Autor Tópico: Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...  (Lida 24767 vezes)

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Offline Gauss

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #275 Online: 07 de Junho de 2017, 22:17:25 »
Fico tentado a postar foto do Sr. Burns dizendo "excelente", mas é melhor não. :/
Foto-resposta é ban.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Johnny Cash

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #276 Online: 07 de Junho de 2017, 22:58:12 »
Pensando nisso, hoje eu fiquei com um pouco de medo depois de perceber que eu tinha respondido alguém apenas com um emoticon (emoji?).

Em essência é uma foto-resposta.

Offline Fabrício

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #277 Online: 08 de Junho de 2017, 10:17:09 »
Pensando nisso, hoje eu fiquei com um pouco de medo depois de perceber que eu tinha respondido alguém apenas com um emoticon (emoji?).

Em essência é uma foto-resposta.

Não. Emojis são desenhos, portanto é uma desenho-resposta, o que é permitido.
"Deus prefere os ateus"

Offline Horacio

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #278 Online: 09 de Junho de 2017, 03:48:35 »
Mas afinal, existe mesmo uma guerra às drogas? O fato de encarcerarem pequenos traficantes ao mesmo tempo em que os grande canais do atacado são aparentemente controlados por grandes esquemas me deixam em dúvida.

Prefiro interpretar o imbroglio das drogas como um gigantesco mal entendido sobre o tema, com desinformação de sobra em todos os aspectos, legais, de saude e segurança publica, educacionais etc...

Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #279 Online: 27 de Junho de 2017, 17:08:14 »
A ‘guerra às drogas’ e as mortes praticadas pelo Estado brasileiro


LEAP Brasil > Informativos > Informes > A ‘guerra às drogas’ e as mortes praticadas pelo Estado brasileiro


O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2015, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesse mês de outubro (http://www.forumseguranca.org.br/produtos/anuario-brasileiro-de-seguranca-publica/9o-anuario-brasileiro-de-seguranca-publica), revela os elevadíssimos números da violência registrada no Brasil em 2014. O total de pessoas mortas em decorrência de atos violentos intencionais chegou a 58497. Desse total, 3009 mortes foram resultado direto de ações do estado brasileiro: 3009 pessoas foram mortas em intervenções policiais, que, como sistematicamente registrado em diversas publicações, se realizam notadamente em operações de ‘combate ao tráfico’ das drogas tornadas ilícitas, sempre voltadas contra os apontados ‘traficantes’ do comércio varejista das favelas (veja-se, por exemplo, o relatório da Anistia Internacional “Você matou meu filho! – Homicídios cometidos pela polícia militar no Rio de Janeiro”: https://anistia.org.br/direitos-humanos/publicacoes/voce-matou-meu-filho/).


Conforme o Anuário, somente nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo as mortes resultantes de ações do estado foram respectivamente 584 (de um total de 5719) e 965 (de um total de 5612).

Comparem-se esses números com as execuções registradas no mesmo ano no Relatório anual sobre a pena de morte, publicado pela Anistia Internacional (https://anistia.org.br/direitos-humanos/publicacoes/pena-de-morte-e-execucoes-em-2014/): foram 607 execuções levadas a cabo em 21 países, não contabilizadas apenas as execuções efetuadas na China, onde os dados sobre a pena capital são considerados segredo de estado. As 3009 mortes resultantes de ações do estado brasileiro atingem patamar superior até mesmo ao de condenações à morte no mesmo ano de 2014: 2.466 em 55 países.


Como destacado no Anuário, comparem-se ainda as 3009 mortes praticadas pelo Estado brasileiro em 2014 com o número de mortos e desaparecidos ‘políticos’ durante todos os anos da ditadura vivida no Brasil de 1964 a 1985: conforme divulgado pela Comissão Nacional da Verdade foram 434 mortos e desaparecidos.


Além de matar os apontados ‘traficantes’ do comércio varejista das favelas; aqueles que a eles se assemelham pela cor da pele, marginalização e local de moradia; e quem quer que esteja no meio do fogo cruzado das operações de sua ‘guerra às drogas’ – até mesmo crianças, o Estado brasileiro também entrega à morte aqueles que recruta e joga no front dessa nociva e sanguinária guerra. Dá-lhes não só uma espécie de licença para matar, mas também um passaporte para morrer. O Anuário aponta que 398 policiais foram mortos em 2014. Esse número abrange policiais mortos em serviço e fora dele. Os homicídios acontecidos fora de serviço são em número superior, mas, em sua grande maioria, são motivados pela qualidade de policiais dos atingidos e em grande parte relacionados às suas atividades naquela nociva e sanguinária ‘guerra às drogas’.


