Autor Tópico: O PSDB representa um risco para o Brasil?  (Lida 44381 vezes)

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Offline Pasteur

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #600 Online: 21 de Março de 2016, 15:48:54 »
E, esse governador é um bosta, manda agredir adolescente que protestam contra o governo dele, bate continência pra adulto quando convém.

Entendido.

Concordo, se for assim como você descreveu.

Mas você soube que o Secretário de Segurança foi expulso da manifestação?

E? Não estou questionando a manifestação, estou questionando a posição da PM em relação a manifestação.


E aí Barata?

Mudou de opinião?

Não, a Paulista ficou fechada por 40 horas!!! 40 horas!!!!! Estudantes ficaram 30 min e a PM mandou 7 bombas de gás por minuto. A diferença de tratamento é clara e óbvia.

http://www.e-farsas.com/tropa-de-choque-bateu-continencia-para-os-manifestantes.html

Offline Jack Carver

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #601 Online: 23 de Março de 2016, 15:21:30 »
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Polícia Federal investiga suspeita de fraude em obra do Rodoanel de SP

A Polícia Federal (PF) em São Paulo investiga suspeita de superfaturamento e fraude à licitação nas obras do Trecho Norte do Rodoanel, contratada pela Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), empresa controlada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). Investigadores da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (Delefin) apuram se o aumento de ao menos R$ 170 milhões nos custos de terraplenagem da construção foi autorizado pela estatal para beneficiar empreiteiras.

A Dersa nega qualquer favorecimento às construtoras que executam os seis lotes da obra e afirma que teve de incluir novos serviços nessa etapa da construção por questões geológicas, por causa dos riscos de impacto em moradias do entorno, além de grandes deslocamentos de terra que não estavam previstos.

"A gente solicitou uma série de avaliações ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) nesse sentido. Identificada alguma discrepância, ela vai ser corrigida", disse o presidente da empresa, Laurence Casagrande.

O inquérito foi instaurado no dia 16 de fevereiro pela Delefin, delegacia especializada no combate a desvio de recursos públicos, após denúncia feita por um ex-funcionário da estatal. Segundo o delator, os custos com terraplenagem subiram mais de R$ 420 milhões depois de a Dersa assinar aditivos contratuais com os consórcios que executam a obra, em 30 de setembro de 2015, incorporando composições de preços e incluindo novos serviços, mas sem alterar o valor final do contrato.

Na terça-feira (22) o Ministério Público Federal (MPF) intimou a Dersa a enviar cópias de todos os contratos e aditivos relacionados ao Trecho Norte. O Estado questionou o órgão para saber se ele abriu uma outra investigação sobre o Rodoanel ou apenas colabora com a PF, mas não obteve resposta. A apuração de suposto desvio virou alvo das instituições porque a obra recebe repasses do governo federal.

As modificações foram feitas a cinco meses do fim do prazo contratual da obra, que deveria ter sido concluída em fevereiro. No mês passado, em visita ao local, Alckmin disse que já havia executado 53% dos 47,6 quilômetros que vão ligar as rodovias dos Bandeirantes e Presidente Dutra e concluir assim o anel viário da Grande São Paulo. Agora, a promessa é entregá-lo em março de 2018.

Aumento

Pelos contratos assinados em 2013, no valor total de R$ 3,9 bilhões, o custo previsto com terraplenagem em toda a obra era de R$ 423,7 milhões. Planilhas de pagamentos da Dersa obtidas pelo Estado mostram que, até janeiro deste ano, o valor atualizado para esse serviço era de R$ 845,4 milhões, um aumento de 99,6%.

A Dersa afirma, contudo, que uma parte significativa desses valores na planilha de pagamentos se refere a serviços reajustados de terraplenagem feitos em outras fases da construção, como obras de artes especiais e túneis, e não na fase de terraplenagem prevista no contrato. Assim, afirma a estatal, o aumento real desse serviço foi de R$ 170 milhões, ou 40,2% do previsto na soma dos contratos.

O maior acréscimo (385,6%) foi registrado no lote 2, executado pela construtora OAS, investigada pela Operação Lava Jato e cujo sócio já foi condenado no escândalo de corrupção da Petrobrás. Nele, os valores subiram, principalmente, por causa do aumento do serviço de transporte de material por mais de 15 quilômetros (R$ 12,3 milhões) e da inclusão do serviço de remoção de rocha (matacão) em escavação (R$ 22,3 milhões).

O segundo maior aumento, segundo a Dersa, aconteceu no lote 1, do consórcio Mendes Júnior/Isolux Corsán, também investigado na Lava Jato. Nele, houve acréscimo de 69,8%, ou R$ 30,2 milhões, principalmente com o serviço de desmonte de rocha com uso de argamassa expansiva, que não estava prevista. Esse técnica, mais cara, é usada para destruir uma rocha sem precisar explodi-la, eliminando o impacto de vibração da terra e reduzindo o risco de danos à rede elétrica existente.
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Offline Pedro Reis

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #603 Online: 25 de Março de 2016, 09:12:22 »
E diferença de comportamento dos manifestantes, haveria?

Não sei como as coisas se deram em São Paulo, mas diferença de tratamento existe e eu sou testemunha ocular disto.

