Autor Tópico: Lava Jato chegou ao Lula  (Lida 207985 vezes)

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Offline Entropia

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #925 Online: 19 de Março de 2016, 22:23:54 »
Continua os ataques, só o que tem. A nova agora dos petistas é essa:

Offline Lorentz

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #926 Online: 19 de Março de 2016, 22:36:08 »
Continua os ataques, só o que tem. A nova agora dos petistas é essa:


Escandâlo.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #927 Online: 19 de Março de 2016, 23:23:47 »
Continua os ataques, só o que tem. A nova agora dos petistas é essa:


Quando o escândalo era de bilhões e o doleiro era o mesmo, houve um acordão entre PT e PSDB para brecarem a CPI do Banestado.

Eu mesmo vi na televisão o Mercadante dando entrevista para Maria Lídia em que dizia que não deveriam instalar a CPI pois havia projetos importantes para votar.

Mais importantes que achar 30 bilhões desviados...

Mas petistas têm memória seletiva.

Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #928 Online: 20 de Março de 2016, 07:56:18 »


Operação que inspirou Lava Jato foi fracasso e criou corruptos mais sofisticados, diz pesquisador

Luiza Bandeira


Da BBC Brasil em Londres
17 março 2016

AFPImage copyrightAFP


Para especialista, apenas operações judiciais não acabam com corrupção no país

Responsável pelas investigações que têm incendiado o mundo político brasileiro e mergulharam o governo Dilma Rousseff em uma crise sem precedentes, a Operação Lava Jato, que completa dois anos nesta quinta-feira, é vista por muitos como esperança de pôr fim à corrupção no país.
Mas para o cientista político Alberto Vannucci, um dos maiores estudiosos da Operação "Mãos Limpas" na Itália, que serviu de inspiração para a Lava Jato, investigações judiciais não conseguem acabar com a corrupção em um país quando ela é sistêmica.

"Inquéritos judiciais, mesmo quando bem-sucedidos, podem colocar na cadeia alguns políticos, burocratas e empresários corruptos, mas não conseguem acabar com as causas enraizadas da corrupção", disse ele à BBC Brasil.

E mais. Para Vannucci, que é professor da Universidade de Pisa, a Mãos Limpas italiana ainda acabou permitindo o surgimento de mecanismos mais sofisticados de corrupção no país.

Uma das maiores operações anticorrupção da história europeia, a Mãos Limpas, ou Mani Pulite, realizada, nos anos 90, ajudou a desmantelar diversos esquemas envolvendo tanto o pagamento de propina por empresas privadas interessadas em garantir contratos com estatais e órgãos públicos quanto o desvio de recursos para o financiamento de campanhas políticas.

Leia também: Como foi a megaoperação italiana que teria inspirado a 'Lava Jato'?

Foi essa megainvestigação que levou ao fim da chamada Primeira República Italiana, na qual a agremiação Democracia Cristã (DC) e o Partido Socialista Italiano (PSI) eram as principais forças políticas do país.

A operação investigou seis ex-premiês, mais de 500 parlamentares e milhares de outros agentes. Os principais partidos da época acabaram ou foram profundamente modificados por ela. Segundo o especialista, porém, apenas cerca de um quarto dos investigados foram punidos.


Para Vannucci, investigações judiciais não conseguem acabar com a corrupção em um país quando ela é sistêmica

A operação também teve como resultado a ascensão de políticos "novos" como o ex-premiê Silvio Berlusconi, que se envolveu em diversos escândalos e acabou renunciando.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

BBC Brasil - No seu artigo "O legado controverso da Mãos Limpas", o sr. escreve que a operação expôs a corrupção, mas n'ao conseguiu resolver o problema. Pelo contrário, pode até ter criado mecanismos de corrupção mais elaborados. Por quê?

Alberto Vannucci - A Mãos Limpas pode ser considerada uma conquista incrível em curto prazo, mas um fracasso em longo prazo. Em termos gerais, inquéritos judiciais, mesmo quando bem-sucedidos, podem colocar na cadeia alguns políticos, burocratas e empresários corruptos, mas não conseguem acabar com as causas enraizadas da corrupção.

Mesmo quando acham provas de propina e processam políticos, investigações judiciais só arranham a superfície da ilegalidade, mal podem modificar a estrutura invisível das normas não escritas da corrupção sistêmica.

A falta de transparência e responsabilidade em política e na burocracia estatal, o controle social e político fraco sobre o exercício de poder, mecanismos de seleção da elite política errados e imorais: esses e outros fatores de corrupção não podem ser erradicados por juízes.

E, pior, na Itália, agora, os políticos corruptos, servidores públicos e empresários aprenderam a lição da Mãos Limpas e não estão cometendo os mesmos erros daqueles que foram presos. Nos últimos anos, eles desenvolveram técnicas mais sofisticadas para praticar corrupção com mais chances de ficarem impunes, como dissimular pagamentos de propinas, ou multiplicar conflitos de interesses, como fez (o ex-premiê) Berlusconi (ao criar tensões com o Judiciário).