Todas essas mortes não costumam causar comoção; são vistas com naturalidade. De um lado, os identificados como ‘traficantes’ são os ‘inimigos’; as ‘não-pessoas’; os ‘matáveis’; os ‘indignos de vida’. Do outro lado, os policiais tampouco têm suas vidas valorizadas: como disse um candidato a governador no Rio de Janeiro em debate que precedeu a eleição de 2014, “policial morto; farda em outro”.


O desprezo tanto pelas vidas de policiais quanto pelas vidas dos ‘inimigos’ identificados como ‘traficantes’ (e daqueles que a eles se assemelham) não deveria espantar. Quando se aceita uma política explicitamente fundada na guerra, como a falida, insana, nociva e sanguinária proibição às arbitrariamente selecionadas drogas tornadas ilícitas, materializada na política de ‘guerra às drogas’, os facilmente substituíveis mortos, de um lado e de outro, se tornam meros ‘danos colaterais’.


Vale lembrar, mais uma vez, as palavras de um policial, que conhece bem essa falida, insana, nociva e sanguinária guerra: “A guerra, ao contrário do que mostram os filmes, não é heroica. Ela é suja. Ela fede. Eu participei de um filme. Participei de uma cena, que retratava a morte do herói do filme. A cena foi muito real, muito bem feita. Foi filmada em uma favela. Mas, ao final da cena, fiquei com a sensação de que faltava alguma coisa. Faltava. O sangue cenográfico não fede. O sangue de verdade tem um cheiro muito forte. Dentre as inúmeras razões por que sou a favor do fim do proibicionismo, é que eu estou cansado dessa guerra. Eu gostaria muito que essa insanidade, que essa guerra, que não interessa aos policiais, que não interessa à sociedade, tenha fim. Estou muito cansado disso. Estou muito cansado de ver policiais morrendo. Essa guerra é suja. Não tem como mexer com sujeira sem sujar as mãos.” Inspetor Francisco Chao, porta-voz da LEAP, no Seminário “Drogas: Legalização + Controle” (http://www.leapbrasil.com.br/noticias/informes?ano=2014&i=310&mes=11).

http://www.leapbrasil.com.br/a-guerra-as-drogas-e-as-mortes-praticadas-pelo-estado-brasileiro/

Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #280 Online: 27 de Junho de 2017, 17:26:41 »
Julita Lemgruber, socióloga e coordenadora da campanha “Da proibição nasce o tráfico” – idealizada pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESec), da Universidade Cândido Mendes –, deu entrevista à Ponte sobre os objetivos da campanha: “Defendemos a legalização das drogas para controlar, fiscalizar, taxar e regular. Hoje, elas estão liberadas”, afirmou Julita, que completou: "Queremos mostrar que a política de guerra às drogas é uma política que causa mais violência do que a violência que se imagina combater"

4 DE MAIO DE 2015 ÀS 16:33 // 247 NO TELEGRAM Telegram // 247 NO YOUTUBE Youtube

 
Por Tatiana Merlino, para a Ponte

“A guerra às drogas legitima a violência policial”


De acordo com Julita Lemgruber, socióloga e coordenadora da campanha “Da proibição nasce o tráfico”, a iniciativa pretende mostrar os danos da “guerra” e como poderiam ser evitados


“A maconha é a porta de entrada para as outras drogas”. “A legalização das drogas leva a um aumento do consumo”. As duas afirmações são corretas? Não, defendem os organizadores da campanha “Da proibição nasce o tráfico”, que tem como objetivo desconstruir mitos sobre a política de drogas no Brasil e discutir as consequências negativas da proibição de drogas na sociedade.


Idealizada pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESec), da Universidade Cândido Mendes e coordenada pela socióloga Julita Lemgruber, a campanha de comunicação foi criada pelos cartunistas André Dahmer, Angeli, Arnado Branco, Laerte e Leonardo, que podem ser vistas em ônibus do Rio de Janeiro, página no facebook e no hotsite da campanha. No vídeo abaixo, os cartunistas que colaboraram com a campanha falam de suas visões sobre o proibicionismo.


A campanha foi elaborada após um estudo do CESeC concluir que há muito desconhecimento sobre a proibição aos entorpecentes.“Defendemos a legalização das drogas para controlar, fiscalizar, taxar e regular. Hoje, elas estão liberadas”, afirma Julita, em entrevista à Ponte.


O que é a campanha “Da proibição nasce o tráfico”?