Em 2013 estava na Av. Presidente Vargas, no Rio, em uma manifestação linda. Sem querer ser piegas quase comovente: famílias, crianças, pais com seus filhos, estudantes, executivos, donas de casa, todas as classes sociais representadas em uma multidão absolutamente pacífica. Apesar da concentração de prédios e estabelecimentos comerciais nenhum ato de vandalismo era registrado.

Mas a Globo, na véspera, tinha utilizado seus telejornais noturnos para fabricar notícias sobre protestos violentos e atos de vandalismo. Não que não possam ter ocorrido, mas a tônica dos telejornais era a de focar casos muito pontuais e dar a impressão que o caos havia se instalado por meio de vândalos atuando selvagemente na cidade.

Uma mentira tão descarada, que gerou tanta revolta nas redes sociais, que tiveram que mudar de tom no dia seguinte.

Mas voltando para a manifestação na Pres. Vargas...

Para quem não conhece o Rio de Janeiro a foto abaixo mostra apenas um trecho da avenida, que é imensa.



Estava eu lá pela altura da Central do Brasil, mais ou menos no metade da Presidente Vargas, que estava tomada de ponta a ponta naquele dia. Como eu disse em um clima quase de Woodstock: bom humor, famílias com filhos pequenos, muita gente colando seus cartazes improvisados de última hora. Não vi nenhum líder político, nenhuma bandeira de partido.

De repente, lá pela altura da Cidade Nova, em uma das extremidades da avenida começou uma confusão com os imbecis dos black blocks. Ao longe dava para ver o incêndio, talvez de um carro ou de uma banca de jornal.

O pretexto que eles precisavam e esperavam. O batalhão de choque imediatamente começou a descer toda a avenida com violência, agredindo e lançando bombas em cidadãos comuns. Porém o mais absurdo é que foi uma ação coordenada demonstrando que a estratégia a ser utilizada já havia sido estabelecida: ao mesmo tempo, sincronizadamente com a tropa que descia a avenida empurrando os manifestantes em direção à Candelária, grupos lançavam bombas nas ruas transversais, impedindo que a multidão se dispersasse, encurralando uma massa cada vez mais compactada na avenida.

O objetivo claramente não foi dispersar, mas causar pânico, desestimular novas manifestações, mesmo pondo em risco a vida das pessoas.

Fiquei encurralado e subi em um muro de um laboratório de exame de imagens com medo de ser pisoteado pela multidão que retrocedia. Ao mesmo tempo, preso ali, estava cada vez mais próximo de ser atingido pelas bombas. Pensei em pular para dentro do estacionamento da clínica, o que poderia me deixar definitivamente encurralado. Milhares de pessoas se viram em situação semelhante, imagine pais que estavam com seus filhos...

Milhares de pessoas são testemunhas e podem confirmar o que eles fizeram nesse dia.

Muito diferente do tratamento que estas manifestações patrocinadas estão recebendo agora.

Offline Geotecton

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #604 Online: 25 de Março de 2016, 09:27:35 »
Eu tenho uma narrativa diametralmente oposta de outra situação.

No ano passado ocorreram protestos dos professores da rede estadual por causa da mudança da previdência. Entre as muitas centenas de pessoas que participavam da passeata, foram infiltradas algumas dezenas a umas poucas centenas de perturbadores 'profissionais', que foram trazidos de ônibus e posicionados com orientação prévia por pessoas de sindicatos e do PT. Minha prima, que é procuradora e mora bem próximo ao local do conflito, testemunhou a chegada deles e, felizmente, ela reconheceu um dos vagabundos líderes, sendo que quase todos cobriram os rostos antes de agirem. A ordem deles foi a de destruir, seletivamente, algumas instalações públicas e particulares e incitar provocações contra os policiais que atuavam no momento procurando, ao mesmo tempo, incitar uma revolta exacerbada, canalizando a frustração dos professores.
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Offline Pedro Reis

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #605 Online: 25 de Março de 2016, 09:44:37 »
Eu tenho uma narrativa diametralmente oposta de outra situação.

No ano passado ocorreram protestos dos professores da rede estadual por causa da mudança da previdência. Entre as muitas centenas de pessoas que participavam da passeata, foram infiltradas algumas dezenas a umas poucas centenas de perturbadores 'profissionais', que foram trazidos de ônibus e posicionados com orientação prévia por pessoas de sindicatos e do PT. Minha prima, que é procuradora e mora bem próximo ao local do conflito, testemunhou a chegada deles e, felizmente, ela reconheceu um dos vagabundos líderes, sendo que quase todos cobriram os rostos antes de agirem. A ordem deles foi a de destruir, seletivamente, algumas instalações públicas e particulares e incitar provocações contra os policiais que atuavam no momento procurando, ao mesmo tempo, incitar uma revolta exacerbada, canalizando a frustração dos professores.

Não é oposta, é idêntica. O mesmo "modus operandis" que o PT usou no Paraná, o PMDB de Cabral utilizou no Rio. De fato, surgiu quase imediatamente a teoria de conspiração de que os black blocks estavam na verdade sendo insuflados pelas redes sociais por agentes ligados ao governo.

De um jeito ou de outro estes idiotas "caíram do céu" naquele momento para os governos estaduais e federais.

Offline Geotecton

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #606 Online: 25 de Março de 2016, 09:56:43 »
Eu tenho uma narrativa diametralmente oposta de outra situação.

