Autor Tópico: Atentado em Paris: terrorismo islamita  (Lida 32042 vezes)

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Offline Pasteur

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #625 Online: 28 de Janeiro de 2015, 08:42:07 »
A Turquia, por exemplo, país democrático, as mulheres podem sair sem véu, ir pra balada, se candidatar, etc...,

No Afeganistão antes do Taleban:













Offline Brienne of Tarth

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #626 Online: 28 de Janeiro de 2015, 09:14:44 »
Questionar o subjetivo é abandonar a lógica, os seguidores do Corão o interpretam de maneiras diversas, assim como os seguidores da Bíblia, vertentes dissidentes existem em todas as religiões, e isso não é ruim, mas quando as interpretações da Sharia (caminho/lei) pretendem impor uma conduta aos não islâmicos, e isso é feito com violência, as nações que são soberanas devem impor suas autonomias, buscando e punindo os agentes do terrorismo, até porque as nações convertidas parecem não dar a mínima para os atos de barbárie, como sequestro e estupro de mulheres (onde estão as moças que foram sequestradas quando iam para a escola?) e decapitação de jornalistas, numa apatia que se não for motivada por covardia, o é por conivência.

Quanto às mulheres, somente minha visão ocidental é insuficiente para condenar a maneira como vivem, pois se para mim seria inadmissível tal submissão, para elas nossa liberdade é um fardo. Conheço mulheres adeptas do Corão de diversos tipos, e admito que enquanto a cultura ocidental atrai algumas das mais jovens, as idosas permanecem dentro de seus casulos; para elas o computador é um estranho e ainda seguem seus maridos como se não tivessem cérebro.

Acabei de reler a última frase e vi como é preconceituosa, quem sou eu para classificar isso dessa forma?  Mas é como a maioria enxerga, e isso não será mudado por nós, mas por eles, muçulmanos; essa repulsa pelo exótico já foi fascínio, quando será que mudou?

Quando Reza Pahlevi foi deposto??
Depois do 11 de setembro??

GNOSE

Offline Fabrício

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #627 Online: 28 de Janeiro de 2015, 09:39:38 »
Citação de: Pasteur
A Turquia, por exemplo, país democrático, as mulheres podem sair sem véu, ir pra balada, se candidatar, etc...,

Em quantos países islâmicos teocráticos ocorre o mesmo que na Turquia em relação às mulheres, lembrando que a Turquia não é uma teocracia?

Citação de: Pasteur
No Afeganistão antes do Taleban:

O negrito diz tudo, bastou uma milícia islâmica radical tomar o poder que deu merda.

Reconheço que países islâmicos, como você e o Diego já disseram bastante, são heterogêneos e o tratamento às mulheres varia bastantes de um para o outro. Mas não há como negar que o Islã é extremamente preconceituoso e repressor com as mulheres (como, aliás, o cristianismo também é, a diferença é que hoje no mundo não existem mais países cristãos declaradamente baseando suas leis na bíblia como existem países muçulmanos baseando suas leis no Corão)
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Offline Diegojaf

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #628 Online: 28 de Janeiro de 2015, 10:05:02 »
Gaucho. Você insiste nessa questão da "letalidade". Ela não reflete a realidade. Durante a onda do terrorismo anárquico, os anarquistas matavam mais porque existiam em maior quantidade. Durante o período anticolonialista, estes matavam mais. Durante o período da nova esquerda, ditto.

Essa é uma relação dos 50 ataques terroristas mais letais desde 1968. Você tem no topo a Al Qaeda, com o 11 de Setembro. Agora olhe o 2º lugar. Os hutus que mataram 1200 pessoas em Gitoro em 1994. Em terceiro? Os comunistas do Nepal com 500 mortes em 2004. Em 4, o MEK, que apesar de ser formada por islâmicos, é um grupo radical da esquerda progressista iraniana.

A letalidade reflete a atividade de cada período. A religião, ideologia ou raça do terrorista não influi na sua letalidade, mas sim o momento de maior ou menor atividade.

Você diz que o "combate" é outro assunto. Não é. Se você já parte da premissa de o problema é a religião, vai falhar miseravelmente ao tentar resolver o problema. Se você não identifica corretamente a doença, sua cura não vai funcionar.

