Autor Tópico: Analisando o "Perigo Islâmico"  (Lida 74177 vezes)

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Offline Pasteur

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1350 Online: 24 de Abril de 2017, 10:07:54 »
Pasteur, os extremistas que perpetram esses ataques são, via de regra, sunitas?

Sim. Os sunitas são 90% dos muçulmanos.


Offline _Juca_

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1351 Online: 24 de Abril de 2017, 10:34:03 »
O que me deixou um pouco intrigado é que o governo da Arabia Saoudita e os extremistas islâmicos
não são aliados ou não cooperam juntos em alguma escala, pois ambos defendem um islamismo sunita ultra ortodoxo
e o mesmo tipo de legislação baseada na charia (onde não há separação entre a religião islâmica e o direito).

A Arabia Saoudita não é somente aliada dos governos ocidentais, mas também reprime movimentos extremistas
dentro das suas fronteiras.

Uma possível explicação para isso que li seria que o governo saoudita não possui interesse
em exportar seu modelo de islã (conhecido como wahabismo) além das suas fronteiras.

Governo é uma coisa, a população, os religiosos, e tudo mais é outra. O governo pode estar muito bem desalinhado com o que pensa e age a população ou parte dela, como aliás em qualquer lugar do mundo.

Offline André Luiz

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1352 Online: 24 de Abril de 2017, 13:41:25 »
A Arábia saudita é um estado missionário e apóia os terroristas, sempre foi falado isso.

Offline _Juca_

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1353 Online: 24 de Abril de 2017, 15:39:49 »
A Arábia saudita é um estado missionário e apóia os terroristas, sempre foi falado isso.

Oficialmente não.

Offline Fabrício

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1354 Online: 24 de Abril de 2017, 15:43:50 »
A Arábia saudita é um estado missionário e apóia os terroristas, sempre foi falado isso.

Oficialmente não.

Mas acho que nenhum Estado apóia terroristas oficialmente. É sempre por baixo dos panos.
"Deus prefere os ateus"

Offline JJ

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1355 Online: 24 de Abril de 2017, 15:47:37 »
De seita local a movimento global - o Wahhabismo da Arábia Saudita


Wahhabismo resiste ao tempo em busca do "Islão puro". Movimento conservador se espalha pela África subsaariana, mas radicalização do Boko Haram teria outra origem.



No século XVIII, o Império Otomano controlou grande parte da Península Arábica, acima de tudo as peregrinações na cidade sagrada de Meca e Medina. Foi um tempo de insegurança e conflito.

Com uma espécie de um "Islão liberal", os otomanos afrontaram várias tribos beduínas tradicionais. Neste ambiente de discórdia, o líder Muhammad Ibn Abd al-Wahhab, que viveu de 1703 a 1792, foi quem deu voz aos descontentes.

Wahhab acusou os otomanos de mudarem o Islão original e o distorcerem com o uso de elementos nacionais como o culto popular de santos. Conforme os seguidores de Wahhab, os muçulmanos precisariam retornar ao que chamavam de "estado puro".

Esta espécie de "Islão sem adulterações", do século VII e VIII, era propagado por Abd al-Wahhab. Apenas o corão e as palavras tradicionais do profeta deveriam ser válidas.

A luta de Abd al-Wahhab e seus seguidores pelo alegado retorno do Islão às suas origens marca o início do que hoje é conhecido por Wahhabismo.

Razões controversas

No entanto, muitos especialistas acreditam que o é defendido como "Islão original" é na verdade algo construído, que não corresponde ao início da história do Islão.

Na Arábia Saudita, as ideias de Abd al-Wahhab penetraram no poderoso clã de Al-Saud e criou um vínculo muito forte. Sob o governo militar de Mohammed Ibn Saud e com a ideologia religiosa de Abd Al-Wahhab, seus seguidores conquistaram grande parte do Najd, a região central da península arábica, invadindo portanto o Kuwait e o Iraque.

Picture-Teaser Wahhabismus - Karte
Mapa do Wahhabismo no mundo
Após quase um século e meio, em 1932, Abd al Aziz Al-Saud finalmente proclamou, após anos de campanhas, o Reino Saudita e o Wahhabismo se tornou uma espécie de "Religião de Estado".

No entanto, isto não significa que todas as pessoas foram convertidas ao wahhabismo na Arábia Saudita. Conforme Ulrike Freitag, diretora do Centro para Estudos Orientais Modernos, em Berlim, a aliança entre os wahhabis e a família real saudita não foi sempre estável. O reforço da chamada "doutrina pura" já causou inclusive uma espécie de conflito de interesses sobre as razões do Estado saudita.

Estímulo à repressão

Em 1979, quando os ultra-conservadores islamistas ocuparam a grande mesquita de Meca numa revolta contra a monarquia saudita, Freitag diz que não somente tropas sauditas reprimiram a revolta, mas também tropas estrangeiras o fizeram.

Um outro exemplo foi a invasão americana do Iraque em 1990 para reconquistar a independência do Kuwait que tinha sido ocupado pelas tropas iraquianas de Saddam Hussein. "As tropas norte-americanas chegaram em larga escala a Arábia Saudita. Houve mulheres americanas que combateram no exército dos EUA. As mulheres sauditas certamente se viram estimuladas a lutar por mais direitos. Tal comportamento levou também a uma séria crise", diz Freitag.
 Mekka Besetzung Moschee November 1979
A ocupação da mesquita em Meca em 1979
Mesmo assim, o Wahhabismo não é um movimento homogêneo e acaba se tornando motivo de vários debates entre seus teóricos. Uma das discussões mais fortes, por exemplo, é sobre as circunstâncias que eles permitem o uso da violência ou a aplicação de castigos físicos.

Sob o ponto de vista legal, o tema é discutido em blogs e em pareceres jurídicos – as fatwas (pronunciamentos legais do Islão). No entanto, todas as correntes do Wahhabismo são convergentes, o que acaba acentuando a diferença entre os crentes e não-crentes.

A este último grupo pertencem não somente as pessoas de outras religiões, mas também todos os muçulmanos que têm um outro entendimento sobre o Islão. A esta categoria estão integrados todos os sunitas tradicionais, muçulmanos liberais, sufis e, acima de tudo, xiitas.

