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Dilma vai terminar o segundo mandato?

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Não vai durar até o fim do ano.

Autor Tópico: Impeachment de Dilma e o day after  (Lida 42859 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #500 Online: 16 de Julho de 2015, 19:59:50 »
Eu acho realmente uma pena que o Cunha esteja envolvido com propinas. O cara estava agindo de maneira muito eficiente e colocando pra votar projetos engavetados por mais de uma década.

Sem falar que além de eficiente, coloca todo o resto pra trabalhar, é exímio político e respeita a democracia.

Estas piadas foram boas.

Conte outra.
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Offline Sergiomgbr

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #501 Online: 16 de Julho de 2015, 20:10:56 »
O Cunha me lembra o Dunha, irmão do Lôxa.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Lorentz

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #502 Online: 17 de Julho de 2015, 03:09:46 »
Eu acho realmente uma pena que o Cunha esteja envolvido com propinas. O cara estava agindo de maneira muito eficiente e colocando pra votar projetos engavetados por mais de uma década.

Sem falar que além de eficiente, coloca todo o resto pra trabalhar, é exímio político e respeita a democracia.

Estas piadas foram boas.

Conte outra.

Ele é honesto.

Mas falando sério, alguém se lembra quem era o presidente da câmara antes do Cunha? O que fez? Era independente ou mero braço do PT no legislativo?
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Offline Geotecton

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #503 Online: 17 de Julho de 2015, 08:34:07 »
Eu acho realmente uma pena que o Cunha esteja envolvido com propinas. O cara estava agindo de maneira muito eficiente e colocando pra votar projetos engavetados por mais de uma década.

Sem falar que além de eficiente, coloca todo o resto pra trabalhar, é exímio político e respeita a democracia.

Estas piadas foram boas.

Conte outra.

Ele é honesto.

Mas falando sério, alguém se lembra quem era o presidente da câmara antes do Cunha? O que fez? Era independente ou mero braço do PT no legislativo?

Aí é que está Lorentz.

Se não fossem os desdobramentos das investigações da 'Lava Jato', o senhor Cunha continuaria sendo "amiguinho" da caterva petista. E a "independência" dele e do senhor Calheiros está comprometendo ainda mais o Plano Real, já enfraquecido pela infame dupla Lula-Dilma, especialmente esta última que manteve, até recentemente, aquela figura patética como Ministro da Fazenda.
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Offline Diegojaf

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #504 Online: 17 de Julho de 2015, 08:44:39 »
Honesto??? O Cunha? Ele vem sendo sistematicamente denunciado e demitido de cargos públicos por envolvimento em corrupção desde a década de 90... é pilantra da maior qualidade.

Os projetos que ele aprovou todos têm vícios de forma, que vão ter que ser submetidos ao STF para controle de constitucionalidade que não existiu no Congresso.
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Skorpios

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #505 Online: 17 de Julho de 2015, 08:50:08 »
Pelo que se lê por aí, o cara é mais sujo que pau de galinheiro.

Offline Lorentz

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« Última modificação: 17 de Julho de 2015, 13:10:06 por Lorentz »
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Offline Gaúcho

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #507 Online: 17 de Julho de 2015, 12:31:55 »
Eu acho realmente uma pena que o Cunha esteja envolvido com propinas. O cara estava agindo de maneira muito eficiente e colocando pra votar projetos engavetados por mais de uma década.

Sem falar que além de eficiente, coloca todo o resto pra trabalhar, é exímio político e respeita a democracia.

:rola:
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Offline Gaúcho

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #508 Online: 17 de Julho de 2015, 12:34:35 »
Honesto??? O Cunha?


Estas piadas foram boas.

Conte outra.

Ele é honesto.

[imagem]

Lorentz, foto-respostas não são permitidas fora da área de papo furado (e com moderação). Favor editar sua resposta removendo a imagem.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #509 Online: 17 de Julho de 2015, 12:36:08 »
Eu acho realmente uma pena que o Cunha esteja envolvido com propinas. O cara estava agindo de maneira muito eficiente e colocando pra votar projetos engavetados por mais de uma década.