Letalidade tem a ver com atividade. Se é mais ativa, neste momento, será mais letal.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Diegojaf

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #629 Online: 28 de Janeiro de 2015, 10:15:15 »
Pasteur, as mulheres no mundo islâmico (sim, generalizando também) são tão reprimidas que nem se expõe tanto, como salientou o Sérgio.

É... porque as do mundo cristão estão muito melhores...

55% das mulheres etíopes cristãs sofrem com circuncisão feminina... o mesmo na Nigéria, no Quênia...

Mas aí curiosamente já não é mais religioso, né? ::)

O negrito diz tudo, bastou uma milícia islâmica radical tomar o poder que deu merda.

Sim. E enquanto os moderados estiveram no poder, as mulheres eram mais bem tratadas que as ocidentais, que à época sequer podiam votar.

Lembrando que a causa do extremismo foi a influência do ocidente. Pegue países com o mesmo nível de desenvolvimento com qualquer uma dessas 3 principais religiões e verifique se muda o tratamento dispensado às mulheres. Cristãos, islâmicos, hindus... todos tratam as mulheres como lixo se houver a oportunidade do radicalismo se impor.

E no caso islâmico, isso ocorreu por influência direta do ocidente.
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Offline Diegojaf

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #630 Online: 28 de Janeiro de 2015, 10:26:20 »
E ainda esperando o estudo...
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Offline Fabrício

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #631 Online: 28 de Janeiro de 2015, 10:31:44 »
Pasteur, as mulheres no mundo islâmico (sim, generalizando também) são tão reprimidas que nem se expõe tanto, como salientou o Sérgio.

É... porque as do mundo cristão estão muito melhores...

55% das mulheres etíopes cristãs sofrem com circuncisão feminina... o mesmo na Nigéria, no Quênia...

Mas aí curiosamente já não é mais religioso, né? ::)

Ué, claro que é, quem falou que não?
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Offline Pasteur

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #632 Online: 28 de Janeiro de 2015, 10:41:05 »
Pasteur, as mulheres no mundo islâmico (sim, generalizando também) são tão reprimidas que nem se expõe tanto, como salientou o Sérgio.

É... porque as do mundo cristão estão muito melhores...

55% das mulheres etíopes cristãs sofrem com circuncisão feminina... o mesmo na Nigéria, no Quênia...

Mas aí curiosamente já não é mais religioso, né? ::)

Ué, claro que é, quem falou que não?

Só que não. Nenhum dos dois. É cultura local. Não tem nada nem no Islamismo e nem no Cristianismo que preconiza a mutilação genital.

Offline Diegojaf

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #633 Online: 28 de Janeiro de 2015, 10:42:35 »
Pasteur, as mulheres no mundo islâmico (sim, generalizando também) são tão reprimidas que nem se expõe tanto, como salientou o Sérgio.

É... porque as do mundo cristão estão muito melhores...

55% das mulheres etíopes cristãs sofrem com circuncisão feminina... o mesmo na Nigéria, no Quênia...

Mas aí curiosamente já não é mais religioso, né? ::)

Ué, claro que é, quem falou que não?


Você, que tá dizendo que a vida das cristãs tá muito melhor...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Pasteur

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #634 Online: 28 de Janeiro de 2015, 10:52:18 »
Pasteur, as mulheres no mundo islâmico (sim, generalizando também) são tão reprimidas que nem se expõe tanto, como salientou o Sérgio.

É... porque as do mundo cristão estão muito melhores...

55% das mulheres etíopes cristãs sofrem com circuncisão feminina... o mesmo na Nigéria, no Quênia...

Mas aí curiosamente já não é mais religioso, né? ::)

Ué, claro que é, quem falou que não?


Você, que tá dizendo que a vida das cristãs tá muito melhor...

Boa Diego, tem que comparar situações semelhantes.

Offline Fabrício

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #635 Online: 28 de Janeiro de 2015, 10:59:58 »
Pasteur, as mulheres no mundo islâmico (sim, generalizando também) são tão reprimidas que nem se expõe tanto, como salientou o Sérgio.

É... porque as do mundo cristão estão muito melhores...

55% das mulheres etíopes cristãs sofrem com circuncisão feminina... o mesmo na Nigéria, no Quênia...

Mas aí curiosamente já não é mais religioso, né? ::)

Ué, claro que é, quem falou que não?


Você, que tá dizendo que a vida das cristãs tá muito melhor...