A luta xiita

  Ouvir o áudio 10:06
Ouvir o Contraste sobre o Wahhabismo da Arábia Saudita
O resultado disto é que muitos xiitas acabam sendo privados de seus direitos civis. Eles são considerados cidadãos de segunda classe religiosamente, culturamente e politicamente. Conforme o especialista em islamismo, Michael Kiefer, por isso o relacionamento entre xiitas e wahhabis é muito tenso.

"Isto também é uma expessão a violência. Quando xiitas protestaram pelas sua liberdade de religião houve uma série de ações brutais da polícia."

Mais tarde, a tentativa do rei Abdullah de garantir mais direitos aos xiitas parcialmente também levou a reações contrárias bastante fortes dos wahhabis. Surge novamente aqui a convergência da razão de Estado com a ideologia Wahhabi.

 Picture-Teaser Wahhabismus - eine globale Bedrohung?

Seria o Wahhabismo uma ameaça global?

Apesar de todos os conflitos, como uma ideologia da família real saudita e enorme investimento financeiro, o Wahhabismo é espalhado por todo o mundo árabe, África subsaariana, Índia, Paquistão, Indonésia e antigas repúblicas soviéticas.

Conforme Kiefer, a ideologia é também um ponto de referência espiritual para os movimentos salafistas que começam a se tornar mais populares na Europa.

"Os sauditas também fazem muito para a difusão do Salafismo, por um lado com dinheiro, mas também pelo fato de eles formarem especialistas que seguem atividades nas universidades sauditas e também no fato que estes pesquisadores acabarem viajando o mundo inteiro e pregando a ideologia".


Pela África


Uma vez iniciada como uma pequena seita que se distanciou do entendimento otomoano sobre o Islão, tornou-se um movimento espalhado pelo mundo. Na época da globalização o Wahhabismo está no limite das fronteiras entre as culturas.

Na Nigéria sempre houve grupos islâmicos que advogaram uma interpretação particularmente conservadora da religião. Muitos nigerianos peregrinos viajam para Meca e entram em contato com o Wahhabismo.

 Bombenanschlag auf Busbahnhof in Kano Nigeria
Ataque do grupo Boko Haram na Nigéria
Grupos que tomam medidas radicais que frequentemente são apoiados por jovens que, muitas vezes, nem sequer o fazem por motivos religiosos. A DW falou com o imã Muh'd Tukur Adam Abdullahi, da mesquita Al-manar Juma'at, em Kaduna, no noroeste da Nigéria. O imã estudou na Arábia Saudita e vai lá frequentemente, à maior mesquita do mundo, a mesquita al-Haram em Mecca.

Tal como Abdullahi, muitos jovens nigerianos continuam a tirar um curso no país, com a ajuda de uma bolsa. Trata-se do único apoio da Arábia Saudita para a Nigéria, conforme Abdullahi. "Desde o 11 de Setembro que a Arábia Saudita e organizações internacionais islâmicas deixaram de enviar dinheiro para a Nigéria. Parou tudo. Tudo o que há no país vem da população. Dão dinheiro e apoiam os projectos."

Origens da radicalização

O imã não acredita que os movimentos radicais tenham sido introduzidos na Nigéria a partir de fora. Muh'd Tukur Adam Abdullahi diz que há grupos conservadores na Nigéria, mas esses seriam de "fabrico nacional".

Exemplo disso é o movimento Boko Haram. Os seus membros dizem que pretendem implementar a lei islâmica, a Sharia, e abolir as reformas democráticas ocidentais. Pensa-se que o grupo tenha ligações com a rede terrorista Al-Qaida e tenha campos de treino no estrangeiro.

Sani Isah, imã da mesquita Waff Road, também em Kaduna, procura noutro lugar as causas da radicalização de grupos como o Boko Haram. "Permitimos que os jovens se aproveitem dos verdadeiros ensinamentos para enganar as pessoas. É esse o nosso problema. É melhor não começar nada novo. Quanto mais inventarmos coisas novas, mais os jovens vão dizer: apoiamos isso!", diz Isah.

 Salfi Anhänger Demonstration in Kairo
Apoiante salafista no Cairo
Frequentemente, há confrontos nas ruas – alegadamente em nome da religião. São sobretudo jovens quem se envolvem nos confrontos. Segundo o imã Sani Isah, eles são influenciados por nomes novos e sonantes. "Eles precisam do nome. Se falamos em salafismo, então os jovens dizem: esse é um bom nome. O 'salafismo' soa atraente."

Muitas vezes, os jovens nem teriam ideia do que está por trás. Nem estariam interessados nisso. Sunday – que não quer revelar o seu apelido – tem cerca de 20 anos. E sabe quão fácil é para os jovens deixarem-se influenciar pelas ideias religiosas. Para isso, nem chegam a precisar de um nome.

"Assim que tomam drogas, lutam alegadamente em nome da religião. Não vão nem à igreja nem à mesquita. Mas assim que começam os confrontos, cada um luta pela sua religião, apesar de nem sequer serem religiosos", diz Sunday.

No passado, ele também participou. Vendeu e consumiu drogas. Hoje pertence ao grupo dos desistentes. Sunday já não quer ter nada a ver com drogas, homens influentes e ideias religiosas.


http://www.dw.com/pt-002/de-seita-local-a-movimento-global-o-wahhabismo-da-ar%C3%A1bia-saudita/a-17411655
« Última modificação: 24 de Abril de 2017, 15:53:41 por JJ »

Offline Pasteur

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1356 Online: 24 de Abril de 2017, 16:58:57 »

Offline Gauss

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Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline EuSouOqueSou

