Autor Tópico: Vídeos políticos  (Lida 68175 vezes)

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Offline Gabarito

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Offline Gauss

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Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.


Offline Lakatos

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #78 Online: 16 de Agosto de 2016, 02:40:44 »
Impressionante uma pessoa com a erudição dela não saber que as duas formas são formalmente corretas.

Offline Johnny Cash

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #79 Online: 16 de Agosto de 2016, 08:13:50 »
Impressionante uma pessoa com a erudição dela não saber que as duas formas são formalmente corretas.

O problema não é ser "formalmente correto", justificativa que aliás indicaria posição mais próximo de conservadora.

O problema é o ranço ideológico que essa forçação de barra traz. O presidenta parece ser mais licença poética do que algo utilizado por mulheres que presidem de fato.

Do ponto de vista "feminista", utilizar o presidente seria talvez ainda mais coerente, dado também que pelos dicionários o termo "presidenta" pode indicar mulher do presidente, enquanto "presidente" é apenas "pessoa que preside".

Sem contar que livra a pessoa de ter que ficar discutindo essas besteiras ao invés de presidir algo do naipe do judiciário federal.

Offline Lorentz

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #80 Online: 16 de Agosto de 2016, 12:24:10 »
Do ponto de vista "feminista", utilizar o presidente seria talvez ainda mais coerente, dado também que pelos dicionários o termo "presidenta" pode indicar mulher do presidente, enquanto "presidente" é apenas "pessoa que preside".


Interessante isso. As feministas que adoram ver uma mulher na presidência parecem ter abraçado o termo "presidenta" sem problemas, apesar de escreverem tudo com x no lugar da vogal.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #81 Online: 16 de Agosto de 2016, 21:31:14 »
Tiflomisia decorrente do privilégio.


O "feminismo" em "presidenta" curiosamente vai na contramão das tendências esquerdistas americanas, de usar "actor" para "actress", por exemplo. Acho que antes de "feminismo", seria forma de enfatizar a feminilidade para tentar se prevenir de chacotas sexistas como "o Dilmão". Ainda que seja o "sexismo benevolente" oposto.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #82 Online: 16 de Agosto de 2016, 22:25:14 »
Peraí, ela mesma dizia que era a gerentona. :lol:



Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #83 Online: 16 de Agosto de 2016, 23:49:15 »
Do ponto de vista "feminista", utilizar o presidente seria talvez ainda mais coerente, dado também que pelos dicionários o termo "presidenta" pode indicar mulher do presidente, enquanto "presidente" é apenas "pessoa que preside".

Não sabia dessa. Tinha visto que era o caso com "imperatriz", talvez a definição mesmo, que sempre imaginei ser "imperadora" mesmo.

E presidente pode então significar primeiro-cavalheiro?

Do outro lado das coisas, a morfologia que valida "presidenta", valida também "residenta", "agenta", "crenta", "contenta", "sorridenta", "inteligenta", "doenta", (quaisquer que se enquadrem como morfologicamente equivalentes), etc? Ou se tem que a validação pelo uso foi tal que só atingiu a primeira?

Offline Lakatos

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #84 Online: 17 de Agosto de 2016, 03:14:43 »
Impressionante uma pessoa com a erudição dela não saber que as duas formas são formalmente corretas.

O problema não é ser "formalmente correto", justificativa que aliás indicaria posição mais próximo de conservadora.

O problema é o ranço ideológico que essa forçação de barra traz. O presidenta parece ser mais licença poética do que algo utilizado por mulheres que presidem de fato.

Do ponto de vista "feminista", utilizar o presidente seria talvez ainda mais coerente, dado também que pelos dicionários o termo "presidenta" pode indicar mulher do presidente, enquanto "presidente" é apenas "pessoa que preside".

Sem contar que livra a pessoa de ter que ficar discutindo essas besteiras ao invés de presidir algo do naipe do judiciário federal.

A fala dela passa a nítida impressão de estar falando sim de correção ortográfica, principalmente na frase "sou amante da língua portuguesa". Acho que o tal "ranço ideológico" está mais nos olhos de quem vê, já que a estranheza no termo tem mais a ver com o fato de a Dilma ter sido a primeira no cargo do que com algum tipo de invencionice ou neologismo por parte dela. Dizer que é forçação de barra escrever com A é como reclamar de "muçarela" com c cedilha, que está correto (e é a forma mais antiga e mais reconhecida por dicionários), apenas porque a maioria escreve com SS.

