Tópico: Movimento pelo Impeachment de Dilma Rousseff

[Gabarito]

[Gabarito]

Medo!
Essa notícia saiu no meio da semana, antes das delações de Delcídio ou da visita da PF ao Lula, portanto, deve estar ainda pior agora. O governo está com MEDO da mega manifestação marcada no dia 13 de março. MEDO.
Essa é a chance do Brasil. Faça parte da história. Participe das manifestações e ajude o Brasil a derrotar o PT.

http://painel.blogfolha.uol.com.br/2016/03/03/para-planalto-dilma-so-ganhara-folego-se-quorum-de-manifestacao-for-menor-que-o-de-marco-de-2015/

[Gabarito]

[Gabarito]

Banner - Ribbon - Faixa

FAÇA SUA PARTE PARA 13 DE MARÇO SER MAIOR:
No link abaixo você adiciona a tarja de chamada da manifestação em sua foto de perfil
--->> http://twibbon.com/support/13-de-mar%C3%A7o-eu-vou-mbl

Aplicáveis ao Twitter e Facebook.

[Lorentz]

Não vou nesta manifestação de São Paulo.

[Geotecton]

Não vou nesta manifestação de São Paulo.

Também não vou nela.

Então só sobrou a de Curitiba.

[Lorentz]

Não vou nesta manifestação de São Paulo.

Também não vou nela.

Então só sobrou a de Curitiba.

Nesta eu vou.

[Skorpios]

Para mim só sobrou a de Blumenau.

[Skorpios]

A perseguição ao PT pode não levar ao impeachment - mas a algo bem mais perigoso



Lula e Dilma estão no banco dos réus. De lá jamais sairão. Uma eventual condenação abrirá a porta para novas acusações. Mas nem precisa. Mesmo se inocentados, permanecerão sob fogo cerrado. A missão de longo prazo é impedir Lula de voltar a concorrer para presidente. A missão imediata é impedir Dilma o quanto antes. O show de hoje, e de todo dia, é para atingir esse objetivo. Show que não tem data para acabar.

Agora bateram mais forte que nunca em Lula, e mais dolorido, em sua família. Ele promete bater de volta. Como todo poderoso e famoso, tem convicção que é um escolhido, e agora certeza que é perseguido. Diz que irá aos quatro cantos do país. Convoca petistas, sindicatos, sem-terra. Falou como falava nos palanques. Deve ter eletrizado os simpatizantes. As manifestações pró e contra Lula e Dilma vêm aí. Arrisca aparecer um mártir. O Brasil vai mal? As coisas sempre podem piorar - e frequentemente pioram.

As investigações são detalhe. Não se trata de provar crime. Se trata de criar um clima político que leve ao impeachment ou cassação de Dilma e, sonho dourado, cadeia para ela e Lula. Por enquanto não existe prova de nada contra Dilma, pessoalmente. Mônica Bergamo, na Folha, noticia que a construtora Andrade Gutierrez pode dar à Lava Jato informações sobre pagamentos feitos à campanha de Dilma em 2014, via caixa dois. Se isso acontecer, pode chegar a justificativa necessária para o impeachment da presidente.

Dilma é peso pena que qualquer vento leva. Por mérito pessoal, jamais seria presidente. Lula ganhou quatro eleições para presidente, duas para si, duas para Dilma. Por isso, e pela sua desastrosa gestão da economia do país, é que ela é uma presidente tão fraca.

Lula foi o maior líder de massas que esse país já viu. Foi eleito para priorizar as necessidades dos pobres que o elegeram. Priorizou os grandes - grandes indústrias, grandes bancos, grandes grupos educacionais, grandes fazendeiros, grandes obras, grandes ganhos para quem tinha grandes fortunas. Não ignorou completamente os necessitados, raridade na nossa história. É sua única redenção e justificativa para seu grande capital eleitoral. Esses passinhos que deu na direção de uma melhor distribuição de renda já são pecado mortal para os poucos que têm muito. A profundidade do preconceito de classe no Brasil é poço sem fundo.

Corrupção é mato na história política do país. O papo que o PT "institucionalizou" a corrupção é só isso, papo. A oposição grita contra Dilma e Lula. Temer preside o PMDB, cujos políticos têm colorida coleção de processos e condenações. No Congresso, presidido por Renan e Cunha, ambos do PMDB, os seguintes na linha sucessória depois de Dilma e Temer, uma boa parte (a maioria?) tem pouca moral para clamar pela ética. O partido que lidera a oposição, o PSDB, tem rencas de acusações a responder.