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1358 Online: 24 de Abril de 2017, 20:37:09 »
Pra botar mais lenha na fogueira:

via LiHS - Facebook:
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Hoje, 24 de abril de 2017, é 102° aniversário de um dos maiores, mais cruéis, mais chocantes e bárbaros genocídios da história da Humanidade, a chamada "Grande Deportação", o hipócrita nome dado ao assassinato metódico e organizado de 1,5 milhões de armênios pela Turquia, durante o governo dos Jovens Turcos.
75% dos armênios existentes. Três quartos de um povo assassinados, em um só processo.
O ocidente, incluindo os Estados Unidos, em geral nega o uso do termo "genocídio" para o assassinato de 3/4 dos armênios, por motivos diplomáticos (iria implicar em pagamento de reparação pecuniária pela Turquia às famílias das vítimas, dada a imprescritibilidade dos crimes contra a humanidade). George Bush, pessoalmente, solicitou com urgência que fosse barrada a votação de uma resolução sobre o assunto pelo Congresso. Barack Obama, que na campanha prometeu reconhecer o genocídio, voltou atrás depois de eleito e não toca no assunto, por questões diplomáticas (todos sabem a importância do apoio da Turquia na política americana para o Oriente Médio - Leste Europeu). Israel, cujo povo foi vítima ele mesmo de um genocídio, não reconhece o genocídio armênio. A diplomacia brasileira também não reconhece o genocídio, embora alguns estados que receberam a imigração armênia, como São Paulo, o façam.
O motivo do extermínio armênio foi, o que não é surpresa, perseguição religiosa. Os armênios eram um grupo majoritariamente cristão em um país islâmico, e o Estado turco cometeu o assassinato em nome de "homogeneização cultural", eliminando à força as diferenças.
Em uma das fotos, 16 meninas crucificadas depois de provavelmente estupradas. A testemunha ocular da crucificação, Aurora Mardiganian, foi ela mesma estuprada e mantida em um harém, o que não ia contra as regras relativas a prisioneiros de guerra do Islã. O tratamento das mulheres armênias era especialmente bárbaro, envolvendo repetição de tortura e estupro que frequentemente levava as vítimas ao suicídio. Para as desafortunadas que não sucumbiam à insanidade, o final dessa literal via crucis era uma zombaria com a própria religião das vítimas: a crucificação.
Na outra foto, os prisioneiros embarcados para a execução em trens, o que seria repetido pelos nazistas duas décadas depois. Como no holocausto, as vítimas eram forçadas a pagar o tíquete para o próprio extermínio. Crianças e idosos não eram poupados, forçados a marchar em círculos, ao redor de montes, sem descanso ou comida, até a morte.
Em 1919 Hollywood produziu o documentário mudo "Leilão das Almas", sobre o genocídio armênio, buscando sensibilizar a América sobre o ocorrido. A sobrevivente Aurora Mardiganian foi uma das participantes do filme.

feature=youtu.be

Este tabu completa hoje 102 anos. Quantos anos mais completará até que a diplomacia mundial fale sobre ele chamando-o pelo que realmente é?
https://www.facebook.com/LigaHumanista/photos/pcb.1716205411729909/1716202855063498/?type=3

Mais na Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Armenian_Genocide
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Pasteur

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1359 Online: 24 de Abril de 2017, 23:15:36 »
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EUA devem confrontar Rússia por fornecer armas aos talibãs, diz comandante militar



Os EUA devem confrontar a Federação Russa com o seu fornecimento de armas aos talibãs para serem usadas contra forças apoiadas pelos norte-americanos no Afeganistão, sugeriram dirigentes militares norte-americanos no país.

Durante uma conferência de imprensa com o secretário da Defesa, Jim Mattis, ao seu lado, o comandante militar norte-americano no Afeganistão, general John Nicholson, não especificou o papel da Rússia no país, mas salientou que "não refutaria" que o envolvimento de Moscovo inclua o fornecimento de armas aos talibãs.

Ao início de segunda-feira, um dirigente militar norte-americano disse a jornalistas, em Cabul, que a Rússia estava a dar metralhadoras e outras armas. Os talibãs estão a usar estas armas nas províncias sulistas de Helmand, Kandahar e Uruzgan, segundo o dirigente, que informou os jornalistas sob anonimato.

A Federação Russa nega que forneça qualquer apoio aos talibãs, que dirigiram o Afeganistão até à invasão dos EUA, em 2001. Pelo contrário, contrapõe que os contactos que mantém limitam-se a manter a segurança e favorecer a reconciliação dos fundamentalistas religiosos com o Governo -- o que Washington falha há anos.

Os russos também aliviam as sanções sobre os líderes talibãs que se mostrem cooperantes.

Inquirido sobre a atividade da Federação Russa no Afeganistão, onde manteve uma guerra sangrenta nos anos 1980 até se retirar derrotada, Mattis aludiu a crescentes preocupações norte-americanas.

"Vamos contactar a Rússia diplomaticamente. Vamos fazê-lo onde pudermos, mas vamos ter de confrontar a Rússia, porque o que estão a fazer é contrário à lei internacional ou nega a soberania de outros países", adiantou.

Durante um encontro com jornalistas na capital afegã, Mattis exemplificou: "Quaisquer armas trazidas para aqui de um país estrangeiro seriam uma violação da lei internacional".

Vergonha!

Offline Sdelareza

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1360 Online: 24 de Abril de 2017, 23:28:44 »
Durante o genocídio armênio, os turcos não mataram somente armênios, mas também outras populações cristãs como gregos e assírios.

Offline André Luiz

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1361 Online: 24 de Abril de 2017, 23:40:36 »
E os hoje " queridinhos da galera" curdos, ajudaram e muito no genocídio Armênio.

Mundo da voltas

Offline Pasteur

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1362 Online: 25 de Abril de 2017, 01:33:01 »


Sites cristãos adoram posar de vítima elegendo a motivação religiosa como a mais importante.

Tanto não foi que desde daquela época o governo era reconhecido por separar religião de estado. Só agora que Erdogan está misturando pra se aproveitar e permanecer no poder.

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Genocídio armênio

Há mais de 90 anos, o povo armênio quase foi exterminado pelos turcos. Até hoje luta pelo reconhecimento internacional do massacre, de 1,5 milhão de pessoas

Era 24 de abril de 1915. Na manhã daquele Sábado de Aleluia, em meio às comemorações da Páscoa cristã, cerca de 600 intelectuais, políticos e religiosos da comunidade armênia que viviam no então Império Turco-Otomano, atual Turquia, foram presos sob a acusação de conspiração e traição. Com a Primeira Guerra Mundial incendiando o planeta, os turcos, aliados dos alemães, lutavam contra a Tríplice Entente, formada pela Inglaterra, França e Rússia, e acusaram os armênios de apoiar as tropas inimigas. Enviados para a prisão de Mehder-Hané, na capital Constantinopla, hoje Istambul, os líderes armênios acabaram sumariamente executados. Muitos foram fuzilados e outros enforcados em praça pública. A ação, coordenada pela cúpula do partido governista Ittihad, conhecido como partido dos Jovens Turcos, deu início a uma das piores atrocidades da história da humanidade: o genocídio armênio, um sangrento massacre em que morreram cerca de 1,5 milhão de pessoas. Estima-se que, naquela época, o Império Otomano abrigava por volta de 2 milhões de armênios.

