Autor Tópico: Guerra na Síria  (Lida 34728 vezes)

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Offline Pasteur

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #200 Online: 20 de Outubro de 2016, 01:01:30 »
Quem é mesmo que tem uma política agressiva ?



Putin Deixa Jornalista Ocidental Sem Palavras

O jornalista nem teve direito a réplica ao ditador russo.

Falou que os EUA tem um orçamento da defesa de dez vezes a mais. Alguém duvida de que se esse ditador pudesse, faria um orçamento pra defesa igual ou maior?


Offline JJ

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #201 Online: 20 de Outubro de 2016, 08:13:31 »
Cada uma! EUA apoiando a Al Qaeda? Quem disse pra você: o Trump ou o Putin?

Wikileaks.....

É cada um.......



Os EUA apoiarem radicais islâmicos não é novidade.



Parece que só o Pasteur não sabe que governos dos  EUA   tem envolvimento com extremistas islâmicos desde a década de 80:



Operação Ciclone

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


A Operação Ciclone foi o nome em código do programa da Agência Central de Inteligência (CIA) para armar os mujahideen no Afeganistão durante a invasão soviética do Afeganistão (1979-1989) [1]. A Operação Ciclone é uma das operações da CIA mais longas e dispendiosas já realizadas [2], cujo financiamento começou com US $ 20-30 milhões por ano em 1980 e chegou a 630 milhões de dólares por ano em 1987.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Um mujahideen afegão em 1988, equipado com um lançador de mísseis terra / ar 9K32 Strela-2 da Operação Ciclone financiada pela CIA
Durante a Guerra Fria (1947-1991) entre os Estados Unidos e a União Soviética, após o golpe de Estado comunista no Afeganistão em 1978 e a invasão soviética do Afeganistão em 1979, o Presidente dos EUA Jimmy Carter disse que "a invasão soviética do Afeganistão é a maior ameaça à paz desde a Segunda Guerra Mundial". [4] O conselheiro de segurança nacional de Carter, Zbigniew Brzezinski, afirmou que o esforço dos EUA para ajudar os mujahideens afegãos foi precedida por um esforço para forçar a União Soviética a se envolver num conflito custoso e alegadamente distrator, como a Guerra do Vietnam.



Em 3 de Julho de 1979 [5], Jimmy Carter assinou o decreto presidencial que autoriza financiamento da guerrilha anticomunista no Afeganistão [6]. Esta ordem secreta foi assinada depois de um golpe comunista e da instalação de um presidente pró-soviético, e seis meses antes da invasão do Afeganistão pela URSS em dezembro de 1979, a conselho de seu assessor de segurança nacional, Zbigniew Brzezinski, que esperava que Moscou interviesse com as suas tropas no país [7] e, portanto, de acordo com Chalmers Johnson, atolasse em um "Vietnã soviético". Em 1998, Brzezinski disse ao Nouvel Observateur: "O dia em que os soviéticos atravessaram oficialmente a fronteira, escrevi ao presidente Carter: "Nós temos agora a oportunidade de dar à URSS uma guerra do Vietnã. "

O programa baseou-se fortemente no uso da inteligência paquistanesa, o ISI, apoiado pelos serviços de inteligência da Grã-Bretanha (MI6), Egito, Arábia Saudita, China e Israel, como um intermediário para a distribuição dos fundos, repassar armas, treinamento militar e apoio financeiro aos grupos da resistência afegã.



Na administração de Ronald Reagan, o apoio dos EUA aos mujahideen afegãos evoluiu para se converter numa parte central da política externa norte-americana, a chamada de "Doutrina Reagan", pelo qual os Estados Unidos forneceram assistência militar a movimentos de resistência anti-comunistas no Afeganistão, Angola, Nicarágua e outros países. Para implementar essa política, o presidente Ronald Reagan implantou a oficiais paramilitares da Divisão de Atividades Especiais da CIA para treinar, equipar e comandar as forças de mujahedin contra o Exército Vermelho. [8][9]

Através do ISI, a CIA ajuda tropas de Ahmad Shah Massoud, mas também movimentos islâmicos, como os de Jalaluddin Haqqani [10] (futuro ministro das fronteiras do Taliban) ou de Gulbuddin Hekmatyar, um dos "senhores da guerra" mais favorecidos pelo ISI paquistanês [11][12]. A equipe do ISI e treina mais de 100 mil homens entre 1978 e 1992 com um orçamento americano progressivo no total entre 3 e 20 bilhões. Cerca de 35 mil muçulmanos estrangeiros de 43 países islâmicos, participaram nesta guerra.