No ano passado ocorreram protestos dos professores da rede estadual por causa da mudança da previdência. Entre as muitas centenas de pessoas que participavam da passeata, foram infiltradas algumas dezenas a umas poucas centenas de perturbadores 'profissionais', que foram trazidos de ônibus e posicionados com orientação prévia por pessoas de sindicatos e do PT. Minha prima, que é procuradora e mora bem próximo ao local do conflito, testemunhou a chegada deles e, felizmente, ela reconheceu um dos vagabundos líderes, sendo que quase todos cobriram os rostos antes de agirem. A ordem deles foi a de destruir, seletivamente, algumas instalações públicas e particulares e incitar provocações contra os policiais que atuavam no momento procurando, ao mesmo tempo, incitar uma revolta exacerbada, canalizando a frustração dos professores.

Não é oposta, é idêntica. O mesmo "modus operandis" que o PT usou no Paraná, o PMDB de Cabral utilizou no Rio. De fato, surgiu quase imediatamente a teoria de conspiração de que os black blocks estavam na verdade sendo insuflados pelas redes sociais por agentes ligados ao governo.

De um jeito ou de outro estes idiotas "caíram do céu" naquele momento para os governos estaduais e federais.

O que eu quis expressar é que a motivação não é idêntica.

Não tenho nenhuma dúvida que um segmento da sociedade está estimulando as manifestações contra o governo federal e o PT. Mas o sentimento de contrariedade é fortíssimo e seria exposto com ou sem esta influência.

No caso dos professores, não. Os movimentos de reivindicação nas ruas foram promovidos pelo respectivo sindicato pelego, pela CUT e pelo PT. Eles arregimentaram pessoas para promover distúrbios, de modo semelhante ao que ocorreu no início dos anos 90. Sim, havia muitos professores insatisfeitos mas isto não era generalizado para chegar ao grau que chegou porque vários defendiam uma ação política e não panfletária.
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Offline Jack Carver

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #607 Online: 26 de Março de 2016, 20:17:40 »
STF desarquiva ações contra ministros de FHC por improbidade

Acho que desarquivaram para arquivarem de novo depois.  :?
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Offline _Juca_

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #608 Online: 26 de Março de 2016, 21:06:14 »
STF desarquiva ações contra ministros de FHC por improbidade

Acho que desarquivaram para arquivarem de novo depois.  :?

Somente se, tal qual o primeiro arquivamento, o processo for decidido pelo ministro Gilmar PSDB Mendes.

Offline Geotecton

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #609 Online: 26 de Março de 2016, 22:55:59 »
Manobra diversionista dos ministros petistas.
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Offline Jack Carver

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #610 Online: 26 de Março de 2016, 23:53:59 »
Por mim, que começasse a passar a limpo tudo na esfera federal desde a era Sarney. Pente fino!
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Offline Geotecton

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #611 Online: 27 de Março de 2016, 00:55:49 »
Por mim, que começasse a passar a limpo tudo na esfera federal desde a era Sarney. Pente fino!

Concordo.

Mas fazer isto agora e simultaneamente servirá apenas para favorecer a gangue governista.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #613 Online: 02 de Abril de 2016, 16:25:47 »
Não sei como as coisas se deram em São Paulo, mas diferença de tratamento existe e eu sou testemunha ocular disto.

[...]

Mas a Globo, na véspera, tinha utilizado seus telejornais noturnos para fabricar notícias sobre protestos violentos e atos de vandalismo. Não que não possam ter ocorrido, mas a tônica dos telejornais era a de focar casos muito pontuais e dar a impressão que o caos havia se instalado por meio de vândalos atuando selvagemente na cidade.

Uma mentira tão descarada, que gerou tanta revolta nas redes sociais, que tiveram que mudar de tom no dia seguinte.

[...]

De repente, lá pela altura da Cidade Nova, em uma das extremidades da avenida começou uma confusão com os imbecis dos black blocks. Ao longe dava para ver o incêndio, talvez de um carro ou de uma banca de jornal.

O pretexto que eles precisavam e esperavam. O batalhão de choque imediatamente começou a descer toda a avenida com violência, agredindo e lançando bombas em cidadãos comuns. Porém o mais absurdo é que foi uma ação coordenada demonstrando que a estratégia a ser utilizada já havia sido estabelecida: ao mesmo tempo, sincronizadamente com a tropa que descia a avenida empurrando os manifestantes em direção à Candelária, grupos lançavam bombas nas ruas transversais, impedindo que a multidão se dispersasse, encurralando uma massa cada vez mais compactada na avenida.

O objetivo claramente não foi dispersar, mas causar pânico, desestimular novas manifestações, mesmo pondo em risco a vida das pessoas.

Fiquei encurralado e subi em um muro de um laboratório de exame de imagens com medo de ser pisoteado pela multidão que retrocedia. Ao mesmo tempo, preso ali, estava cada vez mais próximo de ser atingido pelas bombas. Pensei em pular para dentro do estacionamento da clínica, o que poderia me deixar definitivamente encurralado. Milhares de pessoas se viram em situação semelhante, imagine pais que estavam com seus filhos...

Milhares de pessoas são testemunhas e podem confirmar o que eles fizeram nesse dia.

Muito diferente do tratamento que estas manifestações patrocinadas estão recebendo agora.

Haveria alguma avaliação isenta e não-leiga sobre terem mesmo sido usado táticas inapropriadas para a contenção de danos para esse tipo de situação?