Offline Gabarito

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #85 Online: 17 de Agosto de 2016, 09:34:04 »
Lula e Dilma chegaram impondo uma forma de tratamento.
Muito comum em ditaduras e regimes autoritários.
Baixou uma Lei para OBRIGAR aquela forma de tratamento.
Denota, como se vê, como se sabe e como se constata, arrogância típica daquela turma.
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Agora é lei: PresidentA!
Publicado em   13/abr/2012
por  Caio Hostilio
Walter Lima/DF

Acabou a moleza. Quem relutava, se negava ou criticava o pedido meigo de Dilma ser tratada como presidentA, pode se preparar para não ser pego fora da lei.
No último dia 3 de Abril, a presidentA sancionou a Lei 12.605/12. Pra quem ainda duvida, está lá no site da PresidentA. A lei determina a obrigação da flexão de gêneroem profissões. Ou seja, agora é presidentA, gerentA, pilotA, etc…

Citar
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 12.605, DE 3 DE ABRIL DE 2012.

Determina o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou grau em diplomas.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o  As instituições de ensino públicas e privadas expedirão diplomas e certificados com a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão e o grau obtido.

Art. 2o  As pessoas já diplomadas poderão requerer das instituições referidas no art. 1o a reemissão gratuita dos diplomas, com a devida correção, segundo regulamento do respectivo sistema de ensino.

Art. 3o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília,  3  de  abril  de 2012; 191o da Independência e 124o da República.

DILMA ROUSSEFF
Aloizio Mercadante
Eleonora Menicucci de Oliveira

Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.4.2012

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Carmen Lúcia revogou a invencionice arrogante de Dilma
A ministra que comandará o STF rejeitou publicamente o tratamento de “presidenta”
Por: Augusto Nunes 12/08/2016 às 12:10

<a href="https://www.youtube.com/v/nxccBcsGykk" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/nxccBcsGykk</a>

“Então eu concedo a palavra à eminente ministra Carmen Lúcia, nossa presidenta eleita…”, disse Ricardo Lewandowski na sessão do Supremo Tribunal Federal desta quarta-feira. A pausa ligeiríssima informou que Lewandowski estacionara numa dúvida. “Ou presidente?”, quis saber. Resposta de Carmen Lúcia: “Eu fui estudante e eu sou amante da língua portuguesa. Acho que o cargo é de presidente, não é não?”.

Claro que sim. Quem se curvou ao surto de arrogância de Dilma Rousseff, um poste que exigiu o tratamento de “presidenta” depois de instalado no Planalto por Lula,  é gente vocacionada para o servilismo, a subordinação medrosa, a vassalagem. Ao revogar o exotismo inventado pela presidente a caminho do desemprego, Carmen Lúcia confirmou que o STF, a partir de setembro, será comandado por uma grande ministra.

“É bom esclarecer desde logo, não é?”, conformou-se Lewandowski. Fez bem. Ficou muito claro que, além de restabelecer o uso das palavras certas, Carmen Lúcia vai restaurar a dignidade, a independência e a altivez que sempre orientaram sua trajetória ─ e que deveriam também balizar permanentemente o comportamento de quem preside a Corte Suprema.


Offline Lakatos

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #86 Online: 17 de Agosto de 2016, 10:04:04 »
O fato de ela ter publicado o decreto, do qual discordo, não diz absolutamente nada sobre a suposta incorreção alegada pela ministra. E pelo Augusto Nunes também, pelo jeito ("além de restabelecer o uso das palavras certas"(...)).

Offline Gabarito

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #87 Online: 17 de Agosto de 2016, 10:16:05 »
O fato de ela ter publicado o decreto, do qual discordo, não diz absolutamente nada sobre a suposta incorreção alegada pela ministra. E pelo Augusto Nunes também, pelo jeito ("além de restabelecer o uso das palavras certas"(...)).

Concordo com você.
De acordo com as normas do idioma e as regras gramaticais, não há erro no termo "presidentA".
O problema de toda essa celeuma se deve à imposição, uma decisão de cima para baixo, uma demonstração desnecessária de força.