O bilionário Osama bin Laden, fundador da Al-Qaida é originalmente um fervoroso defensor da operação da CIA, e é enviado em 1986 a província de Khost por Jalaluddin Haqqani [10]. Bin Laden foi então encarregado de Maktab al-Khadamāt, para o recrutamento de combatentes para o Afeganistão.


A Operação Ciclone foi um sucesso indireto para os Estados Unidos, o que provavelmente contribuiu para o enfraquecimento do Bloco do Leste em 1991. Porém, foi um fator decisivo para a ascensão do Talibã, que perdura até o presente.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Ciclone
« Última modificação: 20 de Outubro de 2016, 08:16:05 por JJ »

Offline JJ

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #202 Online: 20 de Outubro de 2016, 08:21:48 »
Assad é um monstro escroto, assim como Saddam era.

Mas hoje eu tenho 90% de certeza que a derrubada do Assad irá mergulhar a Síria numa interminável guerra civil e/ou irá fortalecer vertentes não-laicas no controle do país, igual aconteceu no Iraque.

O Assad (assim como Saddan) ao menos são laicos. Assad inclusive proibiu o uso do véu, não lembro exatamente em que circunstâncias.

Quando vejo o que os rebeldes 'bons' da Síria e da Líbia falam, tenho convicção de que lutam para terem a 'liberdade' de aplicarem a sharia no país. E a maioria deles considera os EUA e o Ocidente inimigos a serem combatidos futuramente.

Eu não boto minha mão fogo por NENHUM grupo rebelde daquela região! (há 5 anos eu botava).




Em 2003 eu achei que  a  invasão do Iraque para tirar o malvado Saddam era uma coisa correta, entretanto com o passar do tempo  o mundo pode ver o completo desastre  que resultou dessa guerra para retirar o malvado ditador e  levar a democracia.   Desde então não acredito nem mais um pingo nessas historinhas de  ajudar a levar a democracia  com invasões diretamente ou via procuração apoiando grupos islâmicos.



Offline Pasteur

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #203 Online: 20 de Outubro de 2016, 08:52:57 »
Que tal falarmos dos EUA atual?  :ok:

Offline André Luiz

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #204 Online: 20 de Outubro de 2016, 17:45:55 »
O Putin não era da KGB?
Porque ele finge que não entende inglês?
Só pra irritar os caras?

Porque eu já li que esse agentes tinham que falar inglês e alemão sem qualquer sotaque em suas missões

Mas pode ser lenda da guerra fria também

Offline JJ

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #205 Online: 23 de Outubro de 2016, 22:31:16 »

Mídia ocidental ignora progresso de Putin na Síria

31 jan 2016 | Guerra · Síria Tags:Bashar Al Assad; · EUA · FBI; · Genebra · ONU

Quadro na Síria é dramaticamente decisivo:
Mas mídia-empresa nos EUA erra, se supõe que Putin estaria derrotado

29/1/2016, Mike Whitney, Counterpunch
Traduzido por Vila Vudu


As conversações de paz para a Síria patrocinadas pela ONU, que começaram na 6ª-feira em Genebra, serão boicotadas pelo principal grupo de oposição síria, que insiste que a Rússia pare de bombardeá-los enquanto negociam.


Para avaliar o ridículo dessa ‘exigência’, é preciso imaginar cenário semelhante, acontecendo nos EUA.


Digamos por exemplo que Ammon Bundy, o líder pirado de uma milícia armada que tomou a sede de um santuário de vida selvagem, Malheur Wildlife Refuge, nos arredores de Burns, Oregon administrado pelo governo dos EUA, ‘exigisse’ que o FBI e demais agentes federais sumissem de lá, enquanto a ONU promovesse negociações entre os doidos e representantes do governo Obama, com vistas a organizar um governo de transição naquelas matas do Oregon, o qual derrubaria Obama da presidência em 18 meses, e reescreveria a Constituição dos EUA de modo que ela passasse a manifestar as convicções políticas de extrema direita política de Bundy e de seus seguidores amalucados no meio no mato.