A minha pergunta havia sido sobre diferença de comportamento dos manifestantes, e incidentalmente, os black blocs são realmente exemplo disso.

Apesar do mesmo lado do espectro político, as manifestações patrocinadas pelo PT agora ao menos tem sido menos truculentas, mas mesmo assim acho que talvez já possam ter algum comportamento indo nessa direção, que motivaria a diferença de tratamento com relação ao tido com aquelas pró-impeachment. Seja lá quão apropriado realmente for, sob um ponto de vista técnico, que eu não saberia avaliar.

Offline _Juca_

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #614 Online: 04 de Abril de 2016, 09:48:59 »
Sabem quem era o juiz?

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Bilhões de dólares e uma conta chamada tucano, por Armando Rodrigues Coelho Neto

Aconteceu na década de 90. US$ 124 bilhões saíram do Brasil através das chamadas contas CC5. Há quem diga que, na época, nem as reservas brasileiras em moeda americana chegavam a esse total. O banco usado para a roubalheira foi o Banestado e o ralo era Foz do Iguaçu/PR, cidade onde antes durante ou depois foi trabalhar o tal “Japonês da Federal”, que nada tem a ver com a história.

Também meio antes, durante ou depois - a essa altura pouco importa, aconteceu a CPI dos Precatórios, que desaguou numa tal Operação Macuco da Polícia Federal, que entrou em cena e descobriu que pelo menos US$ 30 bilhões daquela cifra foram remessas ilegais.

Durante as investigações, a Procuradoria da República ia junto aos órgãos oficiais, perguntava uma coisa, respondiam outra. Refazia o pedido e a resposta vinha incompleta. E aí, ela radicalizou: pediu a quebra de sigilo de todas as contas CC-5 do País. Sugiro ao leitor uma visita ao Google para entender melhor essas tais contas.

A PF descobriu que o dinheiro passava por Nova Iorque (EUA), uma roubalheira que apesar de gigante, seria apenas a ponta de um iceberg. Entre os suspeitos estavam empresas financiadoras de campanha, alto empresariado em geral e membros da alta cúpula do governo brasileiro da era Fernando Henrique Cardoso.

O rombo era tamanho que os promotores americanos, abismados com o volume de dinheiro que havia transitado por aquela cidade, quebraram sigilo bancário em Nova Iorque. A equipe da PF foi reconhecida e ganhou a simpatia até do enfadonho e burocrático Banco Central (EUA), além da FBI (Polícia federal americana).

O mecanismo descoberto era e é um traçado muito bem articulado, de forma que os verdadeiros nomes dos titulares não possam aparecer. Desse modo, num passe-repasse, plataformas financeiras e coisa e tal, os trabalhos para ocultação envolvem ou envolveriam até cinco camadas ocultadoras.

Com esse grau de sofisticação, investigar seria percorrer o complexo caminho inverso, mergulhar nas tais camadas, até que se chegar aos verdadeiros titulares do dinheiro.

Estava tudo tão bom e tão bem protegido, que a prática consolidou-se, e como a corrupção no País é endógena, além de “lubrificar economias” (a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE que o diga!) as ratuínas foram abrindo a guarda. Com impunidade garantida, alguns grandes nomes relaxaram e apareceram por descuido.

Haja descuido! Surgiu até um óbvio - “Tucano” e um aleatório “Serra”. Tão óbvio que deixou perplexo não só o delegado que coordenava o trabalho, mas também os procuradores. Mero ato falho e primário, em tempos de abertura de guarda, de “engavetadores gerais da República. Tempos de gente honrada e das panelas silenciosas, da dita “grande mídia” calada, dos arautos da moralidade hodierna.

Há uma entrevista no Youtube com o delegado federal José Castilho Neto, coordenador da Operação Macuco. Sem fulanizar ou partidarizar, ele reclama da oportunidade aberta e perdida, naquela época, para o enfrentamento da banda podre, seja da política, seja do empresariado. O Cônsul do Brasil, que trabalhava em Nova Iorque, teria dito para as autoridades americanas que a cabeça do delegado Castilho “estava a prêmio”. Só não disse quem seria o pagador, se os protegidos ou os protetores.

Castilho foi afastado. E o leitor a essa altura deve estar se perguntando: por que esse saudosismo tanto tempo depois?

Primeiramente para lembrar que a podridão de antes não inocenta ninguém. Mas serve pra provar a hipocrisia dos que hoje posam como arautos da moralidade. Mostra o cinismo dos paneleiros e demonstra com cristalina clareza a postura golpista da dita “grande imprensa”.

Em segundo lugar, para não ter que retornar aos tempos do Brasil Colônia ou da mordaça da ditadura militar, eu simplesmente gostaria de reafirmar que esse caso escabroso, narrado lá em cima, ocorreu na era do impoluto Fernando Henrique Cardoso. Sabe qual emissora de televisão de maior audiência? TV Globo. Sabem quem era o doleiro? Alberto Youssef. Sabem quem era o juiz? Sérgio Moro.


Offline MarceliNNNN

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #615 Online: 04 de Abril de 2016, 10:08:50 »
Sabem quem era o juiz?