Sem falar que além de eficiente, coloca todo o resto pra trabalhar, é exímio político e respeita a democracia.

Estas piadas foram boas.

Conte outra.

Ele é honesto.

Mas falando sério, alguém se lembra quem era o presidente da câmara antes do Cunha? O que fez? Era independente ou mero braço do PT no legislativo?

Não é honesto, a coisa tem mais a ver com uma briga entre quadrilhas.

Agora que a coisa estourou um quer jogar a bomba para o outro, no estilo "afundo mas te levo junto".

Offline Lorentz

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #510 Online: 17 de Julho de 2015, 13:18:23 »
A parte do honesto foi um complemento ao comentário do Geo. Uma piada. Mas não sei porque vocês não concordam que ele é mais eficiente e mais independente que os presidentes anteriores.
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Offline Lorentz

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #511 Online: 17 de Julho de 2015, 13:21:56 »
Agora esquentou.

Citar
Cunha cita bando de aloprados no Planalto e diz: 'Agora sou oposição'

Depois de declarar guerra ao Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez nesta sexta-feira seu mais duro ataque ao governo e ao Partido dos Trabalhadores. Arrastado para o centro do escândalo do petrolão - o lobista Julio Camargo, da Toyo Setal, contou à Justiça que o peemedebista pediu 5 milhões de dólares do propinoduto da Petrobras para agilizar contratos na estatal -, Cunha formalizou oficialmente seu rompimento com o Planalto. E afirmou que que é vítima de uma perseguição política orquestrada pelo governo. "Tem um bando de aloprados no Planalto que vive desse tipo de circunstância, de criar constrangimentos.

Esse bando de aloprados é que precisa ser investigado", disparou. Instado a citar a quais aloprados se referia, Cunha não citou nomes. A expressão é a mesma utilizada pelo ex-presidente Lula em referência aos responsáveis por forjar um dossiê com falsas denúncias contra o então candidato José Serra (PSDB) nas eleições de 2006 - na ocasião, o coordenador da campanha de Aloizio Mercadante, hoje ministro da Casa Civil, ao governo de São Paulo, Hamilton Lacerda, foi filmado entrando com uma mala no hotel onde seriam presos dois dos envolvidos no escândalo.

"O presidente da Câmara agora é oposição ao governo. Eu, formalmente, estou rompido com o governo. Politicamente estou rompido", afirmou. Cunha disse ainda que pregará, no congresso do PMDB, que o partido rompa oficialmente com o governo. "Não há como aceitar que meu partido faça parte de um governo que quer me arrastar para a lama dele". O presidente da Câmara disse que, ao contrário do PT, o PMDB não está envolvido no esquema que sangrou os cofres da estatal - e não tem tesoureiros presos, em referência a João Vaccari Neto.

O peemedebista afirmou que seu rompimento é pessoal, e que não altera sua posição institucional. "Nada deixará de ser pautado ou impedido. Teremos a seriedade que o cargo ocupa. Porém, o presidente da Câmara é oposição ao governo", afirmou o peemedebista. O anúncio de Cunha pode acarretar consequências graves ao governo da presidente Dilma Rousseff e, politicamente, indica um afastamento inédito e sintomático do PMDB dos cabides do poder no momento em que a crise política beira a temperatura máxima.

A artilharia de Cunha não poupou o juiz federal Sergio Moro, responsável por conduzir os processos da Operação Lava Jato em primeira instância, e a Procuradoria-Geral da República, capitaneada por Rodrigo Janot. "É uma orquestração que tem efetivamente a participação do governo. Desde a abertura de inquérito até essa ação do procurador. Janot, de certa forma, negociou sua prerrogativa e sua consciência visando a recondução ao caego. Quem pode fazer sua condução é o governo, e como ele está a serviço do governo, é obvio que tem essa interação", afirmou o peemedebista. "Há um ânimo persecutório fdo procurador da República". Sobre Moro, Cunha disparou: "Moro acha que o Supremo Tribunal Federal e o Supremo Tribunal de Justiça se mudaram para Curitiba e que ele é o dono de todos. É um erro que ele comete, e que pode acabar tornando nulas muitas das ações que fez. Ele está invadindo uma competência que não é dele".