Alguém aí consideraria razoável essa proposta?


Pois esse é o contexto em que se realizam as atuais “conversações de paz”. Não surpreende que Moscou não leve a sério essa farsa: é piada, mesmo.


Em que país do planeta se permite que milícias armadas ocupem cidades, matem civis, destruam infraestrutura crítica, criem o mais absoluto inferno e ameacem derrubar o governo nacional eleito?


Nenhum. Pois mesmo assim a equipe de Obama supõe que seria modo de agir perfeitamente aceitável – e, até, elogiável e ajudável –, para cidadãos e não cidadãos (a maioria dos ‘rebeldes’ nem são sírios, mas mercenários estrangeiros ou jihadistas), desde que seus objetivos políticos coincidam com os de Washington. E, sim, coincidem.


Desde o início, o único objetivo de Washington foi derrubar o presidente Bashar al-Assad da Síria, para que, sem ele, os campos de petróleo e corredores de oleodutos pudessem sem entregues sem contestação às gigantes petroleiras ocidentais, para serem protegidas pelos soldados norte-americanos nas novas bases construídas naquela área. Esse sempre foi o plano básico de jogo dos EUA desde o primeiro dia, e é por isso que Obama & Co. tanto precisam deter a ofensiva comandada pelos russos. E, para isso, vale tudo.


Vale, até, inventar ‘negociações’ teatralizadas e sem qualquer significado, que não têm outro objetivo que não seja implementar um cessar-fogo que proteja os terroristas apoiados pelos EUA e lhes dê folga para se reagrupar e só voltar a lutar adiante, quando estiverem recompostos.

O presidente Vladimir Putin da Rússia vê, é claro, a farsa, mas, farsa e tudo, mandou diplomatas para Genebra, provavelmente para não ter de abrir uma frente de ‘dissidência’ num projeto que está sendo apresentado como da ONU.


Sim, mas… Quem supõe que os russos cedam algum tipo de ‘cessar-fogo’, de modo que os ‘rebeldes’ de Obama & Co. se rearmem para voltar à guerra? Quem acreditar nisso é tolo.


Fato é que os norte-americanos [e de brasileiros então, nem se fala! (NTs)] não sabem do que realmente se passa em campo, porque a mídia-empresa ativa dentro dos EUA está muda há meses. E há meses a coalizão organizada e comandada pelos russos (Exército Árabe Sírio, Forças Quds do Irã e o Hezbollah) avança em campo, lentamente, mas sem retrocessos; já passou pelas defesas norte-americanas-turcas-CIA-mercenárias-jihadistas e avança em todos os fronts, e todos os dias mais e mais posições inimigas caem.


Cidades chaves na província de Latakia e também ao longo da fronteira turca que foram usadas como fortalezas jihadistas estão caindo, uma depois da outra, sob o incansável bombardeio russo, ao mesmo tempo em que, por terra, territórios vão sendo libertados pelo exército do Estado sírio. Aleppo, a maior cidade do norte da Síria, foi cercada por forças legalistas, que cortaram as vias de suprimento até a Turquia, deixando grupos de combatentes salafistas como Ahrar al Sham, Jabhat al Nusra, Jaish al Islam, ISIS e os demais grupos associados à al-Qaeda forçados a se renderem ou a passar fome enquanto esperam o desesperado encontro final.


O momentum mudou a favor das forças do Estado sírio, que agora estão, claramente, no controle.


A mídia-empresa dentro dos EUA [e no Brasil, então, nem se fala! (NTs)] só faz chamar de “atoleiro sírio” o que é retumbante vitória da coalizão comandada pelos russos, que vai gradualmente recompondo a segurança em toda a Síria, ao mesmo tempo em que põe para correr os terroristas invasores ‘selecionados’ por Obama & Co. Eis o que diz a Agência Reuters:
“Três meses passados desde o início de sua ação militar na Síria, o presidente Vladimir Putin já alcançou o objetivo central de estabilizar o governo Obama e, a custos relativamente baixos, pode manter suas operações militares naquela região, no nível em que estão hoje, realmente, durante anos – dizem oficiais e analistas militares norte-americanos.