Julita Lemgruber- Queremos mostrar que a política de guerra às drogas é uma política que causa mais violência do que a violência que se imagina combater. Nós temos um tráfico armado violento porque lidamos com essa questão também de forma violenta. O que queremos é mostrar os danos dessa guerra e como isso poderia ser evitado. Defendemos a legalização das drogas. Hoje, elas estão liberadas. Queremos legalizar para controlar, fiscalizar, taxar e regular. O que defendemos é uma regulação do mercado de drogas que estabeleça locais, horários onde serão vendidas, quem poderá comprar. O exemplo do Colorado (EUA) é vitorioso [Em novembro de 2012, o Estado do Colorado aprovou, por meio de referendo, a legalização do consumo de cannabis para fins recreativos]. Eles não tem nenhuma pesquisa que indique que a criminalidade violenta aumentou, pelo contrário. Depois da legalização da maconha, a criminalidade diminuiu, os crimes contra o patrimônio também.


Qual é o público alvo da campanha? A senhora comentou em seu perfil do facebook , “a reação do Sergio Cabral à chacina do Alemão em 2007, quando a polícia matou 19 pessoas. Ele aplaudiu os policiais dizendo que aquela era a polícia que ele queria. Dias ou semanas depois, a policia matou um menino de classe média, dentro do carro de sua mãe, no bairro da Tijuca. O mesmo governador sustentou na mídia que aqueles policiais eram “debilóides”. A campanha tem como alvo também os representantes do poder público?


Julita Lemgruber- Todos são público alvo. Nós organizamos grupos focais para discutir a questão, por faixa etária, escolaridade, grupos de profissionais, da área de saúde, que atuam no sistema de justiça criminal, grupos de religiosos. Percebemos que em todos os grupos, até nos de saúde, há uma enorme falta de informação sobre políticas de drogas.  A campanha tem também esse propósito, que é estimular as pessoas a refletir, a buscar informações. Quero lembrar o caso do Uruguai em relação à redução da maioridade penal. Em 2011, houve uma pesquisa de opinião no Uruguai e mais de 70% da população era a favor da redução da maioridade penal. Houve um trabalho fantástico ao longo de três anos feito por algumas organizações não governamentais envolvidas com direitos humanos e tiveram sucesso extraordinário. No ano passado, a população uruguaia votou numa consulta popular e a proposta de redução foi derrotada. No período de três anos houve uma inversão. Pensando um pouco por aí, estamos com essa campanha de busdoor, página no facebook com milhares de visitas, curtidas e compartilhamentos. Claramente esse é um tema que provoca interesse. E temos que aceitar que o público está mal informado sobre esse tema e que a reação contra a legalização das drogas passa pela desinformação.


Qual é a consequência da guerra às drogas nas favelas? Como é a relação entre ela e a violência policial?


Julita Lemgruber- No ano passado, no Rio de Janeiro, a polícia matou 581 pessoas. É uma polícia que mata e morre muito também. Tanto as mortes provocadas pela polícia, assim como as mortes de policiais e as mortes resultado de balas perdidas se tornaram uma coisa banalizada. Ninguém dá mais grande importância a isso. Há um mês atrás estive num festival de cinema na Holanda, onde foi exibido o filme “Á queima roupa”, de Theresa Jessouroun, que retrata a violência policial no Rio nos últimos 20 anos, começando com a tragédia de Vigário Geral. Foca diferentes chacinas que ocorreram no Rio, como a chacina da Baixada e a chacina do Alemão. Perguntei quantas pessoas a polícia tinha matado na Holanda no ano passado e responderam: apenas uma.  Quando se menciona esse número do Rio de Janeiro, ninguém acredita.

A guerra às drogas legitima a violência policial. É como se a polícia tivesse um bilhete azul que permite uma ação truculenta, porque a justificativa é que se vai combater o trafico de drogas, o controle armado do território. Toda dificuldade que as UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) estão tendo hoje no Rio mostram isso. Não é com polícia que vamos resolver o problema. Vamos resolver quando essas populações tiverem uma oferta de serviços que permita essa garotada ter outras opções de mobilidade social que não o tráfico de drogas.


Qual sua opinião sobre o modelo de ocupação militar das favelas do Rio de Janeiro?


Julita Lemgruber – No início do projeto das UPPs estavam conseguindo manter dialogo razoável com as comunidades. Elas foram criadas num ritmo mais lento, então era possível fazer uma articulação melhor com a comunidade. Mas a medida que a Copa do Mundo se aproximou e houve a criação de UPPS num ritmo frenético, esse programa, que está longe de ser chamado de política de segurança, se transformou em algo muito difícil de se administrar, de se gerenciar na ponta. Faltou capacidade, faltou a polícia militar manter diálogo com a comunidade. Não há policiamento comunitário que seja bem sucedido se não se estabelecer uma relação de respeito com a comunidade. Acho que hoje a Polícia Militar do Rio de Janeiro tem à frente uma liderança que nos dá alguma esperança que esse quadro possa ser revertido. Hoje, o Rio de Janeiro tem uma chance de reverter esse processo.


Qual é a relação entre guerras às drogas e população carcerária no Brasil?


