Existe uma diferença entre "cultura popular" e "evento popular", ainda que eventualmente possam se confundir. O congado, por exemplo, é cultura popular, ainda que duvide que seja um evento popular. Carnaval, por exemplo, é uma cultura popular que em muitos lugares só funcionam por causa do financiamento público, que de uma forma ou outra gera também uma movimentação da economia local.
"De uma forma ou outra" sendo aparentemente, SEMPRE prejuízo, quando não feito seguindo o "modelo FIFA", generalizando o que é relatado na notícia que citei.
Não importa mesmo a popularidade do evento, é ainda algo de interesse privado. O único interesse público é em redução de danos.
No caso da parada gay, é algo organizado pelos movimentos sociais com uma causa não muito popular que é a luta pelos direitos civis da comunidade LGBT. Acabou se transformando em um grande evento de massa que também gera uma movimentação da ecomomia local, incluindo um roteiro turístico da comunidade LGBT.
Geralmente essas coisas são só assumidas como verdade, mas como é o caso com eventos como copa, olimpíadas, e até carnaval, existe a possibilidade de ser só prejuízo.
Talvez de qualquer forma isso acabe sendo algo meio análogo a um "protestódromo" para o que de outra forma talvez pudesse ser depredação e violência de rainbow-blocs. Mas passado esse ímpeto destrutivo, como parece ser o caso (se é que algum dia houve), a coisa deve progredir para cada vez maior investimento privado e menor estatal, até que seja algo que arrecade mais do que custa.
Então, nestes dois exemplos, os recursos podem acabar retornando na forma de impostos recolhidos.
Aparentemente ainda está longe de ser o caso. Então em linhas gerais a proposta "fim do financiamento público para eventos privados" seria sim algo positivo, e não tem qualquer "confusão".