Mas são sempre dois pesos, duas medidas. Lula e companhia têm muito a explicar. Temos provas contra ele? Cadeia e pronto. Mas Alckmin, Aécio, Serra etc. também têm muito a explicar. É mensalão mineiro, Petrobras, Alstom, merenda e por aí vai. Cadê os paladinos da justiça para encrencar com o PSDB? O governo FHC corrompeu deputados para garantir a aprovação da emenda da reeleição, que o beneficiou. A Polícia Federal nem investigou... vão bater na porta dele no dia de São Nunca.

Otimistas entendem que o Brasil sairá melhor da Lava-Jato do que entrou - e que se for para começar a limpa pelo PT, que assim seja. Mas investigar de um lado só não é justiça, é perseguição política. Sim, será um país melhor com políticos corruptos na cadeia. Mas não se forem todos de um partido só. Não precisa muito para ampliar o escopo da Lava-Jato. Basta perguntar aos empresários corruptores, envolvidos na Lava-Jato quanto dinheiro deram para o PSDB e outros partidos da oposição, quanto pagaram por palestras, que benefícios suspeitos financiaram. Fácil e difícil assim.

Dilma pode sobreviver, mesmo com uma condenação de Lula, se não houver nenhuma prova contra ela? Sim. FHC terminou seu mandato, com o PT batendo forte, muitas acusações de corrupção, e pedidos de impeachment. Para ficar em um caso similar, outro "poste", Celso Pitta, que Paulo Maluf elegeu em São Paulo, também governou até o final. Podemos ter sim mais três anos de Dilma no poder, crise econômica se aprofundando, crise política pegando fogo. Considerando o estado do Brasil, a pergunta é: para quê? Para quê tirar Dilma? Para quê manter Dilma?

Dilma e tucanos têm receituário parecido para tratar nossos problemas. Trocar o governo atual por uma outra coalizão fisiológica, só que com o PSDB à frente (e um PT furioso na oposição) seria trocar seis por meia dúzia. Ou quase: os tucanos defendem ainda mais benefícios para os ricos e ainda menos benefícios para os pobres. Os antipetistas querem "ajuste", "austeridade", que em português claro é menos dinheiro para educação, saúde, aposentadorias. Querem menos impostos (principalmente para os ricos) e juros sempre, sempre mais altos. A política econômica defendida pelo PT (e com esse viés mais financista pelo PSDB e partidos que o apóiam) é garantia de acirramento da nossa desigualdade. É o principal fator de atraso do país e é causa fundamental dessa penúria em que vivemos - material, intelectual, eleitoral. O tratamento arrisca matar o paciente.

O eleitor não entende isso, porque ninguém explica. O eleitor entende roubalheira, que há anos lhe dizem que é coisa do Lula. A quem beneficiaria estender a investigação de corrupção ao PSDB, PPS, Democratas, Solidariedade etc.? Não ao "mercado", e como se sabe, quem dita as regras do jogo é quem tem dinheiro. Por que a bolsa sobe e o mercado financeiro celebra quando há cheiro de impeachment de Dilma? Porque o PSDB é ainda mais pró-bancos, privatização e "austeridade" que o PT, claro.

É diferença sutil, mas há diferença. O PT governou com as elites, mas sua base é o povão. O PSDB é a própria expressão eleitoral da elite, a de verdade e a que aspira a ser. Ambos são partidos de centro, por isso arquiinimigos. Não têm ninguém com expressão eleitoral à esquerda deste centro. À direita temos conservadores de todos os matizes. Nenhuma idéia interessante ou inovadora em pauta. O debate econômico no Brasil é monotemático e, principalmente, chato.

Não que uma saída de Dilma, e Lula fora do páreo, seja garantia de ascenção dos tucanos ao poder. No caso de convocação de novas eleições, pode acontecer qualquer coisa. O fastio do eleitor com os políticos está aí, em todas as pesquisas. Podemos eleger um populista de direita, um Trump à brasileira. Podemos eleger qualquer coisa. Podemos não eleger ninguém.

Para muita gente influente, impeachment não é o melhor desfecho. Porque nunca há garantias de que em eleições diretas será eleita a pessoa "certa". Esses são dos que mais botam lenha na perseguição política ao PT. Têm outro objetivo, bem mais perigoso. Preferem pular essa parte de eleições diretas. Após dois anos de mandato, se houver cassação, e lei diz que não são convocadas diretas. O próximo presidente, nesse caso, será eleito de maneira indireta, no Congresso. Esse Congresso que todos elegeram e em que ninguém confia. Tão fácil de "influenciar", como todos sabemos.