Passados mais de 90 anos da tragédia, muitos historiadores acreditam que o genocídio fez parte de um processo de limpeza étnica, com a intenção de eliminar o povo armênio. Ou seja, uma versão turca do Holocausto, que matou, segundo estimativas, entre 2 e 5 milhões de judeus. Os assassinatos foram meticulosamente planejados por um triunvirato que estava no comando do país, formado por Mehmet Talaat, ministro do Interior e futuro primeiro-ministro turco, Ismail Enver, ministro da Guerra, e Ahmed Jemal, ministro da Marinha. Uma série de telegramas, tornados públicos depois da matança, revelavam detalhes do plano de extermínio. A estratégia era diversificada, mas a maior parte das vítimas morreu durante longas e penosas jornadas de deportação que tinham como destino o deserto de Der-El-Zor, localizado no território sírio, naquela época parte do Império Otomano. “Os turcos alegavam que os armênios precisavam deixar suas casas por causa do avanço das tropas da Entente e organizavam caravanas de morte, formadas por mulheres, crianças e idosos. Muitos levavam a chave de casa, achando que iriam voltar”, diz o professor de geopolítica James Onnig Tamdjian, de 39 anos, neto de armênios que sobreviveram ao genocídio. “No meio do caminho, os armênios sofriam abusos. As mulheres eram violentadas, seus filhos raptados e a maioria morria de fome, sede, doença ou frio. Os poucos que chegavam aos campos de concentração tinham poucas chances de sobreviver.”

Já os homens morriam assassinados no front de batalha da Primeira Guerra. Se antes eles não podiam nem integrar as forças armadas turcas, agora haviam sido convocados para se alistar no Exército. Só que não podiam pegar em armas. “Enquanto cavavam trincheiras, eram executados pelos próprios soldados otomanos. A convocação para o serviço militar foi um pretexto para deixar as aldeias desprotegidas”, afirma Tamdjian. Há relatos também de vilas e povoados destruídos, saqueados e incendiados pelas forças turcas e por milícias apoiadas pelo governo central. E as atrocidades não paravam por aí. “Muitos armênios foram queimados vivos nas aldeias. Outras vezes, a tortura consistia em enterrar a vítima até o pescoço para, logo em seguida, cobrir o rosto com cal virgem ou sal. As jovens armênias eram vendidas como escravas e as crianças eram encaixotadas vivas e atiradas no Mar Negro”, relata Nubar Kerimian, no livro Massacres de Armênios. “Os padres também eram queimados amarrados em cruzes, como Jesus, e os fetos, arrancados dos ventres das mães, jogados para o ar e aparados na espada.”

O genocídio atingiu mais fortemente as comunidades campesinas e de pequenas localidades da Anatólia, a região montanhosa que compreende a porção asiática da Turquia moderna. Naquela época, a Armênia Oriental, atual território da República da Armênia, era protegida pelos russos, inimigos declarados dos turcos. Nas grandes cidades do Oeste, como Constantinopla, a presença de estrangeiros inibia os massacres, já que o governo otomano tentava esconder da comunidade internacional as atrocidades perpetradas dentro de suas fronteiras. Mesmo assim, as notícias sobre os massacres acabaram vazando e chegaram ao conhecimento de governantes de outros países, que condenaram a ação, mas não tomaram medidas para evitar a matança.

O período mais duro do genocídio ocorreu entre 1915 e 1918. Quando a Primeira Guerra Mundial chegou ao fim, os turcos, derrotados, foram forçados a assinar o Tratado de Sèvres, que tornou independente Síria, Egito, Líbano, Palestina e, também, Armênia. As escaramuças entre turcos e o povo armênio, no entanto, haviam começado bem antes daquele sábado da Semana Santa. Entre 1894 e 1896, quando o Império Otomano encontrava-se em franca desintegração, estima-se que entre 100 mil e 300 mil armênios tenham sido executados. “Em muitas cidades, propriedades armênias eram destruídas. Os assassinatos aconteciam durante o dia, presenciados pela população”, diz o historiador Edwin Bliss, autor do livro Turkey and the Armenian Atrocities (A Turquia e as Atrocidades Armênias, inédito no Brasil).

A justificativa para esses massacres, ordenados pelo sultão Abdul-Hamid II, foi uma suposta colaboração armênia com os russos, considerados inimigos do Império. Entre 1877 e 1878, a Rússia entrou em guerra contra os turcos e saiu vitoriosa, conquistando largas porções da Armênia Ocidental que estavam sob domínio otomano. Além disso, as autoridades turcas queriam frear o ímpeto separatista dos armênios, que reivindicavam a independência. No final dos anos 1880, o movimento nacionalista ganhou forças e três partidos revolucionários (Armenakan, Hentchakuian e Federação Revolucionária Armênia) foram formados, fazendo com que Abdul-Hamid II, em represália, elevasse os impostos sobre a comunidade armênia. “O que fez com que os armênios apoiassem os russos foram as péssimas condições em que viviam no Império, onde eram alvos de agressões e tinham direitos limitados. Esse cenário fez com que eles se armassem e formassem milícias para defender suas vilas e aldeias”, afirma James Tamdjian.

A terceira e última fase das atrocidades começou em 1920 e estendeu-se por três anos. Depois de desfrutar dois anos de independência (entre 1918 e 1920), a República da Armênia havia sido anexada à nascente União Soviética. Desta vez, a violência foi dirigida a armênios que haviam retornado às suas casas na Anatólia Oriental após o final da Primeira Guerra Mundial. As execuções, torturas, expulsões e maus-tratos foram arquitetados e promovidos pelo governo nacionalista de Mustafá Kemal Atatürk, considerado o pai da Turquia moderna. Em 1923, a população armênia na Turquia estava restrita à comunidade existente em Constantinopla.

