a fundadora é uma marxista feminista, defensora da eugenia e parece ter participado de reunião da KKK.
Dê nome aos bois, falamos de Margaret Sanger, que morreu há cerca de 50 anos. E não vejo porque isso seria relevante, já que a defesa da eugenia era bastante comum em todo o espectro político norte-americano até o fim da II Guerra Mundial (as notáveis exceção eram os conservadores religiosos e os ativistas negros e indígenas).
Isso tudo foi cunhado por essas fundações, como a Fundação Ford, que inundam ONGs pro aborto com dinheiro!
E que há de estranho ou incomum nisso? Financiamento privado de ativistas existe em todo espectro político, seja pró-escolha ou pró-vida.
Os fetos foram abortados pela planned parenthood, que é uma ONG que como toda OnG supostamente nao possui interesses financeiros e so querem o bem da humanidade. Então, podemos dizer que, apesar do discurso humanitario, a existencia da parenthood se deve a interesses financeiros, dado o volume astronômico de dinheiro que recebem do governo
Para alguém com posicionamento pró-mercado, sua oposição a motivações financeiras é estranha. Embora ONGs não possuam intenções financeiras explicitamente, nem todo membro de uma ONG é um ativista desinteressado e nobre - há diversos funcionários contratados e obviamente, aqueles que se utilizam a mobilização política para adquirir poder, recursos ou fama.
Os abortos foram realizados pela vontade das pessoas (também nao temos como saber se houve aconselhamento nesse sentido - eles também trabalham com orientação - o que indicaria claro conflito de interesses). A venda de fetos ou parte deles (que tem seus crânios esmagados no processo) é contra a lei, se nao me engano eles, no maximo, poderiam ser doados.
Por isso eu perguntei sobre que tipo de caso estamos lidando. Se você é tão interessado em condenar as ações da Planned Parenthood (ou melhor, de uma clínica afiliada a essa ONG), eu esperava ao menos saber qual (quais) atividades eles realizavam. De qualquer maneira, a venda deles é sim ilegal (basta olhar nos links de uma ficha de consentimento e doação e da Declaração de Hong Kong que coloquei).
Aqui o video completo. Ao abri-lo, aparecerão links com os trechos mais comprometedores.
Você não espera que eu assista um vídeo de 2 horas para comprovar o teor de suas acusações, certo? O ônus da prova é todo seu, dê-me os highlights.

Se vc analisar o posicionento etico dele com relação aos animais (insluindo os que nao possuem autoconsciencia) e aos fetos, perceberá o quão contraditório ele é nessa sua loucura,
Eu tenho alguma experiência com o posicionamento do Singer, e curiosamente não, não há contradição óbvia entre a oposição ao sofrimento animal e a aceitação do aborto. O Singer segue a ideia benthoniana que a capacidade de sofrer (senciência) e por conseguinte, a expectativa do sofrimento é o requisito para uma entidade ser digna de consideração moral - e que existe uma gradação de tipos de sofrimentos moralmente relevantes. Exemplificando, um recém-nascido com uma condição de difícil tratamento não apenas tem uma grande expectativa de sofrimento (individual e de seus próximos), como não experimentou a vida e criou laços nelas, que fazem com que a morte dele, se realizada de maneira indolor, seja aceitável - enquanto um cão adulto e saudável não tem a expectativa de sofrer a médio/longo prazo e seus laços com seus donos são duradouros, assim como é a sua vida. Dessa forma a morte desse cão não é justificável.
É uma posição praticamente alienígena e inaceitável para diversos sistemas éticos? Claro. Mas se você assumir os mesmos pressupostos que são aceitos pelo Singer, não, os posicionamentos dele não são (internamente) contraditórios.
Você tem razão, como tudo no mundo, não temos consenso sobre isso, e alguns libertarios nao enxergam problema em quase nada.Porém, é bom notar que nem toda demanda deve ser suprida pelo mercado, por motivos óbvios. Por exemplo : se existir demanda por escravos, o libertario deve apoiar que se crie um mercado para atender a mesma, so porque essa demanda existe? Se existe uma demanda por fetos ou bebes vitimas de infanticidio, o libertario deve apoiar que se crie um mercado , onde pessoas terao incentivos para aumentar o numero de abortos e infanticidio ? Ou seja, demandas ilegitimas e ilegais sempre irao existir. Creio que a questão não é sobre coerência (pois em tese tudo pode ser atendido pelo mercado) mas sim um uso irrestrito do utilitarismo
Sort of. É óbvio que Libertários não são tão (aparentemente) amorais como eu dei a entender, mas que a questão do comércio de órgãos ou de fetos mortos não é tão clara em alguns posturar adotadas por libertários. Por exemplo, como se lida com o corpo de alguém morto? Ele é ainda um indivíduo/entidade digno de consideração moral (mesmo
post-mortem)? Como um contrato de herança pode ainda ser válido se uma das partes dele não existe mais? Devemos levar em conta os desejos post-mortem dele? Ou ele é uma forma de propriedade de um ente familiar/responsável por sua herança?
Como pode notar, essa não é uma questão clara e óbvia (seja para utilitaristas, seja mesmo para deontologistas). Se você assumir que o corpo de alguém morto passa a ser propriedade de um herdeiro/responsável, a venda de parte deles não é facilmente condenável para a ethos libertária.