Seria um grande retrocesso para a democracia brasileira. Muitos chamariam de golpe de estado, no Brasil e no exterior. Aliás, já começam a aparecer questionamentos na imprensa internacional quanto à suposta imparcialidade de Moro e da Lava-Jato. O que alguns sonham como melhor dos mundos pode se tornar o pior dos mundos muito rápido.

Até porque enquanto a maioria dos brasileiros sofre calada os efeitos da crise política e econômica, alguns brasileiros, dos dois lados, estão à procura de um mártir para chamar de seu. Esses embates na rua podem gerar um cadáver a qualquer momento, com consequências imprevisíveis. E enquanto a classe média brada pelo impeachment, muitos na elite torcem por uma solução sem povo. Querem o PT sangrando nas eleições de 2016, com cassação de Dilma e Temer em 2017, eleição indireta para presidente.

É onde estamos. E daqui não saíremos tão fácil.

[Skorpios]

Perigo nas ruas: como Lula inflamou os protestos desse domingo, dia 13

A maior manifestação já realizada contra a presidente Dilma Rousseff está prestes a completar um ano. Na tarde de 15 de março de 2015, um domingo, dois milhões de brasileiros, segundo as contas mais otimistas, foram às ruas para pedir a saída dela da Presidência da República e protestar contra os desvios de conduta e (de dinheiro) promovidos pelo Partido dos Trabalhadores.

Àquela altura, o Brasil já tinha testemunhado protestos semelhantes. O mais emblemático deles ocorrera em 17 de junho de 2013 e foi o ápice de um movimento que pedia transporte coletivo gratuito para a população em diversas cidades. A exigência, embora delirante, deu resultado.

Pressionado, o Congresso Nacional tornou a corrupção crime hediondo, arquivou a PEC 37 e proibiu o voto secreto em votações para cassação de mandato. Não liberou as catracas, é verdade, mas revogou os aumentos das tarifas de várias cidades. Um sucesso.



De lá para cá, muita água rolou debaixo dessa ponte. Dilma, alvo dos protestos de 2013, foi reeleita um ano depois, as tarifas aumentaram como bem entenderam os prefeitos e os protestos, quase sempre com final infeliz, foram se esvaziando, graças à propaganda gratuita feita pelos Black Blocs.

Neste domingo, dia 13, às 13h, brasileiras e brasileiros indignados tomarão novamente as ruas. Com faixas, cartazes, cornetas e megafones, sozinhos, em casais ou em família, fantasiados ou de verde e amarelo, sobre carros de som ultra-potentes ou a pé, pedirão o impedimento do governo que aí está.

Grita tão legítima e democrática quanto as manifestações que apoiam a isolada politicamente presidente Dilma ou acreditam que o pedido de impeachment é um golpe de Estado.

Acredite, há bons argumentos de ambos os lados.

    A diferença entre 2013 e 2016 é o momento que o País atravessa. Mas também outro fator: Lula

A Operação Lava Jato, encabeçada pelo Eliot Ness brasileiro, o juiz Sergio Moro, chega ao seu segundo ano com empresários graúdos atrás das grades, em meio a uma economia despedaçada, inflação nas alturas, desemprego galopante, imagem internacional do Brasil em frangalhos, crise política sem precedentes e a delação de Delcídio do Amaral publicada pela Istoé.

A cereja do bolo, porém, atende por Lula, suspeito de ocultar patrimônio e receber vantagens de empreiteiras envolvidas em esquema de corrupção na Petrobras, ser dono de um sítio em Atibaia, registrado em nome de dois empresários sócios de seu filho, e de um tríplex no Guarujá que oficialmente é da OAS. E aí está o fator de desequilíbrio.

Os petistas falam em perseguição política, enquanto caciques de partidos como PSDB e DEM, também envolvidos em escândalos da merenda, do metrô e caixa 2 de campanha, seguem quase imunes à Justiça. Se revoltam – e com razão – com a blindagem ao incaível Eduardo Cunha, e com a espetacularização das ações da Polícia Federal, o que incendeia ainda mais a militância.

Do outro lado, 50 milhões soltam fogos para celebrar a prisão do “chefe da facção”.

O quê isso muda para o domingo 13? Tudo.

A nossa derrocada e falta de perspectiva regam, por si só, o protesto de domingo com nitroglicerina. Desde sexta-feira, quando parou o País ao depor à Polícia Federal, Lula trabalha para reacender o curto pavio de seus leais e ferozes apoiadores. E vem dando resultado. O número de protestos a favor dele se multiplicou e os casos de violência, também.