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Bilhões de dólares e uma conta chamada tucano, por Armando Rodrigues Coelho Neto

Aconteceu na década de 90. US$ 124 bilhões saíram do Brasil através das chamadas contas CC5. Há quem diga que, na época, nem as reservas brasileiras em moeda americana chegavam a esse total. O banco usado para a roubalheira foi o Banestado e o ralo era Foz do Iguaçu/PR, cidade onde antes durante ou depois foi trabalhar o tal “Japonês da Federal”, que nada tem a ver com a história.

Também meio antes, durante ou depois - a essa altura pouco importa, aconteceu a CPI dos Precatórios, que desaguou numa tal Operação Macuco da Polícia Federal, que entrou em cena e descobriu que pelo menos US$ 30 bilhões daquela cifra foram remessas ilegais.

Durante as investigações, a Procuradoria da República ia junto aos órgãos oficiais, perguntava uma coisa, respondiam outra. Refazia o pedido e a resposta vinha incompleta. E aí, ela radicalizou: pediu a quebra de sigilo de todas as contas CC-5 do País. Sugiro ao leitor uma visita ao Google para entender melhor essas tais contas.

A PF descobriu que o dinheiro passava por Nova Iorque (EUA), uma roubalheira que apesar de gigante, seria apenas a ponta de um iceberg. Entre os suspeitos estavam empresas financiadoras de campanha, alto empresariado em geral e membros da alta cúpula do governo brasileiro da era Fernando Henrique Cardoso.

O rombo era tamanho que os promotores americanos, abismados com o volume de dinheiro que havia transitado por aquela cidade, quebraram sigilo bancário em Nova Iorque. A equipe da PF foi reconhecida e ganhou a simpatia até do enfadonho e burocrático Banco Central (EUA), além da FBI (Polícia federal americana).

O mecanismo descoberto era e é um traçado muito bem articulado, de forma que os verdadeiros nomes dos titulares não possam aparecer. Desse modo, num passe-repasse, plataformas financeiras e coisa e tal, os trabalhos para ocultação envolvem ou envolveriam até cinco camadas ocultadoras.

Com esse grau de sofisticação, investigar seria percorrer o complexo caminho inverso, mergulhar nas tais camadas, até que se chegar aos verdadeiros titulares do dinheiro.

Estava tudo tão bom e tão bem protegido, que a prática consolidou-se, e como a corrupção no País é endógena, além de “lubrificar economias” (a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE que o diga!) as ratuínas foram abrindo a guarda. Com impunidade garantida, alguns grandes nomes relaxaram e apareceram por descuido.

Haja descuido! Surgiu até um óbvio - “Tucano” e um aleatório “Serra”. Tão óbvio que deixou perplexo não só o delegado que coordenava o trabalho, mas também os procuradores. Mero ato falho e primário, em tempos de abertura de guarda, de “engavetadores gerais da República. Tempos de gente honrada e das panelas silenciosas, da dita “grande mídia” calada, dos arautos da moralidade hodierna.

Há uma entrevista no Youtube com o delegado federal José Castilho Neto, coordenador da Operação Macuco. Sem fulanizar ou partidarizar, ele reclama da oportunidade aberta e perdida, naquela época, para o enfrentamento da banda podre, seja da política, seja do empresariado. O Cônsul do Brasil, que trabalhava em Nova Iorque, teria dito para as autoridades americanas que a cabeça do delegado Castilho “estava a prêmio”. Só não disse quem seria o pagador, se os protegidos ou os protetores.

Castilho foi afastado. E o leitor a essa altura deve estar se perguntando: por que esse saudosismo tanto tempo depois?

Primeiramente para lembrar que a podridão de antes não inocenta ninguém. Mas serve pra provar a hipocrisia dos que hoje posam como arautos da moralidade. Mostra o cinismo dos paneleiros e demonstra com cristalina clareza a postura golpista da dita “grande imprensa”.

Em segundo lugar, para não ter que retornar aos tempos do Brasil Colônia ou da mordaça da ditadura militar, eu simplesmente gostaria de reafirmar que esse caso escabroso, narrado lá em cima, ocorreu na era do impoluto Fernando Henrique Cardoso. Sabe qual emissora de televisão de maior audiência? TV Globo. Sabem quem era o doleiro? Alberto Youssef. Sabem quem era o juiz? Sérgio Moro.

Você já leu alguma coisa sobre o Banestado?

Offline _Juca_

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #616 Online: 04 de Abril de 2016, 10:17:49 »
Sim, um escândalo que deixa seu filhotinho, a Lava Jato, comendo poeira, que não deu em nada para ninguém e não teve nem 1/100 da cobertura jornalísca deste por motivos obvios.

https://pt.wikipedia.org/wiki/CPI_do_Banestado

Offline Geotecton

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #617 Online: 04 de Abril de 2016, 10:19:33 »
Sabem quem era o juiz?

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Bilhões de dólares e uma conta chamada tucano, por Armando Rodrigues Coelho Neto

Aconteceu na década de 90. US$ 124 bilhões saíram do Brasil através das chamadas contas CC5. Há quem diga que, na época, nem as reservas brasileiras em moeda americana chegavam a esse total. O banco usado para a roubalheira foi o Banestado e o ralo era Foz do Iguaçu/PR, cidade onde antes durante ou depois foi trabalhar o tal “Japonês da Federal”, que nada tem a ver com a história.

Também meio antes, durante ou depois - a essa altura pouco importa, aconteceu a CPI dos Precatórios, que desaguou numa tal Operação Macuco da Polícia Federal, que entrou em cena e descobriu que pelo menos US$ 30 bilhões daquela cifra foram remessas ilegais.

