Não é à toa que o Diário vem lá das bandas do C* do mundo, se me permitem a vulgaridade do termo.
Num artigo de poucos parágrafos, são tantas as mentiras que chegamos a perder a conta.
- Moro enviou uma carta ao jornal. Não foi artigo assinado, entrevista, nada disso. Qualquer cidadão escreve carta ao jornal, logo não usou de sua autoridade.
- Ele não censurou o jornal. Ele emitiu uma opinião pessoal sobre a leviandade que se escreveu sobre os casos sob sua jurisdição. Isso NÃO é censura.
- Ele até enfatizou que "parece claro que o objeto dos processos em curso consiste em crimes de corrupção e não de opinião".
- Moro não sugeriu que o colunista fosse expulso do Conselho Editorial. Ele apenas lembrou que o citado faz parte do Conselho. Isso NÃO é estímulo a expulsão.
- As escutas TODAS foram legais. Quem estava sob investigação era o ex-presidente. Os fundos não têm culpa se as calças conversam com investigados.
- DuChefe mantinha conversas não republicanas com quem está na mira da justiça, usando outro termo, com um SUSPEITO.
- Moro NÃO violou Lei de Interceptação coisa nenhuma.
- Tanto que as inúmeras representações (em maio já eram 14) contra ele no Conselho Nacional de Justiça foram TODAS arquivadas.
- O que o juiz escreveu em 2004, sendo teoria, opinião, definição, conceito, o que seja, não é crime e ele tem pleno direito de escrever sobre Mãos Limpas, sobre pescaria, sobre passear de balão ou o assunto que lhe der na veneta sem ter que aturar viúva de Lula no calcanhar dele.
- Ele sempre pediu apoio da sociedade para levar adiante um trabalho corajoso que enfrenta gigantescas forças ocultas e contrárias e, somente por isso, ele já entrou para o quadro de Heróis da História (maiúscula) do país, quer seus adversários queiram ou não.
- A ação que os advogados de Lula entraram na ONU está pacientemente repousando numa gaveta daquela entidade, haja vista a carência de sustentação por essa ação alegada.
- O Alto Comissariado já se reuniu nesse ano, mas postergou o assunto Lula para 2017, pois não sai nenhum coelho daquele buraco mesmo.
Arre, tanta mentira!
Abaixo, o texto de Sérgio Moro à Folha de São Paulo.
Lamentável que um respeitado jornal como a Folha conceda espaço para a publicação de artigo como o "Desvendando Moro", e mais ainda surpreendente que o autor do artigo seja membro do Conselho Editorial da publicação. Sem qualquer base empírica, o autor desfila estereótipos e rancor contra os trabalhos judiciais na assim denominada Operação Lava Jato, realizando equiparações inapropriadas com fanático religioso e chegando a sugerir atos de violência contra o ora magistrado. A essa altura, salvo por cegueira ideológica, parece claro que o objeto dos processos em curso consiste em crimes de corrupção e não de opinião. Embora críticas a qualquer autoridade pública sejam bem-vindas e ainda que seja importante manter um ambiente pluralista, a publicação de opiniões panfletárias-partidárias e que veiculam somente preconceito e rancor, sem qualquer base factual, deveriam ser evitadas, ainda mais por jornais com a tradição e a história da Folha.
Uma nota curta e de opinião apenas.
Só falou propriedades. O autor do artigo que o ataca não tem base para proferir aquelas leviandades, destila estereótipos e rancor. Está claro para quem leu sobre Savonarola e queimar na fogueira. A metáfora foi usada muito próxima da realidade para se eximir de licença poética.
Aquele artigo reflete fanatismo religioso de séculos atrás e não se encaixa em democracias.
Ele ainda dá boas vindas a opiniões contrárias e a pluralidade de ideias, coisa que o governo finado nunca aceitou.
Repetindo uma frase que resume bem: "...o objeto dos processos em curso consiste em crimes de corrupção e não de opinião".
Mas, sabe "cumé"...
tem sempre militonto empedernido teimando em defender bandido e atacar autoridade...
Fazer o quê?