa opção). E caso ela decida ter, entram em jogos os interesses do filho.


Na verdade, o aborto nos casos não previstos em leis (ou seja, "a troco de nada") têm como motivação a vontade de não ter o filho. Não é a gravidez em si que a mulher busca evitar, mas sim ter um filho para criar naquele momento. Se perguntar a quem quer abortar, acho que menos de 1% dirá que quer o filho, mas não quer a gravidez.

O peso de ter um filho não é apenas da mulher. As mesmas responsabilidades materiais que a mulher terá o homem também terá. Logo, não há porque não conceder ao homem a mesma opção de evitar responsabilidades materiais que a mulher teria.

As coisas devem seguir a lógica e a justiça. Temos as seguintes possibilidades:

1- Não é permitido o aborto sem motivo justo. Logo, o filho é inevitável e nem o homem nem a mulher podem fazer algo a respeito => a responsabilidade é de ambos.

2- É permitido o aborto ao bel prazer. Logo, o filho é evitável. Sendo evitável, é escolha da mulher e do homem se querem tê-lo ou "evitá-lo". Quem escolher ter, arcará com as responsabilidades, e quem escolher não ter, fica isento das mesmas.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #58 Online: 25 de Agosto de 2014, 23:54:47 »
Não, só a mulher é dona do seu corpo, a decisão final é dela, não é o homem quem escolhe fazer aborto ou não.

A mulher é dona SOMENTE do SEU corpo!!! O Feto não é SEU corpo, pois não é somente SEU material genético. O homem é tão "dono" (o que já é um  absurdo, colocar essa discussão dessa forma) do feto quanto a mulher!!!




O feto faz parte do corpo dela sim, até o cordão umbilical se romper, estão interligados e é ela quem vai gerar. O Homem não tem nenhum direito sobre o corpo da mulher. A ele não cabe decidir se ela vai abortar ou não. O direito de gestão é da mulher, ela quem carrega os problemas psicológicos e físicos de uma gravidez, não o homem.

Os maiores "problemas" trazidos por um filho indesejado não são os 9 meses onde ele fica no útero recebendo apenas parte dos nutrientes que a mulher já come normalmente, são os 18-24 anos onde ele recebe comida, roupa, abrigo, gastos com educação e saúde, sem contar o tempo investido.

É sobre esses 18-24 anos que devemos focar o problema, e não os 9 meses da gravidez.
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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #59 Online: 25 de Agosto de 2014, 23:59:13 »
O feto faz parte do corpo dela sim, até o cordão umbilical se romper, estão interligados e é ela quem vai gerar. O Homem não tem nenhum direito sobre o corpo da mulher. A ele não cabe decidir se ela vai abortar ou não. O direito de gestão é da mulher, ela quem carrega os problemas psicológicos e físicos de uma gravidez, não o homem.
O feto Não é somente dela!!!! O filho a ser abortado NÃO É SÓ DELA!!! Ela NÃO se reproduz por partenogênese!!

Não estamos falando de uma célula qualquer! Estamos falando de um ser humano em desenvolvimento! Condenar esse ser a morte,  por comodidade, pelo "sofrimento" de carregar o feto, por contas de felicidade x sofrimento é muito bizarro!É egoismo puro e simples e total falta de valor com relação à vida!

Comprei essa calça, não gostei, jogo fora! Fiz sexo, curti, mas putz engravidei. Não quero ter, vou jogar essa merda fora!

Você tem algum argumento que não seja um apelo à emoção?

Na ética é impossível abrir mão das emoções, que nada mais são do que "atalhos" fisiológicos usados pelo cérebro para tomadas de decisões.

A "racionalidade pura" nessa área faria com que, por exemplo, os pacientes psiquiátricos completamente inválidos e dependentes (vários idosos) de um hospital psiquiátrico, sem familiares para cuidar, fossem eliminados para poupar despesas e sofrimento para eles, seus cuidadores e contribuintes.
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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #60 Online: 26 de Agosto de 2014, 00:03:48 »

Pode até ser um apelo à emoção do biólogo inglês mas ao menos não invoca uma suposta "sacralidade" do ser humano, o que é, no meu entender, um argumento bizarro, muito praticado por religiosos.


O conceito de sacralidade da vida humana é um pilar ético da medicina e áreas afins.

Sacralidade seria considerar a vida humana algo "precioso", "intocável", acima e além de quaisquer outras considerações. Isso é um instrumento moral fortíssimo para evitar coisas horrendas e desastrosas nessa área, que poderiam facilmente ocorrer se a vida humana deixasse de ser considerada "sacrossanta".