Embora os armênios tenham sido trucidados pelos turcos, é importante dizer que durante muito tempo esses dois povos viveram em harmonia. A porção de terra conhecida como Armênia Histórica, que hoje engloba a República da Armênia e parte da Anatólia (veja mapa na página ao lado), foi conquistada pelo Império Otomano por volta do ano 1375. Durante 600 anos, os turco-otomanos formaram um dos mais poderosos impérios do planeta, que, no seu auge, se estendia pelo norte da África (Argélia, Marrocos, Egito), Oriente Médio (Líbano, Arábia Saudita, Jordânia, Síria, Palestina, Pérsia), Rússia e Europa (Grécia, Hungria, Bulgária, Albânia e a região dos Bálcãs, entre outras). Para manter a unidade e o bom funcionamento do império, parecido com uma colcha de retalhos, tamanho era o número de povos e etnias que abrigava, os governantes adotaram um tolerante sistema chamado de millet, termo turco que quer dizer “comunidade religiosa”.

“Cada comunidade religiosa, como a formada pelos cristãos e pelos judeus, gozava de autonomia e funcionava como uma nação não-territorial, participando das trocas econômicas com outras comunidades. Seu líder espiritual era responsável perante ao sultão pelo bom comportamento dos seus”, diz o historiador holandês Peter Demant, autor de O Mundo Muçulmano. Os armênios, que desde o século 3 adotavam a religião cristã, formavam um millet. Eles eram considerados bons comerciantes e alguns integravam a elite do Império.

Então, que motivos levaram o governo otomano a tanta violência contra uma minoria que vivia em harmonia dentro do Império? A primeira justificativa foram as aspirações pan-turquistas (ou pan-turanistas), o sonho otomano de reconstruir uma poderosa nação integrando os povos de origem turca que viviam espalhados na Ásia Central, especialmente em regiões do Turcomenistão e Azerbaidjão. Os armênios, por sua posição geográfica, formavam um enclave bem no meio do caminho. Outra motivação para o genocídio, negada pela Turquia (veja quadro na página 38), foi a causa da independência armênia. Há de se ressaltar que, nesta época, o império já enfrentava a desintegração. Os gregos, por exemplo, já haviam conquistado sua autonomia em 1812. “Os turcos temiam os armênios por sua capacidade intelectual e comercial. Cerca de 60% da atividade econômica do Império estava nas mãos dessa comunidade”, diz o historiador Hagop Kechichian, doutor em história armênia pela Universidade de São Paulo (USP).


Além de causar a morte de milhões de pessoas e quase exterminar um povo, o genocídio também provocou uma grande diáspora. Hoje, além da população de 3,5 milhões de pessoas da República da Armênia, estima-se que cerca de 2,6 milhões de armênios e descendentes vivam na Federação Russa e na República da Geórgia e pouco mais de 2,5 milhões estejam espalhados pelo resto do mundo, principalmente nos Estados Unidos, Canadá, França, Irã, Argentina, Líbano, Síria e Austrália. No Brasil, a comunidade armênia tem em torno de 60 a 70 mil pessoas. Não importa onde estejam, a luta dos armênios hoje é uma só: o reconhecimento do genocídio pelo mundo.

“Minha família viveu na Armênia Ocidental e fez parte das caravanas de deportados. Meu bisavô materno, antes de escapar para a Síria, presenciou o fuzilamento de três irmãos e do pai. Sua mãe cometeu suicídio. Eles começaram a chegar na América do Sul em 1923. Nós perdemos tudo e tivemos de recomeçar do zero.”

Garbis Bogiatzian, 23 anos, nascido em São Paulo

“Minha irmã mais velha morreu de frio durante a fuga da minha famíla para o Líbano. Lembro-me de meus pais contando histórias terríveis, de pessoas sendo degoladas e de mulheres grávidas apunhaladas por policiais turcos que arrancavam seus filhos do ventre. Me recordo de um episódio em que, tentando escapar, alguns conterrâneos entraram numa igreja e foram barbaramente incendiados.”

Arusiak Nersissian, 78 anos, nascida em Beirute, Líbano

“Durante o genocídio, meu pai foi separado dos meus avós e enviado para um orfanato. Lá, sofreu abusos. Quando ficou mais velho, fugiu para a Romênia. Depois, para o Líbano. No Brasil, chegou no final dos anos 20. Ele não falava a língua e não conhecia ninguém. Integro o Conselho Nacional Armênio, entidade internacional que luta pelo reconhecimento das atrocidades contra meu povo.”

Simão Kerimian, 59 anos, nascido em Bela Vista (MS)

http://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/genocidio-armenio/

Offline Agnoscetico

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1363 Online: 26 de Abril de 2017, 17:37:18 »
Israel, cujo povo foi vítima ele mesmo de um genocídio, não reconhece o genocídio armênio.

Mas quando alguém diz q o Holocausto nunca aconteceu, muitos já acusam de antissemitismo

Offline Sdelareza

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1364 Online: 26 de Abril de 2017, 20:32:47 »
A Turquia é um aliado de Israel. Também o Azerbaijão (que tem conflitos fronteiriços com a Armênia), com o qual Israel
importa cerca de 40% do petróleo que consome. Mas acho que é muita hipocrisia Israel não reconhecer o genocídio armênio.

Offline JJ

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1365 Online: 27 de Abril de 2017, 08:25:15 »
Os 10 países onde há mais perseguição aos cristãos

16 fev 2008INTERNACIONAL
Confira em detalhes a realidade dos 10 países onde há mais perseguição aos cristãos, conforme a Classificação de países por perseguição 2008, elaborada pela Portas Abertas.

1. Coréia do Norte

A Coréia do Norte está no topo da lista pela sexta vez consecutiva. O governo trata de forma dura todos os oponentes, incluindo as pessoas envolvidas em práticas religiosas. O culto à personalidade desenvolveu-se em torno do líder do país, Kim Jong Il, e de seu pai, falecido há pouco tempo, e presidente fundador, Kim Il Sung. A população norte-coreana está separada e isolada do resto do mundo e depende do regime para suprir suas necessidades.

Os norte-coreanos têm uma percepção muito difundida de que o cristianismo é “um elemento ruim” nesse país socialista. As autoridades norte-coreanas perseguem e matam brutalmente o povo de Deus. Os cristãos são espancados, presos, torturados ou mortos por causa de sua crença religiosa. Nossa fonte de informações estima que o número de cristãos clandestinos é de, pelo menos, 200.000, e é provável que haja de 400.000 a 500.000 cristãos na Coréia do Norte.