O presidente da Câmara ainda disse estanhar o fato de que os nomes de Dilma e Lula tenham sido citados pelo delator Alberto Youssef e nenhuma investigação tenha sido aberta a respeito - ao contrário do que houve com ele. "É preciso saber que, seletivamente, estão pegando as coisas do Youssef e colocando onde querem", afirmou Cunha.

O peemedebista afirma que Janot forçou o delator Julio Camargo a alterar seu depoimento e que o governo deu início, em 23 de junho, a uma devassa fiscal contra ele. "Não dá para aceitar que o governo use a máquina para buscar a perseguição política contra aqueles que se insurgem contra ele ou que, eventualmente, se posicionem contra ele", disse. "Por que após a delação do Ricardo Pessoa o procurador não determinou a abertura de inquérito contra o ministro Mercadante ou contra o ministro Edinho Silva? Ou outros ministros? Ali houve uma acusação frontal de recebimento de dinheiro de caixa dois. A atuação do MP tem sido seletiva. É só olhar bem: as casas dos senadores [alvo de busca e apreensão na terça-feira] não eram nenhuma de alguém do PT", prosseguiu.

As retaliações ao governo devem ter início ao fim do recesso parlamentar. Cunha deve instalar as Comissões Parlamentares de Inquérito para investigar o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e os Fundos de Pensões. Além disso, ministros próximos a Dilma devem ser convocados a falar no Congresso. Ao seu lado, Eduardo Cunha tem o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), tão líder dentro do PMDB como ele, mas não tão influente na capilaridade do Legislativo. Renan aprovou a ideia. É hora de emparedar o Executivo sobre os rumos da Operação Lava Jato.
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Offline Lorentz

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #512 Online: 17 de Julho de 2015, 13:23:57 »
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/cunha-desminto-com-veemencia-as-mentiras-do-delator

Citar
Leia a nota divulgada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre a afirmação à Justiça do empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal, segundo quem o peemedebista lhe pediu 5 milhões de dólares em propina.

Com relação à suposta nova versão atribuída ao delator Júlio Camargo, tenho a esclarecer o que se segue:
1- O delator já fez vários depoimentos, onde não havia confirmado qualquer fato referente a mim, sendo certo ao menos quatro depoimentos.
2- Após ameaças publicadas em órgãos da imprensa, atribuídas ao Procurador Geral da República, de anular a sua delação caso não mudasse a versão sobre mim, meus advogados protocolaram petição no STF alertando sobre isso.
3- Desminto com veemência as mentiras do delator e o desafio a prová-las.
4- É muito estranho, às vésperas da eleição do Procurador Geral da República e às vésperas de pronunciamento meu em rede nacional, que as ameaças ao delator tenham conseguido o efeito desejado pelo Procurador Geral da República, ou seja, obrigar o delator a mentir.

Deputado Eduardo Cunha

Presidente da Câmara dos Deputados
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Offline Pilantrólogo

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #513 Online: 17 de Julho de 2015, 16:48:56 »
Sempre que vejo alguém tecendo comentários sobre [piada] a figura magnífica e honestíssima que é [/piada] o Exmo. Senhor Presidente da Câmara do Deputados Eduardo Cunha, eu me lembro dessa entrevista de 2012 2014 com Ciro Gomes:

<a href="https://www.youtube.com/v/PIDDAewqYdw" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/PIDDAewqYdw</a>

Ninguém lhe deu ouvidos. A merda ta aí feita e agora reclamam.
« Última modificação: 17 de Julho de 2015, 17:23:11 por Pilantrólogo »
"(...) the future is already here. It's just not very evenly distributed." - William Ford Gibson