Tá bom, eu mudo, a vida das mulheres cristãs está muito melhor em países minimamente civilizados onde a religião cristã não dita as leis do país.

E para ser justo, a vida das muçulmanas também deve estar muito melhor em países minimamente civilizados onde a religião islâmica não dita as leis do país.

A diferença é que países com maioria muçulmana dificilmente são laicos (tanto que o único que é frequentemente citado é a Turquia), então na média as muçulmanas tendem a estar em pior situação. Claro que em países miseráveis e ignorantes, tanto cristãos quanto muçulmanos, elas estarão igualmente ferradas.

E já que tocamos no assunto, uma curiosidade: além da Turquia, existe outro país de maioria muçulmana que possa ser considerado laico? Não é pegadinha, estou pesquisando no google, mas por aqui encurto o caminho  :hihi:...

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Offline Pasteur

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #636 Online: 28 de Janeiro de 2015, 11:15:19 »
Indonésia e Líbano.

Offline Fabrício

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #637 Online: 28 de Janeiro de 2015, 11:18:47 »
Indonésia e Líbano.

 :ok:

Obrigado Pasteur!
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Offline Diegojaf

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #638 Online: 28 de Janeiro de 2015, 11:25:08 »
Irã (que era melhor que o Ocidente antes da Revolução), Kuait...

Na verdade, no mapa de desigualdade, a diferença fica bem menor...


Japão não é melhor do que a Malásia, por exemplo...
« Última modificação: 28 de Janeiro de 2015, 11:30:16 por Diegojaf »
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Offline Dr. Manhattan

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #639 Online: 28 de Janeiro de 2015, 11:37:05 »
Off-topic: Curioso como o gender gap da África do Sul e das Filipinas é menor do que o da maioria dos países europeus...
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Offline Diegojaf

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #640 Online: 28 de Janeiro de 2015, 11:45:14 »
Off-topic: Curioso como o gender gap da África do Sul e das Filipinas é menor do que o da maioria dos países europeus...

Ou que o do Azerbaijão é menor do que o do Japão.
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Offline Geotecton

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #641 Online: 28 de Janeiro de 2015, 11:49:42 »
A Islândia é o único país com gender gap acima de 0,85.

Provavelmente toda a sociedade ficou congelada desde a última Era Glacial.
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Offline Gaúcho

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #642 Online: 28 de Janeiro de 2015, 11:54:06 »
Gaucho. Você insiste nessa questão da "letalidade". Ela não reflete a realidade. Durante a onda do terrorismo anárquico, os anarquistas matavam mais porque existiam em maior quantidade. Durante o período anticolonialista, estes matavam mais. Durante o período da nova esquerda, ditto.

Essa é uma relação dos 50 ataques terroristas mais letais desde 1968. Você tem no topo a Al Qaeda, com o 11 de Setembro. Agora olhe o 2º lugar. Os hutus que mataram 1200 pessoas em Gitoro em 1994. Em terceiro? Os comunistas do Nepal com 500 mortes em 2004. Em 4, o MEK, que apesar de ser formada por islâmicos, é um grupo radical da esquerda progressista iraniana.

Mas, Jaf, eu nunca afirmei que terroristas muçulmanos matam mais gente desde sempre. E se você pegar essa lista, dos poucos grupos terroristas/étnicos ainda existentes, somente dois são uma ameaça para o Ocidente atualmente: a Al-Qaeda e o Hezbollah. O MEK eu nunca tinha ouvido falar, mas acabei de ler que eles renunciaram à violência em 2001.

A letalidade reflete a atividade de cada período. A religião, ideologia ou raça do terrorista não influi na sua letalidade, mas sim o momento de maior ou menor atividade.

Se sua religião lhe encoraja a colocar um colete de bombas e explodir o maior número possíveis de pessoas, para receber sua recompensa após a morte, como isso não influencia na letalidade do terrorista? Se você acredita que está sendo guiado por uma vontade superior, e não teme as consequências, você se torna extremamente perigoso.

Você diz que o "combate" é outro assunto. Não é. Se você já parte da premissa de o problema é a religião, vai falhar miseravelmente ao tentar resolver o problema. Se você não identifica corretamente a doença, sua cura não vai funcionar.