Pelo menos, um quarto dos cristãos está preso em campos de prisioneiros políticos por causa da fé, lugares de onde raramente as pessoas saem vivas. A Coréia do Norte e a China freqüentemente promovem batidas com a finalidade de prender refugiados e aqueles que os ajudam. Entretanto, os cristãos são corajosos e sonham com a reabertura das igrejas de seus antepassados.


2. Arábia Saudita


Na Arábia Saudita, governada pela sharia, a condição deplorável da liberdade religiosa permaneceu, de modo geral, inalterada em 2007. A apostasia (conversão para outra religião), nesse reino em que se aplica a interpretação rigorosa da lei islâmica, é punida com a morte, se o acusado não se retratar. Não houve relatos de execuções por apostasia em 2007.

O culto público não-mulçumano é proibido. Os fiéis não-mulçumanos que se envolvem nessas atividades correm o risco de sofrer detenção, prisão, açoitamento, deportação e, às vezes, tortura. Em 2007, como nos anos anteriores, diversos cristãos foram presos por seu envolvimento em atividades religiosas.


3. Irã

O islamismo é a religião oficial do Irã, e todas as leis e regulamentações são consistentes com a interpretação oficial da lei sharia. Embora os cristãos sejam uma minoria religiosa reconhecida que tem a liberdade religiosa garantida, eles relatam prisões, assédio e discriminação por causa da fé. Permite-se que a igreja armênia e a assíria ensinem os irmãos do campo na língua deles, mas é proibido ministrar para ex-mulçumanos (na língua farsi).

Sob as severas leis iranianas de apostasia, qualquer mulçumano que deixe o islamismo e abrace outra religião enfrenta a pena de morte. O culto de muitas igrejas é monitorado pela polícia secreta. Os cristãos que são ativos nas igrejas ou no movimento dos grupos de células são pressionados. Eles são interrogados, detidos e, às vezes, presos e espancados.

Indivíduos cristãos são oprimidos pela sociedade e pressionados pelas autoridades. Eles têm dificuldade em encontrar e manter um emprego e são despedidos com facilidade quando se torna conhecido que são cristãos. Também em 2007, os líderes de igrejas domésticas e cristãos ex-mulçumanos foram presos e interrogados por exercer atividades religiosas na privacidade de sua casa.


4. República das Maldivas


No arquipélago da República das Maldivas, o islamismo é a religião oficial do Estado, e todos os cidadãos devem ser mulçumanos. A lei sharia é observada, lei essa que proíbe a conversão do islamismo para outra religião. O convertido pode perder a cidadania. É proibido praticar qualquer outra religião que não o islamismo, pois se considera essa religião um importante instrumento para estimular a união nacional e para manter o poder do governo.

Por isso, é impossível abrir alguma igreja, embora permitam que os estrangeiros pratiquem sua religião em particular, desde que não encorajem a participação dos cidadãos. Não se pode importar Bíblias e outros materiais cristãos, exceto apenas uma cópia para uso pessoal. No país — um dos menos evangelizados da terra —, há apenas um punhado de cristãos nativos, e eles vivem sua fé em total segredo por causa do controle social onipresente praticado por outros maldívios. A falta de respeito pela liberdade religiosa permaneceu a mesma na República das Maldivas durante o ano de 2007.

O governo, após ataques a bomba contra embaixadas ocidentais, tomou atitudes ativas para refrear o islamismo radical. Em dezembro de 2007, houve um atentado fracassado contra a vida do presidente Gayoom. Os principais suspeitos, mais uma vez, eram extremistas mulçumanos. Este ano, não houve relato de cristãos nativos presos nem de cristãos que tenham sido deportados do país.

5. Butão

O budismo mahayana é a religião oficial do reino himalaio do Butão. Um líder-chave diz que há, aproximadamente, 13.000 cristãos butaneses no país. Oficialmente, a fé cristã não existe, e os cristãos não têm permissão para orar nem para celebrar sua fé em público. Os cristãos podem se reunir em família, mas não coletivamente com outras famílias cristãs. Nega-se visto de entrada no país para trabalhadores religiosos.

As crianças cristãs são aceitas nas escolas, mas enfrentam discriminação quando descobrem que são cristãs, e há pressão constante para participar de festivais religiosos budistas.

É quase impossível para os estudantes cristãos chegar ao ensino superior. Para os cristãos com emprego no governo, a discriminação também é um problema, já que há casos de cristãos demitidos de empregos no governo apenas por causa de sua fé. Baniu-se a importação de material religioso impresso, e apenas os textos religiosos budistas são permitidos no país.

A perseguição vem principalmente da família, da comunidade e dos monges, que têm grande influência na sociedade. Alguns trabalhadores cristãos no governo enfrentam a discriminação, mas ela não é extrema. São esporádicos os casos de atrocidades (ou seja, de espancamento). A perseguição é principalmente na forma de pressão para tornar a se converter ao budismo, e as principais fontes de pressão são a família e a comunidade.


6. Iêmen

A constituição iemenita garante liberdade religiosa, mas também declara que o islamismo é a religião oficial e que a lei sharia é a origem de toda legislação. O governo iemenita dá alguma liberdade para que os exilados vivam sua fé; todavia, os cidadãos iemenitas não podem se converter ao cristianismo (nem a outras religiões).

Os ex-muçulmanos convertidos a outra fé podem enfrentar a pena de morte se forem descobertos. É proibida a conversão de mulçumanos. Durante o ano passado, diversos cristãos convertidos foram presos e feridos fisicamente por causa de sua fé. No Iêmen, em 2007, não houve grande mudança em relação à falta de liberdade religiosa dos cristãos.


7. Afeganistão

O Afeganistão é uma república islâmica sem igrejas e com uma população cristã de cerca de 0,01%. O país, após a dominação dos mulçumanos fundamentalistas, é agora governado por uma coalizão. Ainda há muita anarquia, e o governo central não controla todo o país.

A violência ocorre com freqüência, e parece que a resistência mulçumana fundamentalista ganha força e confiança. A liberdade religiosa declarada na constituição da nação continua a representar uma contradição, à medida que a lei islâmica é elevada à lei da terra.