Julita Lemgruber – Um terço da população carcerária no Brasil hoje está presa sob a acusação de tráfico de drogas. A legislação no Brasil dá margem à criminalização da pobreza, isso é óbvio. A legislação de 2006 sobre drogas diz que o juiz pode avaliar as circunstâncias sociais e pessoais do acusado para julgar se ele realmente é usuário ou traficante. É claro que é uma brecha muito grande na lei que permite a criminalização de negros e de pobres no Brasil. A Luciana Duarte, da UFRJ, fez pesquisa sobre perfil da população carcerária presa por tráfico de drogas. O perfil é do traficante que foi pego com pequena quantidade de droga, não estava armado, não pertencia a nenhuma facção, estava fazendo tráfico sem violência. Basicamente esse é o perfil do traficante que acaba preso no Brasil. Estamos prendendo o cara do final da linha, o microvaregista, não os grandes traficantes. Os grandes, num primeiro momento, têm meio de subornar a polícia e depois o Judiciário. Sabemos que isso acontece em alguns lugares do Brasil. Não adianta entupir o sistema penitenciário de pessoas cujo perfil não é de criminoso violento.


Além da campanha, estamos realizando um trabalho de mapeamento da situação dos  presos provisórios acusados de tráfico de drogas, que é outra insensatez completa. É a demonstração da ilegalidade da prisão provisória no RJ em relação aos acusados de drogas. Estamos mapeando isso e até fim do ano vamos mostrar com dados quantitativos e qualitativos o absurdo da prisão provisória no RJ por acusados de tráfico de drogas.


https://www.brasil247.com/pt/247/favela247/179538/A-viol%C3%AAncia-policial-e-a-guerra-%C3%A0s-drogas.htm




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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #281 Online: 27 de Junho de 2017, 17:30:30 »
O lado negativo de liberar maconha é ficar cafungando catinga de maconheiro agora pra todo lugar que se vai, com o plus de a gente olhar uma chapação altiva de queixo empinado e tudo ainda por cima na cara deles.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Lorentz

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #282 Online: 27 de Junho de 2017, 17:35:14 »
O lado negativo de liberar maconha é ficar cafungando catinga de maconheiro agora pra todo lugar que se vai, com o plus de a gente olhar uma chapação altiva de queixo empinado e tudo ainda por cima na cara deles.

Se for legalizado, será que não haveria alguma pesquisa para criar uma versão geneticamente modificada para não gerar aquele cheiro característico?

Quem fuma maconha busca o cheiro/aroma ou apenas o efeito? Se for somente o efeito, poderiam até lançar uma versão em adesivo ou algo assim.
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Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #283 Online: 27 de Junho de 2017, 17:43:59 »
O lado negativo de liberar maconha é ficar cafungando catinga de maconheiro agora pra todo lugar que se vai, com o plus de a gente olhar uma chapação altiva de queixo empinado e tudo ainda por cima na cara deles.


Legalizar o comércio de outras drogas diferentes da DROGA ÁlCOOL, não implica necessariamente em  permitir que haja o seu consumo em locais públicos, da mesma forma que o consumo da DROGA TABACO não é permitido em qualquer lugar.


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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #284 Online: 27 de Junho de 2017, 17:51:21 »
O lado negativo de liberar maconha é ficar cafungando catinga de maconheiro agora pra todo lugar que se vai, com o plus de a gente olhar uma chapação altiva de queixo empinado e tudo ainda por cima na cara deles.

Se for legalizado, será que não haveria alguma pesquisa para criar uma versão geneticamente modificada para não gerar aquele cheiro característico?

Quem fuma maconha busca o cheiro/aroma ou apenas o efeito? Se for somente o efeito, poderiam até lançar uma versão em adesivo ou algo assim.
Essa maconha sem cheiro já existe, mas ela talvez seja consumida exatamente por quem que usar sem ser percebido, no momento que passar a haver um uso franco sem restrições seu uso poderá se tornar ainda mais restrito, imagino.
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Offline Gauss

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #285 Online: 27 de Junho de 2017, 19:27:16 »
Lembrem que a maconha já foi legalizada no Brasil. Como era o consumo antes de ser proibido?
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #286 Online: 14 de Julho de 2017, 06:21:25 »
   Isso depende da cultura. Se for numa cultura onde há exaltação da droga muito provável que não dominua. Usar um certa cultura como parametro pra outra nem sempre funciona

Ex: Desenhos japoneses são violentos por decadas mas isso não influi na violencia lá. Já no ocidente a midia em geral influi no comprtamento de varios grupos sociais - tem gente que vê um filme e já quer imitar o jeito de ser dum certo personagem. Se James Dean fazia rachas em filmes, aí depois isso virou moda.

