Eu entendo este ponto, mas vamos voltar para o beneficio de quem cria. Um autor de livros por exemplo, se fosse permitido a copia e distribuição indiscriminada de sua obra, ele provavelmente não conseguiria sobreviver apenas da criação de novos romances (ou seja lá qual seja o assunto sobre o qual ele escreva), já que a maior remuneração iria para aquele que conseguisse vender a sua obra (e pode ser que ele mesmo não conseguisse lucro algum, caso não seja eficiente em conseguir lucrar com a venda ele mesmo). Neste caso ele teria que ter alguma outra fonte de renda, e isso poderia fazer cair o número de escritores, a frequência de publicações ou a qualidade de suas obras (sério, não podemos provar isso (já que acho não existir nenhuma experiência neste sentido para servir como evidência), mas me parece uma hipótese razoável). Esta é uma visão utilitarista, mas eu ainda acho injusto de maneira jusnaturalista que criadores não sejam recompensados por seu esforço, tempo e dinheiro investido nas suas inovações, como aqueles que consigam vender melhor essas inovações depois de criadas. É algo do qual eu ainda preciso ser convencido.
Além disso o próprio Kinsella disse que libertários divergem quanto ao assunto dos direitos de propriedade intelectual, a própria Ayn Rand (que já criticou as teorias de Hayek por permitir certa interferência do Estado onde ela achava desnecessário) defendia leis de proteção de propriedade intelectual.