A) Australopitecus evoluíram através de mutações e seleção natural e originaram outras espécies hominídeas que por fim evoluíram, através de mutações e seleção natural e originaram a espécie Homo sapiens sapiens.
ou
B) Ocorreram mutações benéficas que juntamente com a seleção natural fizeram com que Australopitecus evoluíssem e originassem outras espécies hominídeas, e com essas outras espécies hominídeas também ocorreram mutações benéficas que juntamente com a seleção natural originaram (após uma sequência de espécies hominídeas) a espécie Homo sapiens sapiens.
De forma resumida essa essas duas são proposições sobre a evolução do homem.
A questão é que as tais mutações são meras suposições. São afirmações genéricas , eles não sabem realmente quais são, nem quando ocorreram.
Apenas afirmam que seja lá qual for deve porque deve ter ocorrido.
Difícil entender qual seriam as "alternativas" ou a expectativa de algo "realmente" científico aqui.
"Afirmam que ocorreu porque necessariamente deve ter ocorrido".
A alternativa seria negar o que necessariamente deve ter ocorrido.
"Ou", "agnosticismo" no nível de ser tudo um sonho e etc.
Acreditam fortemente nisso mas não sabem dar nenhuma informação precisa sobre isso.
A quantidade de informações precisas deve ser surpreendentemente mais alto do que o que você se interessou em ir pesquisar.
(Talvez até por estar só trolando)
É por isso que neste ponto podemos afirmar tranquilamente que é uma crença vaga e genérica.
E não é um ponto irrelevante, muito pelo contrário é um ponto de extrema importância, pois sem tais supostas e desconhecidas mutações a evolução dos Australopitecus até o Homo sapiens sapiens não aconteceria.
As mutaçoes simplesmente não são "desconhecidas".
Populações aparentadas não são genomicamente idênticas.
Isso é, há diferenças entre os hominídeos vivos (gorilas, orangutangos, chimpanzés, bonobos, e humanos). Há diferenças mesmo entre populações de uma espécie qualquer.
A única assunção racional é que as linhagens acumulam mutações sempre.
Logo, necessariamente houve mutações entre australopitecinos e humanos, muitas das quais são as mesmas observadas entre humanos e os outros hominídeos vivos, embora incluam-se aí muitas outras além destas.
Quais seriam as alternativas a serem consideradas? Supor arbitrariamente não ter havido mutações desde australopitecinos a humanos, sendo estas espécies genomicamente idênticas, porém fenotipicamente distintas?
Ou, supor que as mutações tivessem ocorrido todas num ponto vago e arbitrário, depois de "australopitecinos", se supondo arbitrariamente terem sido uma "espécie fixa", CLONAL, que em algum momento voltou ao normal biológico, e, desses descendentes, já não australopitecinos, eventualmente surgiu Homo sapiens?
Como o tópico é sobre ovnilogia fica também difícil de não cogitar que outra alternativa seja imaginar um criacionismo ET, humanos como criações especiais ou modificados em laboratório a partir dos australopitecinos/o que quer que se escolha, de alguma forma encaixando isso nas lacunas do conhecimento e afirmando ser algo tão científico quanto a evolução regular entre as demais espécies.
E além de ser vaga e genérica, também estas proposições evolutivas não atendem o critério de falsificação. Ou qual(is) o teste(s) possível(eis) para falsificar a proposição A (ou B)?
Eu estou tendo dificuldade em entender quais são as diferenças entre "A" e "B". Aparentemente, minúcias "genealógicas" no interim.
O que ocorrerá nesse tipo de situação será que alguns pesquisadores encontrarão o que considerarão como indícios ou refutações de "A" ou "B" (não necessariamente dos seus A ou B, mas o que quer que estejam propondo realmente), e baterão boca nos artigos revisados por pares publicados em periódicos científicos. Uma ou outra coisa pode acabar sendo consensualmente mais estabelecida, ou ficar num "empate", ou ainda, novos fatos revelarem que a realidade não é nem A, nem B.
Não é muito diferente de pesquisa arqueológica, nesse aspecto, apenas com a vantagem de diferenças biológicas poderem ser indicadores mais fortes de linhagens biológicas mais isoladas do que vestígios culturais, tecnológicos, numa mesma espécie.
A proposição incluía o Australopitecus (e o Homo erectus , e outros mais antigos), e para estes minha afirmação continua verdadeira, as mutações benéficas que possam ter ocorrido são desconhecidas , e além de desconhecidas não há testes possíveis para falsificá-las.
E além do mais a espécie Neandertal não é considerada como espécie que deu origem a espécie Homo sapiens sapiens, portanto não entra na proposição A ou B.
Novamente, não estão bem claras as diferenças entre A e B. Poderia apresentar artigos científicos que exponham tais teorias divergentes reais? Provavelmente não, aparentemente é só um espantalho, coisas que você está imaginando vagamente, e propondo como infalseáveis, a fim de imputar o mesmo problema em pesquisa científica real.
Se o seu ceticismo é apenas quanto a "mutações benéficas" e não quanto apenas a mutações em geral, a situação "melhora" um pouco, já que deixam de ser propostos os absurdos, muito embora o questionamento também se enfraqueça.
Novamente, há analogia com evolução cultural, tecnológica. A humanidade ao longo dos séculos desenvolveu diferentes tecnologias, que proporcionaram vantagens aos diversos povos, e culminaram no estado atual das coisas. Tenta-se remontar os acontecimentos o melhor que se pode, mas não chega a ser um conhecimento exato absolutamente inquestionável.
Substitui-se as diferenças tecnológicas por genéticas, mutações, conhecidas entre as espécies, e análises do que elas produzem no fenótipo, sua "função", tal como a função de uma tecnologia e seu papel na sobrevivência e expansão. E assim é possível se especular sobre vantagens análogas às vantagens tecnológicas desenvolvidas por povos humanos, ou, análogas a disparidades adaptativas/ecológicas que se observa entre ou dentro de outras espécies.
Algumas delas deverão ser mais tênues, outras mais evidentes e difíceis de se questionar.