Offline Fabrício

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #514 Online: 17 de Julho de 2015, 16:56:20 »
Citação de: Sempre que vejo alguém tecendo comentários sobre [piada
a figura magnífica e honestíssima que é [/piada] o Exmo. Senhor Presidente da Câmara do Deputados Eduardo Cunha, eu me lembro dessa entrevista de 2012 com Ciro Gomes:

Quem do fórum falou que ele é uma "figura magnífica e honestíssima?"?  :o
"Deus prefere os ateus"

Offline Sergiomgbr

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #515 Online: 17 de Julho de 2015, 17:17:20 »
Sempre que vejo alguém tecendo comentários sobre [piada] a figura magnífica e honestíssima que é [/piada] o Exmo. Senhor Presidente da Câmara do Deputados Eduardo Cunha, eu me lembro dessa entrevista de 2012 com Ciro Gomes:

<a href="https://www.youtube.com/v/PIDDAewqYdw" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/PIDDAewqYdw</a>

Ninguém lhe deu ouvidos. A merda ta aí feita e agora reclamam.
Putzgrila!
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Skorpios

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #516 Online: 18 de Julho de 2015, 14:15:16 »
Nunca é demais lembrar alguns fatos da trajetória do augusto presidente da Câmara de Deputados...

Citar
A cara de pau de Eduardo Cunha

A ficha de Eduardo Cunha, o mais novo notável da República.

Ouvir Eduardo Cunha falando de valores republicanos soaria irônico, não fosse trágico. O presidente da Câmara defendeu em artigo recente nesta Folha temas como a independência dos poderes, reformas política e tributária e a realização do debate democrático. Quem não o conhece, que compre.

A trajetória de Cunha é recheada de eventos bem pouco apropriados a um guardião da República. E nos ajuda a entender que tipo de interesse está por trás de seu discurso de mudanças legislativas.

Em 1989, Cunha foi o responsável financeiro do Comitê de campanha de Collor no Rio de Janeiro. Como retribuição ganhou o cargo de presidente da Telerj. Após a saída de Collor, foi exonerado por conta de um esquema de superfaturamento em contrato da companhia com a empresa NEC, que recebeu aditivo de US$ 92 milhões. Ainda por sua atuação na Telerj foi um dos 44 indiciados na investigação do Esquema de PC Farias.

Em 2000, reaparece nas páginas policiais após ter que deixar a presidência da Companhia Estadual de Habitação do Rio por conta de denúncias de corrupção. Desta vez foi acusado de realizar contratos sem licitação e favorecimento de empresas fantasmas. Instado a explicar a incompatibilidade entre seus gastos e a renda declarada no período, alegou um suposto empréstimo do banco Boreal.

Talvez uma coincidência da vida, mas o banco Boreal pertence ao mesmo grupo que controla a operadora portuária Libra, beneficiada anos depois pelas manobras estridentes de Cunha no debate da MP dos Portos.

Em 2005, foi aberta a CPI dos Correios que desencadeou o escândalo do mensalão. E lá estava Cunha. Foi associado ao doleiro Lucio Funaro, cujo esquema com corretoras esteve ligado ao rombo de R$ 309 milhões do fundo de pensão carioca Prece. Foi descoberto que o doleiro, que tornou-se delator do mensalão, pagava o aluguel de um luxuoso flat para Cunha em Brasília.

A parceria mostrou-se sólida. Em 2007, quando Cunha emplacou a indicação do ex-prefeito do Rio Luiz Paulo Conde como presidente de Furnas, a empresa pública foi levada a fazer um negócio escandaloso, denunciado quatro anos mais tarde.

Pouco depois da posse de Conde, Furnas abriu mão de adquirir um lote de ações por R$ 6,9 milhões. Oito meses mais tarde adquiriu o mesmo lote, de outra empresa, por R$ 80 milhões. R$ 73 milhões de ágio. Quem foi a empresa felizarda? A companhia Serra da Carioca II, do Grupo Gallway, dirigido por… Lucio Funaro, operador de Cunha.