Comparar argumentos contra legalização com os contra Evolução não serve como analogia.

Ok, então vamos sair do fantástico e maravilhoso mundo filosófico-transcedental do "se" e passar para o mundo real, baseando argumentação em fatos (sabe como é neh, aqui é um clube cético, materialistas e tal). Indique uma cultura, país, povo ou tribo onde há exaltação de uma droga qualquer, onde a mesma seja proibida e alguma política de descriminalização ou legalização tenha sido tentada.

Só mais coisa, conhece o Rat Park Experiment?
https://en.wikipedia.org/wiki/Rat_Park
http://www.stuartmcmillen.com/comics_en/rat-park/#page-1

Onde o fator cultural se encaixaria aí?

Seres humanos não são ratos. Não pode comparar nem biologicamente nem psico-biologicamente (ainda que haja algum parentesco ou características genéticas em comum).




Obviamente que  "seres humanos não são ratos"  (são macacos), mas não são tão diferentes dos ratos como parece que algumas pessoas pensam que são:



GENÉTICA


SOBRE HOMENS E RATOS


Drauzio Varella



Homens e ratos compartilham a imensa maioria de genes. O que nos distingue dos ratos é uma pequena constelação que não passa de 300 genes. Nela, está concentrado o intrigante mistério da condição humana.


Mulheres e homens têm apenas 30 mil genes! A divulgação desse dado pelo Projeto Genoma foi um balde de água fria no orgulho humano: imaginávamos que fossem pelo menos 100 mil.


Se as moscas têm 13 mil genes, qualquer verme, 20 mil, um abacateiro, 25 mil, e os camundongos que caçamos nas ratoeiras 30 mil, para nós, 100 mil parecia estimativa razoável. Afinal, não foi culpa nossa havermos sido criados à imagem e semelhança de Deus.


A bem da verdade, já sabíamos que cerca de 99% de nossos genes são idênticos aos dos chimpanzés. Mas chimpanzés são animais políticos que formam comunidades com culturas próprias, utilizam instrumentos rudimentares e matam seus semelhantes premeditadamente. São, por assim dizer, seres mais humanos.


Admitir, no entanto, que nosso genoma é formado pelo mesmo número de genes dos ratos e que somente 300 genes são responsáveis pelas diferenças entre nós e eles, constitui humilhação inaceitável.

Visão equivocada


A visão antropocêntrica, segundo a qual a vida na Terra teria evoluído dos seres unicelulares para indivíduos cada vez mais complexos até chegar ao homem, é um mau entendimento das leis da natureza. No “ranking” evolucionário, não existe primeira posição. A prova é que as bactérias foram os primeiros habitantes do planeta e não só ainda estão por aí como representam mais da metade da biomassa terrestre, isto é, se somarmos o peso de cada uma, obteremos mais da metade da massa de todos os demais seres vivos somados, incluindo árvores e elefantes.


O Homo sapiens é simplesmente uma entre milhões de espécies. Nascemos há cinco milhões de anos, um segundo evolucionário comparado aos quatro bilhões de anos das bactérias. Não fizemos nenhuma falta à vida na Terra durante praticamente toda a existência dela e, se um dia formos extintos, nenhuma formiga, cigarra ou besouro chorará a nossa ausência. A evolução continuará seu caminho inexorável de competição e seleção natural, como ensinou Charles Darwin.

Genes compartilhados


Na verdade, os números do Projeto Genoma são lógicos. Os seres vivos mantêm a quase totalidade de seus genes ocupados na execução das tarefas do dia a dia: respiração, circulação, movimentação, digestão, excreção e produção de energia, entre outras.


Muitos desses genes são tão essenciais ao trabalho doméstico que a evolução os preservou praticamente intactos de um ser vivo para outro. Vejam o caso do gene responsável pela ubiquitina.


A ubiquitina é uma proteína envolvida no maquinário celular, encarregada de cortar outras proteínas. Dentro da célula, essa é uma função importantíssima, porque as proteínas que ficaram velhas ou saíram defeituosas precisam ser destruídas para não atrapalhar o funcionamento celular. Outras têm que ser cortadas para permitir que ocorram determinadas reações inibidas por sua presença, da mesma forma que a tampa de um tanque precisa ser retirada para que escoe a água nele contida.


Se compararmos a ubiquitina de um fungo com a da mosca da banana, com a de um verme, com a de um sapo ou com a do homem, veremos que as moléculas são praticamente iguais (daí o nome para sugerir ubiquidade). A semelhança é tanta que os biólogos interessados no mecanismo de ação da ubiquitina não são obrigados a estudá-la no homem: podem fazê-lo num fungo e transpor os resultados para a fisiologia humana.