A militância não admite que o número 13 seja usado por Coxinhas e promete ocupada a Esplanada dos Ministérios, a partir das 9h. Haverá ocupações ainda em Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo.

Na internet, Lulistas prometem um protesto pró-PT na Av. Paulista, em São Paulo, no mesmo domingo pró-impeachment. Correntes mais revoltas de Petralhas e Coxinhas defendem até uma ridícula “luta armada, se necessário”, para defender as suas bandeiras. Vergonha alheia.

É na internet, contudo, que ameaças e xingamentos ganham coro.





Preocupa, ainda, intensificação das ameaças a jornalistas, por meio da hashtag #ApanhaJornalista, acompanhada de recados e intimidações. A rede, sempre criativa, até usou do humor para ligar a hashtag ao futebol, suor e cerveja.



Sabemos, porém, que a banda não toca dessa forma. Desde 2013, repórteres são impedidos de trabalhar tanto em manifestações anti-governo, como pró-governo. Sofrem agressões e têm seus equipamentos danificados.



Ironicamente, os entusiastas do movimento #ApanhaJornalista, tão comunicativos, se esquecem que hoje podem se informar e até se expressar porque muitos profissionais de imprensa apanharam e até morreram para que isso fosse possível. E não falo só da Ditadura, não.

Falo disso:

E disso:

E de mais isso:

Protestos são importantes, mas só serão produtivos para a democracia brasileira se vierem acompanhados de propostas concretas de combate à corrupção e por uma reforma política realizada pelo Congresso Nacional.

Bater panela na janela, fazer selfie com policiais ou, de outro lado, postar raivosamente no Facebook #nãovaitergolpe não leva a absolutamente nada.

A pressão por uma agenda positiva tem de vir na esteira dessa ou de qualquer outra manifestação, senão será mais um domingo em família na Av. Paulista.

Os ingredientes para o 13 de Março estão sobre a mesa. Resta ver como esse caldo vai entornar.

[_Juca_]

Um passinho para a crise se tornar instituicional...

[Geotecton]

A perseguição ao PT pode não levar ao impeachment - mas a algo bem mais perigoso

Lula e Dilma estão no banco dos réus. De lá jamais sairão. Uma eventual condenação abrirá a porta para novas acusações. Mas nem precisa. Mesmo se inocentados, permanecerão sob fogo cerrado. A missão de longo prazo é impedir Lula de voltar a concorrer para presidente. A missão imediata é impedir Dilma o quanto antes. O show de hoje, e de todo dia, é para atingir esse objetivo. Show que não tem data para acabar.

Agora bateram mais forte que nunca em Lula, e mais dolorido, em sua família. Ele promete bater de volta. Como todo poderoso e famoso, tem convicção que é um escolhido, e agora certeza que é perseguido. Diz que irá aos quatro cantos do país. Convoca petistas, sindicatos, sem-terra. Falou como falava nos palanques. Deve ter eletrizado os simpatizantes. As manifestações pró e contra Lula e Dilma vêm aí. Arrisca aparecer um mártir. O Brasil vai mal? As coisas sempre podem piorar - e frequentemente pioram.

As investigações são detalhe. Não se trata de provar crime. Se trata de criar um clima político que leve ao impeachment ou cassação de Dilma e, sonho dourado, cadeia para ela e Lula. Por enquanto não existe prova de nada contra Dilma, pessoalmente. Mônica Bergamo, na Folha, noticia que a construtora Andrade Gutierrez pode dar à Lava Jato informações sobre pagamentos feitos à campanha de Dilma em 2014, via caixa dois. Se isso acontecer, pode chegar a justificativa necessária para o impeachment da presidente.

Dilma é peso pena que qualquer vento leva. Por mérito pessoal, jamais seria presidente. Lula ganhou quatro eleições para presidente, duas para si, duas para Dilma. Por isso, e pela sua desastrosa gestão da economia do país, é que ela é uma presidente tão fraca.

Lula foi o maior líder de massas que esse país já viu. Foi eleito para priorizar as necessidades dos pobres que o elegeram. Priorizou os grandes - grandes indústrias, grandes bancos, grandes grupos educacionais, grandes fazendeiros, grandes obras, grandes ganhos para quem tinha grandes fortunas. Não ignorou completamente os necessitados, raridade na nossa história. É sua única redenção e justificativa para seu grande capital eleitoral. Esses passinhos que deu na direção de uma melhor distribuição de renda já são pecado mortal para os poucos que têm muito. A profundidade do preconceito de classe no Brasil é poço sem fundo.