Com certeza não é a causa de todo o problema, mas tem grande parte nele. O que não se pode fazer é jogar os fatos pela janela e achar que é tudo uma conspiração de Estados xenófobos. O terrorismo islâmico é uma ameaça real, e é por isso que é tratado como a maior ameaça terrorista atual pelos países membros da UE. Não é o terrorismo cristão. Não é o terrorismo de direita. Não é o terrorismo de esquerda e anárquico. A maior ameaça terrorista para a Europa, atualmente, é o terrorismo islâmico. Mesmo estando bastante inativo, pelo menos até o ataque na França, os Estados Membros da UE tem noção que a qualquer momento podem ser alvos de ataques orquestrados por terroristas muçulmanos, que são sempre extremamente violentos e costumam deixar um grande número de vítimas. O mesmo não acontece com os outros tipos citados, que foram responsáveis por centenas de ataques em 2013, mas deixaram "apenas" 6 mortos. O que me leva à próxima questão.

Letalidade tem a ver com atividade. Se é mais ativa, neste momento, será mais letal.

Ataques terroristas de extrema direita e esquerda, separatistas e anárquicos foram muito mais ativos em 2013, mas, ainda assim, foram menos letais que apenas um ataque terrorista muçulmano em 2015. O ano à recém começou, mas eu truco que teremos muitos mais ataques terroristas não-muçulmanos do que muçulmanos este ano na Europa, e um número de vítimas, ainda assim, menor.
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Offline Diegojaf

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #643 Online: 28 de Janeiro de 2015, 12:47:43 »
Velho, como assim? Se você diz que o Islã é a razão da maior letalidade, eles serão mais letais desde sempre. O Hezbollah não é uma organização religiosa, mas separatista/independente. E renunciar à violência o Hezbollah também fez.

Isso não é de maneira nenhuma particular à religião islâmica, e muito menos à ideologia de cunho religioso. Os inventores do terrorismo com dinamite foram os anarquistas russos, que eram tinham grupos exclusivos de suicidas dentro das organizações terroristas, como a Zemlya I Voya. Essas pessoas dentro do grupo eram "escolhidas" porque suas vidas eram dedicadas à causa e não valiam mais do que ela, da mesma maneira que a religião.

E força superior pode ser um deus ou um líder influente. Não dar a mínima pro bem estar de outro não requer divindades, mas só uma pessoa carismática e pessoas procurando uma "causa".

A religião tem tanta parte quanto qualquer doutrinação feita por qualquer grupo. Um líder profético genérico consegue fazer centenas de pessoas tomarem cianeto. Um líder ateu consegue fazer milhões de pessoas serem mortas em campos de trabalhos forçados sem que ninguém se indigne com isso.

O terrorismo é uma ameaça real. Suas diversas modalidades e classificações são parte de como se chega à solução, mas eles diferem menos entre elas do que você acredita.
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Offline Barata Tenno

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #644 Online: 28 de Janeiro de 2015, 12:54:59 »
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Offline Gaúcho

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #645 Online: 28 de Janeiro de 2015, 13:55:12 »
Velho, como assim? Se você diz que o Islã é a razão da maior letalidade, eles serão mais letais desde sempre. O Hezbollah não é uma organização religiosa, mas separatista/independente. E renunciar à violência o Hezbollah também fez.

Não concordo com isso. O cristianismo era extremamente letal durante a Idade Média, por exemplo, e hoje não é mais.

Como eu falei, a religião é um dos principais componentes, mas existem outros. Hoje o cristianismo está muito mais controlado ao redor do mundo, e não existe nenhum país soberano que baseie suas legislações em uma interpretação literal da Bíblia. O mesmo não ocorre com o Islamismo, que é a bola da vez, assim como foi com o cristianismo durante boa parte da Idade Média.

Talvez você tenha interpretado o que eu venho dizendo de maneira errada. Eu nunca afirmei que a religião islâmica em si é mais violenta que a religião cristã, por exemplo. Eu conheço a Bíblia. Eu sei o quanto violenta ela pode ser. Quando eu te digo que o terrorismo islâmico hoje é mais perigoso do que o terrorismo cristão, não é porque o Corão é mais violento que a Bíblia, é porque, dados diversos fatores, aconteceu de locais de cultura de maioria islâmica se tornarem propícios para a proliferação de malucos e radicais.

