É um grande problema para os comerciantes fazer vendas fracionadas dessas coisas que já são até embaladas "semi individualmente"? Não é como se a lei exigisse danone a granel, é?
É porque o código de barras é único para toda bandeja.
O mercado pode colocar códigos de barras individuais em cada copo, por conta própria.
Ou não?
Pelo menos já vi isso ser feito com coisas como linguiças.
E digamos que o supermercado tenha que cobrar parcialmente, isso claramente vai encarecer o processo e esse preço vai ser transferido pro consumidor. É o preço da burocracia burra.
Não vai encarecer o processo mais do que com a opção de porção indivual "de fábrica", ou do que para qualquer coisa unitária com o mesmo preço.
Okay, exceto pelos adesivos.
Acho que a tendência é ter um pouco menos gente comprando o pacote todo, mas um acréscimo para acima de "zero" de compradores de menos unidades. Gostaria de ver os resultados disso em experiências práticas dos donos de mercearias.
Ele chegou a falar dos tempos em que o arroz era de fato vendido a granel. Falou de uma pobre senhora que compra arroz de 5 quilos porque não tem opção e o arroz acaba estragando porque ela não consome tudo à tempo. Só que eu já vi que os pacotes menores de arroz são mais caros que o pacotão de 5 quilos, pois pacotes menores tem um custo fixo igual ao grande em termos de logística e manuseamento.
Se o arroz de 1 quilo custa 3 reais, o de 5 quilos custa 12 reais por exemplo. Então é uma lei meio burra, exagerada, que encarece tudo para tentar proteger poucos.
Sim, isso existe mesmo, ainda assim há a venda de pacotes menores e até a granel. É natural. É mais ou menos a mesma lógica que encarece as coisas do atacado ao varejo. Tem que proibir o varejo?
Na Venezuela as pessoas estão comprando café aos míseros 100 gramas, porque é mais barato, "prazo instantâneo", do que comprar 500g, em um preço mais barato por peso. Aqui ainda existem pacotes de 250 e 500g.
Tem lugar que vendem até fatia de pizza a unidade, que também será mais cara, por peso, do que comprar uma pizza inteira. Talvez mesmo a broto seja mais cara que a grande pelo mesmo motivo.
Eu não vejo razão para ser contra isso, se a lei fosse tal que decretasse o mesmo preço por peso para qualquer embalagem, aí sim, mas se tanto os fabricantes quanto os comerciantes podem colocar os preços que acham que compensam os custos, deve ser algo que no fim das contas é favorável a todos.
Isso é, ao menos nessas coisas já embaladas. Não dá para exigir que todo lugar que vende arroz venda a granel, já que aí existe a necessidade de mais um funcionário para isso, ou dividir o trabalho de um. A menos que seja "self-service", mas ainda dá um trabalho extra de gerenciar isso.
E vamos combinar que isso não é a prioridade de um prefeito.
Eu não sei quais são as principais "demandas" à prefeitura. Ele deve estar falando do tipo de coisa que calha de ouvir mais, que pode mesmo não ser algo representativo das maiores necessidades da população, dentro daquilo que prefeitos possam intervir.
Eu tenho um certo medo de candidatos que dizem querer aplicar as leis. Temos um problema aqui que é não seguir as leis. Mas temos também muitas leis que precisam ser revistas, e não são seguidas porque são inadequadas.
Isso tanto é verdade que uma das formas de protesto e retaliação dos policiais contra seus superiores é a chamada "operação legalidade", onde ficam nas estradas seguindo os procedimentos previstos na lei à risca, gerando congestionamentos e transtornos diversos.
Logo alguém acaba sendo condenado por "acato intransigente à lei" ou algo assim.