É provável que o ancestral comum aos fungos e aos homens, que viveu há 600 milhões de anos, tenha desenvolvido um método tão eficiente de cortar proteínas que se manteve intacto durante o processo evolutivo. Os descendentes desse ancestral incapazes de produzir ubiquitina não tiveram chance na competição e desapareceram.


Como o gene da ubiquitina, grande número de outros são compartilhados por todos os seres vivos, com diferenças mínimas. Estão geralmente ligados às funções essenciais à manutenção da vida na célula. Representam soluções tão econômicas para a execução das tarefas diárias que a evolução não conseguiu imaginar outras melhores. É como o caso da existência de dois olhos na cabeça, por exemplo, estratégia adotada por todos os animais dotados de visão.


Genes distintivos

Entender a razão pela qual temos 30 mil genes como os ratos é fácil: eles são mamíferos como nós e apresentam fisiologia tão semelhante à nossa que podem ser utilizados em experiências para entender o organismo humano. O que intriga na evolução não é a proximidade genética entre as espécies, mas os genes responsáveis pelas diferenças.



Se o que nos distingue dos ratos são mesmo 300 genes, as interações entre estes e o ambiente envolvem imensa complexidade biológica. É nessa pequena constelação de genes que está concentrado o mistério da condição humana.


Publicado em 20/04/2011.

Revisado em 29/05/2013.


https://drauziovarella.com.br/drauzio/sobre-homens-e-ratos/



Offline Buckaroo Banzai

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #287 Online: 14 de Julho de 2017, 12:20:30 »
Ter muitos genes em comum não quer necessariamente dizer muita coisa, o próprio texto menciona a banana, com a qual compartilhamos uns 60-70% dos genes. "E AGORA, O QUE VÃO FALAR SOBRE OS ESTUDOS DAS BANANAS NÃO FICAREM VICIADAS EM CRACK????????///1111"




   Isso depende da cultura. Se for numa cultura onde há exaltação da droga muito provável que não dominua. Usar um certa cultura como parametro pra outra nem sempre funciona

Ex: Desenhos japoneses são violentos por decadas mas isso não influi na violencia lá. Já no ocidente a midia em geral influi no comprtamento de varios grupos sociais - tem gente que vê um filme e já quer imitar o jeito de ser dum certo personagem. Se James Dean fazia rachas em filmes, aí depois isso virou moda.

Comparar argumentos contra legalização com os contra Evolução não serve como analogia.

Ok, então vamos sair do fantástico e maravilhoso mundo filosófico-transcedental do "se" e passar para o mundo real, baseando argumentação em fatos (sabe como é neh, aqui é um clube cético, materialistas e tal). Indique uma cultura, país, povo ou tribo onde há exaltação de uma droga qualquer, onde a mesma seja proibida e alguma política de descriminalização ou legalização tenha sido tentada.

Só mais coisa, conhece o Rat Park Experiment?
https://en.wikipedia.org/wiki/Rat_Park
http://www.stuartmcmillen.com/comics_en/rat-park/#page-1

Onde o fator cultural se encaixaria aí?

O artigo da WP diz que esses estudos foram largamente desconsiderados.

Citar
The two major science journals, Science and Nature, rejected Alexander's first paper, but it was later accepted and published in Psychopharmacology.

Further studies failed to reproduce the original experiment's results.[5][6] One of those studies[5] found that both caged and "park" rats showed a decreased preference for morphine, suggesting a genetic difference.

Offline Peter Joseph

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #288 Online: 14 de Julho de 2017, 17:19:50 »
O artigo da WP diz que esses estudos foram largamente desconsiderados.

Vai ver é por isto que o combate às drogas no mundo todo, em geral, é uma catástrofe.

Citar
The two major science journals, Science and Nature, rejected Alexander's first paper, but it was later accepted and published in Psychopharmacology.

Further studies failed to reproduce the original experiment's results.[5][6] One of those studies[5] found that both caged and "park" rats showed a decreased preference for morphine, suggesting a genetic difference.

Não foi publicado na Science nem Nature, mas foi na Psychopharmacology, que também é prestigiada, apesar de não tanto quanto as outras duas. Na verdade o que faltou foram mais estudos sobre esta hipótese levantada pelo Dr. Alexander. E, é claro, existem variáveis genéticas envolvidas, não só exclusivamente ambientais.

E mesmo o experimento do RatPark possuía falhas, ao não levar em conta a influência da mãe nos ratos testados, quando ainda no útero. O ambiente em que a gestação ocorre possui influencias diretas sobre o comportamento do filhote. Inclusive influencias epigenéticas repassadas do ambiente vivenciado pela mãe, bem como má formação de estruturas neurais por não haver estímulo ao seu desenvolvimento in útero, como receptores neuronais subdesenvolvidos.  Esta experiência deveria ser feita com várias gerações de ratos nascendo e vivendo no RatPark, e daí então feita a análise das ultimas gerações se ainda possuíam grande inclinação ao vicio.