Se todo o resto fosse o mesmo, só que ao invés de uma cultura islâmica, fosse uma cultura cristã, tenho certeza que teríamos os mesmos malucos e radicais querendo destruir o Ocidente, só que cristãos. Como não é o caso, não faz o mínimo sentido ignorar que o terrorismo islâmico é, atualmente, o mais perigoso para o Ocidente. Os países da UE sabem disso. Os EUA sabem disso. É culpa exclusivamente da religião islâmica? Não. Só que, infelizmente, dado diversos fatores, como pobreza, guerras, invasões, teocracias, etc, ela acabou se tornando um componente extremamente importante nessa mistura. Assim como aconteceu com o cristianismo durante a idade média.

Isso não é de maneira nenhuma particular à religião islâmica, e muito menos à ideologia de cunho religioso. Os inventores do terrorismo com dinamite foram os anarquistas russos, que eram tinham grupos exclusivos de suicidas dentro das organizações terroristas, como a Zemlya I Voya. Essas pessoas dentro do grupo eram "escolhidas" porque suas vidas eram dedicadas à causa e não valiam mais do que ela, da mesma maneira que a religião.

E força superior pode ser um deus ou um líder influente. Não dar a mínima pro bem estar de outro não requer divindades, mas só uma pessoa carismática e pessoas procurando uma "causa".

A religião tem tanta parte quanto qualquer doutrinação feita por qualquer grupo. Um líder profético genérico consegue fazer centenas de pessoas tomarem cianeto. Um líder ateu consegue fazer milhões de pessoas serem mortas em campos de trabalhos forçados sem que ninguém se indigne com isso.

Sim, eu concordo. E hoje, nenhuma outra religião, por qualquer motivo que seja, cria tantos terroristas quanto o islamismo. Como falei, pode não ser culpa exclusiva da religião, mas aconteceu de ela acabar sendo um catalisador, independente dos motivos políticos, econômicos, geopolíticos, etc. É por isso que passa bem longe de ser xenofobia quando os Estados Membros da UE os categorizam como a maior ameaça terrorista atual para eles.
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Offline Skeptikós

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #646 Online: 28 de Janeiro de 2015, 14:43:43 »
Citação de: Pasteur
Por exemplo, se alguém matar uma mulher adúltera no Brasil ninguém lembra da religião dele. Mas no "mundo islâmico" o assassino, na visão estereotipada do ocidental, cai diretamente na conta da religião

Nem sei se nesse caso é tão estereótipo assim, dada posição inferiorizada da mulher em grande parte dos países islâmicos.

Como que uma mulher ser condenada a morte na Arabia Saudita, por adultério, não cai na conta da religião?

Todos esses países islâmicos que baseiam suas legislações na Sharia, entram na conta do quê? Jogos violentos?

Fabrício e Gaúcho, vocês acham que morrem mais mulheres assassinadas no "mundo islâmico" ou no "mundo ocidental", proporcionalmente falando??
Aproveitando e perguntando também se no mundo islâmico, mulheres tem o mesmo 'trânsito' que o das sociedades a serem comparadas... ::)

Se o que você diz por "trânsito" é liberdade a resposta, no geral, é não. Mas varia muito de país para país...

Este já é um aspecto importante para contextualizar a resposta ao seu questionamento, caro Pasteur.

Exato. Muitos imaginavam haver um número expressivo de mortes de mulheres islâmicas, só que não há comparação com o Brasil, por exemplo. Somos o sétimo pais do mundo em mulheres assassinadas com 4,4 por cem mil
Somos o 7º pais do mundo em assassinatos de mulheres (e também de homens) por  números absolutos, nada muito surpreendente, visto que o país tem a 5ª maior população do mundo. Já no ranking de assassinatos por taxa, somos o 18º (em números gerais, sobre números específicos para mulheres não tenho conhecimento, mas provavelmente deve ser próximo disso, levando-se em consideração que assim o é com os números absolutos).1

1 Segundo lista apresentada pela UNODC e republicada na Wikipédia
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Pasteur

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #647 Online: 28 de Janeiro de 2015, 14:56:21 »
Gente, sério, assistam ao Parts Unknow sobre o Irã.

Citar
Food star Anthony Bourdain tells of a ‘different Iran’ than expected



Ultimate foodie and world-acclaimed chef Anthony Bourdain travelled to Iran to shoot an episode for his travel show, where the Islamic republic left him in shock and awe.

“It was a very different Iran than I had been led to expect or could have imagined,” he told CNN’s Fareed Zakaria.