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #61 Online: 26 de Agosto de 2014, 00:09:46 »
O feto faz parte do corpo dela sim, até o cordão umbilical se romper, estão interligados e é ela quem vai gerar. O Homem não tem nenhum direito sobre o corpo da mulher. A ele não cabe decidir se ela vai abortar ou não. O direito de gestão é da mulher, ela quem carrega os problemas psicológicos e físicos de uma gravidez, não o homem.

O feto Não é somente dela!!!! O filho a ser abortado NÃO É SÓ DELA!!! Ela NÃO se reproduz por partenogênese!!

Não estamos falando de uma célula qualquer! Estamos falando de um ser humano em desenvolvimento! Condenar esse ser a morte,  por comodidade, pelo "sofrimento" de carregar o feto, por contas de felicidade x sofrimento é muito bizarro!É egoismo puro e simples e total falta de valor com relação à vida!

Comprei essa calça, não gostei, jogo fora! Fiz sexo, curti, mas putz engravidei. Não quero ter, vou jogar essa merda fora!





A gestação é só dela, a barriga é só dela, o sofrimento é só dela, as condições para gerar um filho são só dela, e depois que nasce o homem tem direito e obrigações como pai para com a criança que não é só dela.

A gestação não representa nem 0,5% dos problemas trazidos por um filho indesejado, conforme já expliquei antes. Troque o disco que esse argumento é fajuto.

Ninguém propõe que o homem possa obrigar a mulher a abortar ou deixar de abortar, a decisão é dela. E sendo a decisão dela, os problemas decorrentes da gravidez e do filho indesejado são dela também.

A responsabilidade por algo é SEMPRE de quem decidiu por esse algo. Quem ficou de fora da decisão tem responsabilidade zero.

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #62 Online: 26 de Agosto de 2014, 00:15:29 »
Para abortistas radicais (ou sem noção) como Juca, o bebê só se torna "humano" quando cruza totalmente a linha imaginária localizada no orifício vaginal da mulher. Ele passa a ter um pai nesse momento também.
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Offline _Juca_

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #63 Online: 26 de Agosto de 2014, 09:07:16 »
Juca,

"...e depois que nasce o homem tem direito e obrigações como pai para com a criança que não é só dela."

Que não é só dela, depois que nasce.

Na verdade a pessoa só se torna pai ou mãe depois do nascimento da criança. Você não pode registrar um feto como filho, pode? Então os direitos e obrigações legais começam depois do nascimento, tanto do pai quanto da mãe.  Biologicamente o homem é pai do feto, mas como não é o gestante, ele não tem o direito de decidir o que acontece ou deixa de acontecer com o corpo da mulher. Se a mulher não quer o filho, o homem não pode obrigá-la a tê-lo.

Offline _Juca_

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #64 Online: 26 de Agosto de 2014, 09:59:58 »
Para abortistas radicais (ou sem noção) como Juca, o bebê só se torna "humano" quando cruza totalmente a linha imaginária localizada no orifício vaginal da mulher. Ele passa a ter um pai nesse momento também.

Apelo à emoção em conjuntura com um Ad Hominem resultando em um Non Sequitur.

Não sou radical, acho que existem limites temporários para se realizar o aborto. Um feto não é um bebê e um embrião não é um feto, você pode muito bem determinar que são todos humanos, mas existem distinções entre eles, um embrião não pensa e não sofre devido ao não desenvolvimento do SNC. Uma pessoa só se torna pai ou mãe depois do nascimento do filho, ou seja, depois que passa pelo orifício vaginal ( ou não), até lá no máximo eles podem se considerar pai e mãe de um feto, ou embrião, mas não de uma criança em si.


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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #65 Online: 26 de Agosto de 2014, 12:41:22 »
Citação de: Juca
, um embrião não pensa e não sofre devido ao não desenvolvimento do SNC.

Isso não serve de argumento pró-aborto de embriões, pois o que está em jogo aí é a VIDA e não a ausência de sofrimento. Matar pessoas de forma indolor (sem sofrimento) ou sedadas (sem pensamento) não torna matar algo aceitável. Procure outro argumento que esse não serve.


Citação de: Juca
Uma pessoa só se torna pai ou mãe depois do nascimento do filho, ou seja, depois que passa pelo orifício vaginal ( ou não), até lá no máximo eles podem se considerar pai e mãe de um feto, ou embrião, mas não de uma criança em si.