« Última modificação: 14 de Julho de 2017, 17:27:24 por Peter Joseph »
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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #289 Online: 14 de Julho de 2017, 17:29:57 »
A oposição ao combate/guerra às drogas é sustentada completamente independentemente das conclusões daquele estudo.

Não é necessário negar uma viciabilidade inerente à neuroquímica envolvida para ver problemas com essas políticas.

Offline Peter Joseph

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #290 Online: 14 de Julho de 2017, 17:36:50 »
A oposição ao combate/guerra às drogas é sustentada completamente independentemente das conclusões daquele estudo.

Não é necessário negar uma viciabilidade inerente à neuroquímica envolvida para ver problemas com essas políticas.

Mas claro que é evidente que não funcionam, não precisa de estudo científico amplo, basta catalogar as consequências. O fato é que não se sabe por que está errado, e esta pesquisa aponta um norte neste sentido que, talvez, por ser ignorado, leve a uma completa ineficiência das políticas aplicadas.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #291 Online: 14 de Julho de 2017, 17:43:41 »
Essa pesquisa não aponta norte real algum, é equivocada.

A conclusão seria que ou pessoas "mais soltas" ou com mais interação social não se viciariam, mas isso é evidentemente falso com viciados em cigarro e álcool, não são só uns "isolados" da sociedade, ao contrário, desde o uso mais problemático até o vício pode partir justamente do uso social de drogas e cigarros.

Não tem por que imaginar que com drogas mais pesadas fosse ser diferente, então isso não tem nada de útil para ser levado em consideração nessa questão. Ou, melhor dizendo, os estudos que demonstram que estas conclusões estão equivocadas são úteis em se reforçar a necessidade de uma abordagem psiquiátrica ao problema, em oposição a eventuais vozes negacionistas dos males das drogas.

Offline Peter Joseph

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #292 Online: 14 de Julho de 2017, 17:48:44 »
Essa pesquisa não aponta norte real algum, é equivocada.

A conclusão seria que ou pessoas "mais soltas" ou com mais interação social não se viciariam

Errado. A conclusão é que pessoas que sofrem menos estresse do ambiente TENDERIAM (não havendo determinismo aí como você sugere) a não se viciarem. Leia mais sobre a experiência relatada que você vai entender.
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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #293 Online: 14 de Julho de 2017, 17:50:29 »
O artigo da WP diz que esses estudos foram largamente desconsiderados.

Vai ver é por isto que o combate às drogas no mundo todo, em geral, é uma catástrofe.

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The two major science journals, Science and Nature, rejected Alexander's first paper, but it was later accepted and published in Psychopharmacology.

Further studies failed to reproduce the original experiment's results.[5][6] One of those studies[5] found that both caged and "park" rats showed a decreased preference for morphine, suggesting a genetic difference.

Não foi publicado na Science nem Nature, mas foi na Psychopharmacology, que também é prestigiada, apesar de não tanto quanto as outras duas. Na verdade o que faltou foram mais estudos sobre esta hipótese levantada pelo Dr. Alexander. E, é claro, existem variáveis genéticas envolvidas, não só exclusivamente ambientais.

E mesmo o experimento do RatPark possuía falhas, ao não levar em conta a influência da mãe nos ratos testados, quando ainda no útero. O ambiente em que a gestação ocorre possui influencias diretas sobre o comportamento do filhote. Inclusive influencias epigenéticas repassadas do ambiente vivenciado pela mãe, bem como má formação de estruturas neurais por não haver estímulo ao seu desenvolvimento in útero, como receptores neuronais subdesenvolvidos.  Esta experiência deveria ser feita com várias gerações de ratos nascendo e vivendo no RatPark, e daí então feita a análise das ultimas gerações se ainda possuíam grande inclinação ao vicio.

São incontáveis variáveis para controlar, o que torna inviável essa abordagem de isolar cada uma. Creio que o experimento usa a abordagem da caixa-preta, onde apenas os dados de entrada e saída são analisados. Esse método, até onde entendo, é muito usado em pesquisas clínicas e novas drogas, basta ver a bula de alguns rémedios pra perceber isso.

Black-box design

The study of traditional medicine can also be undertaken in a “black-box” manner. This means that the treatment and all of its components are delivered as they would be in the usual clinical situation. In this type of study, no component of the treatment “package” is isolated and studied independently. This allows the effectiveness of traditional medicine to be determined either within its own theoretical framework or within that of conventional medicine.


http://apps.who.int/medicinedocs/en/d/Jwhozip42e/6.3.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Black_box
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Peter Joseph

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #294 Online: 14 de Julho de 2017, 17:55:35 »
Não é necessário controlar TODAS as variáveis para se distinguir um padrão, ou um norte, a ser seguido e pesquisado mais a fundo.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #295 Online: 14 de Julho de 2017, 18:41:00 »
Essa pesquisa não aponta norte real algum, é equivocada.