Mesmo quando acham provas de propina e processam políticos, investigações judiciais só arranham a superfície da ilegalidade, mal podem modificar a estrutura invisível das normas não escritas da corrupção sistêmica. Quando uma parte significativa dos membros da elite desenvolvem uma crença de que "a corrupção é a forma normal de fazer as coisas", a prática da corrupção resiste a investigações e escândalos.

ReutersImage copyrightReuters

Image caption
Ascensão do ex-premiê italiano é vista como uma das consequências da operação Mãos Limpas

BBC Brasil - Apesar de o PT ser o partido mais atingido pela Lava Jato até o momento, lideranças da oposição como Aécio Neves e Geraldo Alckmin foram hostilizados durante os recentes protestos e parece haver uma grande desilusão com partidos políticos. Na Itália, a Mãos Limpas fez os dois principais partidos desaparecerem ou mudarem profundamente. Quais foram as consequências disso?

Alberto Vannucci - A percepção de corrupção generalizada alimenta a desconfiança da opinião pública em relação ao sistema político e aos partidos em geral e, com um sistema deslegitimado, é cada vez mais difícil para qualquer político, até os que apoiam os juízes, ser considerado honesto e confiável. Quando partidos "antigos" italianos desapareceram ou passaram por mudanças drásticas, "novos" partidos e líderes apareceram, como Silvio Berlusconi.

Quando uma parte significativa dos membros da elite desenvolvem uma crença de que 'a corrupção é a forma normal de fazer as coisas', a prática da corrupção resiste a investigações e escândalos.

Mas como não houve mudança institucional ou cultural, a maioria deles estava profundamente envolvida com o sistema corrupto anterior – Berlusconi era um protegido do antigo líder socialista Bettino Craxi, que fugiu para o exterior para se livrar da prisão. Então a esperança de integridade na política foi substituída por uma desilusão crescente, o que se reflete no crescimento das taxas de abstenção nas eleições.

BBC Brasil - Um fenômeno parecido com Berlusconi, que acabou acusado de corrupção, poderia ocorrer no Brasil ou foi algo específico da Itália?
Alberto Vannucci - Algo parecido pode acontecer no Brasil, na Itália e em qualquer país com corrupção endêmica. O processo de seleção das lideranças políticas pode ser profundamente influenciado pela corrupção, cujos recursos (subornos, financiamento ilegal) são normalmente reinvestidos para ganhar votos e apoio.

Inquéritos judiciais só podem contribuir para esse processo de seleção, não necessariamente eliminando os "piores" políticos (os corruptos) mas simplesmente aqueles que são pegos, enquanto outros igualmente corruptos – mas capazes de sobreviver – os substituem.
E como o caso Berlusconi claramente mostra, quando o antigo equilíbrio político e de proteção desaparece, os envolvidos em corrupção tem um incentivo forte para tentar entrar de forma autônoma na arena política, para permanecer em seus negócios ou usar sua autoridade política como escudo contra investigações judiciais.


Manifestações contra PT; na Itália, principais partidos desapareceram após investigação

BBC Brasil - O juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, foi celebrado como uma espécie de "herói" nas manifestações pelo Brasil. Mas, no artigo, o sr. diz que uma ênfase excessiva no papel de magistrados é prejudicial.

Alberto Vannucci -Com certeza há muita semelhança entre os casos brasileiro e italiano. Os juízes italianos – principalmente o promotor Antonio di Pietro – viraram heróis populares e a uma certa altura uma espécie de unanimidade, até mais que o papa. Mas – de novo – juízes só podem fazer seu papel, que é processar e julgar crimes.

Qualquer ênfase excessiva no seu papel pode colocar em risco, ao longo do tempo, a percepção da sua capacidade e imparcialidade, já que há sempre alguém que começa a acusá-los de politização em sua atividade judicial, ou quando o resultados dos processos é decepcionante.

E não há garantia de que a habilidade deles com inquéritos possa se traduzir em outros papéis públicos: quando Di Pietro deixou de ser um magistrado e começou uma carreira política, criando seu próprio partido, ele perdeu toda a credibilidade como árbitro "acima dos partidos", teve pouco impacto e, paradoxalmente, esteve envolvido em um escândalo por mal uso de recursos públicos.

BBC Brasil - É possível então fazer uma investigação da dimensão da Mãos Limpas sem tornar o quadro ainda pior?

Alberto Vannucci - É muito difícil, se não impossível, antecipar as possíveis consequências de uma investigação judicial atingindo um sistema grande, estratificado e complexo de negócios ilegais como o da Itália – e presumivelmente do Brasil – já que efeitos indesejados são quase certos.

O único conselho que pode ser dado é que os atores públicos e a opinião pública devem agir com um grande senso de dever institucional, seguindo rigorosamente as restrições que as limitam: a aparente "excepcionalidade" dos escândalos de corrupção não pode levar as pessoas que as processam a adotar a "exceção" como regra.

BBC Brasil - O que o Brasil pode aprender da experiência italiana?