Explique aí qual é a "magia" que faz um bebê se tornar "humano" apenas após cruzar o orifício vaginal?

Seria a dependência da mãe via cordão umbilical? Então bebês prematuros que dependem de respiração artificial não seriam "humanos"? Por outro lado, o fato do bebê depender da mãe para amamentação faria ele deixar de ser considerado "humano"?

Na verdade, se formos usar o critério da "independência" para sobreviver, poder-se-ia argumentar que qualquer pessoa até os 10, 12 ou mais anos (a depender do local e circunstâncias) não seria "humano", pois depende de outros para a sua sobrevivência.

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Offline Gaúcho

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #66 Online: 26 de Agosto de 2014, 12:58:27 »
Quanto mimimi. O corpo é da mulher. Ela decide se vai ter o filho ou não. O pai pode, no máximo, opinar sobre o assunto. Se a mulher escolher por continuar a gravidez, o pai terá obrigações legais com o seu filho, independente de querê-lo ou não, como em qualquer país civilizado.

Já deveria ser uma dica que países onde o pai tem controle sobre a gestação da mulher são países como Egito, Irã, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, etc. ::)
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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #67 Online: 26 de Agosto de 2014, 13:05:06 »
Quanto mimimi. O corpo é da mulher. Ela decide se vai ter o filho ou não. O pai pode, no máximo, opinar sobre o assunto. Se a mulher escolher por continuar a gravidez, o pai terá obrigações legais com o seu filho, independente de querê-lo ou não, como em qualquer país civilizado.

Já deveria ser uma dica que países onde o pai tem controle sobre a gestação da mulher são países como Egito, Irã, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, etc. ::)

Esqueceu de dizer que essa é a SUA opinião sobre o assunto (sobre como as coisas devem ser), e na falta de argumentos ela fica no máximo igual a qualquer outra.

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #68 Online: 26 de Agosto de 2014, 13:14:19 »
Gaúcho, por que a mulher não precisa ter nenhuma "obrigação" com o filho que está em sua barriga, mas o homem sim?

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Offline Gaúcho

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #69 Online: 26 de Agosto de 2014, 13:56:09 »
Não entendi. A mulher tem tanta obrigação quanto o homem com o sustento e criação de seu filho. Geralmente, até mais.
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Offline Skeptikós

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #70 Online: 26 de Agosto de 2014, 13:57:38 »
Não, só a mulher é dona do seu corpo, a decisão final é dela, não é o homem quem escolhe fazer aborto ou não.
A mulher é dona SOMENTE do SEU corpo!!! O Feto não é SEU corpo, pois não é somente SEU material genético. O homem é tão "dono" (o que já é um  absurdo, colocar essa discussão dessa forma) do feto quanto a mulher!!!
O feto faz parte do corpo dela sim, até o cordão umbilical se romper, estão interligados e é ela quem vai gerar. O Homem não tem nenhum direito sobre o corpo da mulher. A ele não cabe decidir se ela vai abortar ou não. O direito de gestão é da mulher, ela quem carrega os problemas psicológicos e físicos de uma gravidez, não o homem.

Se o homem não pode decidir sobre o aborto porque ele deve assumir a responsabilidade pela criação da criança? Deste modo, a relação fica assimétrica, onde um lado detém todo o poder de decisão.

A relação não é simétrica, acho que passa longe disso. O fato é que o homem não carrega a gestação, todos os problemas decorrentes da gestação são exclusivos das mulheres, só aí a assimetria já é enorme, dar o poder ao homem de decidir se a mulher pode ou não continuar a gravidez seria ampliar os benefícios que o homem tem e reduzir ainda mais as opções e a liberdade das mulheres. Não, o homem não tem o direito de decidir, no máximo opinar ou influenciar. E se o bebê nascer ele tem a obrigação ética e legal de criar, assim como a mulher.
Estou inclinado a levar em consideração a questão levantada pelos foristas DDV, Geotecton e Felipe. A opinião do homem deveria pesar também, assim como deveria ser levado em conta o direito a vida do feto que a gestante carrega.

Pois se a constituição Federal reserva a todos direitos e deveres iguais, e é sobre este slogam que o feminismo propagandeia sua militância, o minimo que se deveria ter era o minimo possível de igualdade e direitos às mulheres e homens em todas as circunstâncias e contextos, inclusive na decisão de levar a cabo uma gravidez ou não, de arcar com as despesas desta prole ou não, entre outros fatores mais.