A conclusão seria que ou pessoas "mais soltas" ou com mais interação social não se viciariam

Errado. A conclusão é que pessoas que sofrem menos estresse do ambiente TENDERIAM (não havendo determinismo aí como você sugere) a não se viciarem. Leia mais sobre a experiência relatada que você vai entender.

Não sei qual é "A" conclusão do estudo; o que eu coloquei é ao menos UMA conclusão/interpretação colocada por ideólogos do oba-oba não há com o que se preocupar. Esta conclusão colocada, supostamente "A" conclusão, no mínimo não deve ser originária desse estudo em particular, mas praticamente senso comum. As pessoas que mais acabam caindo em vícios são as que sofrem mais estresse, que vêem nas drogas uma fuga, e que vão ter menos recursos para sair ou evitar entrar nisso. Acho que Herbert Spencer já falava em coisas nessa linha.

(Na verade a conclusão propriamente dita do estudo, se foi aceito em um periódico de algum nível, deve ter sido extremamente cautelosa em fazer analogias com humanos. Estritamente a "conclusão" do estudo deve ser restrita ao que se sucedeu com os ratos; essas especulações de extrapolações podem até ser abordadas (comumente a seção do artigo se chama "discussion"), mas geralmente é admitido ser algo especulativo, não conclusivo)

Offline Lorentz

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #296 Online: 14 de Julho de 2017, 18:53:11 »
Peter Joseph é nosso Hari Seldon, da Fundação de Asimov.

Acredito que vá acontecer uma crise em breve, mas será pela bolha chinesa que o Ideias Radicais vem alardeando.
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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #297 Online: 14 de Julho de 2017, 21:05:40 »
O lado negativo de liberar maconha é ficar cafungando catinga de maconheiro agora pra todo lugar que se vai, com o plus de a gente olhar uma chapação altiva de queixo empinado e tudo ainda por cima na cara deles.

Se for legalizado, será que não haveria alguma pesquisa para criar uma versão geneticamente modificada para não gerar aquele cheiro característico?

Quem fuma maconha busca o cheiro/aroma ou apenas o efeito? Se for somente o efeito, poderiam até lançar uma versão em adesivo ou algo assim.
Essa maconha sem cheiro já existe, mas ela talvez seja consumida exatamente por quem que usar sem ser percebido, no momento que passar a haver um uso franco sem restrições seu uso poderá se tornar ainda mais restrito, imagino.

Essa maconha sem cheiro pode entorpecer fumantes passivos?
Fico pensando alguém fumando fora de ambientes onde isso seria permitido, sem saber ia ficar entorpecida involuntariamente.



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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #298 Online: 14 de Julho de 2017, 21:19:01 »
O lado negativo de liberar maconha é ficar cafungando catinga de maconheiro agora pra todo lugar que se vai, com o plus de a gente olhar uma chapação altiva de queixo empinado e tudo ainda por cima na cara deles.

Se for legalizado, será que não haveria alguma pesquisa para criar uma versão geneticamente modificada para não gerar aquele cheiro característico?

Quem fuma maconha busca o cheiro/aroma ou apenas o efeito? Se for somente o efeito, poderiam até lançar uma versão em adesivo ou algo assim.
Essa maconha sem cheiro já existe, mas ela talvez seja consumida exatamente por quem que usar sem ser percebido, no momento que passar a haver um uso franco sem restrições seu uso poderá se tornar ainda mais restrito, imagino.

Essa maconha sem cheiro pode entorpecer fumantes passivos?
Fico pensando alguém fumando fora de ambientes onde isso seria permitido, sem saber ia ficar entorpecida involuntariamente.
Pois é.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #299 Online: 15 de Julho de 2017, 20:23:49 »
Acho que ninguém vai ser "emaconhar" passivamente por acidente, até porque imagino que tal maconha ainda não seja completamente inodora, apenas não tenha o odor característico de maconha. Acho que qualquer fumaça de combustão inodora deve ser algo meio cientificamente fantástico demais.

De forma similar, acho que deve ser pouquíssima gente (zero) que se viciou em nicotina de fumo passivo, não tendo a pretensão de começar a fumar antes disso, mas por qualquer razão, se vendo obrigada a ficar exposta.

Imagino que os efeitos das fumaças em si sejam mais danosos do que o da quantidade de droga que se absorve, nos dois casos.

Especialmente considerando a propensão normal das pessoas não-fumantes a evitarem essa fumaça, e legislação que teoricamente ajuda.

 

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