Alberto Vannucci - Várias coisas podem ser aprendidas pelo Brasil – e até pela Itália. Um erro de opinião pública nas fases iniciais foi considerar a corrupção um problema restrito aos sistema políticos e econômicos. Pelo contrário, quando é disseminada e sistêmica, a corrupção tem efeitos devastadores e envolve parte significativa de segmentos da sociedade civil.

Corrupção é sinal de Estado fraco, má governança, políticas públicas mal feitas e uma elite política e econômica mal selecionada.

Mas provavelmente a lição mais importante é que um investigação não pode, por si só, resolver um problema tão grande de corrupção. A solução não pode ser colocar todos os políticos e empresários corruptos na cadeia – até porque não haveria espaço suficiente nas prisões.

Corrupção é sinal de Estado fraco, má governança, políticas públicas mal feitas e uma elite política e econômica mal selecionada. Reformas institucionais, políticas e econômicas são necessárias para garantir um aumento sustentável da integridade da esfera pública. Mas uma mudança tão radical precisa de um apoio social que dure, que não seja incentivado por um entusiasmo efêmero como uma ação "heroica" de algum juiz.
Um forte investimento em educação e cultura e a ativação de canais de participação comunitária para a tomada de decisões são as medidas anticorrupção mais fortes: a corrupção desenfreada que vemos hoje na Itália é uma consequência desta lição que ignoramos.



http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160316_lavajato_dois_anos_entrevista_lab


« Última modificação: 20 de Março de 2016, 08:04:18 por JJ »

Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #929 Online: 20 de Março de 2016, 07:58:18 »

A Lava jato é benéfica para o Brasil, mas não se deve ter a ilusão de que o Brasil terá uma grande mudança nas suas práticas de corrupção na política, por causa dela.








Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #930 Online: 20 de Março de 2016, 08:03:18 »
Inspiração da Lava Jato gerou corrupção 2.0, diz pesquisador




O cientista político Alberto Vannucci, professor da Universidade de Pisa
FERNANDA MENA
DE SÃO PAULO

16/03/2016  02h00


As manifestações do último domingo (13) exaltaram a Operação Lava Jato e seu mais célebre protagonista, o juiz federal Sergio Moro.

Se a iniciativa anticorrupção italiana, chamada Operação Mãos Limpas, que inspirou a brasileira, ditasse também seu desfecho, haveria pouco a comemorar.

Ao investigar milhares de políticos italianos, incluindo quatro ex-primeiros-ministros e centenas de empresários, a Mãos Limpas paradoxalmente promoveu uma espécie de "corrupção 2.0", difusa e de difícil combate.

O diagnóstico é do cientista político Alberto Vannucci, 52, professor da Universidade de Pisa e principal referência de Moro em artigo de 2004 sobre a operação italiana.

Segundo Vannucci, a falta de medidas de promoção de transparência e prestação de contas fez com que o esforço daquele grupo de juízes acabasse em pizza.

Leia trechos da entrevista.

*

Folha - A Itália tem hoje índices de percepção de corrupção semelhantes àqueles pré-Operação Mãos Limpas. O que deu errado?

Alberto Vanucci - Há uma série de motivos para isso. O primeiro deles é que a Mãos Limpas foi uma ação judicial que obteve sucesso parcial na repressão e sanção de certas atividades criminosas cometidas pela classe política e econômica italianas, mas foi um fracasso completo na renovação da política italiana.

Não promoveu nenhuma melhora na transparência, na prestação de contas nem na capacidade de resposta das instituições políticas italianas. Ao contrário, até duas décadas depois da operação, não havíamos criado nenhuma lei anticorrupção.

Pior: várias medidas, propostas e aprovadas pelos partidos de centro direita e de centro esquerda, aumentaram a imunidade da classe política ao criar obstáculos para investigações. Eles aprenderam a lição e, no ano seguinte ao término da operação, recobrado o direito de criar e aprovar leis, criaram condições para o desenvolvimento de uma corrupção mais difusa e de mais difícil detecção. Uma corrupção 2.0.

A indignação da sociedade com a corrupção revelada pela operação não teve continuidade após seu término?

O apoio popular às ações anticorrupção da Mãos Limpas teve vida curta. Talvez a maior causa da falta de reação do eleitorado ao que se seguiu à Mãos Limpas tenha sido o fato de seu desenvolvimento ter partido da investigação das elites política e econômica para a apuração de uma cultura de corrupção que envolvia atores da chamada sociedade civil: médicos, pequenos empresários que pagavam propinas regulares etc. Quando a percepção de risco de envolvimento nas denúncias cresceu entre a maior parte da população italiana, a corrupção deixou de ser um assunto.

Qual foi o papel da mídia?

No início da operação, havia um interesse intenso da mídia. O nível dos políticos envolvidos tendia a aumentar a cada fase da Mãos Limpas.

Em poucos meses, as lideranças dos partidos políticos mais importantes da Itália estavam sendo acusados.

Depois desse impacto inicial, no entanto, tiveram início os processos judiciais, que foram muito morosos.

Muitas vezes tão lentos que os crimes prescreviam antes de terminarem os julgamentos em todas as instâncias. Muita gente se livrou das acusações por causa disso.