E, no final, foi até bom. Graças a isso, ficou facilmente identificável os que defendiam aquele nefasto governo.
Bastava se ler/ouvir um "presidentA" para se saber que estava a falar com um petista/esquerdista/dilmista.
Facilitou as coisas.
:)

Offline Lakatos

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #88 Online: 17 de Agosto de 2016, 10:38:08 »
hahaha... A gente nunca consegue prever as pérolas...

Offline Gabarito

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #89 Online: 17 de Agosto de 2016, 10:57:42 »
Estratégia de Pombo.
 :biglol:

Offline Johnny Cash

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #90 Online: 17 de Agosto de 2016, 11:04:22 »
Impressionante uma pessoa com a erudição dela não saber que as duas formas são formalmente corretas.

O problema não é ser "formalmente correto", justificativa que aliás indicaria posição mais próximo de conservadora.

O problema é o ranço ideológico que essa forçação de barra traz. O presidenta parece ser mais licença poética do que algo utilizado por mulheres que presidem de fato.

Do ponto de vista "feminista", utilizar o presidente seria talvez ainda mais coerente, dado também que pelos dicionários o termo "presidenta" pode indicar mulher do presidente, enquanto "presidente" é apenas "pessoa que preside".

Sem contar que livra a pessoa de ter que ficar discutindo essas besteiras ao invés de presidir algo do naipe do judiciário federal.

A fala dela passa a nítida impressão de estar falando sim de correção ortográfica, principalmente na frase "sou amante da língua portuguesa".

Claro, a Carmem Lúcia parece que quis passar mesmo essa impressão.

Talvez ainda mais reforçada pelo uso das palavras amante e estudante, ao contrário de empregar amanta e estudanta.

Diferente de postulados de engenharia ou de biologia, dicionários são catálogos de palavras, com frequencia patrocinados, de um dado idioma e as definições "aparentes" utilizadas no dia a dia que podem vir a mudar com alguma constância, não representando alguma verdade absoluta e/ou verificável independentemente. O fato de juízas e pessoas estudantes e profissionais do uso do idioma agirem com estranheza diante de "presidenta" na atualidade pode ser "mais fundamental" quanto à apropriedade do emprego do vocábulo do que a presença em determinado dicionário. O mesmo que ocorre, por exemplo, com o citado aqui anteriormente: vosmecê.


Acho que o tal "ranço ideológico" está mais nos olhos de quem vê, já que a estranheza no termo tem mais a ver com o fato de a Dilma ter sido a primeira no cargo do que com algum tipo de invencionice ou neologismo por parte dela.

Pode ser mesmo que a birra ande em duas mãos.

Mas o ranço ideológico é claro. Tanto que dói quando a Carmem Lúcia rechaça o uso do termo, indicando que a turma não quer tanto assim que "se escolha como quiser" a maneira com que ser tratado.

Nem a Luiza Trajano (exemplo de representante do capitalismo de compadrio tonto praticado aqui no Tupiquinistão) utiliza o termo.


Dizer que é forçação de barra escrever com A é como reclamar de "muçarela" com c cedilha, que está correto (e é a forma mais antiga e mais reconhecida por dicionários), apenas porque a maioria escreve com SS.

Reclamar de muçarela trata-se de situação bem distinta e daí você incorre em falsa analogia, meu caro Lakatos. Não há bandeira facilmente reconhecida por trás da briga muçarela ou mussarela (embora possamos fazer paródias com o significado de SS e outras), como há no emprego de Presidenta.

O "Presidenta" parece mesmo apenas licença poética, o que não viria a calhar com a ocupação de uma posição formal e SEM gênero (ou de dois gêneros) como "Presidente". Embora, curiosamente, como ja discutimos, uma das defesas do emprego do termo Presidenta seja justamente a existência "formal" do termo, pra quem não quer ter tanto cuidado aparentemente com formalidades.
« Última modificação: 17 de Agosto de 2016, 11:11:43 por Johnny Cash »

Offline Johnny Cash

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #91 Online: 17 de Agosto de 2016, 11:09:44 »
Do ponto de vista "feminista", utilizar o presidente seria talvez ainda mais coerente, dado também que pelos dicionários o termo "presidenta" pode indicar mulher do presidente, enquanto "presidente" é apenas "pessoa que preside".

