Se não existisse a norma culta, cada idioma com o tempo se dividiria em dialetos e posteriormente se tornariam quase ininteligíveis entre si. É a norma culta que preserva a unidade do idioma.
Existem países que cultuam seu idioma, p.ex. Portugal. Outros tentam impedir, desde a escola fundamental, que termos estrangeiros sejam incorporados ao linguajar formal, p.ex. a França.
No Brasil, já se falou com grande correção o nosso idioma, e aceitava-se com alguma reserva a intromissão do vernáculo próprio dos escravos, mas adotamos expressões do Tupi-Guarani particularmente nos topônimos. Curiosamente chamávamos,
Galicismos, o uso do francês em nosso dia-a-dia e algumas daquelas expressões são usadas até hoje i.e. garagem, chaminé, chofer, etc.
Qual a importância da preservação do vernáculo? É que a cultura em geral, a tecnologia, as artes, as ciências, se difundem pelo mundo num linguajar próprio e mais elevado, o qual será traduzido em cada país, entre outros motivos, para benefício de seu desenvolvimento e progresso.
Essa tradução precisa ser clara e metodicamente feita para que todos a compreendam e possibilite o avanço naquelas áreas específicas, seja da filosofia, das artes ou das ciências.
Quanto ao linguajar impuro, incorreto ou chulo, desloca seu usuário para a base da pirâmide social com implicações diretas, tais como a desqualificação para uma variedade enorme de posições no mercado de trabalho, com todas as consequências advindas.
Mas convenhamos que,
felizmente, o falar incorretamente nada tem a ver com a inteligência, o caráter e a moral de uma pessoa.