Corrupção é mato na história política do país. O papo que o PT "institucionalizou" a corrupção é só isso, papo. A oposição grita contra Dilma e Lula. Temer preside o PMDB, cujos políticos têm colorida coleção de processos e condenações. No Congresso, presidido por Renan e Cunha, ambos do PMDB, os seguintes na linha sucessória depois de Dilma e Temer, uma boa parte (a maioria?) tem pouca moral para clamar pela ética. O partido que lidera a oposição, o PSDB, tem rencas de acusações a responder.

Mas são sempre dois pesos, duas medidas. Lula e companhia têm muito a explicar. Temos provas contra ele? Cadeia e pronto. Mas Alckmin, Aécio, Serra etc. também têm muito a explicar. É mensalão mineiro, Petrobras, Alstom, merenda e por aí vai. Cadê os paladinos da justiça para encrencar com o PSDB? O governo FHC corrompeu deputados para garantir a aprovação da emenda da reeleição, que o beneficiou. A Polícia Federal nem investigou... vão bater na porta dele no dia de São Nunca.

Otimistas entendem que o Brasil sairá melhor da Lava-Jato do que entrou - e que se for para começar a limpa pelo PT, que assim seja. Mas investigar de um lado só não é justiça, é perseguição política. Sim, será um país melhor com políticos corruptos na cadeia. Mas não se forem todos de um partido só. Não precisa muito para ampliar o escopo da Lava-Jato. Basta perguntar aos empresários corruptores, envolvidos na Lava-Jato quanto dinheiro deram para o PSDB e outros partidos da oposição, quanto pagaram por palestras, que benefícios suspeitos financiaram. Fácil e difícil assim.

Dilma pode sobreviver, mesmo com uma condenação de Lula, se não houver nenhuma prova contra ela? Sim. FHC terminou seu mandato, com o PT batendo forte, muitas acusações de corrupção, e pedidos de impeachment. Para ficar em um caso similar, outro "poste", Celso Pitta, que Paulo Maluf elegeu em São Paulo, também governou até o final. Podemos ter sim mais três anos de Dilma no poder, crise econômica se aprofundando, crise política pegando fogo. Considerando o estado do Brasil, a pergunta é: para quê? Para quê tirar Dilma? Para quê manter Dilma?

Dilma e tucanos têm receituário parecido para tratar nossos problemas. Trocar o governo atual por uma outra coalizão fisiológica, só que com o PSDB à frente (e um PT furioso na oposição) seria trocar seis por meia dúzia. Ou quase: os tucanos defendem ainda mais benefícios para os ricos e ainda menos benefícios para os pobres. Os antipetistas querem "ajuste", "austeridade", que em português claro é menos dinheiro para educação, saúde, aposentadorias. Querem menos impostos (principalmente para os ricos) e juros sempre, sempre mais altos. A política econômica defendida pelo PT (e com esse viés mais financista pelo PSDB e partidos que o apóiam) é garantia de acirramento da nossa desigualdade. É o principal fator de atraso do país e é causa fundamental dessa penúria em que vivemos - material, intelectual, eleitoral. O tratamento arrisca matar o paciente.

O eleitor não entende isso, porque ninguém explica. O eleitor entende roubalheira, que há anos lhe dizem que é coisa do Lula. A quem beneficiaria estender a investigação de corrupção ao PSDB, PPS, Democratas, Solidariedade etc.? Não ao "mercado", e como se sabe, quem dita as regras do jogo é quem tem dinheiro. Por que a bolsa sobe e o mercado financeiro celebra quando há cheiro de impeachment de Dilma? Porque o PSDB é ainda mais pró-bancos, privatização e "austeridade" que o PT, claro.

É diferença sutil, mas há diferença. O PT governou com as elites, mas sua base é o povão. O PSDB é a própria expressão eleitoral da elite, a de verdade e a que aspira a ser. Ambos são partidos de centro, por isso arquiinimigos. Não têm ninguém com expressão eleitoral à esquerda deste centro. À direita temos conservadores de todos os matizes. Nenhuma idéia interessante ou inovadora em pauta. O debate econômico no Brasil é monotemático e, principalmente, chato.

Não que uma saída de Dilma, e Lula fora do páreo, seja garantia de ascenção dos tucanos ao poder. No caso de convocação de novas eleições, pode acontecer qualquer coisa. O fastio do eleitor com os políticos está aí, em todas as pesquisas. Podemos eleger um populista de direita, um Trump à brasileira. Podemos eleger qualquer coisa. Podemos não eleger ninguém.