Não sabia dessa. Tinha visto que era o caso com "imperatriz", talvez a definição mesmo, que sempre imaginei ser "imperadora" mesmo.

E presidente pode então significar primeiro-cavalheiro?

Talvez com o tempo possamos cunhar, nos dicionários, o termo Presidento.


Do outro lado das coisas, a morfologia que valida "presidenta", valida também "residenta", "agenta", "crenta", "contenta", "sorridenta", "inteligenta", "doenta", (quaisquer que se enquadrem como morfologicamente equivalentes), etc? Ou se tem que a validação pelo uso foi tal que só atingiu a primeira?

Me parece que o que valida(ria) o uso desses termos seria algum poema do Carlos Drummond de Andrade ou citação de Guimarães Rosa, os utilizando. Vamos pesquisar pra ver se achamos.

Offline Lakatos

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #92 Online: 17 de Agosto de 2016, 11:54:49 »
Impressionante uma pessoa com a erudição dela não saber que as duas formas são formalmente corretas.

O problema não é ser "formalmente correto", justificativa que aliás indicaria posição mais próximo de conservadora.

O problema é o ranço ideológico que essa forçação de barra traz. O presidenta parece ser mais licença poética do que algo utilizado por mulheres que presidem de fato.

Do ponto de vista "feminista", utilizar o presidente seria talvez ainda mais coerente, dado também que pelos dicionários o termo "presidenta" pode indicar mulher do presidente, enquanto "presidente" é apenas "pessoa que preside".

Sem contar que livra a pessoa de ter que ficar discutindo essas besteiras ao invés de presidir algo do naipe do judiciário federal.

A fala dela passa a nítida impressão de estar falando sim de correção ortográfica, principalmente na frase "sou amante da língua portuguesa".

Claro, a Carmem Lúcia parece que quis passar mesmo essa impressão.

Talvez ainda mais reforçada pelo uso das palavras amante e estudante, ao contrário de empregar amanta e estudanta.

Diferente de postulados de engenharia ou de biologia, dicionários são catálogos de palavras, com frequencia patrocinados, de um dado idioma e as definições "aparentes" utilizadas no dia a dia que podem vir a mudar com alguma constância, não representando alguma verdade absoluta e/ou verificável independentemente. O fato de juízas e pessoas estudantes e profissionais do uso do idioma agirem com estranheza diante de "presidenta" na atualidade pode ser "mais fundamental" quanto à apropriedade do emprego do vocábulo do que a presença em determinado dicionário. O mesmo que ocorre, por exemplo, com o citado aqui anteriormente: vosmecê.

Mas minha crítica a ela se resumiu explicitamente a isso: não ao fato de querer ser chamada de "presidente", e sim à alfinetada a uma questão de gosto como se fosse questão de correção ou incorreção. E a estranheza diante de "presidenta" a mim parece devida ao fato da escassez de mulheres ocupando o cargo (mesmo em empresas), e não a uma suposta preferência prévia do público pelo termo "presidente" para mulheres. Talvez uma busca bem planejada usando os filtros do Google e restringindo o intervalo ao período antes de a Dilma ganhar destaque na imprensa pudesse tirar essa dúvida, de com que frequência as pessoas usavam cada opção antes de surgir a história. Vou tentar algo aqui, mas é uma pesquisa difícil de tirar os ruídos.

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Pode ser mesmo que a birra ande em duas mãos.

Mas o ranço ideológico é claro. Tanto que dói quando a Carmem Lúcia rechaça o uso do termo, indicando que a turma não quer tanto assim que "se escolha como quiser" a maneira com que ser tratado.

Nem a Luiza Trajano (exemplo de representante do capitalismo de compadrio tonto praticado aqui no Tupiquinistão) utiliza o termo.

Na verdade foi a ministra quem demonstrou resistência ao "escolha como quiser", tentando vender a ideia de que a forma dela é a correta. É tão errado e arrogante quanto o decreto da Dilma exigindo o uso da letra "a".

Sobre a Luiza, é um bom contraexemplo à pérola de que é marcador de petista, já que ela aparentemente é petista até a raiz dos cabelos.

