Não, só a mulher é dona do seu corpo, a decisão final é dela, não é o homem quem escolhe fazer aborto ou não.
A mulher é dona SOMENTE do SEU corpo!!! O Feto não é SEU corpo, pois não é somente SEU material genético. O homem é tão "dono" (o que já é um absurdo, colocar essa discussão dessa forma) do feto quanto a mulher!!!
O feto faz parte do corpo dela sim, até o cordão umbilical se romper, estão interligados e é ela quem vai gerar. O Homem não tem nenhum direito sobre o corpo da mulher. A ele não cabe decidir se ela vai abortar ou não. O direito de gestão é da mulher, ela quem carrega os problemas psicológicos e físicos de uma gravidez, não o homem.
Se o homem não pode decidir sobre o aborto porque ele deve assumir a responsabilidade pela criação da criança? Deste modo, a relação fica assimétrica, onde um lado detém todo o poder de decisão.
A relação não é simétrica, acho que passa longe disso. O fato é que o homem não carrega a gestação, todos os problemas decorrentes da gestação são exclusivos das mulheres, só aí a assimetria já é enorme, dar o poder ao homem de decidir se a mulher pode ou não continuar a gravidez seria ampliar os benefícios que o homem tem e reduzir ainda mais as opções e a liberdade das mulheres. Não, o homem não tem o direito de decidir, no máximo opinar ou influenciar. E se o bebê nascer ele tem a obrigação ética e legal de criar, assim como a mulher.
Estou inclinado a levar em consideração a questão levantada pelos foristas DDV, Geotecton e Felipe. A opinião do homem deveria pesar também, assim como deveria ser levado em conta o direito a vida do feto que a gestante carrega.
Pois se a constituição Federal reserva a todos direitos e deveres iguais, e é sobre este slogam que o feminismo propagandeia sua militância, o minimo que se deveria ter era o minimo possível de igualdade e direitos às mulheres e homens em todas as circunstâncias e contextos, inclusive na decisão de levar a cabo uma gravidez ou não, de arcar com as despesas desta prole ou não, entre outros fatores mais.
Mas o que vemos na proposta de vocês acima (Juca, Gaúcho e demais foristas que compactuam desta proposta), é um total descaso para com a vida do feto (futuro bebê, que não é levada em consideração em momento algum), e uma total desigualdade na consideração dos direitos e deveres reservados ao homem e a mulher no caso de uma gravidez, sendo a mulher reservado todos os direitos possíveis, lhe isentando no entanto de qualquer dever, e ao homem lhe é negado todos os direitos possíveis, lhe obrigando no entanto à cumprir todos os deveres possíveis.
Não preciso nem formalizar mais uma vez a minha completa discordância com este tratamento desigual e de descaso, que favorece a mulher em todos os sentidos, na medida que desfavorece o feto e o genitor no máximo que se pode. E o pior, com base no raso e falacioso argumento do "meu corpo, minha decisão", como se o feto que a gestante carrega fosse somente uma extensão de seu corpo, não tendo sensações próprias, e como se este fosse gerado somente pela gestante, negando ao pai qualquer direito de intervir na decisão, mas se decido pelo mulher manter a gravidez, lhe sendo imposto todos os deveres morais e financeiros para com a criança.