Embora a constituição garanta liberdade religiosa para os não-mulçumanos, a mesma constituição proíbe leis que sejam “contrárias às crenças e às prescrições da religião sagrada do islamismo”. Os cristãos têm de ser muito cautelosos. Os estrangeiros pegos violando as regras são presos e, em geral, deportados. Os afegãos que se entregam a Cristo, com freqüência, são pressionados pela família e pela sociedade para seguir as normas culturais do islamismo.

Os convertidos a Cristo sofrem contínuos abusos e intimidações verbais, espancamento, perda do emprego, prisão e, às vezes, até morte. Alguns têm de fugir do país para salvar a vida. Em 19 de julho de 2007, forças rebeldes talibãs raptaram um grupo de 23 cristãos sul-coreanos que prestavam serviço para ajudar a comunidade. Muitos foram pressionados a se converter ao islamismo e, quando se recusaram, foram espancados. Dois deles foram executados. Depois, o restante do grupo foi libertado e deportado para a Coréia do Sul.


8. Laos

O Laos é um Estado comunista com cerca de 100.000 a 120.000 protestantes e cerca de 45.000 católicos. Embora tenha havido algum progresso em áreas do sul (por exemplo, na província de Attapeu), a atitude do Estado em relação aos cristãos continua a piorar em diversas áreas do norte do país, em especial, com referência aos cristãos hmong. O ano de 2007 foi único, à medida que o governo mostrou ter duas faces.

De um lado, eles mostram seu desagrado com a igreja e continuam a considerar os cristãos inimigos do Estado, em especial, ao serem passivos em relação às autoridades das províncias e distritos que continuam a restringir os direitos das minorias religiosas e étnicas.

As autoridades laosianas permitem a presença limitada do cristianismo e trazem os líderes sob estreita vigilância. O regime limita o número de igrejas e fecha igrejas, principalmente, nas zonas rurais. A igreja do Laos experimenta a pressão social contra convertidos que renunciam à adoração de espíritos malignos, a vigilância em todas as esferas por parte do Estado e o controle da sociedade.

Ainda há muita atividade não registrada, e a igreja parece crescer, a despeito da perseguição. Em julho de 2007, ocorreu sanção severíssima contra os cristãos na vila de Ban Sai Jarern, província de Bokeo. Treze cristãos foram mortos, casas atacadas, e dezenas de cristãos, presos. Conforme sabemos, no Laos, 21 cristãos ainda estão na prisão, e a maioria deles nunca foi julgada.


9. Uzbequistão

No ano de 2007, continuaram as restrições e a perseguição aos cristãos no Uzbequistão. O governo aprovou uma legislação que proíbe, ou restringe muitíssimo, atividades como conversão, importação e disseminação de literatura religiosa e instrução religiosa particular. A lei proíbe ter mais de uma cópia de um livro cristão, até mesmo da Bíblia. As igrejas, para funcionar, têm de obter registro, o que é muito difícil de conseguir.

Como há poucas igrejas registradas, muitos cristãos têm de se reunir em casa e em segredo, sob a constante ameaça de prisão por atividade religiosa ilegal. As batidas policiais são comuns e, com freqüência, levam à prisão, ao espancamento e até mesmo à tortura de cristãos, bem como à destruição da literatura cristã e de outros materiais cristãos que tenham.

Os cristãos uzbeques, em especial, sofrem pressão para se converter ao islamismo. A mídia promove com regularidade debates contra os cristãos, e isso faz com que aumente a intolerância da sociedade. Foi organizada uma caçada nacional para prender um líder cristão do Karakalpaquistão (na região noroeste do Uzbequistão).

Em março de 2007, o pastor de uma igreja carismática de Andijon foi sentenciado a quatro anos em um campo de trabalhos forçados. Outro cristão protestante foi sentenciado a dois anos de trabalho para o Estado em liberdade condicional, e a pena depois foi reduzida para um ano de condicional e trabalho para o Estado —, e 20% de seu salário foi direcionado para o Estado. Em dezembro de 2007, por ocasião da reeleição do presidente Karimov, ele foi anistiado.


10. China

A China é um país grande com muitas contradições. Há cristãos que têm a liberdade de culto restrita, mas também há áreas em que a situação não é tão fechada. Algumas sanções severas do governo contra os cristãos foram motivadas pelas preparações para os Jogos Olímpicos, que vão acontecer em agosto de 2008, e não por motivos anticristãos.

O governo quer garantir que não haja nenhuma instabilidade durante o ano de 2008. A forma como eles querem realizar isso difere de uma área para outra e de uma situação para outra. Algumas vezes, usaram de cortesia sem precedentes, mas também há relatos de invasão de igrejas não registradas e de prisões. Um número sem precedentes de estrangeiros cristãos que vivem como missionários na China foi expulso do país em 2007.

Fontes infiltradas no governo chinês relataram o lançamento dessa campanha maciça de expulsão. Acredita-se que essa campanha, intitulada Furacão Nº 5, é parte do esforço “antiinfiltração” de impedir que estrangeiros cristãos se engajem em atividades missionárias antes da Olimpíada de Beijing.

Em 2007, muitas igrejas não registradas foram invadidas, e cristãos presos; o governo, em alguns casos, usou de violência física contra os cristãos. Embora a situação na China seja diferente de uma região para outra, muitos cristãos continuam a ter dificuldade em praticar sua fé.



https://www.portasabertas.org.br/noticias/Artigos/2008/02/noticia4227/


« Última modificação: 27 de Abril de 2017, 08:43:05 por JJ »

Offline JJ

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1366 Online: 27 de Abril de 2017, 08:39:12 »
E no país islâmico propagador do wahhabismo e grande amigão do Poderoso Chefão :


O que acontece com quem carrega uma Bíblia na Arábia Saudita

País é o sexto com maior perseguição aos cristãos.

por Jarbas Aragão
A pena por ter uma Bíblia na Arábia Saudita

Circula no Facebook a imagem de uma pessoa com os dedos cortados e a legenda diz que se trata da punição para quem possuir uma Bíblia na Arábia Saudita.

A imagem não é nova e vem sendo usada desde 2013, na tradução de um artigo do site The Muslim Issue. Em português, imagem e texto foram compartilhados milhares de vezes nas redes sociais. Algumas versões pedem orações pelos cristãos perseguidos. Contudo, como mostra o site Boatos, a informação não é verdadeira.

A imagem na verdade é de um acidente de escritório com uma daquelas máquinas de triturar papel.


