Esse final de semana recebi um vídeo mostrando como é feita a cirurgia para mudança de sexo masculino para feminino; fiquei impressionada como alguém pode se submeter a algo tão arriscado e delicado, sem falar que o pós operatório é terrível, com drenos pra todos os lados, uma violência anatômica...
Posso até entender o desespero de um homem que se diz uma mulher, presa num corpo masculino, e sempre me perguntei o porquê dessa não aceitação; qual a necessidade de se transformar em algo que não gosta? Afinal de contas, essa cirurgia, somada ao silicone e outros tratamentos, identifica um gênero pelo qual não se sente atraído; a atração pelo mesmo sexo passa por fatores que incluem a aparência física, então, no meu parco enxergar das coisas, mulheres que gostam de mulheres gostam de mamas e vaginas,
a priori, e homens que gostam de homens gostam de pênis e demais acessórios, como barba na cara e voz grossa. Assim, a mudança me soa não apenas como não aceitação, mas uma tentativa de abranger um território de "caça" mais amplo, na verdade.
Claro que existem gostos e corpos para todas as vontades, mamas com pênis (alguns consideram um
upgrade)

, ou vaginas com barba (isso eu pessoalmente já acho um atraso, como se não bastasse menstruar, ainda ter que fazer a barba?)

, ou seja muitas, várias formas de tentar ser feliz.
Vejo com pesar que a animosidade entre grupos de pessoas que não compartilham da mesma identidade sexual é alimentada pelos integrantes desses mesmos grupos, pois a sardinha é pouca e a brasa é muita, enquanto todos poderiam estar desfrutando do mesmo sol.
Lésbicas e trans costumam frequentar banheiros femininos, quando se identificam com o gênero feminino, ou usam o masculino quando se identificam com este gênero; isso vai do bom senso, na verdade, não precisa criar banheiros para isso.
A confusão começa quando os limites são invadidos e "o viado ficou olhando meu pau e me cantando", ou "a sapata veio querer passar a mão nos meus peitos na alta" ...
Aos politicamente corretos, queria deixar um vídeo de uma propaganda de absorvente íntimo que causou ódio aos trans, mas o proxyfuck daqui não deixa...
Resumindo, entram duas mulheres no banheiro, uma trans e uma original de fábrica, fazendo o que mulheres costuma fazer, como retocar a maquiagem; para cada produto de beleza (batom, blush,espelhinho,perfume) que a original tira da bolsa, a trans tem um maior, melhor e mais brilhante, e a cada demonstração, vai humilhando a outra que fica com aquela carinha de coitada, sem falar que a trans é mostrada como mais rica e mais posuda.
Finalmente, para coroar com chave de ouro, a mocinha tira então o absorvente (O.B.) da bolsinha; a pobre trans fica então (perdoem-me o trocadilho)
transtornada, enfurecida, toma aquilo como ofensa pessoal e sai do banheiro bufando e pisando duro.
Várias mensagens:
1. Trans são consideradas arrogantes, embora nem todas sejam
2. Mulheres originais são vistas como inferiores (SQN)
3. Trans não são mulheres porquê não menstruam (AFF!)
4. Haveria uma suposta superioridade inerente às "originais de fábrica"
Nossa, espero que tantas aspas e parênteses façam com que eu seja entendida, ó minha Santa Oratória, please, don't let me be misunterstood...