Essa avaliação foi tornada pública, apesar de o presidente Barack Obama e seus mais altos auxiliares não se cansarem de repetir que a ação de Putin em apoio ao ‘ditador’ sírio teria sido mal planejada, que não dará conta da luta e, “certamente” será derrotada (…).


Desde que a campanha começou, em 30 de setembro, a Rússia sofreu número mínimo de baixas e, apesar do que ‘declaram’ os especialistas norte-americanos, está pagando sem dificuldades os custos da própria movimentação militar – que analistas estimam em $1-2 bilhões/ano. A guerra russa é paga pelo orçamento anual regular do Estado russo, de cerca de $54 bilhões, como disse um funcionário da inteligência dos EUA (…).

ATOLEIRO?!


“A tentativa de Rússia e Irã para defender Assad e tentar pacificar a população vai metê-los num atoleiro e não vai funcionar” – dizia Obama dia 2/10/2015. Dia 1/12/2015, atreveu-se mais: a Rússia estaria “atolando cada vez mais num conflito civil paralisante.”


Altos funcionários do governo negaram que houvesse qualquer contradição entre o que Obama ‘declara’ e avaliações privadas, segundo as quais até o momento a campanha russa continuava bastante efetiva.

“Creio que o presidente quis dizer que (…) não vai dar certo no longo prazo” – explicou um assessor. Os russos “estão presos numa guerra civil, de modo que será extremamente difícil saírem daquilo” (…)


Vasily Kashin, analista que trabalha em Moscou, explicou que a guerra não está superestressando as finanças russas.


“Todos os dados que há mostram que o nível atual de esforço militar é completamente insignificante para a economia russa e o orçamento russo” – disse Kashin, do Center for Analyses of Strategies and Technologies. – “O esforço pode prosseguir exatamente no mesmo nível de intensidade, ano após ano” (U.S. sees bearable costs, key goals met for Rússia in Síria so far, Reuters).


Os norte-americanos estão tão condicionados a crer que qualquer intervenção militar acaba fatalmente em “atoleiro”, que se surpreendem quando uma ação militar é bem-sucedida.


É compreensível, uma vez que os que antes se reconheciam como “os melhores militares do planeta” já não conseguem derrotar nem um bando desorganizado de pastores esfarrapados e mal armados, nem lutando por mais de 15 anos, como aconteceu no Afeganistão.


Não surpreende que os norte-americanos sem informação ou desinformados contem com o fracasso dos russos.


A questão é, porém, que Putin não tem nenhuma intenção de se deixar “atolar” na Síria por uma ou duas décadas. Seu plano é derrotar o inimigo e sair. Relatos recentes vindos das linhas de frente sugerem que isso, precisamente é o que os russos estão fazendo. Adiante, de um postado do blog Sic Semper Tyrannis:


“A queda de Salma”


As coisas começaram a mover-se depressa semana passada, quando o Exército Árabe Sírio, a Força Nacional de Defesa e milícias locais avançaram sobre Salma, a fortaleza dos rebeldes que foi chave para as posições defensivas no sul da Rodovia M4 que liga Latakia a Idlib. Depois de semanas de preparativos e de amaciar as defesas, R+6 finalmente entrou, e já não havia muito que os rebeldes pudessem fazer para deter ou reverter a tendência (…).


(…) Tão logo o ponto de penetração e alcançado, porém, o lado que avança usualmente leva a melhor, o que resulta em a posição do oponente ruir sob a pressão. Foi o que aconteceu com Salma, que era um resort de montanha no nordeste de Latakia (…). Quando R+6 fez o assalto final, Salma já não tinha como manter a posição. A perda de Salma significou que toda a linha defensiva ao sul da Rodovia M4 foi comprometida; e ambos, os avanços do Exército Árabe Sírio e a retirada “tática” dos rebeldes fez rápida correção na linha de frente na área (…).


Os avanços obtidos pelo Exército Árabe Sírio (…) mais uma vez provaram-se decisivos contra linha de frente dos rebeldes que já havia sido desestabilizada pela perda de Salma e pela perspectiva de ser separada de suas Linhas de Comunicação [orig. Lines of Communication, LOCs] com Jisr al-Shughur” (Rebel Defences Crumbling In Latakia Province, Sic Semper Tyrannis).
Estão entendendo? Os grupos jihadistas estão apanhando sem parar, confrontados com exército superior a eles, que está recapturando cidades criticamente importantes e território estratégico ao longo da fronteira turca e nas partes sul e leste do país. Como resultado, Assad não será derrubado, nem o país será convertido em ‘principado jihadista salafista’ governando por islamistas doidos, que governam pelo terror.


