Esta é a hipótese fisicalista. Só que esta hipótese da mente ser igual ao cérebro/circuitos cerebrais não é algo realmente comprovado. Mas mesmo considerando que seja verdadeira, ainda assim isto não prova que as outras pessoas tenham mentes. Eles podem ter cérebro, mas ainda assim serem zumbis. Seres com cérebro, mas sem mente. A hipótese solipsista não afirma e não depende de que os outros seres que você considera como humanos não tenham cérebros dentro de seus crânios.
Existem evidências de que a consciência é fruto da malha cerebral e, ainda que não se possa provar neste momento que ela é apenas isso, ou, demonstrar exatamente como funciona, existem, sim, evidências observáveis. Mas é plenamente verificável que quando alguém pensa alguma coisa, atividades elétricas no cérebro ocorrem em determinadas regiões, basta usar um aparelho de ressonância.
E quanto ao Solipsismo, isso é uma tremenda bullshit relativista e irracional, que nega o valor do real, do racional, que nega a existência de verdades objetivas e resume toda a realidade como "ponto de vista". Isso é de um obscurantismo tão grande, é uma filosofia tão ridícula, que nem vale a pena discorrer.
E não pense também que a rejeição do relativismo leva, necessariamente, a um absolutismo dogmático. Óbvio que não. Quem sabe o que é investigação da realidade também sabe que de fato o que sabemos por real é apenas uma aproximação da realidade última, e justamente por isso a importância de seguir investigando, porque se reconhece a falibilidade do investigador. E, embora o método científico não seja perfeito, é sem dúvida o melhor instrumento de investigação que dispomos, ele mesmo é capaz de se autocorrigir. Mas sua falibilidade não chega a anular a distinção entre conhecimento (ainda que provisório) e a total ignorância. Existem verdades objetivas, sim. Ou vai me dizer que, por exemplo, cálculos, teoremas, composição química da glicose, cálculos das reações do hidrogênio, estrutura do DNA, química de partículas etc. não traduzem realidades?
Mas a questão aqui não é a de provar, se eu fosse (ou for) uma máquina de Turing eu não estaria (ou não estou) interessado em provar que sou.
A questão aqui é você perceber que para um monte de coisas nas quais você acredita serem verdadeiras, você simplesmente não tem provas concretas.
É, sim. O que vc está propondo é inversão do ônus da prova, e isso é absurdo. Não se pode provar a inexistência de algo, seja o que for.
Em outras palavras, você fantasiou uma "realidade alternativa" em que tudo é comandado por máquinas, onde você é uma máquina, e me pede para que eu "saiba", concretamente, que isso que você afirma não é uma realidade. Pfff Sem comentários...
E com relação a sua certeza de que “milhões de pessoas estão conectadas na internet falando uma porção de besteiras por aí, teimando e querendo "ganhar no grito"”, você pode até ter este estado psicológico de certeza, entretanto você também não tem provas concretas disso, o que você certamente tem são algumas pessoas que você pessoalmente conhece que estão falando uma porção de besteiras por aí (na internet, ou no que você acredita que seja a internet) , teimando e querendo "ganhar no grito"”, e relatos de outras pessoas que escrevem isso e lhe informam isso . Mas é bastante improvável que você tenha provas concretas de que “ “milhões de pessoas estão conectadas na internet falando uma porção de besteiras por aí, teimando e querendo "ganhar no grito"”.
Pessoas conectadas à internet falando besteiras por aí é um fato plenamente verificável, falseável. Diferentemente de aliens dando um rolê por aí.
E se você não sabe disso, além de ter um deficitário conhecimento de metodologia e epistemologia científica, também não entende muito da própria tecnologia que utiliza.
Esta foi uma referência ao exemplo do deGrasse
Sim, eu entendi. Você disse que o argumento do Tyson não era válido e só servia de piada porque quem é abduzido não está plenamente consciente. E eu contra-argumentei que, só por isso, o relato da suposta abdução se torna totalmente descartável como evidência ou até mesmo como hipótese a se cogitar.