As part of his show on CNN, “Anthony Bourdain: Parts Unknown,” the author and TV personality travelled an Iran he described as “extraordinary, heartbreaking, confusing, inspiring and very, very different than the Iran I expected.”

He said the few days he spent there defeated the image that has been painted by the media or the “long and very contentious relationship we’ve [the U.S. and Iran] had as nations.”

A U.S. citizen, Bourdain recounted walking through the streets in Iran and being warmly greeted by passersby who eagerly welcomed him and his crew to savor their country’s cuisine

“To walk down the street as an American and have total strangers constantly saying, where are you from? America, have you tried our food? Thank you for coming…” he remembered.

He said he has come across this degree of hospitality towards “strangers” in “very, very few places – and I’m talking Western Europe and allied nations.”

“We’d been told to expect that. But you get thrown by it when you face it everywhere.”

To help narrate his experience, Bourdain talked about one evening when he and his team went out with their Iranian crew to celebrate their producer’s birthday at a restaurant where local families dined while listening to Persian music.

Someone then found out about his producer’s birthday.

“The entire restaurant sang “Happy Birthday” to him and presented him with a cake.”

Bourdain was in awe at the stark difference between the Iran he had been led to believe and the Iran where an entire restaurant sang “Happy Birthday” to stranger.

He also commented on Iran’s versatile culture, describing it as “neither East nor West, but always somewhere in the middle.”

His show did not simply frequent Iran's restaurants and eateries but also featured traditional Iranian dishes cooked by Iranians who invited the chef into their home.

In one of the homes he is invited to, Bourdain agrees with his host on how Iran is “confusing” adding that the contradictions are “confusing.”

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Offline Fabrício

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #648 Online: 28 de Janeiro de 2015, 15:07:04 »
Gente, sério, assistam ao Parts Unknow sobre o Irã.

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Food star Anthony Bourdain tells of a ‘different Iran’ than expected



Ultimate foodie and world-acclaimed chef Anthony Bourdain travelled to Iran to shoot an episode for his travel show, where the Islamic republic left him in shock and awe.

“It was a very different Iran than I had been led to expect or could have imagined,” he told CNN’s Fareed Zakaria.

As part of his show on CNN, “Anthony Bourdain: Parts Unknown,” the author and TV personality travelled an Iran he described as “extraordinary, heartbreaking, confusing, inspiring and very, very different than the Iran I expected.”

He said the few days he spent there defeated the image that has been painted by the media or the “long and very contentious relationship we’ve [the U.S. and Iran] had as nations.”

A U.S. citizen, Bourdain recounted walking through the streets in Iran and being warmly greeted by passersby who eagerly welcomed him and his crew to savor their country’s cuisine

“To walk down the street as an American and have total strangers constantly saying, where are you from? America, have you tried our food? Thank you for coming…” he remembered.

He said he has come across this degree of hospitality towards “strangers” in “very, very few places – and I’m talking Western Europe and allied nations.”

“We’d been told to expect that. But you get thrown by it when you face it everywhere.”

To help narrate his experience, Bourdain talked about one evening when he and his team went out with their Iranian crew to celebrate their producer’s birthday at a restaurant where local families dined while listening to Persian music.

Someone then found out about his producer’s birthday.

“The entire restaurant sang “Happy Birthday” to him and presented him with a cake.”

Bourdain was in awe at the stark difference between the Iran he had been led to believe and the Iran where an entire restaurant sang “Happy Birthday” to stranger.

He also commented on Iran’s versatile culture, describing it as “neither East nor West, but always somewhere in the middle.”

His show did not simply frequent Iran's restaurants and eateries but also featured traditional Iranian dishes cooked by Iranians who invited the chef into their home.

In one of the homes he is invited to, Bourdain agrees with his host on how Iran is “confusing” adding that the contradictions are “confusing.”

Fonte

Bem, sem querer ser chato, pesa também o fato de que o cara é relativamente conhecido, é seguido por uma equipe de filmagens, etc.

Mas eu também já li alguns livros onde o autor viajou para o Irã (um deles uma mulher, inclusive) e também teve esta impressão do país, de um povo extremamente acolhedor e simpático.

"Deus prefere os ateus"

Offline Pasteur

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Re:Atentado em Paris: terrorismo islamita
« Resposta #649 Online: 28 de Janeiro de 2015, 15:56:40 »
Eita cabra desconfiado da peste!!!  :lol:

 

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