Para muita gente influente, impeachment não é o melhor desfecho. Porque nunca há garantias de que em eleições diretas será eleita a pessoa "certa". Esses são dos que mais botam lenha na perseguição política ao PT. Têm outro objetivo, bem mais perigoso. Preferem pular essa parte de eleições diretas. Após dois anos de mandato, se houver cassação, e lei diz que não são convocadas diretas. O próximo presidente, nesse caso, será eleito de maneira indireta, no Congresso. Esse Congresso que todos elegeram e em que ninguém confia. Tão fácil de "influenciar", como todos sabemos.

Seria um grande retrocesso para a democracia brasileira. Muitos chamariam de golpe de estado, no Brasil e no exterior. Aliás, já começam a aparecer questionamentos na imprensa internacional quanto à suposta imparcialidade de Moro e da Lava-Jato. O que alguns sonham como melhor dos mundos pode se tornar o pior dos mundos muito rápido.

Até porque enquanto a maioria dos brasileiros sofre calada os efeitos da crise política e econômica, alguns brasileiros, dos dois lados, estão à procura de um mártir para chamar de seu. Esses embates na rua podem gerar um cadáver a qualquer momento, com consequências imprevisíveis. E enquanto a classe média brada pelo impeachment, muitos na elite torcem por uma solução sem povo. Querem o PT sangrando nas eleições de 2016, com cassação de Dilma e Temer em 2017, eleição indireta para presidente.

É onde estamos. E daqui não saíremos tão fácil.

Uma catiliniária baseada em tu quoques.

Não importa, neste momento, se o PSDB ou o PSOL roubaram porque eles NÃO estão no comando do governo federal.

Assim que a atual quadrilha for colocada na cadeia, as atenções devem ser voltadas para as outras quadrilhas, a começar pela dos emplumados.

[Buckaroo Banzai]

Mas são sempre dois pesos, duas medidas. Lula e companhia têm muito a explicar. Temos provas contra ele? Cadeia e pronto. Mas Alckmin, Aécio, Serra etc. também têm muito a explicar. É mensalão mineiro, Petrobras, Alstom, merenda e por aí vai. Cadê os paladinos da justiça para encrencar com o PSDB? O governo FHC corrompeu deputados para garantir a aprovação da emenda da reeleição, que o beneficiou. A Polícia Federal nem investigou... vão bater na porta dele no dia de São Nunca.

É sempre esse "eles/tu quoque". Parece que só se pode investigar a corrupção atual, depois que investigada a passada, que o próprio PT teria então deixado passar. Senão é "injusto" com os corruptos atuais, coitadinhos. Sem nem considerar as diferentes proporções das coisas, ou seja, "também" (ou mais!) diferentes pesos e medidas, mas para igualar tudo, além do tu quoque.

[Lorentz]

Mas são sempre dois pesos, duas medidas. Lula e companhia têm muito a explicar. Temos provas contra ele? Cadeia e pronto. Mas Alckmin, Aécio, Serra etc. também têm muito a explicar. É mensalão mineiro, Petrobras, Alstom, merenda e por aí vai. Cadê os paladinos da justiça para encrencar com o PSDB? O governo FHC corrompeu deputados para garantir a aprovação da emenda da reeleição, que o beneficiou. A Polícia Federal nem investigou... vão bater na porta dele no dia de São Nunca.

É sempre esse "eles/tu quoque". Parece que só se pode investigar a corrupção atual, depois que investigada a passada, que o próprio PT teria então deixado passar. Senão é "injusto" com os corruptos atuais, coitadinhos. Sem nem considerar as diferentes proporções das coisas, ou seja, "também" (ou mais!) diferentes pesos e medidas, mas para igualar tudo, além do tu quoque.

Quem mais se beneficiou da reeleição foi o PT. E a distorceu da pior maneira possível. Tanto é que agora os próprios tucanos estão tendo que acabar com ela porque viram o estrago.

O "mensalão" mineiro (que não é mensalão, é caixa 2) está sendo investigado e Azeredo foi condenado.

[Gabarito]

Está em curso uma estratégia arquitetada pela petralhada desesperada com o forte crescimento das adesões às manifestações do próximo domingo dia 13 de marco.
Estão tentando intimidar a todos para que as pessoas não compareçam ao chamamento.