Todas essas denúncias são públicas, assim como as acusações de seu envolvimento numa negociata imobiliária com o traficante colombiano Juan Carlos Abadia e sua relação com políticos acusados de dirigirem milícias no Rio de Janeiro. No entanto, nada disso o impediu de tornar-se o chefe do Poder Legislativo do país e de querer ainda aplicar sermões republicanos.

Responde a processos criminais no STF e no Tribunal de Justiça do Rio por improbidade administrativa, compra de votos e crime tributário, dentre outros. Homem de bons amigos, até agora saiu sempre ileso. Foi citado nos vazamentos da Lava a Jato. Resta saber se estará na denúncia do Ministério Público ou se passará assobiando novamente.

Mas Cunha não é uma anomalia: é expressão da captura das funções públicas pelos interesses privados. O financiamento empresarial de campanha sempre permitiu aos grupos econômicos construírem suas bancadas.

A bancada ruralista, a da bala, das empreiteiras, dos empresários da educação ou dos planos de saúde são notórias e têm cada qual seu time de parlamentares.

O diferencial de Cunha – que espanta pela ousadia – é ter-se constituído numa espécie de gerente de várias bancadas de interesse. Mantém relação e obtém financiamento de empresas de vários setores, atuando como um curinga dos negócios privados no Legislativo. Daí suas sólidas amizades.

Daí também ter um poder de arrecadação eleitoral que o permitiu terceirizar o financiamento para outros deputados. Arrecada das empresas e financia campanhas de colegas. Constituiu assim uma bancada própria, com a fidelidade que o dinheiro assegura nesses casos.

Diante disso não é preciso muito para compreender que a reforma política proposta por ele não tocará no ponto essencial da corrupção, que é o modelo de financiamento das campanhas. Ao contrário, buscará enxertar por uma PEC o financiamento empresarial na Constituição, anulando os efeitos da ADI 4650, que já tem maioria no Supremo. Gilmar Mendes mata no peito e Cunha faz o gol. Pena que contra.

Já sua “reforma tributária” nem passará perto da distorção regressiva de nosso modelo, no qual os ricos pagam proporcionalmente menos impostos que os pobres no país. Muito provavelmente, dada suas relações, tentará desonerar ainda mais o capital. Na verdade, tratam-se nos dois casos de contrarreformas.

A condução de Eduardo Cunha à presidência da Câmara mata qualquer ilusão de que este Congresso realizará as reformas almejadas pela maioria do povo brasileiro. Ou virão da mobilização das ruas ou simplesmente não ocorrerão.

Por Guilherme Boulos

Offline Lorentz

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #517 Online: 18 de Julho de 2015, 14:56:14 »
Muitos aqui me veem como um admirador do Cunha. Mas não consigo deixar de considerá-lo um bom presidente da câmara, independente de sua ficha suja. E Guilherme Boulos é um sujeito que tenho dificuldade de ter algum respeito. Nunca ouviríamos dele uma crítica a alguém da esquerda por exemplo.

Em tempos de Petrolão ele prefere falar em golpe ou criticar Cunha e a oposição.

Isso já me deixa desconfiado da veracidade dessas acusações.
« Última modificação: 18 de Julho de 2015, 15:00:41 por Lorentz »
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Offline Sergiomgbr

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #518 Online: 18 de Julho de 2015, 15:06:30 »
Muitos aqui me veem como um admirador do Cunha. Mas não consigo deixar de considerá-lo um bom presidente da câmara, independente de sua ficha suja. E Guilherme Boulos é um sujeito que tenho dificuldade de ter algum respeito. Nunca ouviríamos dele uma crítica a alguém da esquerda por exemplo.

Em tempos de Petrolão ele prefere falar em golpe ou criticar Cunha e a oposição.

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #519 Online: 18 de Julho de 2015, 15:13:47 »
Muitos aqui me veem como um admirador do Cunha. Mas não consigo deixar de considerá-lo um bom presidente da câmara, independente de sua ficha suja. E Guilherme Boulos é um sujeito que tenho dificuldade de ter algum respeito. Nunca ouviríamos dele uma crítica a alguém da esquerda por exemplo.