Como a Mãos Limpas colaborou, de certa maneira, para a ascensão de Silvio Berlusconi a primeiro-ministro?

Diretamente. A escalada de Berlusconi é uma consequência direta da operação. Antes de 1992, ele era um empresário de vários setores, como mídia, futebol, finanças e seguros. São atividades que estavam sobre algum tipo de regulação pública, e ele havia comprado proteção política, em especial entre as lideranças de centro direita e centro esquerda, que foram varridas da cena institucional durante a operação Mãos Limpa.

O Partido Socialista Italiano, que tinha 15% do eleitorado o apoiando, ficou com menos de 1% em 1994, dois anos após o início da operação. O Partido Democrata Cristão caiu de 30% para menos de 11%. Berlusconi percebeu este vazio político, este vácuo de representação, e, com seu talento empresarial, criou seu próprio partido, batizado de Forza Itália, algo que se grita nos estádios durante jogos de futebol.

Como a população não queria mais votar nos velhos partidos envolvidos nos escândalos de corrupção, Berlusconi obteve esses votos.

Seu partido foi fundado em janeiro de 1994 e, em março, obteve mais de 20% dos votos e conquistou maioria na Câmara dos Deputados, o que o tornou primeiro-ministro.

A tal crise de representatividade política.

Sim. A completa deslegitimação da classe política dominante fez surgir uma nova safra de atores profundamente envolvida no sistema de corrupção que existia antes da operação, da qual Berlusconi é o maior exemplo.

A percepção dos eleitores se tornou binária: se o político era antigo, era ruim e corrupto; se era novo, era bom e presumivelmente honesto. Berlusconi era novo, apesar de não ser honesto. Sua condenação por fraude fiscal, no entanto, ocorreu apenas em 2012.

Ou seja, eliminar um circuito de corruptos e corruptores pode simplesmente promover um novo circuito de corrupção ainda pior?
Infelizmente, sim. No ambiente de corrupção pós-Mãos LImpas, os novos partidos políticos não podiam exercer o papel de garantidores do sistema nacional de corrupção, mas outros atores, como empresários, intermediários, políticos ou mesmo integrantes do crime organizado, passaram a ser os garantidores de um sistema local e mais restrito de corrupção. Agora temos um sistema policêntrico.

O efeito dominó que a Mãos Limpas teve se tornou algo impossível de se repetir, e a corrupção, mais difícil de ser punida.

Qual foi a importância das prisões preventivas para a operação Mãos Limpas?

Foi muito importante para dar início à bola de neve que deu à Mãos Limpas a proporção que ela teve. O primeiro político preso, Mario Chiesa, pode ficar até três meses em prisão cautelar, de acordo com a legislação italiana. Por dois meses, ele resistiu, até que as evidências reunidas contra ele se tornaram tão consistentes que ele foi expulso do seu partido. Sem apoio, confessou e começou a colaborar com as autoridades.

Ao denunciar o envolvimento de outros políticos e empresários, criou um fluxo de informações sobre quem havia pago o quê e para quem.

Como a corrupção é um crime do colarinho branco, geralmente envolve as elites, gente que não imaginava que poderia ser presa. Reunidas as evidências que justificassem a prisão cautelar, um curto período de tempo atrás das grades se mostrava suficiente para que essas pessoas cooperassem. isso porque, apesar de serem criminosos, em geral não são violentos e não se consideram ladrões.

Esses poucos dias, semanas ou meses na prisão acabaram se tornando a única pena por eles cumprida porque a cooperação em muitos casos levou à extinção da punição por aquele crime.

Era a contrapartida das delações?

A prisão preventiva só pode ser justificada quando há razões como a possibilidade de repetição do crime, de atrapalhar as investigações, de coagir testemunhas etc.

Quando há uma confissão completa e verossímil, as razões para a manutenção para a prisão cautelar desaparecem e o preso era enviado para prisão domiciliar ou mesmo libertado, o que se tornou um grande incentivo para cooperação.

Quem pagou pelos crimes, então? Não houve, em certa medida, impunidade para os crimes de corrupção descobertos pela Mãos Limpas?
Há estatísticas que mostram que mais ou menos 25% dos investigados na operação foram condenados, o que é mais que média de condenação para os crimes comuns na Itália. Menos de 2% dos condenados cumpriu pena restritiva de liberdade, ou seja, prisão em regime fechado. A grande maioria recebeu penas alternativas de prestação de serviços à comunidade e coisas do gênero.

De que maneira este resultado pode configurar incentivo à corrupção?

É dramático dizer, mas acredito que seja, sim, um incentivo. Essa não é uma opinião minha apenas. Muitos dos juízes que participaram da Mãos Limpas admitiram, de forma melancólica, que a operação foi inócua em muitos aspectos, numa visão otimista, quando não prejudicial porque ensinou algumas lições para aqueles envolvidos no circuito de corrupção sistêmica de forma que eles pudessem criar novos modelos de atividade ilegal com altas expectativas de impunidade.

Neste sentido, teria a Mãos Limpas fomentado um processo de deslegitimação do próprio Judiciário e de sua eficácia?