Mas para ser sincero quem começou a briga foi o pessoal que reclamou quando a Dilma disse preferir ser chamada de "presidenta", logo que ganhou a primeira eleição. Se simplesmente tivessem falado "ok, vamos chamá-la como ela quer porque é uma forma aceita pelos dicionários e com precedentes" essa história nem teria rendido tanto. Mas várias pessoas em posição de formadores de opinião, principalmente na imprensa, começaram a criticar a forma "presidenta" como errada, provavelmente por desconhecimento mesmo, e depois mesmo desfazendo a correção o hoax já tinha se espalhado.

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Reclamar de muçarela trata-se de situação bem distinta e daí você incorre em falsa analogia, meu caro Lakatos. Não há bandeira facilmente reconhecida por trás da briga muçarela ou mussarela (embora possamos fazer paródias com o significado de SS e outras), como há no emprego de Presidenta.

Não acho que a analogia seja falsa. A questão ideológica é um plano de fundo, para discutir o assunto de forma isenta as referências são dicionários e precedentes na literatura, e ambos advogam a favor de ambos os usos como corretos, portanto questão de gosto. Logo, o "mimimi" é de quem reclama de qualquer um dos usos. A Dilma a meu ver foi arrogante ao decretar o uso de uma das formas, mas a arrogância começou com as críticas à forma como ela preferiu ser chamada no início do mandato, e evitando isso a polêmica toda teria sido evitada.

Offline Johnny Cash

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #93 Online: 17 de Agosto de 2016, 12:53:23 »
Bom, eu não acho que você endereçou exatamente os meus pontos.

Vamos apenas entender algo aqui: pra se referir à Dilma você usa Presidenta ou Presidente?



**eu ACHO que durante a campanha de 2013 eles ainda não usavam o PresidentA, que por sinal, não tem definição exatamente igual ao Presidente, mesmo nos dicionários.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #94 Online: 17 de Agosto de 2016, 16:20:04 »
Impressionante uma pessoa com a erudição dela não saber que as duas formas são formalmente corretas.

O problema não é ser "formalmente correto", justificativa que aliás indicaria posição mais próximo de conservadora.

O problema é o ranço ideológico que essa forçação de barra traz. O presidenta parece ser mais licença poética do que algo utilizado por mulheres que presidem de fato.

Do ponto de vista "feminista", utilizar o presidente seria talvez ainda mais coerente, dado também que pelos dicionários o termo "presidenta" pode indicar mulher do presidente, enquanto "presidente" é apenas "pessoa que preside".

Sem contar que livra a pessoa de ter que ficar discutindo essas besteiras ao invés de presidir algo do naipe do judiciário federal.

A fala dela passa a nítida impressão de estar falando sim de correção ortográfica, principalmente na frase "sou amante da língua portuguesa". Acho que o tal "ranço ideológico" está mais nos olhos de quem vê, já que a estranheza no termo tem mais a ver com o fato de a Dilma ter sido a primeira no cargo do que com algum tipo de invencionice ou neologismo por parte dela. Dizer que é forçação de barra escrever com A é como reclamar de "muçarela" com c cedilha, que está correto (e é a forma mais antiga e mais reconhecida por dicionários), apenas porque a maioria escreve com SS.

Mas aí você esbarra em um erro da língua portuguesa. O correto mesmo deveria ser apenas mozarela, tal qual se tem piza para pizza, e não "piça".

Offline Lakatos

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #95 Online: 18 de Agosto de 2016, 02:49:13 »
Bom, eu não acho que você endereçou exatamente os meus pontos.

Desculpe, se puder faça a cortesia de me direcionar mais claramente.

Vamos apenas entender algo aqui: pra se referir à Dilma você usa Presidenta ou Presidente?

Eu uso "a Dilma" mesmo, geralmente. :lol:

Pesquisei aqui no sistema de busca e tem uma única ocorrência de chamá-la pelo cargo, usei "presidenta". Mas geralmente eu decido de forma a evitar assonância, por exemplo, eu uso "A" para escrever "a presidenta disse que consente com o acordo" e usaria "E" para escrever "a presidente tem oitenta dias no cargo". Inclusive é um dos motivos de eu ser contra qualquer tentativa de padronizar a forma de escrever, seja para que lado for.