Em tempos de Petrolão ele prefere falar em golpe ou criticar Cunha e a oposição.

Isso já me deixa desconfiado da veracidade dessas acusações.
Se você acha bom alguém com ficha suja cuidar da sua família te isento.

Eu prefiro o ficha suja do Cunha do que a ficha limpa da Heloísa Helena num cargo do executivo. Mesmo roubando ele causaria menos estrago.
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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #520 Online: 18 de Julho de 2015, 15:21:34 »
Muitos aqui me veem como um admirador do Cunha. Mas não consigo deixar de considerá-lo um bom presidente da câmara, independente de sua ficha suja. E Guilherme Boulos é um sujeito que tenho dificuldade de ter algum respeito. Nunca ouviríamos dele uma crítica a alguém da esquerda por exemplo.

Em tempos de Petrolão ele prefere falar em golpe ou criticar Cunha e a oposição.

Isso já me deixa desconfiado da veracidade dessas acusações.
Se você acha bom alguém com ficha suja cuidar da sua família te isento.

Eu prefiro o ficha suja do Cunha do que a ficha limpa da Heloísa Helena num cargo do executivo. Mesmo roubando ele causaria menos estrago.


Também acho que um ou uma socialista tipo Maduro faria muito mais estrago...


Offline Lorentz

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #521 Online: 18 de Julho de 2015, 15:25:47 »
Muitos aqui me veem como um admirador do Cunha. Mas não consigo deixar de considerá-lo um bom presidente da câmara, independente de sua ficha suja. E Guilherme Boulos é um sujeito que tenho dificuldade de ter algum respeito. Nunca ouviríamos dele uma crítica a alguém da esquerda por exemplo.

Em tempos de Petrolão ele prefere falar em golpe ou criticar Cunha e a oposição.

Isso já me deixa desconfiado da veracidade dessas acusações.
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Eu prefiro o ficha suja do Cunha do que a ficha limpa da Heloísa Helena num cargo do executivo. Mesmo roubando ele causaria menos estrago.


Também acho que um ou uma socialista tipo Maduro faria muito mais estrago...



O problema é que o Maduro é corrupto E socialista.
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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #522 Online: 18 de Julho de 2015, 15:32:34 »
Ah bom! No seu não mas no do executivo pode.
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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #523 Online: 18 de Julho de 2015, 15:52:05 »
Muitos aqui me veem como um admirador do Cunha. Mas não consigo deixar de considerá-lo um bom presidente da câmara, independente de sua ficha suja. E Guilherme Boulos é um sujeito que tenho dificuldade de ter algum respeito. Nunca ouviríamos dele uma crítica a alguém da esquerda por exemplo.

Em tempos de Petrolão ele prefere falar em golpe ou criticar Cunha e a oposição.

Isso já me deixa desconfiado da veracidade dessas acusações.
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Eu prefiro o ficha suja do Cunha do que a ficha limpa da Heloísa Helena num cargo do executivo. Mesmo roubando ele causaria menos estrago.
Eu não.
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Offline O Grande Capanga

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Re:Impeachment de Dilma e o day after
« Resposta #524 Online: 18 de Julho de 2015, 16:00:45 »
Muitos aqui me veem como um admirador do Cunha. Mas não consigo deixar de considerá-lo um bom presidente da câmara, independente de sua ficha suja. E Guilherme Boulos é um sujeito que tenho dificuldade de ter algum respeito. Nunca ouviríamos dele uma crítica a alguém da esquerda por exemplo.

Em tempos de Petrolão ele prefere falar em golpe ou criticar Cunha e a oposição.

Isso já me deixa desconfiado da veracidade dessas acusações.
Se você acha bom alguém com ficha suja cuidar da sua família te isento.

Eu prefiro o ficha suja do Cunha do que a ficha limpa da Heloísa Helena num cargo do executivo. Mesmo roubando ele causaria menos estrago.

É isso que o PT floresceu nos brasileiros. Melhor um fisiológico (PMDB) do que um ideológico-fisiológico (PT).

 

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