Não implica dizer que não haja vários obstáculos potenciais ainda pela frente. Há. De fato, há uma situação em andamento nesse momento que pode vir a explodir em conflito regional envolvendo Turquia, OTAN, EUA e Rússia.


A Rússia planeja usar seus aliados curdos no YPG para ocupar uma faixa de terra ao longo do lado sírio da fronteira com a Turquia, para restabelecer a soberania territorial síria e deter o fluxo de terroristas da Turquia para a Síria. O presidente Erdogan da Turquia ameaçou que, se o YPG insistir nesse curso, a Turquia invadirá; nesse caso, Putin defenderá os curdos.

Não há como prever como acabará tudo isso, mas não há dúvidas de que as próximas semanas serão extremamente tensas, com muito agitar de sabres entre todos os principais e disputa por posições, sempre muito próximas de conflagração generalizada. Prevalecerão as cabeças mais frias?


Isso, exatamente, não posso dizer. Mas posso dizer que Washington já recuou da campanha de “Assad tem de sair” e já passou para o Plano B, que implica ocupar território e construir bases no sudeste da Síria, onde os EUA planejam permanecer pelo mais longo tempo que possam. Vejam lá, na página South Front:


“Do Front Sul: Análises e inteligência previram há um mês que os aliados da OTAN trabalham em ritmo de urgência tentando implantar um novo plano para assegurar o controle de, pelo menos, o corredor norte de petróleo que vem do Iraque, e tentar tirar vantagem dessa oportunidade para envolver a Rússia numa guerra longa e cara. Esse plano emergencial inclui ocupação de infraestrutura crucial, inclusive campos de petróleo, pelo contingente da OTAN e estabelecer forças de um antigoverno – vale dizer, anti-Rússia e anti-Irã – em partes divididas da Síria.


Implementar esse plano pode facilmente levar a uma guerra mundial iniciada pela escalada militar em torno da crise síria. As apostas no impasse geopolítico global foram novamente aumentadas” (Escalation in Síria, South Front).


Implica dizer que, mesmo que Washington tenha sido derrotada e seu plano para derrubar Assad tenha sido neutralizado (pelo menos temporariamente), Washington já está aprofundando seu envolvimento no processo de criar um Sunistão.


Esse Sunistão seria um novo estado a ser inventado, formado do leste da Síria unido ao oeste do Iraque, controlado por clientes dos EUA. Assim, as petroleiras ocidentais gigantes conseguirão conectar-se à rede oleogasodutos, do Qatar até a Turquia, para substituírem a Rússia como maior fornecedor de gás natural para a União Europeia.


Tudo isso ainda é parte da estratégia imperial de “pivotear-se” para a Ásia, controlando recursos vitais e cuidando que não deixem de ser denominados em EUA-dólares. É plano ambicioso para governar o mundo.


Esse plano, precisamente, é que a Rússia está agora desafiando abertamente, como potência emergente que pode fazer descarrilar a mortífera máquina de guerra dos EUA e pôr fim à maligna ordem mundial unipolar.


  • Mike Whitney é um escritor e jornalista norte-americano que dirige sua própria empresa de paisagismo em Snohomish (área de Seattle), WA, EUA. Trabalha regulamente como articulista freelancenos últimos 7 anos. Em 2006 recebeu o premio Project Censored por uma reportagem investigativa sobre a Operation FALCON, um massiva, silenciosa e criminosa operação articulada pela administração Bush (filho) que visava concentrar mais poder na presidência dos EUA. Escreve regularmente emCounterpunch e vários outros sites. É co-autor do livro Hopeless: Barack Obama and the Politics of Illusion (AK Press) o qual também está disponível em Kindle edition.
http://www.orientemidia.org/midia-ocidental-ignora-progresso-de-putin-na-siria/




Offline Pasteur

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #206 Online: 23 de Outubro de 2016, 23:12:12 »
Caramba! Tá demorando pra chegar dia 8 de Novembro!  :(

Offline Geotecton

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #207 Online: 23 de Outubro de 2016, 23:57:42 »
O Putin não era da KGB?
Porque ele finge que não entende inglês?
Só pra irritar os caras?