NOTA OFICIAL DO MBL SOBRE A SEGURANÇA NO DIA 13 DE MARÇO


Comentário de um leitor:

GEtúlio Alves de Lima
MANIFESTAÇÃO DE 13MAR

Os governadores dos Estados e respectivos secretários de Segurança Pública DEVEM, sob pena de responsabilidade, antecipar-se aos fatos e proibir a pretensão extemporânea do PT, CUT, MST, UNE e outras organizações a serviço do tumulto, de fazerem qualquer manifestação no dia 13MAR. Devo dizer que a CF, em seu art. 5.º, inclusive, VEDA essa pretensão, quando, no parágrafo XVI, é peremptória nesse sentido, ao preceituar:

"...todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, DESDE QUE NÃO FRUSTREM OUTRA REUNIÃO ANTERIORMENTE CONVOCADA PARA O MESMO LOCAL, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente."

Portanto, o governador, caso não cumpra a CF, poderá ser responsabilizado por eventuais incidentes em decorrência do estado de ânimos criado pelo ex-presidente Lula e o partido dos trabalhadores, assim como a própria presidente da república.

Hoje o ministro do STF Marco Aurélio Mello deu uma declaração grotesca. Disse que tem "medo de um surgimento de um cadáver" na manifestação do domingo, com clara intenção de causar medo nos manifestantes de bem que vão às ruas. Ano passado tivemos 4 manifestações gigantescas sem NENHUM ocorrência. Fernando Holiday rebate a declaração do Ministro.

Fernando Holiday comenta o cadáver a que o ministro se referiu.

[Buckaroo Banzai]

Em minha opinião, o melhor sistema para o Brasil seria o semipresidencialismo, com um presidente eleito por voto universal e um parlamento (que indicaria o primeiro-ministro) escolhido por sorteio.

Monarquia no Brasil não seria adequado simplesmente porque o parlamentarismo puro com o sistema eletivo atual seria uma catástrofe (Executivo 100% nas mãos dos deputados).

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/03/1747854-senado-cria-comissao-para-estudar-modelo-de-semipresidencialismo.shtml

[...]

De saída, os articuladores contam com resistência do presidente do PSDB, Aécio Neves, cujo grupo torce pela cassação da chapa Dilma-Temer e novas eleições, na qual ele seria forte candidato.

A comissão foi criada sob discursos de que não representaria qualquer articulação de golpe, mas uma medida que deveria, depois, ser chancelada pela população, por meio de um referendo.

[...]

Nos bastidores, no entanto, o projeto é tratado como algo que pode "dar uma saída honrosa" para a crise.

[Gabarito]

Taí, gostei desse cartaz que vi num blog sujo.
Mostra que existe vida responsável no lado vermelho do país:

Luciano Bortone • 2 horas atrás

... Fiquemos em casa...!!! - qualquer incidente será visto como violência promovida pelo PT

[Gabarito]

Vi outro cartaz.
Será pra valer isso? Ou é jogo de cena?
Sendo sério, merece aplauso, pois o que não se quer é violência, confronto e vandalismo.

[Geotecton]

Desde que houve a redemocratização plena e direta, em 1989, a maioria dos acontecimentos mais críticos, em termos de violência contra as pessoas e as propriedades, foi feita pela esquerda, mais notadamente pelos "movimentos sociais" e "sindicatos pelegos".

Querer agora impingir a culpa nos outros, seja na direita, seja nas pessoas sem posição política mas que são contrárias à bandalheira sem precedentes que ora assistimos, não passa de uma estratégia asquerosa e mau-caratismo.

[Gaúcho]

Não vão às ruas porque seriam atropelados. Não tem como querer comparar meia dúzia de sindicalistas/mamadores com milhões de pessoas. Só passariam ainda mais vergonha.

[Lorentz]

Vi outro cartaz.
Será pra valer isso? Ou é jogo de cena?
Sendo sério, merece aplauso, pois o que não se quer é violência, confronto e vandalismo.

Isso foi feito por petistas para tentar reduzir a quantidade de manifestantes. Está bem mal feito o banner.

[Gabarito]

Tem coisa se mexendo.
E já tem gente com as antenas levantadas a respeito das estratégias desesperadas a serem usadas pela petezada contra a Mega-Ultra-Manifestação do próximo domingo.
Essas mudanças repentinas no comando dos vermelhos são suspeitas.
Leiam também os comentários após a notícia:

Ato pró-Lula muda de data para evitar confronto em São Paulo
10/03/2016 11h39 - Atualizado às 12h53

Os coletivos culturais que estavam organizando um ato pró-Lula na praça Roosevelt, no domingo (13), cancelaram o evento. A nova data é domingo (20).