Mas o que vemos na proposta de vocês acima (Juca, Gaúcho e demais foristas que compactuam desta proposta), é um total descaso para com a vida do feto (futuro bebê, que não é levada em consideração em momento algum), e uma total desigualdade na consideração dos direitos e deveres reservados ao homem e a mulher no caso de uma gravidez, sendo a mulher reservado todos os direitos possíveis, lhe isentando no entanto de qualquer dever, e ao homem lhe é negado todos os direitos possíveis, lhe obrigando no entanto à cumprir todos os deveres possíveis.

Não preciso nem formalizar mais uma vez a minha completa discordância com este tratamento desigual e de descaso, que favorece a mulher em todos os sentidos, na medida que desfavorece o feto e o genitor no máximo que se pode. E o pior, com base no raso e falacioso argumento do "meu corpo, minha decisão", como se o feto que a gestante carrega fosse somente uma extensão de seu corpo, não tendo sensações próprias, e como se este fosse gerado somente pela gestante, negando ao pai qualquer direito de intervir na decisão, mas se decido pelo mulher manter a gravidez, lhe sendo imposto todos os deveres morais e financeiros para com a criança.

 :no:
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #71 Online: 26 de Agosto de 2014, 14:01:13 »
Juca,

"...e depois que nasce o homem tem direito e obrigações como pai para com a criança que não é só dela."

Que não é só dela, depois que nasce.
Pois é, quando esta na barriga, é só dela, e assim que nasce, num passe de mágica, agora é dele também. muito justo não? (irônico).
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #72 Online: 26 de Agosto de 2014, 14:04:30 »
Lógico que é obrigado a contribuir, ele tem a obrigação de acatar a decisão dela.
A decisão sobre continuar a gravidez é da mulher, lógico. A pergunta é sobre a contribuição com a criação do filho.

Se há a possibilidade de aborto e o pai quis o aborto, mas a mãe não, segue-se que a gravidez agora é devida única e exclusivamente à vontade e responsabilidade da mãe, não sendo o pai obrigado a contribuir com um filho indesejado e que, por culpa exclusiva da mulher, não foi evitado.
Não, só a mulher é dona do seu corpo, a decisão final é dela, não é o homem quem escolhe fazer aborto ou não.

Concordo.

Mas neste caso (homem quer o aborto e a mulher, não) não vejo como o homem possa ter uma obrigação moral na criação da criança.

Não só tem a obrigação moral e ética, como esse argumento poderia ser usado por qualquer um que não queira criar um filho.
Lógico que é obrigado a contribuir, ele tem a obrigação de acatar a decisão dela.

A decisão sobre continuar a gravidez é da mulher, lógico. A pergunta é sobre a contribuição com a criação do filho.

Se há a possibilidade de aborto e o pai quis o aborto, mas a mãe não, segue-se que a gravidez agora é devida única e exclusivamente à vontade e responsabilidade da mãe, não sendo o pai obrigado a contribuir com um filho indesejado e que, por culpa exclusiva da mulher, não foi evitado.
Se o homem dispõe de meios de evitar uma gravidez indesejada, ele também assume os riscos. Por força das circunstâncias, é a mulher quem gera, cabe a ela a decisão de ter ou não o filho (se há essa opção). E caso ela decida ter, entram em jogos os interesses do filho.


Na verdade, o aborto nos casos não previstos em leis (ou seja, "a troco de nada") têm como motivação a vontade de não ter o filho. Não é a gravidez em si que a mulher busca evitar, mas sim ter um filho para criar naquele momento. Se perguntar a quem quer abortar, acho que menos de 1% dirá que quer o filho, mas não quer a gravidez.

O peso de ter um filho não é apenas da mulher. As mesmas responsabilidades materiais que a mulher terá o homem também terá. Logo, não há porque não conceder ao homem a mesma opção de evitar responsabilidades materiais que a mulher teria.

As coisas devem seguir a lógica e a justiça. Temos as seguintes possibilidades:

1- Não é permitido o aborto sem motivo justo. Logo, o filho é inevitável e nem o homem nem a mulher podem fazer algo a respeito => a responsabilidade é de ambos.

2- É permitido o aborto ao bel prazer. Logo, o filho é evitável. Sendo evitável, é escolha da mulher e do homem se querem tê-lo ou "evitá-lo". Quem escolher ter, arcará com as responsabilidades, e quem escolher não ter, fica isento das mesmas.
Temos ai no minimo duas opções que preveem um tratamento mais justo no sentido de reservar direitos e deveres igualitários às mulheres e homens em casos de gravidez indesejada.