Porque eu já li que esse agentes tinham que falar inglês e alemão sem qualquer sotaque em suas missões

Mas pode ser lenda da guerra fria também

Eu acho que ele sequer sabe falar russo direito.
Foto USGS

Offline El Elyon

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #208 Online: 24 de Outubro de 2016, 01:43:04 »
Citar
O Putin não era da KGB?
Porque ele finge que não entende inglês?
Só pra irritar os caras?

Porque ele é uma autoridade de Estado, representando o Estado Russo que tem como idioma nacional, Russo. Em cerimônias públicas, especialmente se envolvem líderes de Estado, falar o idioma de outra nação é encarado como um gesto de submissão e fraqueza - além, em tópicos importantes, falar sem seu segundo ou terceiro idioma nem sempre é algo prático ou agradável, então deixe para especialistas como falantes nativos, tradutores e diplomatas. Em situações mais relaxadas e com preparação, como discursos, ele pode usar outro idioma sem problemas, vide:


Citar
Porque eu já li que esse agentes tinham que falar inglês e alemão sem qualquer sotaque em suas missões

Mas pode ser lenda da guerra fria também

Ele trabalhava na Alemanha Oriental, seu segundo-idioma é Alemão, não Inglês. E era parte da Conta-Inteligência, não de Espionagem Internacional (até onde se saiba).
« Última modificação: 24 de Outubro de 2016, 01:50:04 por El Elyon »
"As long as the Colossus stands, Rome will stand, when the Colossus falls, Rome will also fall, when Rome falls, so falls the world."

São Beda.

Offline JJ

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #209 Online: 24 de Outubro de 2016, 10:36:46 »
Caramba! Tá demorando pra chegar dia 8 de Novembro!  :(



Eu acredito, e as pesquisas indicam,  que a Hillary vai ganhar,   então  você  já pode ir colocando o seu champagne  pra gelar.   Ou cerveja,  ou suco de uva, ou coca-cola, ou água de coco,   sei lá o que você  prefere.   :hihi:


 :chopp:


« Última modificação: 24 de Outubro de 2016, 10:39:57 por JJ »

Offline Pasteur

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #210 Online: 24 de Outubro de 2016, 12:00:42 »
Caramba! Tá demorando pra chegar dia 8 de Novembro!  :(



Eu acredito, e as pesquisas indicam,  que a Hillary vai ganhar,   então  você  já pode ir colocando o seu champagne  pra gelar.   Ou cerveja,  ou suco de uva, ou coca-cola, ou água de coco,   sei lá o que você  prefere.   :hihi:


 :chopp:

Cerveja!  :ok:

Offline DDV

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #211 Online: 24 de Outubro de 2016, 14:51:33 »
"So Clinton took a bold step Wednesday night when it comes to Iraq and neighboring Syria, where the battle against the Islamic State has been raging for 13 years.

"They are not going to get ground troops," she said at a prime-time NBC forum. "We are not putting ground troops into Iraq ever again. And we're not putting ground troops into Syria. We're going to defeat ISIS without committing American ground troops."

She said it four times. Clearly, this was a message she intended to deliver.

She elaborated in a news conference Thursday morning
"


https://www.washingtonpost.com/news/the-fix/wp/2016/09/08/the-two-biggest-problems-with-hillary-clintons-pledge-to-never-send-ground-troops-into-iraq-and-syria/
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Pasteur

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #212 Online: 24 de Outubro de 2016, 15:00:16 »
Se ela fizer uma zona de exclusão aérea como prometido e dar uma boa equipada nos rebeldes mais confiáveis os ditadores sírio e russo vão se dar mal.

Offline Gauss

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #213 Online: 24 de Outubro de 2016, 15:10:55 »
Se ela fizer uma zona de exclusão aérea como prometido e dar uma boa equipada nos rebeldes mais confiáveis os ditadores sírio e russo vão se dar mal.
Se ela equipar os rebeldes ela vai demonstrar que os EUA não aprenderam com  a História.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Pasteur

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #214 Online: 24 de Outubro de 2016, 15:13:11 »
Se ela fizer uma zona de exclusão aérea como prometido e dar uma boa equipada nos rebeldes mais confiáveis os ditadores sírio e russo vão se dar mal.
Se ela equipar os rebeldes ela vai demonstrar que os EUA não aprenderam com  a História.