Sim, certamente. Isso é exatamente o que observamos após a ascensão de Berlusconi, quando a grande questão de debate na esfera pública deixou de ser a corrupção política e passou a ser a medida em que os operadores do Direito poderiam investigar e processar políticos uma vez que não eram figuras eleitas democraticamente. Ou seja, de onde viria o poder e a legitimidade desses juízes se não haviam sido eleitos pelo povo?

Surgiram ainda questões como: por que os juízes estão investigando e processando certos políticos e não outros? Suas ações são isentas ou orientadas politicamente?

Apesar desses questionamentos terem sido levantados tanto pela centro direita como pela centro esquerda italianas, o primeiro a fazê-lo foi Berlusconi, que foi acusado de corrupção apenas alguns meses depois de ter se tornado primeiro ministro. Ele começou uma campanha muito dura contra essas acusações. E inquéritos judiciais se tornaram instrumentos de conflito político.

Como é esperado do juiz que siga suas obrigações institucionais com isenção, seguindo princípios do Estado de Direito, a acusação de que o Judiciário havia se politizado traiu a confiança da sociedade e deslegitimou as ações.

Claro que o risco de juízes se orientarem por suas posições pessoais sempre existe em qualquer sistema institucional. Mas quando o Estado de Direito funciona, haverá sempre outros juízes que poderão impedir alguém com motivações pessoais de práticas enviesadas.




http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/03/1750424-inspiracao-da-lava-jato-gerou-corrupcao-20-diz-pesquisador.shtml


« Última modificação: 20 de Março de 2016, 08:07:08 por JJ »

Offline Gabarito

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #931 Online: 20 de Março de 2016, 08:24:11 »

A Lava jato é benéfica para o Brasil, mas não se deve ter a ilusão de que o Brasil terá uma grande mudança nas suas práticas de corrupção na política, por causa dela.


Melhor ainda: é possível identificar os erros da Operação Mãos Limpas e não repeti-los aqui.
E mais: há debates sobre a possibilidade da Operação Lava-Jato se tornar um mecanismo permanente de combate à corrupção, uma entidade de controle ligada ao Estado.

Já existe um tópico sobre a comparação entre as duas operações.
Aproveito para dispor o artigo abaixo lá e aqui também.
É mostrado que as diferenças são enormes. Se houve o incremento da corrupção lá com a versão 2.0, isso se deve à interrupção da operação, como é explicado no texto.

Citar
Fantasminha camarada
19/03/2016 02h00

Sergio Moro traçou um plano para "criminalizar a política". A senha de agitação, enunciada por Jaques Wagner, sintetiza um paralelo fabricado na usina de propaganda lulopetista. O paralelo assume como pressuposto que a Operação Mãos Limpas, conduzida na Itália, tenha provocado a ascensão de Silvio Berlusconi –e, por extrapolação, profetiza trajetória similar de um Brasil oficial abalado pela Lava Jato. A História serve aí, tipicamente, como muleta para a luta política: Berlusconi é o fantasminha camarada inventado para insuflar uma campanha contra Moro.

A extrapolação peca por impertinência. Mesmo se o pressuposto fosse verdadeiro, inexistiria motivo para acreditar que o Brasil seguirá o rumo da Itália, pois fenômenos históricos semelhantes tendem a produzir desdobramentos distintos, quando as circunstâncias são diferentes. Antes de tudo, porém, o pressuposto é falso: Berlusconi não resultou da Mãos Limpas, mas da interrupção dela. Nisso, precisamente, encontra-se uma lição para o Brasil.

Na Mãos Limpas, os juízes de Milão desvendaram as redes de corrupção estabelecidas entre políticos e empresários, que configuravam um sistema estável de intercâmbio de contratos públicos por subornos. O escândalo destruiu a ordem política vigente desde o final da Segunda Guerra Mundial. A Democracia-Cristã (DC), maior partido do país, perdeu metade de seus votos em 1992 e implodiu dois anos mais tarde. O Partido Socialista, fundado um século antes, desapareceu junto com a DC. Mas o ciclo de poder de Berlusconi, que se estendeu, com intervalos, de 1994 a 2011, derivou da derrota final da operação anticorrupção, bloqueada por um pacto tácito entre o próprio Berlusconi e o Partido Democrático da Esquerda (PDS), sucessor do Partido Comunista Italiano.

À frente de uma coalizão conservadora, Berlusconi venceu as eleições de março de 1994, mas seu gabinete caiu em dezembro, derrubado por revelações da Mãos Limpas. Nas eleições de abril de 1996, triunfou a coalizão liderada pelo PDS, que governou até 2000, por meio dos gabinetes de Romano Prodi e Massimo D'Alema. Naquela etapa decisiva, os governos de esquerda sabotaram as investigações judiciais que ameaçavam os negócios mafiosos de Berlusconi. Para proteger seus próprios corruptos, e sob o pretexto de evitar a "criminalização da política", a maioria parlamentar passou leis meticulosamente destinadas a antecipar a prescrição de crimes e procrastinar julgamentos. O pacto de conveniência entre a esquerda e a direita travou a Mãos Limpas, anestesiou a sociedade e preparou a cena para a magra vitória de Berlusconi nas eleições de 2001.