A Juventude do PT (JPT), a UNE (União Nacional dos Estudantes) e movimentos sociais pretendiam fazer "ato cultural" na praça, às 11h. As manifestações contrários ao governo ocorrerão na avenida Paulista, a 2 km dali, no período da tarde.

A decisão foi tomada depois que lideranças concluíram que o potencial de conflito seria grande na cidade, já que movimentos antigoverno já tinham anunciado o ato na avenida Paulista contra Dilma Rousseff e contra o ex-presidente.

Os coletivos definem o evento como "defesa da democracia, da diversidade e da liberdade e contra os retrocessos e o avanço da onda conservadora".

O encontro Sem Medo de Ser Feliz - Pela Diversidade e Democracia seria nos moldes do Existe Amor em SP, que em 2012, na mesma praça Roosevelt, combateu a candidatura de Celso Russomanno a prefeito.

Os organizadores diziam que a reedição seria um encontro apartidário e cultural, com shows e presença de artistas e de blocos de Carnaval.

Herbert Gonçalves Barbosa
Fiquem ligados, eles querem se infiltrar nas nossas manifestações e fazer baderna e depois jogar a culpa na gente! Façam campanha para o pessoal evitar qualquer tipo de violência, pra ninguém cair na armadilha deles!
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Debora Wey
É isso mesmo. Tb acho.
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Sônia Regina
Caramba! Assim que li a notícia pensei a mesma coisa. Precisamos sim, ficar muito atentos e não ceder a nenhum tipo de provocação, é isso!!
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Elaine Apolonio
Qualquer problema que ocorrer deveremos responsabilizar o Lula que com seu ódio à lei e a ordem, sua natureza vingativa e arrogante, sua teimosia em se passar por mártir e pobre coitado vem incentivando que seus fanáticos seguidores "façam justiça" por ele. O Brasil quer que Lula, Dilma e o PT sejam postos para fora já e nada vai impedir que as pessoas de bem se manifestem.
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Carlos Eduardo Costa
Se não for em dia de semana, com liberação do trabalho (empregados de sindicatos e assemelhados ou desempregados a R$50,00 + pão com mortadela não vai ninguém!!!
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Rose Gouvêa
Faltou gente, é?
Dia 13, vai faltar rua.
#SomosTodosLavaJato...Ver mais
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[Arcanjo Lúcifer]

Tem coisa se mexendo.
E já tem gente com as antenas levantadas a respeito das estratégias desesperadas a serem usadas pela petezada contra a Mega-Ultra-Manifestação do próximo domingo.
Essas mudanças repentinas no comando dos vermelhos são suspeitas.

Opinião minha, apenas uma opinião:

Essa mudança aconteceu exatamente no dia em que pediram a prisão do Lulla por incentivar os mortadelas a um confronto com a população.

Não é coincidência.

Acredito que ele sabia que pediriam a prisão e mandou voltarem atrás para não justificar o motivo se acontecer mesmo.

[Buckaroo Banzai]

Desde que houve a redemocratização plena e direta, em 1989, a maioria dos acontecimentos mais críticos, em termos de violência contra as pessoas e as propriedades, foi feita pela esquerda, mais notadamente pelos "movimentos sociais" e "sindicatos pelegos".

Querer agora impingir a culpa nos outros, seja na direita, seja nas pessoas sem posição política mas que são contrárias à bandalheira sem precedentes que ora assistimos, não passa de uma estratégia asquerosa e mau-caratismo.

Eu não estranharia nada se houvesse gente disposta até a se ferir propositalmente para encenar ter sofrido violência da oposição FHaCista. Espero que não tenha gente disposta a fazer algo ainda mais grave, com uma vítima não-voluntária. Mas não posso dizer que ficaria tremendamente surpreso se algo assim se confirmasse.

De vez em quando uns fazem esse tipo de coisa, confirmadamente (quanto a vítimas voluntárias, ao menos). E parece que houve até indicação de algo "quase" assim ter ocorrido, tentativa de incriminação do MPL MBL, com algumas armas brancas encontradas em barracas ou algo assim, não acompanhei bem. Ao menos o MBL sustentou ser isso o caso, postaram algo assim aqui.

Ao mesmo tempo, não me surpreenderia também nada de violência de verdade vinda da turma dos apoiadores do Bolsonaro, coisa que talvez ele esteja praticamente no limiar de encorajar em seus discursos.

[Johnny Cash]

Ó, eu não sei vocês, mas eu já estou na reza brava pra São Pedro não mandar chuva domingo.

Previsão pra Belo Horizonte não tá boa.