Renan Calheiros tenta apoio para frear avanços do Judiciário Em feijoada com Temer, Maia e outros aliados, presidente do Senado discutiu ações para investigar supersalários e supostas vantagens de magistradosPresidente do Senado, Renan Calheiros planeja resposta a magistrados Presidente do Senado, Renan Calheiros planeja resposta a magistrados
Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) tem se reunido com políticos de diferentes esferas para tentar apoio para as ações do Congresso que buscam frear os avanços do Judiciário. Segundo informações do jornal O Estado De S. Paulo, Renan está em contato constante com o Palácio do Planalto, com a Câmara dos Deputados e com o Tribunal de Contas da União (TCU) para conseguir suporte para a operação pente-fino instaurada no Congresso na última quinta-feira, dia 10. A comissão especial designada por Renan busca investigar os salários recebidos por funcionários do Judiciário que ultrapassam os tetos da categoria.
De acordo com a publicação, Renan também deve indicar nesta semana um novo relator para o projeto de Lei de Abuso de Autoridade, que busca limitar a atuação de membros do Judiciário em investigações que ultrapassem sua esfera judicial. Para analistas, a medida é vista como um contragolpe à Operação #Lava Jato, que tem despertado discussões entre políticos e juristas. Para alguns, a forma como as investigações estão sendo conduzidas representam um perigo para as instituições judiciárias, já que a operação conduzida pelo juiz Sérgio Moro, de Curitiba, estaria ultrapassando preceitos do direito garantidos pela constituição brasileira.
Feijoada e caipirinhas
Ainda segundo o jornal, #Renan Calheiros se encontrou com o presidente Michel Temer; com o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ); com o ex-presidente José Sarney e com outros caciques da política no último sábado, dia 12, em uma feijoada na residência oficial do Senado. Regado a caipirinhas, o encontro teria servido para definir as estratégias que investigarão os supostos abusos no recebimento de salários de membros do Judiciário. Outras vantagens dos profissionais desta esfera, como aposentadoria compulsória como pena máxima em condenações; também foram debatidas pelos políticos presentes ao almoço.
Segundo investigações, alguns salários de alguns magistrados podem chegar a até R$ 200 mil mensais. Apesar de já estar definindo sua estratégia de contra-ataque, a classe política liderada por Renan busca avançar em sua estratégia com parcimônia, já que medidas vistas como prejudiciais às investigações da Lava Jato e de operações similares podem soar como tentativa de obstrução à Justiça e revoltar parte da população.
Convite a Moro
Ainda de acordo com o Estadão, Renan ventilou até a possibilidade de convidar o juiz Sérgio Moro para uma conversa onde serão debatidas as ações do Congresso nas investigações sobre o Judiciário. A iniciativa seria uma forma de apaziguar as relações com o juiz paranaense, mostrando que o foco não seria interromper ou obstruir as investigações da Lava Jato.
Com seu mandato como presidente do Senado prestes a acabar, em fevereiro, Renan busca colocar em prática suas ações antes que perca força na casa. A ideia é que as medidas implementadas pelo peemedebista já estejam em curso antes do período. No almoço, os presentes também conversaram sobre a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, no mesmo mês. Aliado do governo, Maia é incentivado a tentar se reeleger. Para os peemedebistas, centrados na figura do presidente Michel Temer, manter o poderio no Congresso é essencial para a condução das ações do governo, como a polêmica PEC 241, que visa estabelecer um limite de teto de gastos para o Governo Federal nos próximos 20 anos. #Sergio Moro
by Taboola
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