Talvez apenas ilustre o texto que expanda nessa contradição.
De modo geral as pessoas colocam "socialismo" mais ao lado de maior interferência estatal da economia e produção, contrapondo o mercado. Substancialmente mais interferência do que "políticas sociais", que precedem "socialismo", cujo cerne original era substituição completa do mercado, ou tanto quanto possível.
Acho que 8 em cada 10 pessoas na net colocando os países nórdicos e outros como "socialistas" vai estar também tentando levar de carona esses conceitos originais, e pender a ser bastante contra maior liberdade econômica, coisas como não haver salário mínimo.
Isso ainda ficará mais turvo com conceitos diferentes de "liberdade econômica", para estes socialistas não sendo os mais estritos de menores regulações, mas incluindo coisas nas linhas de "libertar o indivíduo das condições econômicas".
Ou seja, fica parecendo aquela discussão de teísmo vs ateísmo onde tem "teístas" defendendo "deus" como "energia" e como "natureza", e "não-religiosos" defendendo não "deus" mitológico mas um princípio organizador não-aleatório alimentado por informação universal.
Muito da discussão desapareceria se só abandonasse os rótulos "polêmicos" e usasse/propusesse outros para cada política econômica ou meta claramente definida.