A verdade, infelizmente, é muito pior. Relatórios de organizações de direitos humanos confirmam que na Arábia Saudita a lei impõe a pena de morte a qualquer pessoa que carregue Bíblias ou distribua materiais religiosos que não sejam muçulmanos.

“A nova lei inclui a importação de todas as drogas ilegais e ‘todas as publicações que tragam prejuízo às crenças religiosas do Islã’”, denunciou a Sociedade Missionária HeartCry, liderada pelo pastor Paul Washer. “Em outras palavras, qualquer um que tenta levar Bíblias ou literatura evangélica para o país terá todo material confiscado, será preso e condenado à morte.”

O pastor aponta para a percepção dos sauditas que Bíblias e material cristão são comparados a drogas ilícitas e as chamadas “publicações indecentes” (pornografia).

Repórteres tentaram confirmar a informação com a Embaixada Arábia Saudita nos EUA em Washington, mas ninguém quis confirmar. Tampouco negaram que seja verdade.  A ONU também se recusou a comentar sobre o caso.


A HeartCry lembra que a Arábia Saudita tem uma longa história de hostilidade para com os cristãos. Sempre foi ilegal alguém se converter ao cristianismo no país, um crime considerado apostasia contra o Islã e punível com a morte.


Washer enfatiza: “Há casos de cristãos sendo sequestrados, assassinados e sofrendo violência física regularmente. Um saudita que aceita Cristo como seu Salvador sabe que corre o risco de perder o emprego, o acesso à educação para os seus filhos, ou até mesmo o direito de ter água e eletricidade em casa”.

Embora a lei seja para os cidadãos do país, existem milhares de imigrantes cristãos que vivem ali e centenas deles já foram detidos e expulsos do país por não professarem sua fé no profeta Maomé.

A Missão Portas Abertas afirma que, existe uma pequenina comunidade cristã subterrânea no país e que muitos têm se convertido por meio da internet e de programas de televisão via satélite.

Segundo o relatório anual Portas Abertas, a Arábia Saudita é o sexto pais com maior perseguição aos cristãos. Foi lá que nasceu e está enterrado Maomé. Todo muçulmano fiel deve fazer uma vez na vida a peregrinação para Meca, que fica na Arábia. Com informações de Christian News


http://www.mtagora.com.br/gospel/o-que-acontece-com-quem-carrega-uma-biblia-na-arabia-saudita/103884152



« Última modificação: 27 de Abril de 2017, 09:05:12 por JJ »

Offline Pasteur

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1367 Online: 27 de Abril de 2017, 09:19:28 »
E a lista só aumenta...

Sputnik, Pravda, Embaixada da Resistência, Vermelho.org e agora Gospel e Portas Abertas!

Muy Bien!

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Offline JJ

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1368 Online: 27 de Abril de 2017, 09:26:03 »
E a lista só aumenta...

Sputnik, Pravda, Embaixada da Resistência, Vermelho.org e agora Gospel e Portas Abertas!

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Offline Agnoscetico

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1369 Online: 28 de Abril de 2017, 01:25:01 »
Sobre cristãos perseguidos muitos vão lá pra provocar em ouros países,tentando provar que religião deles é certa e a dos outros são coisas do "demônio".

Agora quando é pra mostrar índice de ateus perseguidos não vejo cristãos publicando as fontes (se é que fontes cristãos são 100% confiáveis ou se tem exagero também).

O caso do Butão em relação ao cristianismo me parece uma reação normal a uma religião, que como eu disse antes, tenta se fazer de vítima mas é mais nociva do que o budismo - muito do budismo naquela região deve ter ser tornado mais radical após a vinda do Islã (religião abraâmica como Judaismo  e Cristianismo) conquistando áreas antes budistas. E devem ter criado uma aversão ao cristianismo por tabela. E depois quando potências ocidentais começaram a querer ter influência política e econômica naquela região, associaram cristianismo a potências ocidentais, por serem de maioria cristã e terem missionários tentando levar religião cristã pra lá.

Offline Agnoscetico

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1370 Online: 28 de Abril de 2017, 03:39:35 »

Parece que um militar alemão tentou forjar um atentado como um agente provocador, pra dar impressão de que seriam islâmicos os autores:

<a href="https://www.youtube.com/v/o1oqT2xHzX4" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/o1oqT2xHzX4</a>

Offline Pagão

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1371 Online: 28 de Abril de 2017, 07:00:58 »
http://www.dn.pt/mundo/interior/arabia-saudita-condena-homem-a-morte-por-renunciar-ao-islao-e-a-maome-6250301.html

Isto nada a ver com o islamismo do séc XXI?.... São meras idiossincrasias locais?
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Offline Pasteur

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1372 Online: 28 de Abril de 2017, 08:39:59 »
http://www.dn.pt/mundo/interior/arabia-saudita-condena-homem-a-morte-por-renunciar-ao-islao-e-a-maome-6250301.html

Isto nada a ver com o islamismo do séc XXI?.... São meras idiossincrasias locais?

Se o Islã quisesse dar fim aos apostatas iriam ser milhares não meia duzia. Period.

Ele ficou professando seu ateísmo nas redes sociais e irritou os ditadores da Arábia.

Citar
“If you're a lowkey atheist that's fine. But once you talk in public & criticize God or religion, then you shall be punished,”

Mas acho não vão matá-lo, deve ficar uns anos na cadeia.

Offline FZapp

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1373 Online: 28 de Abril de 2017, 09:16:26 »
Pasteur, os extremistas que perpetram esses ataques são, via de regra, sunitas?

Sim. Os sunitas são 90% dos muçulmanos.



Esse percentual varia muito de uma região para outra.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Xiismo
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

Offline Pagão

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Re:Analisando o "Perigo Islâmico"
« Resposta #1374 Online: 09 de Maio de 2017, 08:48:46 »
http://www.cmjornal.pt/cm-ao-minuto/detalhe/governador-cristao-de-jacarta-condenado-a-dois-anos-de-prisao-por-blasfemia?ref=cmaominuto_timeline

As "razões" porque foi condenado revelam bem o perigo islâmico a crescer e o mito da "moderação" em países ditos moderados... É necessário denunciar a resistir... E quando surgir o inevitável terrorismo intelectual da acusação de "fascismo"... Fazer como um antigo primeiro-ministro português e gritar publicamente... "bardamerda mais o fascista"... 8-)

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