Durante as investigações, a Procuradoria da República ia junto aos órgãos oficiais, perguntava uma coisa, respondiam outra. Refazia o pedido e a resposta vinha incompleta. E aí, ela radicalizou: pediu a quebra de sigilo de todas as contas CC-5 do País. Sugiro ao leitor uma visita ao Google para entender melhor essas tais contas.

A PF descobriu que o dinheiro passava por Nova Iorque (EUA), uma roubalheira que apesar de gigante, seria apenas a ponta de um iceberg. Entre os suspeitos estavam empresas financiadoras de campanha, alto empresariado em geral e membros da alta cúpula do governo brasileiro da era Fernando Henrique Cardoso.

O rombo era tamanho que os promotores americanos, abismados com o volume de dinheiro que havia transitado por aquela cidade, quebraram sigilo bancário em Nova Iorque. A equipe da PF foi reconhecida e ganhou a simpatia até do enfadonho e burocrático Banco Central (EUA), além da FBI (Polícia federal americana).

O mecanismo descoberto era e é um traçado muito bem articulado, de forma que os verdadeiros nomes dos titulares não possam aparecer. Desse modo, num passe-repasse, plataformas financeiras e coisa e tal, os trabalhos para ocultação envolvem ou envolveriam até cinco camadas ocultadoras.

Com esse grau de sofisticação, investigar seria percorrer o complexo caminho inverso, mergulhar nas tais camadas, até que se chegar aos verdadeiros titulares do dinheiro.

Estava tudo tão bom e tão bem protegido, que a prática consolidou-se, e como a corrupção no País é endógena, além de “lubrificar economias” (a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE que o diga!) as ratuínas foram abrindo a guarda. Com impunidade garantida, alguns grandes nomes relaxaram e apareceram por descuido.

Haja descuido! Surgiu até um óbvio - “Tucano” e um aleatório “Serra”. Tão óbvio que deixou perplexo não só o delegado que coordenava o trabalho, mas também os procuradores. Mero ato falho e primário, em tempos de abertura de guarda, de “engavetadores gerais da República. Tempos de gente honrada e das panelas silenciosas, da dita “grande mídia” calada, dos arautos da moralidade hodierna.

Há uma entrevista no Youtube com o delegado federal José Castilho Neto, coordenador da Operação Macuco. Sem fulanizar ou partidarizar, ele reclama da oportunidade aberta e perdida, naquela época, para o enfrentamento da banda podre, seja da política, seja do empresariado. O Cônsul do Brasil, que trabalhava em Nova Iorque, teria dito para as autoridades americanas que a cabeça do delegado Castilho “estava a prêmio”. Só não disse quem seria o pagador, se os protegidos ou os protetores.

Castilho foi afastado. E o leitor a essa altura deve estar se perguntando: por que esse saudosismo tanto tempo depois?

Primeiramente para lembrar que a podridão de antes não inocenta ninguém. Mas serve pra provar a hipocrisia dos que hoje posam como arautos da moralidade. Mostra o cinismo dos paneleiros e demonstra com cristalina clareza a postura golpista da dita “grande imprensa”.

Em segundo lugar, para não ter que retornar aos tempos do Brasil Colônia ou da mordaça da ditadura militar, eu simplesmente gostaria de reafirmar que esse caso escabroso, narrado lá em cima, ocorreu na era do impoluto Fernando Henrique Cardoso. Sabe qual emissora de televisão de maior audiência? TV Globo. Sabem quem era o doleiro? Alberto Youssef. Sabem quem era o juiz? Sérgio Moro.


Aposto que você nunca leu nada sobre a atuação dele na época.

E nesta reportagem petista só faltou mencionar que boa parte foi desviada entre 1991 e 1993, quando o FHC ainda não estava no poder. E da parte quando estava, cabe lembrar que o real estava parelho ao dólar. Então quando se ressalta os "bilhões de dólares" é porque hoje o valor se sobressai em reais. É o mesmo truque sujo de ressaltar o valor do PIB em dólares quando a cotação está baixa e em reais quando está alta.
« Última modificação: 04 de Abril de 2016, 10:23:15 por Geotecton »
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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #618 Online: 04 de Abril de 2016, 10:22:40 »
Sim, um escândalo que deixa seu filhotinho, a Lava Jato, comendo poeira, que não deu em nada para ninguém e não teve nem 1/100 da cobertura jornalísca deste por motivos obvios.

https://pt.wikipedia.org/wiki/CPI_do_Banestado

E se você for em busca de informações constatará que as mesmas empresas que participaram deste esquema, repetiram os maus feitos, aparecendo, inclusive, no noticiário da época que elas possivelmente financiaram também a campanha do senhor Lula em 2002.
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Offline Geotecton

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #619 Online: 04 de Abril de 2016, 10:28:50 »
E para que conste dos autos: O envio de dinheiro pelas contas CC5 nunca foi ilegal. Ou seja, nem todo dinheiro enviado ao exterior estava ligado a algum esquema de contravenção ou crime.

Mesmo que os petistas, os maiores especialistas em tu quoque de bandidagem do mundo, queiram afirmar o contrário.
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Offline Jurubeba

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #620 Online: 04 de Abril de 2016, 10:29:32 »
Sabem quem era o juiz?

