Acho que deve ser improvável o cenário desses impeachments, mas, supondo que não, como é que se sucederiam? Quem daria início aos processos, e tudo mais? Qual é o alinhamento destes?
"É aceitável que o chefe do Ministério Público Federal peça a investigação de um presidente sem nem se ocupar em saber se existe ou não fraude no material que a justifica?"
O processo de investigação "do presitene" por definição já dá como definitiva essa prova apresentada, ou poderia ela ser o primeiro objeto de investigação?
Essas gravações foram noticiadas como vazamento, ou foi legal? Em qualquer caso, não estaria aí também algo potencialmente incriminador, ainda mais nesse cenário de conspiração/trocas?
O Lorentz em algum post falou algo nas linhas de "usar podridão para acabar com podridão"... meu temor é que ela só se multiplique e acabe com o pouco que estava funcionando contra podridão...
Pelo pouco que sei, mas pelo muito que gostaria de saber, arrisco-me a tentar responder e torcer para não falar bobagens.
Um processo de
impeachment começa com um pedido protocolado na secretaria da Câmara Federal.
Isso até já foi feito por vários parlamentares e até por uma bancada inteira, se não me engano.
Está sob o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o poder de aceitar ou arquivar qualquer um desses pedidos.
Para isso, ele pode solicitar assessoria jurídica da mesa que emitiria um laudo recomendando ou não.
Apesar dessa assessoria, cai sobre Rodrigo Maia todo o poder de aceitar ou arquivar o pedido, até quando o laudo indica posição contrária.
Consta que hoje Rodrigo Maia é aliado e não receberá nenhum desses pedidos de
impeachment.
A oposição já se prepara para todas as armas de pressão para que ele acabe aceitando, o que inclui barulho e histeria na sociedade e em plenário.
Caso o processo prossiga, há que se formar Comissões Especiais e seguir todo o rito que já vimos há pouco tempo.
Tem que aprovar o processo na Comissão da Câmara para seguir para o plenário.
O quórum é alto, 2/3.
Acredito que, dificilmente, seria alcançado.
É um quórum muito difícil.
DilMentira alcançou-o por que foi ruim, e bote ruim, em gingado político.
Temer é animal político.
Esses tantos deputados não ficariam em número suficiente para destituí-lo.
O mesmo no Senado.
É um quórum muito difícil.
Quase a mesma coisa se dá com um processo no STF.
Há que ser aprovado no Congresso e a minha visão é a mesma: precisa-se da mesma maioria difícil que não passaria.
Mas está havendo conversações para que se pressione Temer a renunciar e que se concentrem esforços em torno de um nome de continuidade dos projetos do governo.
Mas eu acho que Temer não vai topar.
Quem trouxe mais pipoca?
A minha acabou.