 :ok:
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Gaúcho

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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #73 Online: 26 de Agosto de 2014, 14:07:43 »
Não, só a mulher é dona do seu corpo, a decisão final é dela, não é o homem quem escolhe fazer aborto ou não.
A mulher é dona SOMENTE do SEU corpo!!! O Feto não é SEU corpo, pois não é somente SEU material genético. O homem é tão "dono" (o que já é um  absurdo, colocar essa discussão dessa forma) do feto quanto a mulher!!!
O feto faz parte do corpo dela sim, até o cordão umbilical se romper, estão interligados e é ela quem vai gerar. O Homem não tem nenhum direito sobre o corpo da mulher. A ele não cabe decidir se ela vai abortar ou não. O direito de gestão é da mulher, ela quem carrega os problemas psicológicos e físicos de uma gravidez, não o homem.

Se o homem não pode decidir sobre o aborto porque ele deve assumir a responsabilidade pela criação da criança? Deste modo, a relação fica assimétrica, onde um lado detém todo o poder de decisão.

A relação não é simétrica, acho que passa longe disso. O fato é que o homem não carrega a gestação, todos os problemas decorrentes da gestação são exclusivos das mulheres, só aí a assimetria já é enorme, dar o poder ao homem de decidir se a mulher pode ou não continuar a gravidez seria ampliar os benefícios que o homem tem e reduzir ainda mais as opções e a liberdade das mulheres. Não, o homem não tem o direito de decidir, no máximo opinar ou influenciar. E se o bebê nascer ele tem a obrigação ética e legal de criar, assim como a mulher.
Estou inclinado a levar em consideração a questão levantada pelos foristas DDV, Geotecton e Felipe. A opinião do homem deveria pesar também, assim como deveria ser levado em conta o direito a vida do feto que a gestante carrega.

Pois se a constituição Federal reserva a todos direitos e deveres iguais, e é sobre este slogam que o feminismo propagandeia sua militância, o minimo que se deveria ter era o minimo possível de igualdade e direitos às mulheres e homens em todas as circunstâncias e contextos, inclusive na decisão de levar a cabo uma gravidez ou não, de arcar com as despesas desta prole ou não, entre outros fatores mais.

Mas o que vemos na proposta de vocês acima (Juca, Gaúcho e demais foristas que compactuam desta proposta), é um total descaso para com a vida do feto (futuro bebê, que não é levada em consideração em momento algum), e uma total desigualdade na consideração dos direitos e deveres reservados ao homem e a mulher no caso de uma gravidez, sendo a mulher reservado todos os direitos possíveis, lhe isentando no entanto de qualquer dever, e ao homem lhe é negado todos os direitos possíveis, lhe obrigando no entanto à cumprir todos os deveres possíveis.

Não preciso nem formalizar mais uma vez a minha completa discordância com este tratamento desigual e de descaso, que favorece a mulher em todos os sentidos, na medida que desfavorece o feto e o genitor no máximo que se pode. E o pior, com base no raso e falacioso argumento do "meu corpo, minha decisão", como se o feto que a gestante carrega fosse somente uma extensão de seu corpo, não tendo sensações próprias, e como se este fosse gerado somente pela gestante, negando ao pai qualquer direito de intervir na decisão, mas se decido pelo mulher manter a gravidez, lhe sendo imposto todos os deveres morais e financeiros para com a criança.

 :no:

Porque você não pode tratar igualmente os desiguais. É um conceito básico. A gestação não é no corpo do homem, e você não pode ter direitos sobre o corpo de terceiros. É algo ridículo de se pensar. É como querer dar direito para as mulheres decidirem se você vai fazer uma vasectomia ou não. Não faz nenhum sentido. O corpo é seu. A escolha é sua.

E sobre o direito do feto, isso já foi amplamente debatido aqui e todo mundo já sabe a opinião de todo mundo. Eu defendo o aborto, em qualquer caso, até mais ou menos às 12 semanas de gestação.
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Re:Richard Dawkins diz que "é imoral" dar à luz um filho com síndrome de Down
« Resposta #74 Online: 26 de Agosto de 2014, 14:17:42 »
Não, só a mulher é dona do seu corpo, a decisão final é dela, não é o homem quem escolhe fazer aborto ou não.
A mulher é dona SOMENTE do SEU corpo!!! O Feto não é SEU corpo, pois não é somente SEU material genético. O homem é tão "dono" (o que já é um  absurdo, colocar essa discussão dessa forma) do feto quanto a mulher!!!
O feto faz parte do corpo dela sim, até o cordão umbilical se romper, estão interligados e é ela quem vai gerar. O Homem não tem nenhum direito sobre o corpo da mulher. A ele não cabe decidir se ela vai abortar ou não. O direito de gestão é da mulher, ela quem carrega os problemas psicológicos e físicos de uma gravidez, não o homem.