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**eu ACHO que durante a campanha de 2013 eles ainda não usavam o PresidentA, que por sinal, não tem definição exatamente igual ao Presidente, mesmo nos dicionários.

Em 2010 usavam "E", mas provavelmente a Dilma dava pouco ou nenhum pitaco nas campanhas de marketing. Durante a campanha ela consultou especialistas e após a sinalização positiva manifestou a vontade de ser chamada de "presidenta" caso eleita (direito dela, a meu ver, ingenuamente contando com a boa vontade da imprensa). A partir de então as campanhas seguintes já utilizaram a letra "A", inclusive a de 2014.

Sobre o uso em dicionários (se não me engano a imagem já rodou por aqui): mulher que preside, tanto nesses antigos como em contemporâneos como o Aurélio e o Houaiss.


Offline Lakatos

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #96 Online: 18 de Agosto de 2016, 02:58:05 »
Impressionante uma pessoa com a erudição dela não saber que as duas formas são formalmente corretas.

O problema não é ser "formalmente correto", justificativa que aliás indicaria posição mais próximo de conservadora.

O problema é o ranço ideológico que essa forçação de barra traz. O presidenta parece ser mais licença poética do que algo utilizado por mulheres que presidem de fato.

Do ponto de vista "feminista", utilizar o presidente seria talvez ainda mais coerente, dado também que pelos dicionários o termo "presidenta" pode indicar mulher do presidente, enquanto "presidente" é apenas "pessoa que preside".

Sem contar que livra a pessoa de ter que ficar discutindo essas besteiras ao invés de presidir algo do naipe do judiciário federal.

A fala dela passa a nítida impressão de estar falando sim de correção ortográfica, principalmente na frase "sou amante da língua portuguesa". Acho que o tal "ranço ideológico" está mais nos olhos de quem vê, já que a estranheza no termo tem mais a ver com o fato de a Dilma ter sido a primeira no cargo do que com algum tipo de invencionice ou neologismo por parte dela. Dizer que é forçação de barra escrever com A é como reclamar de "muçarela" com c cedilha, que está correto (e é a forma mais antiga e mais reconhecida por dicionários), apenas porque a maioria escreve com SS.

Mas aí você esbarra em um erro da língua portuguesa. O correto mesmo deveria ser apenas mozarela, tal qual se tem piza para pizza, e não "piça".

Estou melhorando com o tempo, mas ainda tem comentários seus que eu fico na dúvida sincera sobre ser ou não sarcasmo. Não que incomode, geralmente é divertido.

Presumindo que não seja: a questão não se resume a correção estrutural/morfológica. A longo prazo o uso consagra palavras de grafia a princípio errada como corretas, inclusive a existência do idioma depende disso. Meu ponto é que "presidenta" já passou da fase cinzenta de estar na polêmica de ser ou não errada por causa da estrutura morfológica (como insinuou a ministra). Está em uso desde o império e dicionarizada há mais de 60 anos, quando chega nesse ponto a palavra existe e ponto final, não depende mais de ser regular ou coerente com palavras de morfologia similar.

Offline Gabarito

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #97 Online: 18 de Agosto de 2016, 08:42:21 »
Regra:
Todos aqueles que falam presidentA são petistas/esquerdistas, mas nem todo petista/esquerdista fala presidentA.

Outra regra:
"Coxinha" não fala presidentA.

Pode haver uma ou outra exceção às regras, mas negar que as coisas são assim é apenas esperneio dos que gostam muito de negar a realidade.
 8-)

Offline Gabarito

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« Resposta #98 Online: 18 de Agosto de 2016, 08:51:45 »
Ponto pacífico no debate: a palavra existe, não é errado usá-la, consta dos dicionários e faz parte do idioma e da norma culta.
A ministra se referiu ao cargo, o que pode levantar outro debate se "cargo de presidente" ou "cargo de presidentA".
Mas a palavra existe, já foi incorporada ao idioma e está correta. Isso não é mais questionado.
Mas os petistas e esquerdistas se apropriaram completamente dela. Disso não há dúvida.

Offline Geotecton

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #99 Online: 18 de Agosto de 2016, 09:15:25 »
E no caso dela é PRESIDANTA!!!

Acabou a discussão.


P.S.

E se Gaia permitir, logo será EX-PRESIDANTA!!!!
Foto USGS

 

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