A tese de que a Mãos Limpas conduziu à hegemonia de Berlusconi é tão falsa quanto a de que a revolução popular contra a ditadura de Hosni Mubarak, no Egito, em 2011, gerou a ditadura de Abdel al-Sisi, implantada em 2013. No segundo caso, sublima-se o fracasso do governo eleito da Irmandade Muçulmana; no primeiro, apaga-se a ofensiva contra a Mãos Limpas deflagrada pelo governo de esquerda. Num e no outro, a narrativa recortada e remontada serve à finalidade de oferecer um colchão intelectual de legitimidade aos que exercem o poder.

São, ademais, narrativas essencialmente conformistas. Os serviçais intelectuais de Al-Sisi tentam persuadir os egípcios de que o autoritarismo é um tributo aceitável, a ser pago em nome da ordem pública. Os serviçais intelectuais do lulopetismo pretendem convencer-nos de que a corrupção sistêmica é o preço inevitável da democracia. A "massa" nas ruas foi qualificada como "conservadora" e "reacionária" pela filósofa palaciana Marilena Chauí. Os adjetivos, porém, descrevem apropriadamente a política lulista. Berlusconi conservou a velha Itália dos privilégios e negócios escusos. Nosso Berlusconi é Lula, essa sentinela do Brasil patrimonialista.

Offline -Huxley-

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #932 Online: 20 de Março de 2016, 11:40:09 »
Possível notícia bomba atômica de hidrogênio? Ricardo Noblat de O Globo diz no seu Twitter:

"Bala de prata capaz de matar Lula: uma gravação onde ele cita um cara, desses capazes de tudo, q poderia ser usado P/dar um jeito em Moro"

https://twitter.com/BlogdoNoblat/status/710992996922220544

 

« Última modificação: 20 de Março de 2016, 13:01:17 por -Huxley- »

Offline Pasteur

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #933 Online: 20 de Março de 2016, 11:45:02 »
Parece que o Noblat caiu em algum boato: cadê o áudio?

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #934 Online: 20 de Março de 2016, 11:48:23 »
Parece que o Noblat caiu em algum boato: cadê o áudio?

Enterrado com o Celso Daniel.

Pode ser boato, mas tb não dá para desacreditar totalmente depois que mataram dois prefeitos petistas e sete testemunhas do Celso Daniel.

Pela grana envolvida não é impossível.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #935 Online: 20 de Março de 2016, 13:07:59 »
Eu não acho que sejam poucos os que concordassem em matar Moro e outras pessoas combatendo a corrupção (teve um petista de ranking que falou algo como que "toda violência é justificada contra Joaquim Barbosa", e aparentemente teve um cara qualquer que disse "matemos o Moro" no twitter), mas parece que não tem esse áudio. Pelo menos o Noblat não há link nesse tweet e nem no decorrer da discussão. O melhor que conseguiram achar foi algum petista ao lado de Lula, dizendo em público na manifestação, "vamos nos livrar de Moro", mas isso não é diferente de "vamos nos livrar de Lula, Dilma, e de todo o PT", não implica em sugestão de homicídios.

Muita irresponsabilidade/afobação postar algo assim sem ter em mãos a fonte.







Inspiração da Lava Jato gerou corrupção 2.0, diz pesquisador


Operação que inspirou Lava Jato foi fracasso e criou corruptos mais sofisticados, diz pesquisador


Essas coisas de "inspiração da lava jato gerou corruptos 2.0 plus" já estão dando no saco.

É algo que parece de uma cara de pau tão grande, como dizer implicitamente, "gente, vamos parar de ivestigar a corrupção, vamos deixar de combater o crime, era melhor deixar tudo como está ou ainda até dar uma facilitada, para ver se as coisas melhoram".


Offline Buckaroo Banzai

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #936 Online: 20 de Março de 2016, 13:24:24 »
Você é muito rabugento. Entre na brincadeira, relaxe.

Ou no mínimo ofereça PROVAS de que o Arcanjo Lúcifer e/ou o Alborghetti não são videntes e/ou não são a mesma pessoa. Debochinho qualquer um é capaz de fazer. Provas mesmo, aí a coisa fica difícil.






Continua os ataques, só o que tem. A nova agora dos petistas é essa:


Quando o escândalo era de bilhões e o doleiro era o mesmo, houve um acordão entre PT e PSDB para brecarem a CPI do Banestado.

Eu mesmo vi na televisão o Mercadante dando entrevista para Maria Lídia em que dizia que não deveriam instalar a CPI pois havia projetos importantes para votar.

Mais importantes que achar 30 bilhões desviados...

Mas petistas têm memória seletiva.

"Mas esses outros também são corruptos, então esses que eu prefiro também podem ser", parece que é sempre o melhor que conseguem. É o "rouba mas faz". Sempre achei muito estranho petista indignado com haver quem vote em Maluf.

Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #937 Online: 20 de Março de 2016, 14:02:40 »
Citação de: banzai
Inspiração da Lava Jato gerou corrupção 2.0, diz pesquisador


Operação que inspirou Lava Jato foi fracasso e criou corruptos mais sofisticados, diz pesquisador


Essas coisas de "inspiração da lava jato gerou corruptos 2.0 plus" já estão dando no saco.

É algo que parece de uma cara de pau tão grande, como dizer implicitamente, "gente, vamos parar de investigar a corrupção, vamos deixar de combater o crime, era melhor deixar tudo como está ou ainda até dar uma facilitada, para ver se as coisas melhoram".




Eu sou completamente favorável a operação Lava Jato, e a plena investigação dos corruptos, principalmente do Grande Chefão.  Já até marquei comemoração para o dia que o Grande Chefão for preso (ou fugir para Cuba).   Estas notícia coladas só foram no sentido de lembrar que só a Lava Jato não será suficiente para diminuir a corrupção nas práticas políticas brasileiras.

Mas concordo que pode parecer mesmo o que você afirmou, é bom ter uma observação após a colagem da notícia, para não ficar parecendo que há uma mensagem implícita do tipo que você comentou.



 
« Última modificação: 20 de Março de 2016, 14:06:10 por JJ »

Offline Lorentz

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #938 Online: 20 de Março de 2016, 14:23:31 »
Citação de: banzai
Inspiração da Lava Jato gerou corrupção 2.0, diz pesquisador


Operação que inspirou Lava Jato foi fracasso e criou corruptos mais sofisticados, diz pesquisador


Essas coisas de "inspiração da lava jato gerou corruptos 2.0 plus" já estão dando no saco.

É algo que parece de uma cara de pau tão grande, como dizer implicitamente, "gente, vamos parar de investigar a corrupção, vamos deixar de combater o crime, era melhor deixar tudo como está ou ainda até dar uma facilitada, para ver se as coisas melhoram".




Eu sou completamente favorável a operação Lava Jato, e a plena investigação dos corruptos, principalmente do Grande Chefão.  Já até marquei comemoração para o dia que o Grande Chefão for preso (ou fugir para Cuba).   Estas notícia coladas só foram no sentido de lembrar que só a Lava Jato não será suficiente para diminuir a corrupção nas práticas políticas brasileiras.

Mas concordo que pode parecer mesmo o que você afirmou, é bom ter uma observação após a colagem da notícia, para não ficar parecendo que há uma mensagem implícita do tipo que você comentou.

A Lava-Jato não diminui a corrupção, Só a pune. Para diminuir, é necessário melhorar uma série de coisas, como reduzir o tamanho do Estado, melhorar a transparência, transferir parte do poder para mais próximo da população aumentando a autonomia dos Estados e municípios, acabar com a reeleição para reduzir as chances de partidos ficarem se perpetuando no poder e usando a máquina a seu favor. E por aí vai.

O Aécio por exemplo era favorável a acabar com a reeleição e reduzir os impostos a longo prazo. O Serra criou um projeto para implantar o voto distrital para vereadores, que reduz os custos para o candidato e consequentemente a necessidade de propinas. Isso deveria ser estendido para os outros cargos do legislativo. O FHC privatizou várias estatais.

Esse é um dos motivos de eu apoiar um pouco mais os candidatos do PSDB, pois mesmo que haja corrupção dentro do partido, vários políticos da legenda toma as atitudes certas para reduzi-la, sem demagogia.

Um medo que tenho dessa caçada aos corruptos é justamente o foco excessivo dado aos políticos e partidos ficha limpa, mas que não necessariamente estão dispostos a implementar medidas anti-corrupção. Às vezes querem até ampliar o Estado.
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Offline Pasteur

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #939 Online: 20 de Março de 2016, 14:39:46 »
Inspiração da Lava Jato gerou corrupção 2.0, diz pesquisador


Operação que inspirou Lava Jato foi fracasso e criou corruptos mais sofisticados, diz pesquisador


Essas coisas de "inspiração da lava jato gerou corruptos 2.0 plus" já estão dando no saco.

É algo que parece de uma cara de pau tão grande, como dizer implicitamente, "gente, vamos parar de ivestigar a corrupção, vamos deixar de combater o crime, era melhor deixar tudo como está ou ainda até dar uma facilitada, para ver se as coisas melhoram".



Preconceito.

Offline Gabarito

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #940 Online: 20 de Março de 2016, 15:03:31 »
Jararaca encurralada:


Skorpios

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #941 Online: 20 de Março de 2016, 15:10:25 »

Offline Gabarito

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #942 Online: 20 de Março de 2016, 15:17:58 »

Não abriu aqui.


Veja agora (outro servidor):


Offline Buckaroo Banzai

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #943 Online: 20 de Março de 2016, 15:30:00 »
O Aécio por exemplo era favorável a acabar com a reeleição

Eu não acredito nisso. Parece mais algo condicionado às sucessivas reeleições do PT. É só a poeira baixar após a eleição de alguém mais que, se eles estiverem no poder, começam a ver com outros olhos. Certamente eram a favor quando propuseram isso e quando se candidataram a reeleição.