Se o homem não pode decidir sobre o aborto porque ele deve assumir a responsabilidade pela criação da criança? Deste modo, a relação fica assimétrica, onde um lado detém todo o poder de decisão.

A relação não é simétrica, acho que passa longe disso. O fato é que o homem não carrega a gestação, todos os problemas decorrentes da gestação são exclusivos das mulheres, só aí a assimetria já é enorme, dar o poder ao homem de decidir se a mulher pode ou não continuar a gravidez seria ampliar os benefícios que o homem tem e reduzir ainda mais as opções e a liberdade das mulheres. Não, o homem não tem o direito de decidir, no máximo opinar ou influenciar. E se o bebê nascer ele tem a obrigação ética e legal de criar, assim como a mulher.
Estou inclinado a levar em consideração a questão levantada pelos foristas DDV, Geotecton e Felipe. A opinião do homem deveria pesar também, assim como deveria ser levado em conta o direito a vida do feto que a gestante carrega.

Pois se a constituição Federal reserva a todos direitos e deveres iguais, e é sobre este slogam que o feminismo propagandeia sua militância, o minimo que se deveria ter era o minimo possível de igualdade e direitos às mulheres e homens em todas as circunstâncias e contextos, inclusive na decisão de levar a cabo uma gravidez ou não, de arcar com as despesas desta prole ou não, entre outros fatores mais.

Mas o que vemos na proposta de vocês acima (Juca, Gaúcho e demais foristas que compactuam desta proposta), é um total descaso para com a vida do feto (futuro bebê, que não é levada em consideração em momento algum), e uma total desigualdade na consideração dos direitos e deveres reservados ao homem e a mulher no caso de uma gravidez, sendo a mulher reservado todos os direitos possíveis, lhe isentando no entanto de qualquer dever, e ao homem lhe é negado todos os direitos possíveis, lhe obrigando no entanto à cumprir todos os deveres possíveis.

Não preciso nem formalizar mais uma vez a minha completa discordância com este tratamento desigual e de descaso, que favorece a mulher em todos os sentidos, na medida que desfavorece o feto e o genitor no máximo que se pode. E o pior, com base no raso e falacioso argumento do "meu corpo, minha decisão", como se o feto que a gestante carrega fosse somente uma extensão de seu corpo, não tendo sensações próprias, e como se este fosse gerado somente pela gestante, negando ao pai qualquer direito de intervir na decisão, mas se decido pelo mulher manter a gravidez, lhe sendo imposto todos os deveres morais e financeiros para com a criança.

 :no:

Porque você não pode tratar igualmente os desiguais. É um conceito básico. A gestação não é no corpo do homem, e você não pode ter direitos sobre o corpo de terceiros. É algo ridículo de se pensar. É como querer dar direito para as mulheres decidirem se você vai fazer uma vasectomia ou não. Não faz nenhum sentido. O corpo é seu. A escolha é sua.
Falsa analogia, a Vasectomia não implica em deveres que a mulher não deseje arcar no futuro, nem implica na destruição de uma outra vida (a do feto).

E sobre o direito do feto, isso já foi amplamente debatido aqui e todo mundo já sabe a opinião de todo mundo. Eu defendo o aborto, em qualquer caso, até mais ou menos às 12 semanas de gestação.
Eu também estou inclinado a permitir o aborto até a 12ª semana de gestação, levando-se em conta o período onde termina-se de formar o SNC e  todos os órgãos, no entanto, desde que a decisão de abortar ou não leve-se em conta também a opinião do homem, e não somente a da mulher. Depois da 12ª semana de gestação, o direito a vida do feto deve pesar mais do que a decisão dos genitores de manter ou não a gestação.

Obs: Mas posso mudar de ideia, como colocado pelo DDV, a questão de se levar o SNC em consideração possui implicações práticas maiores ao se analisar outros contextos e circunstâncias, e talvez não seja um argumento razoável e suficiente para sustentar esta tomada de decisão.

No entanto, até o momento esta é a minha opinião.

 :ok:
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