Muitos artistas talentosos foram perdendo a máscara nesses tempos de desmistificação do PT.
Pessoalmente, eu lamento muito ver pessoas medíocres por trás de artistas talentosos, quando aparecem as reais fisionomias.
Aprecio a obra de Caetano Veloso, gosto demais dos sambas de Beth Carvalho, gostava demais do Zé Carneiro de Tonico Pereira, melodiosas as músicas de Chico César, inteligentíssimas as entrevistas de Jô Soares, as composições de Chico Buarque, o axé de Daniela Mercury, o ateísmo de Camila Pitanga, as músicas de Leoni, o
swing de Alcione, o balanço de Martinho da Vila, as inspirações belíssimas de Djavan ou de Alceu Valença, a versatilidade de Fernanda Torres e tantos outros valorosos artistas da nossa terra...
Infelizmente, depois que eles se mostraram apegados a ideologia retrógrada, ou mesmo a apenas cachês subsidiados, atropelando a própria compostura ética em defender o que não pode ser defendido,...
que decepção.
Continuo apreciando a
perfomance de muitos deles e considerando-os gênios no que fazem (ou fizeram, já que a mácula que surgiu contribui um pouco para embotar a minha boa vontade em admirar). Faço muito esforço para me fixar puramente na arte, esquecendo (na marra) o que eles pensam.
O mesmo aconteceu agora com o documentarista/escritor/biógrafo Fernando Moraes.
Excelente seu "Chatô, o Rei do Brasil" e outras biografias. Preciso e meticuloso, nunca monótono ou enfadonho.
Mas ele "não aceita nada de golpistas".
Apenas a grana/bufunfa/cascacalho, como se vê abaixo:
Fernando Morais devolve prêmio a Cristovam e sofre dura humilhação de volta
O escritor Fernando Morais, autor de um livro premiado chamado “Chatô, o rei do Brasil”, pelo qual recebeu honrarias, quis se aproveitar do fato de Cristovam Buarque ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff e se deu mal.
Morais disse que iria devolver o Prêmio Manuel Bonfim, que lhe foi dado em virtude de seu livro supracitado. “Já pedi à Marília para localizar a placa de prata. Vou devolver; de golpista não quero nada. Nem prêmio”, disse o escritor. Na época em que recebeu o prêmio, Cristovam Buarque era governador no Distrito Federal. A resposta que Buarque deu a ele, no entanto, foi arrasadora.
“Fernando Morais mostra como para o PT não há diferença entre partido, governo e estado. Não fui eu que dei o prêmio, foi o Governo do DF, selecionado pelo mérito de seu maravilhoso livro. Mas ele acha que foi uma bolsa-escritor. Porque, para ele, não há diferença entre partido-governante-governo-estado.
Que pena que nossos gênios estejam tão obtusos. E tão viciados no aparelhamento. O PT corrompeu mais do que a política, corrompeu a inteligência e o caráter. E aos poucos vão mostrando que a volta da Dilma por mais dois anos, com essa gente, vai embrutecer o País e seguir se apropriando do Estado. Pior que não tem juiz Moro para este tipo de roubo: da inteligência e do caráter. Ele não falou em devolver os dez mil que recebeu do prêmio. Na época eram dez mil dólares. Nem o que ele fazia no governo do Quercia.”
Destaques nossos.