Esse raciocínio é tipico de quem nivela os rebeldes por baixo. Muitos deles são laicos pró democracia...

Offline DDV

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #215 Online: 24 de Outubro de 2016, 15:14:38 »
Se ela fizer uma zona de exclusão aérea como prometido e dar uma boa equipada nos rebeldes mais confiáveis os ditadores sírio e russo vão se dar mal.

Você coloca a mão no fogo por algum grupo rebelde? Qual(is)?

Se ela armar grupos rebeldes, a Rússia armará outros e fica tudo na mesma. Irão se matar por 10 anos até um deles vencer e dominar o que sobrou  da desolação, quando então vai "soltar a franga" e começar a fomentar mais jihad e terrorismo do que os grupos anteriores.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline DDV

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #216 Online: 24 de Outubro de 2016, 15:19:46 »
Eu tenho muita simpatia pelos curdos (e a opinião pública mundial também).

Não seria o caso de apoiarem um Curdistão independente?

Parece que os próprios curdos não ligam muito pra isso, querem apenas autonomia. Um estado curdo contraria frontalmente os interesses dos demais estados da região (Turquia principalmente).

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Gauss

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #217 Online: 24 de Outubro de 2016, 15:20:44 »
Esse raciocínio é tipico de quem nivela os rebeldes por baixo. Muitos deles são laicos pró democracia...
Qual o grupo laico que está lutando lá? A Irmandade Muçulmana?

Eu tenho muita simpatia pelos curdos (e a opinião pública mundial também).

Não seria o caso de apoiarem um Curdistão independente?

Parece que os próprios curdos não ligam muito pra isso, querem apenas autonomia. Um estado curdo contraria frontalmente os interesses dos demais estados da região (Turquia principalmente).

Também acho isso. A maior nação sem país do mundo.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Pasteur

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #218 Online: 24 de Outubro de 2016, 15:21:44 »
Se ela fizer uma zona de exclusão aérea como prometido e dar uma boa equipada nos rebeldes mais confiáveis os ditadores sírio e russo vão se dar mal.

Você coloca a mão no fogo por algum grupo rebelde? Qual(is)?

Exército Livre Sírio


Se ela armar grupos rebeldes, a Rússia armará outros e fica tudo na mesma. Irão se matar por 10 anos até um deles vencer e dominar o que sobrou  da desolação, quando então vai "soltar a franga" e começar a fomentar mais jihad e terrorismo do que os grupos anteriores.

Nada disso. Esse suposto futuro equilibrio é ficção.

Offline Pasteur

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #219 Online: 19 de Dezembro de 2016, 17:04:10 »
Citar




Embaixador russo em Ankara/Turquia assassinado devido ao papel da Rússia na guerra da Siria.

Estava demorando para a Russia colher algum "fruto"...


http://www.nytimes.com/2016/12/19/world/europe/russia-ambassador-shot-ankara-turkey-report.html?hp&action=click&pgtype=Homepage&clickSource=image&module=b-lede-package-region&region=top-news&WT.nav=top-news&_r=0
« Última modificação: 19 de Dezembro de 2016, 17:06:36 por Pasteur »

Offline André Luiz

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #220 Online: 19 de Dezembro de 2016, 17:48:01 »
Vixe, vai dar merda

Offline Pasteur

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #221 Online: 19 de Dezembro de 2016, 17:51:50 »
O terrorista era um policial turco de 22 anos e foi morto pela policia de Ankara.

Offline DDV

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #222 Online: 19 de Dezembro de 2016, 20:44:44 »
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline DDV

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #223 Online: 19 de Dezembro de 2016, 21:15:58 »
Também um embaixador russo andar sem segurança decente em pleno Oriente Médio, é contar demais com a sorte.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Lorentz

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Re:Guerra na Síria
« Resposta #224 Online: 19 de Dezembro de 2016, 21:19:22 »
Também um embaixador russo andar sem segurança decente em pleno Oriente Médio, é contar demais com a sorte.

Mas o cara é russo. Talvez ele não tomou vodka no dia e ficou mais vulnerável a balas.
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