Citar
Bilhões de dólares e uma conta chamada tucano, por Armando Rodrigues Coelho Neto

Aconteceu na década de 90. US$ 124 bilhões saíram do Brasil através das chamadas contas CC5. Há quem diga que, na época, nem as reservas brasileiras em moeda americana chegavam a esse total. O banco usado para a roubalheira foi o Banestado e o ralo era Foz do Iguaçu/PR, cidade onde antes durante ou depois foi trabalhar o tal “Japonês da Federal”, que nada tem a ver com a história.

Também meio antes, durante ou depois - a essa altura pouco importa, aconteceu a CPI dos Precatórios, que desaguou numa tal Operação Macuco da Polícia Federal, que entrou em cena e descobriu que pelo menos US$ 30 bilhões daquela cifra foram remessas ilegais.

Durante as investigações, a Procuradoria da República ia junto aos órgãos oficiais, perguntava uma coisa, respondiam outra. Refazia o pedido e a resposta vinha incompleta. E aí, ela radicalizou: pediu a quebra de sigilo de todas as contas CC-5 do País. Sugiro ao leitor uma visita ao Google para entender melhor essas tais contas.

A PF descobriu que o dinheiro passava por Nova Iorque (EUA), uma roubalheira que apesar de gigante, seria apenas a ponta de um iceberg. Entre os suspeitos estavam empresas financiadoras de campanha, alto empresariado em geral e membros da alta cúpula do governo brasileiro da era Fernando Henrique Cardoso.

O rombo era tamanho que os promotores americanos, abismados com o volume de dinheiro que havia transitado por aquela cidade, quebraram sigilo bancário em Nova Iorque. A equipe da PF foi reconhecida e ganhou a simpatia até do enfadonho e burocrático Banco Central (EUA), além da FBI (Polícia federal americana).

O mecanismo descoberto era e é um traçado muito bem articulado, de forma que os verdadeiros nomes dos titulares não possam aparecer. Desse modo, num passe-repasse, plataformas financeiras e coisa e tal, os trabalhos para ocultação envolvem ou envolveriam até cinco camadas ocultadoras.

Com esse grau de sofisticação, investigar seria percorrer o complexo caminho inverso, mergulhar nas tais camadas, até que se chegar aos verdadeiros titulares do dinheiro.

Estava tudo tão bom e tão bem protegido, que a prática consolidou-se, e como a corrupção no País é endógena, além de “lubrificar economias” (a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE que o diga!) as ratuínas foram abrindo a guarda. Com impunidade garantida, alguns grandes nomes relaxaram e apareceram por descuido.

Haja descuido! Surgiu até um óbvio - “Tucano” e um aleatório “Serra”. Tão óbvio que deixou perplexo não só o delegado que coordenava o trabalho, mas também os procuradores. Mero ato falho e primário, em tempos de abertura de guarda, de “engavetadores gerais da República. Tempos de gente honrada e das panelas silenciosas, da dita “grande mídia” calada, dos arautos da moralidade hodierna.

Há uma entrevista no Youtube com o delegado federal José Castilho Neto, coordenador da Operação Macuco. Sem fulanizar ou partidarizar, ele reclama da oportunidade aberta e perdida, naquela época, para o enfrentamento da banda podre, seja da política, seja do empresariado. O Cônsul do Brasil, que trabalhava em Nova Iorque, teria dito para as autoridades americanas que a cabeça do delegado Castilho “estava a prêmio”. Só não disse quem seria o pagador, se os protegidos ou os protetores.

Castilho foi afastado. E o leitor a essa altura deve estar se perguntando: por que esse saudosismo tanto tempo depois?

Primeiramente para lembrar que a podridão de antes não inocenta ninguém. Mas serve pra provar a hipocrisia dos que hoje posam como arautos da moralidade. Mostra o cinismo dos paneleiros e demonstra com cristalina clareza a postura golpista da dita “grande imprensa”.

Em segundo lugar, para não ter que retornar aos tempos do Brasil Colônia ou da mordaça da ditadura militar, eu simplesmente gostaria de reafirmar que esse caso escabroso, narrado lá em cima, ocorreu na era do impoluto Fernando Henrique Cardoso. Sabe qual emissora de televisão de maior audiência? TV Globo. Sabem quem era o doleiro? Alberto Youssef. Sabem quem era o juiz? Sérgio Moro.


Não entendi? Você tá falando desse caso aqui?

Citar
Caso Banestado

Alberto Youssef, personagem central do caso Lava Jato, já foi investigado, processado e preso, em 2003, em decorrência de sua atuação no mercado clandestino de dólares, após a apuração de um dos maiores esquemas criminosos que já existiu, o “Esquema CC5”, também conhecido como “Caso Banestado”. Youssef foi um dos maiores doleiros do Brasil, atuando no mercado atacadista, em que provia dólares para outros doleiros e alguns clientes especiais. Isso acontecia, basicamente, de três formas.

A primeira consistiu no fornecimento de dólares em espécie (mercado de balcão), os quais não raro eram trazidos do Paraguai e transportados para o destino em avião, que ele próprio pilotava. A segunda era por meio do esquema de laranjas e contas CC5 (de não residentes no Brasil), utilizadas para remeter, ilegalmente, bilhões de reais ao exterior no fim da década de 1990 e início da década seguinte. A terceira forma de operação era a realização de operações de dólar-cabo, que viabilizavam a remessa de dinheiro sujo para o exterior, bem como o ingresso de ativos, de modo oculto. Em resumo, essas três formas facilitavam a lavagem de dinheiro oriundo dos mais diversos crimes.