A propósito, não haver reeleição teria permitido que Lula já fosse presidente novamente após o primeiro governo de Dilma? :hein:


Offline Lorentz

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #944 Online: 20 de Março de 2016, 15:37:51 »
O Aécio por exemplo era favorável a acabar com a reeleição

Eu não acredito nisso. Parece mais algo condicionado às sucessivas reeleições do PT. É só a poeira baixar após a eleição de alguém mais que, se eles estiverem no poder, começam a ver com outros olhos. Certamente eram a favor quando propuseram isso e quando se candidataram a reeleição.

O discurso de acabar com a reeleição não é popular e não ajudaria em nada com a campanha do Aécio, até pelo fato da reeleição ter sido criada no governo FHC. De qualquer forma, é o caminho mais correto para reduzir a corrupção, e o Aécio defender isso é um primeiro passo. Ninguém mais sequer tocou no assunto.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #945 Online: 20 de Março de 2016, 15:53:49 »
O Aécio por exemplo era favorável a acabar com a reeleição

Eu não acredito nisso. Parece mais algo condicionado às sucessivas reeleições do PT. É só a poeira baixar após a eleição de alguém mais que, se eles estiverem no poder, começam a ver com outros olhos. Certamente eram a favor quando propuseram isso e quando se candidataram a reeleição.

O discurso de acabar com a reeleição não é popular e não ajudaria em nada com a campanha do Aécio, até pelo fato da reeleição ter sido criada no governo FHC. De qualquer forma, é o caminho mais correto para reduzir a corrupção, e o Aécio defender isso é um primeiro passo. Ninguém mais sequer tocou no assunto.

Citação de: Aécio 2006
Temos de fazer uma profunda reforma política na largada do próximo governo.

iG – Seria acabar com a reeleição?

Aécio – Acho que não. A reeleição já está enraizada. Isso ( a ideia de acabar com a reeleição ) surgiu num determinado momento como moeda de troca. Eu sempre rejeitei muito isso. Você não acaba mais com a reeleição no Brasil.

Cristovam Buarque, 2006:

Citar
Segundo Cristovam, “faltar a um debate como esse é uma forma de corrupção contra a democracia”. O candidato falou sobre sua proposta de tornar o crime de corrupção hediondo, acabar com o instituto da reeleição e  cortar em 50% os cargos condicionados no serviço público.

Outros, de lá para cá:

http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/09/16/reeleicao-e-a-mae-de-todas-as-corrupcoes-diz-barbosa.htm

http://www.valor.com.br/eleicoes2014/3665002/marina-promete-acabar-com-reeleicao-mas-desconversa-sobre-o-psb

http://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/4287220/sem-volta-lula-deputada-protocola-pec-que-impede-presidentes-voltarem

Offline MarceliNNNN

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #946 Online: 20 de Março de 2016, 16:06:27 »
Acabar com a reeleição não sei se irá mudar algo.

Offline Geotecton

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #947 Online: 20 de Março de 2016, 16:07:50 »
Acabar com a reeleição não sei se irá mudar algo.

Vai divdidir pela metade a roubalheira.
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Offline Lorentz

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #948 Online: 20 de Março de 2016, 16:10:19 »
O Aécio por exemplo era favorável a acabar com a reeleição

Eu não acredito nisso. Parece mais algo condicionado às sucessivas reeleições do PT. É só a poeira baixar após a eleição de alguém mais que, se eles estiverem no poder, começam a ver com outros olhos. Certamente eram a favor quando propuseram isso e quando se candidataram a reeleição.

O discurso de acabar com a reeleição não é popular e não ajudaria em nada com a campanha do Aécio, até pelo fato da reeleição ter sido criada no governo FHC. De qualquer forma, é o caminho mais correto para reduzir a corrupção, e o Aécio defender isso é um primeiro passo. Ninguém mais sequer tocou no assunto.

Citação de: Aécio 2006
Temos de fazer uma profunda reforma política na largada do próximo governo.

iG – Seria acabar com a reeleição?

Aécio – Acho que não. A reeleição já está enraizada. Isso ( a ideia de acabar com a reeleição ) surgiu num determinado momento como moeda de troca. Eu sempre rejeitei muito isso. Você não acaba mais com a reeleição no Brasil.

Cristovam Buarque, 2006:

Citar
Segundo Cristovam, “faltar a um debate como esse é uma forma de corrupção contra a democracia”. O candidato falou sobre sua proposta de tornar o crime de corrupção hediondo, acabar com o instituto da reeleição e  cortar em 50% os cargos condicionados no serviço público.

Outros, de lá para cá:

http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/09/16/reeleicao-e-a-mae-de-todas-as-corrupcoes-diz-barbosa.htm

http://www.valor.com.br/eleicoes2014/3665002/marina-promete-acabar-com-reeleicao-mas-desconversa-sobre-o-psb

http://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/4287220/sem-volta-lula-deputada-protocola-pec-que-impede-presidentes-voltarem

Aécio mudou de opinião. Estaria ele sendo oportunista em 2006 ou agora?
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth


 

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