No final de 2003, Alberto Youssef assinou com o Ministério Público o primeiro acordo de colaboração clausulada da história brasileira, em que se comprometia a colaborar com a investigação e a não mais cometer crimes. A colaboração do doleiro permitiu a investigação de centenas de crimes, tendo sido colhidos documentos e dezenas de depoimentos, o que pode ser considerado uma das mais frutíferas colaborações da história. As investigações foram conduzidas por uma equipe conhecida como “força-tarefa do caso Banestado” ou “força-tarefa CC5”, formada por procuradores da República e delegados da Polícia Federal no Paraná, vários dos quais integram hoje a equipe do caso Lava Jato.

No caso Banestado, foram feitos mais de 20 acordos de colaboração, recuperando-se aproximadamente R$ 30 milhões só em função dos acordos. Centenas de pessoas foram acusadas por crimes contra o sistema financeiro nacional, de lavagem de dinheiro, de formação de quadrilha e de corrupção, obtendo-se 97 condenações. As autuações fiscais decorrentes do caso chegaram a cifras bilionárias. Mais de uma centena de pedidos de cooperação internacional foram feitos, intensificando a cooperação entre o Brasil e outros países de modo nunca antes visto na história.

Os resultados desta força-tarefa anterior, do caso Banestado, foram ultrapassados apenas neste ano, com a recente força-tarefa de procuradores da República do caso Lava Jato.


Que resultou, dentre outras coisas, nisso aqui:

Citar
O escândalo dos anos 2000 resultou em 97 condenações, mas a maioria delas foram sentenças de prestação de serviços à comunidade. Pessoas apontadas pelo Ministério Público como sendo líderes do esquema foram beneficiadas pela prescrição dos crimes. Ex-diretores e gerentes do Banestado tiveram as penas extintas por decisão do Superior Tribunal de Justiça. E foi também neste caso que Yousseff assinou seu primeiro acordo de delação premiada – quebrado parcialmente à partir do momento em que ele voltou a se envolver nos crimes investigados pela Lava Jato.

fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/08/17/politica/1439830813_396085.html

Quero crer que não seja desonestidade de sua parte. Apenas falta de informação.

Moro fez seu trabalho. As instâncias superiores, que são preenchidas por indicação política, fizeram o que sabem fazer bem em favor dos seus padrinhos.

Saudações

Offline MarceliNNNN

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #621 Online: 04 de Abril de 2016, 10:36:20 »
Sim, um escândalo que deixa seu filhotinho, a Lava Jato, comendo poeira, que não deu em nada para ninguém e não teve nem 1/100 da cobertura jornalísca deste por motivos obvios.

https://pt.wikipedia.org/wiki/CPI_do_Banestado
Pesquise mais sobre o caso. O Moro condenou vários acusados, mas a ação prescreveu nas instâncias superiores.

Offline _Juca_

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #622 Online: 04 de Abril de 2016, 10:40:08 »
Sim, um escândalo que deixa seu filhotinho, a Lava Jato, comendo poeira, que não deu em nada para ninguém e não teve nem 1/100 da cobertura jornalísca deste por motivos obvios.

https://pt.wikipedia.org/wiki/CPI_do_Banestado
Pesquise mais sobre o caso. O Moro condenou vários acusados, mas a ação prescreveu nas instâncias superiores.

É tão discrepante a ação daquela época com essa, que não sei como alguém tem coragem de defendê-la, ou defender qualquer um dos personagens envolvidos. É sintomático, como já disse várias vezes. Quanto envolve o partido que se ama, ou melhor ainda, quando não envolve o partido que se odeia, as justificativas pipocam.

Offline Jurubeba

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #623 Online: 04 de Abril de 2016, 10:45:11 »

É tão discrepante a ação daquela época com essa, que não sei como alguém tem coragem de defendê-la, ou defender qualquer um dos personagens envolvidos. É sintomático, como já disse várias vezes. Quanto envolve o partido que se ama, ou melhor ainda, quando não envolve o partido que se odeia, as justificativas pipocam.
Você poderia nos esclarecer essas discrepâncias? Seria bem didático.

Saudações

Offline MarceliNNNN

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #624 Online: 04 de Abril de 2016, 10:57:48 »
Sim, um escândalo que deixa seu filhotinho, a Lava Jato, comendo poeira, que não deu em nada para ninguém e não teve nem 1/100 da cobertura jornalísca deste por motivos obvios.

https://pt.wikipedia.org/wiki/CPI_do_Banestado
Pesquise mais sobre o caso. O Moro condenou vários acusados, mas a ação prescreveu nas instâncias superiores.

É tão discrepante a ação daquela época com essa, que não sei como alguém tem coragem de defendê-la, ou defender qualquer um dos personagens envolvidos. É sintomático, como já disse várias vezes. Quanto envolve o partido que se ama, ou melhor ainda, quando não envolve o partido que se odeia, as justificativas pipocam.
PSDB é lixo também, mas não precisa ser um desonesto intelectual para ver que o artigo do jornalista foi uma merda e que você concordou sem ao menos pesquisar sobre o assunto.

 

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